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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Como identificar a bronquiolite em bebês?



A pediatra Dra. Rafaella Calmon, do Portal Saúde4Kids, alerta que a doença se antecipou neste ano e aponta respostas para as principais dúvidas com as quais se depara no atendimento diário em consultórios e hospitais infantis  


A chegada das temperaturas mais frias já é sinal de tensão para pais com filhos pequenos. E a bronquiolite é uma das doenças que mais eleva o número de internações nesta época do ano em hospitais infantis, segundo a pediatra Dra. Rafaella Calmon, do Saúde4Kids. A médica alerta que os casos já se anteciparam em 2017 e aumentaram consideravelmente em consultórios e prontos-socorros infantis. 

Mas o que é “bronquiolite”? A pediatra explica que é uma infecção do trato respiratório ocasionada por vírus, principalmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas sabe-se hoje que mais de 10 tipos de vírus podem causar esse quadro. De acordo com a Dra. Rafaella, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que são aproximadamente 60 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo por ano.

A maioria das crianças é infectada no primeiro ano de vida e todas as crianças serão expostas a estes vírus até o segundo ano de idade. Podendo recorrer durante toda a vida, mas causando sintomas respiratórios mais intensos na primeira exposição. “Pacientes com maior risco de desenvolver quadros mais graves: prematuros, portadores de cardiopatia congênita, crianças com doença pulmonar crônica, imunossuprimidos, ou seja, com baixa imunidade como transplantados e em tratamento de câncer, assim como aquelas portadoras de doenças neurológicas. Além de bebês abaixo de três meses de idade, mesmo saudáveis”, ressalta a pediatra. 

A Dra. Rafaella responde algumas perguntas recorrentes nos consultórios e hospitais infantis. São:


Como identificar a bronquiolite?
Os quadros costumam iniciar como um “resfriadinho” comum: coriza, obstrução nasal, seguido de tosse que pode ser seca ou produtiva (tosse “cheia”). Algumas vezes acompanhado de rouquidão leve, falta de apetite, febre, vômitos e diarreia, dependendo do agente causador. 


Quanto tempo dura?
Costuma durar de 5 a 15 dias de quadro com intensidade variável, sendo que a maioria das crianças não necessita de internação, apesar de ser a causa de uma demanda intensa nos prontos-socorros e clínicas pediátricas. 


Quando é preciso atenção extra?
O quadro costuma piorar entre o terceiro e quinto dia de evolução, tosse mais intensa e até crises de tosse e cansaço. É preciso ficar atento quando: cansaço muito intenso com respiração rápida, barriguinha “afundando” quando respira, a criança fica “molinha” mesmo sem febre e quando parece que a criança está muito pálida ou “roxinha” na boca, face ou pés e mãos. 


Como tratar?
O tratamento deve ser orientado pelo pediatra ou médico da família que atende a criança. Lavagem nasal com soro fisiológico e hidratação com grande oferta de líquidos sempre ajudam e são indicados desde os primeiros sintomas. Tudo com prescrição médica.


É possível prevenir?
Sim. Evite lugares cheios e fechados nos períodos de maior incidência. Não deixe pessoas resfriadas ou doentes visitarem o seu bebê, principalmente recém-nascido. Se alguém em casa estiver resfriado, intensificar a lavagem das mãos e estimular o uso de álcool gel. Para as mães que amamentam, caso tenham este quadro, as orientações são as mesmas e devem procurar amamentar usando máscara, mas o principal agente são as mãos, então, cuidado redobrado.


Em que época do ano e regiões é mais comum?
Esses quadros são mais frequentes nas estações mais frias do ano. E em regiões mais quentes ocorrem o ano todo de maneira regular. No Brasil, os picos de incidência variam de acordo com a região, mas sabe-se que a grande maioria dos casos acontece entre os meses de abril e julho.




 
Dra. Rafaella Gato Calmon - médica pela Universidade Federal do Pará –UFPA-; pediatra pelo Hospital Infantil Darcy Vargas, cardiologista infantil pelo Incor-Universidade de São Paulo; com títulos de especialista em pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e, em cardiologia infantil, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia. Também é mamãe dos gêmeos Bárbara e Rafael.


Fonte:  Saúde4Kids




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