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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Checklist prático: como se preparar para a sua cirurgia e evitar complicações

Cirurgião do Mater Dei Santa Clara explica as principais etapas para uma cirurgia segura e um pós-operatório tranquilo

 

Passar por uma cirurgia, independentemente de sua complexidade, exige um planejamento cuidadoso que envolve tanto o preparo físico quanto o emocional. O cirurgião geral Dr. Bruno Ferola, que atua no Hospital Mater Dei Santa Clara, destacou um checklist prático para pacientes que vão se submeter a procedimentos cirúrgicos, visando reduzir riscos e melhorar a recuperação.

1. Organização da documentação médica

A primeira etapa envolve a preparação de todos os documentos médicos necessários, como exames recentes, laudos, prescrições e histórico médico. "Ter esses dados acessíveis facilita a comunicação com a equipe médica e garante que o anestesista e o cirurgião estejam cientes de todas as condições clínicas do paciente", explica Dr. Bruno.

2. Alimentação e hidratação adequadas

Na semana que antecede a cirurgia, é essencial adotar uma dieta equilibrada e manter uma boa hidratação. "O paciente precisa de uma alimentação saudável, priorizando frutas, vegetais e proteínas leves, além de dormir bem e evitar o consumo de álcool e cigarro", orienta o cirurgião. Esses hábitos ajudam a fortalecer o corpo e reduzir os riscos durante o procedimento.

3. Suspensão de medicamentos

Certos medicamentos, especialmente anticoagulantes, devem ser suspensos conforme orientação do médico. "Essa é uma etapa crítica para evitar complicações durante a cirurgia, como hemorragias. O anestesista, durante a avaliação pré-operatória, indicará quais medicamentos precisam ser temporariamente interrompidos", ressalta o cirurgião.

4. O jejum pré-operatório

Seguir as recomendações de jejum é fundamental para garantir a segurança da anestesia e evitar a broncoaspiração, um dos maiores riscos cirúrgicos. "O paciente deve estar em jejum de 8 horas para alimentos sólidos e de 4 horas para líquidos claros. Um dos erros mais comuns é o paciente comer ou beber pouco tempo antes da cirurgia, o que pode levar ao cancelamento do procedimento", alerta o médico.

5. Preparação do ambiente doméstico para o pós-operatório

Organizar o ambiente doméstico antes de sair para a cirurgia pode acelerar a recuperação e evitar contratempos. "É importante preparar o local de repouso de acordo com as limitações que o paciente terá no pós-operatório, seja em termos de mobilidade ou dieta. Isso pode incluir a disposição de móveis acessíveis, preparo de alimentos leves e até contar com a ajuda de familiares nos primeiros dias", afirma Dr. Bruno.

O sucesso de uma cirurgia não depende apenas da equipe médica, mas também do preparo do paciente. Ao seguir essas etapas práticas, o paciente reduz significativamente o risco de complicações e otimiza a sua recuperação. "A comunicação aberta com o cirurgião e o anestesista, aliada ao cumprimento dessas recomendações, é a chave para um procedimento seguro e um pós-operatório mais tranquilo", conclui Dr. Bruno.


Em cinco anos, 46,1% dos óbitos por queimaduras foram atribuídos à eletricidade

 

A maioria dos acidentes ocorre em residências

 

Quase mil acidentes decorrentes de incêndios de origem elétrica foram registrados em 2023, segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade. O número é quase a metade de todos os acidentes de origem elétrica.

O assunto já desperta a atenção da Sociedade Brasileira de Queimaduras desde o ano passado, quando foi publicado o Boletim Epidemiológico junto ao Ministério de Saúde, apontando que, em cinco anos (2015 a 2020), dentre os quase 20 mil óbitos por queimaduras, 46,1% foram atribuídos à eletricidade.

"A eletricidade costuma ser a terceira causa de internamentos em centros de tratamento de queimaduras, porém é a principal causa de mortalidade no local do acidente. A vítima não consegue nem chegar ao local onde receberá o tratamento adequado", alerta o presidente da SBQ e cirurgião plástico, Marcus Barroso, destacando que estamos vivendo uma epidemia silenciosa de queimaduras elétricas.

Qualquer choque elétrico pode provocar queimaduras, que podem vir de várias formas. “Pode ser de baixa tensão, por meio dos aparelhos domésticos, das tomadas. Mas o fato de ser de baixa tensão não significa que ela não possa ser grave”, explica o cirurgião plástico, José Adorno, também representante interinstitucional nacional da SBQ.

Ele complementa que os choques de alta voltagem são mais graves porque é alta a carga elétrica que passa pelo corpo e causa muitos danos. “A pessoa pode sofrer queimaduras internas no músculo e órgãos e ter apenas uma pequena lesão de entrada”, explica. A principal preocupação é que, mesmo em casos onde a queimadura na pele parece leve, os danos internos podem ser significativos, levando a complicações como insuficiência renal, parada cardíaca e necrose tecidual.


Acidente

O eletricista Renato Nascimento sabe bem as dores desse acidente. Em 2018, ele sofreu queimadura elétrica de alta voltagem nas mãos e nádegas enquanto trabalhava. Acabou perdendo a mão esquerda. “Eu estava segurando uma barra rosqueada ao subir uma escada e tomei uma descarga de 13.8 volts. Foi milagre de Deus eu estar vivo”, relembra.

Apesar dos profissionais eletricistas trabalharem sob risco, o maior perigo está dentro de casa. Segundo a Abracopel, 51,9% dos acidentes de origem elétrica em 2023 ocorreram em áreas residências, a maioria com condutores elétricos, sem ficar de fora aqueles que envolvem ventilador, ar-condicionado, eletrodomésticos, pontos de tomada e carregadores de aparelhos portáteis.

“A eletricidade é muito perigosa, tem uma série de riscos e somente quem conhece é que pode trabalhar com ela dentro dos procedimentos corretos, usando os equipamentos individuais e coletivos corretos para que não haja nenhum risco. Quem não conhece do assunto corre um risco muito grande de se acidentar e ir a óbito”, alerta diretor-executivo da Abracopel, Edson Martinho.

 

Primeiros Socorros e Prevenção

Nos casos de queimaduras elétricas, o mais importante é interromper o contato com a fonte de eletricidade o mais rápido possível, sempre tomando precauções para não se tornar outra vítima. O socorro deve ser acionado imediatamente. Não tente remover objetos presos ao corpo da vítima, pois podem estar energizados.

Prevenção é a chave para evitar acidentes elétricos. Em casa, é fundamental inspecionar regularmente as instalações elétricas e evitar o uso de dispositivos com fiação danificada. Já em ambientes profissionais, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como luvas e botas isolantes é obrigatório. Além disso, é importante seguir as normas de segurança, como desligar a energia antes de manutenções e estar atento a sinais de perigo. 

Curiosidade: 17 de outubro é o Dia do Eletricista. Não se tem registro da origem da data, mas ela é usada para homenagear esses profissionais responsáveis por garantir o funcionamento seguro da energia elétrica em diversos setores da sociedade e, também, para fazer um alerta quanto aos riscos da eletricidade em caso de uso incorreto. 


Dia Nacional da Saúde Bucal: especialista dá dicas de cuidados simples no dia a dia para ter um sorriso saudável

 

Racool_studio para o Freepik
Escovar os dentes após todas as refeições, usar fio dental, evitar o fumo, bebidas alcoólicas e doces estão entre os principais cuidados com a saúde bucal

 

Comemorado em 25 de outubro, o Dia Nacional da Saúde Bucal tem por objetivo alertar a população quanto aos cuidados com a boca no intuito de reduzir o número de pessoas com doenças bucais. A conscientização é muito importante visto que, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS), cerca de 60% da população brasileira não tem acesso a serviços odontológicos de qualidade, o que contribui para o aumento de problemas como doenças periodontais e perda dentária precoce. 

“Uma boa higiene bucal ajuda a diminuir o risco de desenvolvimento de problemas bucais e dentários, como cárie, gengivite, aftas, mau hálito, placa bacteriana e tártaro”, explica Dra. Thais Morais Pinto, implantodontista da PróRir, rede de clínicas odontológicas.

Para ter uma boa saúde bucal e garantir um sorriso saudável basta adotar cuidados simples no dia a dia. Confira as orientações mais importantes destacadas pela especialista:

  • Escove os dentes após cada refeição e, principalmente, antes de dormir. “Também não se esqueça de escovar a língua  e usar fio dental. Essas medidas são imprescindíveis para melhorar a limpeza e higienização bucal”, diz Thais;
  • Use uma escova macia, com a cabeça pequena, para alcançar os últimos dentes e troque-a escova a cada três meses. Também não escove os dentes com força para não machucar a gengiva;
  • Beba bastante água. Ela ajuda a limpar os dentes e a produzir saliva;
  • Não fume, evite o consumo de bebidas alcoólicas e alimentos açucarados. “O uso dessas substâncias podem causar a formação de tártaro e levar à deterioração dos dentes e gengivas. Mas no caso do cigarro e das bebidas alcoólicas as consequências são piores, pois eles aumentam o risco do câncer bucal”, alerta a especialista;
  • Vá ao dentista regularmente, pelo menos a cada seis meses.

“A saúde bucal tem íntima relação com a saúde geral, pois a boca interage com todas as estruturas do corpo. As más condições de higiene bucal podem levar, por exemplo, a complicações e agravamentos de doenças cardiovasculares e diabetes”, finaliza a Dra. Thais, da PróRir.

 


PróRir



Dia Mundial de Combate ao Câncer de Mama: diagnóstico precoce e prevenção continuam sendo as melhores formas de mudar o cenário da doença

 Acesso aos exames, como a mamografia, e políticas públicas e educacionais que promovam hábitos saudáveis são essenciais


Outubro marca o início de uma das campanhas mais importantes no cenário da saúde pública mundial, movimento dedicado à conscientização sobre o câncer de mama. No ano de 2022, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atingiu mais de 2 milhões de mulheres em todo o mundo, já no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados mais de 73 mil novos casos para cada ano do triênio 2023-2025.

A grande vantagem, no entanto, está na possibilidade de um diagnóstico precoce, que pode salvar muitas vidas. De acordo com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), quando o câncer de mama é detectado em estágios iniciais, as chances de cura podem chegar a 95%. Isso reforça a relevância das campanhas de conscientização como o Outubro Rosa, que não apenas educam sobre os fatores de risco e sinais de alerta, mas também pressionam por políticas públicas que garantam acesso aos exames essenciais, como a mamografia.

O Outubro Rosa também coloca em pauta o impacto da doença na qualidade de vida das mulheres, ressaltando a necessidade de promover o autocuidado, o conhecimento sobre os direitos à saúde e o incentivo ao acompanhamento médico regular. A iniciativa tem o poder de influenciar mudanças importantes no sistema de saúde, tanto no Brasil quanto em outros países, especialmente no que diz respeito ao acesso a tecnologias de diagnóstico e tratamento. Essas ações são fundamentais para reduzir as desigualdades regionais e socioeconômicas que ainda dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado em muitas áreas do país.

Mamografia e o desafio do acesso

O câncer de mama continua sendo a principal causa de morte por tumores entre as mulheres no mundo, com 669.418 óbitos em 2022. Além das dificuldades de acesso à mamografia, outro fator que contribui para essa estatística alarmante é a ausência de políticas eficazes de prevenção da doença. Mudanças no estilo de vida, como o combate ao sedentarismo e à obesidade, a prática regular de exercícios e o abandono do tabagismo e do consumo de álcool, são medidas essenciais que ainda não estão amplamente disponíveis para todas as mulheres, especialmente nas populações mais vulneráveis.

"A mamografia é o exame mais importante na detecção precoce e deve ser feita a partir dos 40 anos. Ela é fundamental para aumentar as chances de cura e, por diagnosticar a doença em estágios mais iniciais, pode levar a tratamentos menos agressivos garantindo assim mais qualidade de vida durante o tratamento, explica Max Mano, líder nacional da especialidade tumores de mama da Oncoclínicas. "Contudo, em países em desenvolvimento, como o Brasil, o acesso ao exame ainda enfrenta barreiras significativas, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Por isso, precisamos sempre reforçar a necessidade de ampliar a disponibilidade de mamógrafos nas regiões mais remotas e promover e facilitar o acesso ao exame", completa o oncologista.

"O impacto é ainda maior entre as mulheres de baixa renda, que têm menos acesso a essas políticas de prevenção. A falta de investimentos em políticas públicas eficientes acaba condenando essas mulheres a um atraso de décadas no combate à doença, quando comparadas aos países desenvolvidos", alerta Mano.

Diagnóstico tardio no Brasil

A realidade dos países em desenvolvimento, como o Brasil, é de um alto número de diagnósticos tardios. Em 2022, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, o câncer de mama foi responsável por 22.189 mortes de mulheres brasileiras, segundo o Inca. Isso se deve, em grande parte, ao fato de muitos casos só serem descobertos em estágios avançados da doença.

"Ainda temos uma alta taxa de diagnósticos em fases avançadas, como os estágios 2 e 3, o que reduz significativamente as chances de cura. Além disso, a desigualdade no acesso a tratamentos modernos contribui para essa letalidade", afirma Mano. Segundo o estudo AMAZONA, publicado na revista Breast Cancer Research Treatment, mais de 70% dos diagnósticos de câncer de mama no Brasil são feitos quando a doença já está em estágios avançados, o que também aumenta a complexidade e os custos do tratamento.


O autoexame como ferramenta de autoconhecimento, mas não de diagnóstico

Apesar de o autoexame das mamas ser uma prática relevante para que a mulher conheça melhor o próprio corpo, ele não deve ser utilizado como método de diagnóstico e não substitui a realização de exames clínicos, como a mamografia. Mesmo com a recomendação de sociedades médicas para que o exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos, muitas mulheres ainda desconhecem essa orientação. Esse é um dos achados da pesquisa "Câncer de Mama no Brasil: Desafios e Direitos", realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), que entrevistou 1.400 mulheres com mais de 20 anos em São Paulo (capital) e nas regiões metropolitanas de Belém (PA), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Distrito Federal.

O estudo revelou que uma em cada quatro mulheres (40%) acredita que a mamografia só é necessária quando outros exames, como o ultrassom, indicam alterações. Além disso, 17% das entrevistadas não sabem se a mamografia é adequada ou não. Outro dado preocupante é que 48% das mulheres acreditam que, após uma mamografia sem detecção de lesões, basta realizar apenas o autoexame em casa.

A falsa ideia de que o autoexame é a principal forma de detectar precocemente o câncer de mama também foi identificada: 63% das entrevistadas acreditam nisso, sendo que esse índice sobe para 68% entre mulheres com 60 anos ou mais, justamente a faixa etária com maior risco para a doença. Apesar de o autoexame ser uma ferramenta valiosa para promover o autoconhecimento, ele não é capaz de detectar o câncer em suas fases iniciais de forma confiável. Muitas vezes, os nódulos só se tornam palpáveis quando a doença já está em estágio mais avançado, o que pode comprometer as chances de cura e de um tratamento menos agressivo.

“A mamografia pode identificar tumores menores que 1 cm, que muitas vezes não são detectáveis ao toque. Por isso, ela é recomendada anualmente para mulheres a partir dos 40 anos; dependendo da existência de outros fatores de risco, como histórico familiar da doença. Além disso, os exames mamários de rastreamento (nesse caso, não necessariamente a mamografia) podem precisar ser iniciados antes dos 40 anos. Sem o exame de imagem, a mulher pode deixar de identificar a doença em estágio inicial, quando as chances de sucesso no tratamento são maiores", diz Max Mano.

Outro ponto importante é que o autoexame, apesar de ser uma prática simples e acessível, pode gerar uma falsa sensação de segurança quando não encontra alterações visíveis. Isso pode fazer com que algumas mulheres adiem a realização de exames mais precisos, como a mamografia. “É essencial que as campanhas de conscientização reforcem que o autoexame não substitui a mamografia e que o acompanhamento médico regular é indispensável.  Por isso, o foco das políticas de saúde deve continuar sendo o acesso a exames como a mamografia, especialmente em regiões onde o equipamento ainda é escasso, ou o acesso difícil por questões sociais e/ou culturais”, destaca.


Grandes mulheres contam com um forte aliado: o diagnóstico precoce

Para apoiar na conscientização sobre o câncer de mama, ao longo do mês de Outubro, estará no ar a campanha “É sempre hora de se cuidar” da Oncoclínicas&Co. A ação promove conteúdos informativos e estimula a realização de exames e consultas sempre em dia.

Com ativações em redes sociais, ambientes físicos e anúncios nas grandes mídias, a iniciativa tem por objetivo incentivar o diagnóstico e tratamento precoce, aumentando assim as chances de cura.

Para mais informações, acesse: https://cuidarsemlimites.com.br/outubro-rosa

 

Oncoclínicas&Co
www.grupooncoclinicas.com


5 dicas para incentivar as crianças a cuidarem dos dentes

Os pais são os primeiros exemplos das crianças nos cuidados com a saúde bucal, além de incentivarem, eles precisam mostrar na prática como a higiene deve ser feita

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população de todo o mundo sofre com doenças bucais, sendo a cárie a mais comum, afetando mais de 2 milhões de indivíduos. Só em crianças com dentes decíduos (popularmente conhecidos como dentes de leite), a cárie acomete 514 milhões de pequeninos. No Brasil, apesar de o Ministério da Saúde divulgar uma melhora no índice de crianças sem cárie, que passou de 46,6%, em 2010, para 53,17%, em 2023, o tema ainda merece atenção.

 

Como alerta a dentista e responsável técnica do Centro Odontológico São Lourenço, Barbara Garcia Haensch, em Curitiba, mudar esse cenário e reduzir continuamente esses percentuais é um trabalho que começa dentro de casa. “Os pais e cuidadores precisam ser exemplo, estimulando a escovação correta depois de todas as refeições e incentivando que os pequenos sejam responsáveis por cuidar dos seus dentinhos”.

 

A especialista ainda ressalta a importância da ingestão de água nesse processo de cuidados. A saliva, que atua, por exemplo, na limpeza dos dentes e manutenção do pH bucal, é formada 95% por água. “Portanto, pouco consumo de água significa pouca salivação, o que gera mau hálito e aumenta a probabilidade do aparecimento de doenças, como a cárie”, explica.

 

Outro ponto que merece atenção é a alimentação. “É preciso controlar o consumo de doces, alimentos muito calóricos e ultraprocessados que são conhecidos por contribuir com os problemas bucais”, reforça Barbara, que completa: “Todos esses cuidados são essenciais, mas, não dispensam a necessidade da consulta de rotina. As crianças precisam se sentir à vontade no ambiente odontológico desde cedo e o seu desenvolvimento dentário deve ser acompanhado por um profissional”.


 Quando desconfiar que é cárie?

Dor de dente recorrente, muita sensibilidade, especialmente na mastigação de alimentos quentes ou gelados, gengivas inchadas, aparecimento de manchas nos dentes, às vezes acompanhadas por furos visíveis, e mau hálito são alguns dos sintomas mais comuns da cárie.

 

Na fase inicial, esses sinais podem não aparecer, por isso, ao menor indício de um desses sintomas, procurar um dentista é fundamental. “Quanto antes o diagnóstico se confirmar e o tratamento iniciar, complicações como dores intensas, infecções bucais mais graves ou até mesmo a perda de dentes podem ser evitadas e mais rápido ocorrerá a recuperação”, comenta Barbara.

 

5 dicas para o cuidado com a higiene bucal das crianças

Para ajudar os pais na tarefa de incentivar que os pequenos cuidem de seus dentinhos desde cedo, a dentista Barbara elencou cinco dicas. Confira:

 

1.       Crie o hábito de escovar os dentes diariamente

A escovação é um hábito que precisa ser inserido na rotina das crianças desde muito cedo. Estimule esse momento de autocuidado, mostrando à criança como ela deve fazer, explicando que essa tarefa é necessária e importante para a saúde bucal. O ideal é que os dentes sejam escovados, pelo menos, três vezes ao dia.

 

2.       Priorize uma alimentação saudável

Ofereça às crianças alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras e carnes. Evite o excesso de açúcar e amido, pois eles produzem os ácidos que formam a placa bacteriana causadora da cárie.

 

3.       Escolha o creme dental e a escova certos para a sua criança

Opte por um creme dental com flúor, uma substância importante na prevenção da cárie. Mas, atente-se à proporção correta para os pequenos, que deve ser entre 1.000 e 1.500 ppm. A escova deve ter cerdas macias, cabeça pequena, para alcançar até o último dente da boca, e uma haste adequada para o tamanho da mão da criança.

 

4.       Mantenha em dia as consultas ao dentista

Mesmo que não haja problemas aparentes, manter as consultas de rotina na agenda é importante para que o dentista acompanhe o desenvolvimento dentário e oriente nos cuidados. Pelo menos uma vez por ano, leve seu pequeno ao dentista.

 

5.       Dê o exemplo

Crianças aprendem pela observação e imitam os seus cuidadores, por isso, dar o exemplo pode ser mais eficaz do que somente falar. Uma boa ideia é que a higiene bucal do adulto seja feita, sempre que possível, junto com a da criança. Assim, a família toda torna esse momento de cuidado um hábito diário.

 


Centro Odontológico São Lourenço
www.odontologiasaolourenco.com.br


Terapia hormonal apresenta benefícios no tratamento da menopausa

Especialista da Organon explica vantagens da TH, prescrito para apenas 22% das brasileiras, segundo estudo clínico

 

O tratamento utilizado para manter o nível de estrogênio no corpo para aliviar os efeitos da menopausa, a terapia hormonal (TH) tem sido um aliado das mulheres para ajudá-las a lidar com sintomas como ondas de calor, suores noturnos, irritabilidade, secura vaginal e diminuição da libido, além de ajudar na prevenção da perda óssea e na redução do risco de osteoporose. Apesar disso, a sua adoção ainda está envolta em debates sobre temores de aumento de chances de desenvolvimento de câncer de mama a ponto de menos de um quarto das brasileiras receberem essa prescrição de seus médicos. Para a diretora-associada da Organon Brasil, Nanci Utida, a TH oferece muitos benefícios para a saúde feminina com a devida orientação de especialistas e informações precisas para as pacientes.

O assunto sempre vem à tona no Dia Mundial da Menopausa, em 18 de outubro. No Brasil, a baixa adesão por parte do público feminino é demonstrada na pesquisa "Brazilian Menopause Study", pelo qual apenas 22,3% das pacientes na menopausa relataram que receberam prescrição médica para a TH. O estudo também mostra que o tratamento por TH só dura oito meses. Por trás disso, estariam condições socioeconômicas e o receio de riscos de câncer de mama.

De acordo com o levantamento, a idade mediana de menopausa no Brasil é de 48 anos e mais de 85% das mulheres apresentam alguma manifestação climatérica, sendo que os fogachos foram reportados por 73%. Segundo Nanci Utida, que também é médica ginecologista, a TH é um tratamento seguro e eficaz que pode melhorar a qualidade de vida dessas mulheres: “Este tratamento reduz os sintomas da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos e secura vaginal e também diminui a perda óssea e o risco de osteoporose”.

Para a médica, a falta de informações claras sobre benefícios e riscos da terapia hormonal, especialmente sobre o câncer de mama, é um dos principais motivos para a baixa adesão ao tratamento.

“Essa relação é complexa e depende de diversos fatores, como o tipo de hormônio utilizado e a duração do tratamento. Os benefícios da TH incluem o alívio dos sintomas da menopausa e a prevenção da osteoporose. No entanto, é importante considerar os riscos, como o pequeno aumento do risco de câncer de mama com o uso de terapia combinada (estrogênio e progesterona) por longos períodos. Este risco parece ser menor em pacientes que utilizam somente estrogênio, o que é feito em pacientes histerectomizadas, que tiveram o útero removido", explica ela.

 

Informações claras e educação médica

Segundo a especialista, é preciso que a informação médica passada às pacientes sobre o tratamento hormonal seja precisa. “Levar as informações de forma clara e de melhor compreensão para as pacientes pode ajudar a fazer com que percebam que, quando seguidas as recomendações das diretrizes internacionais e nacionais, a TH geralmente oferece benefícios significativos para a qualidade de vida, com riscos baixos”.

Para ela, esse processo também inclui a própria educação dos médicos especialistas: "Educar tanto as pacientes quanto os profissionais de saúde sobre a segurança e eficácia da TH e individualizar o tratamento com base nas necessidades e histórico de cada mulher pode aumentar a confiança na terapia. Além disso, é importante desmistificar o medo excessivo de riscos, como o de câncer de mama, e apresentar os dados de forma equilibrada e transparente".

Nanci Utida também sugere outras opções para tratar os sintomas da menopausa para as mulheres que não podem ou preferem não usar TH, como antidepressivos de baixa dose, medicamentos para osteoporose, lubrificantes vaginais e terapias sintomáticas.

A Organon recomenda que as mulheres conversem com seu médico sobre os riscos e benefícios da TH antes de iniciar o tratamento. A decisão pela terapia hormonal deve ser tomada em conjunto.

 


Organon
www.organon.com/brazil
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Medico alerta para banalização de antibióticos, com exagero na indicação, na potência e no tempo de uso

Para especialista do Instituto Latino-americano de Sepse, desconhecimento leva ao uso em situações clínicas em que não seriam indicados

 

Os antimicrobianos, medicamentos utilizados para prevenir, controlar e tratar doenças infecciosas em humanos, animais e plantas, estão se tornando cada dia menos eficazes, principalmente em razão do uso indiscriminado.  

Tanto que, desde 1990, um milhão de vidas por ano foram perdidas em razão de infecções resistentes a antibióticos e pelo menos mais de 39 milhões de mortes são estimadas até 2050, segundo o recém-publicado levantamento do Projeto Global Research on Antimicrobial Resistance (GRAM).

“O uso de antibióticos sem uma indicação clara é um problema de saúde pública em vários contextos, desde o uso não médico em cenários de criação de animais, até dentro da parte clínica, no contexto extra-hospitalar, com as indicações excessivas de antibióticos, por exemplo, em síndromes gripais, em situações de doenças virais, não bacterianas”, diz o Dr. Thiago Costa Lisboa, médico intensivista e integrante do Conselho Científico do Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS). 

“Na área hospitalar, isso ocorre de uma maneira mais intensa, com impacto mensurável em resistência bacteriana, dado o contexto da gravidade de alguns pacientes, que demandam uma cobertura empírica adequada a partir de uma alta suspeição de uma síndrome infecciosa. Isso leva à prescrição de antibióticos muitas vezes exagerada”, avalia o médico. 

Para ele, existe exagero na indicação e também no espectro, ou seja, na potência do antibiótico em relação à demanda da síndrome ou situação clínica que se apresenta, o que acaba causando o problema da multirresistência. “Não bastasse tudo isso, existe ainda a questão da duração do uso indiscriminado de um antibiótico, a inadequação do tempo. A antibioticoterapia por um tempo muito mais prolongado do que o necessário também entra no rol de uso indiscriminado e tem impacto importante na saúde das pessoas”, afirma. 

Em relação aos principais fatores que contribuem para a prescrição excessiva de antibióticos, o especialista do ILAS destaca duas vertentes, que acabam convergindo do ponto de vista do efeito. O primeiro é o desconhecimento, tanto da população leiga quanto de profissionais de saúde, das reais indicações do antibiótico e uma banalização do uso, inclusive em situações clínicas em que não estaria previsto. 

“O grande exemplo disso são as síndromes virais, especialmente as doenças respiratórias, mas muitas vezes vemos o uso de antibióticos em síndromes gastrointestinais, cuja etiologia mais provável é viral, e em infecções de pele e partes moles, em que a drenagem do foco seria a abordagem preferencial e não um tratamento antibiótico, por vezes prolongado”, explica. 

A outra vertente é a da preocupação legítima com pacientes graves e que se beneficiariam de um tratamento antimicrobiano, diz o médico, mas que acabam recebendo um tratamento antimicrobiano em excesso, sem todos os elementos que confirmem o diagnóstico de uma síndrome infecciosa. 

“Esses dois processos em paralelo − uso inadequado decorrente de uma falta de informação ou de uma falta de conhecimento e o uso prolongado e inadequado − vão convergir lá adiante, impactando no aumento da resistência bacteriana, questões que precisamos urgentemente reavaliar”, completa o médico.

 

Instituto Latino-americano de Sepse (ILAS)
www.ilas.org.br


Câncer de mama: A rotina após o diagnóstico

Equipe multidisciplinar e rede de apoio são fundamentais para dar suporte à rotina do paciente oncológico

 

Imagine programar todo o seu 2024 e na metade dele receber um diagnóstico que mudaria todo o seu planejamento. Tatiane Ribeiro se especializou como tricologista há mais de uma década, profissional que trata o couro cabeludo e propõe soluções para problemas capilares. Mas, há quatro meses ela sentiu um nódulo pequeno durante um autoexame. Em agosto, a notícia: estava com câncer de mama com metástase na axila. Em outubro, a profissional que já solucionou problemas capilares em tantos pacientes, montou um protocolo com base na sua experiência para não perder o próprio cabelo.

 

“Essa virou a minha grande missão: ajudar outras pessoas. Pensei em um protocolo específico para a quimioterapia com o intuito de ancorar os fios e consegui manter 50% do meu cabelo. Deus está permitindo meu cabelo cair para eu entender o sentimento de ficar totalmente careca e poder ajudar mais mulheres”, destacou Tatiane. Apesar de conseguir manter parte dos fios após a quimioterapia, a profissional raspou os cabelos para lidar melhor com essa fase.

 

Diário de uma paciente - Por conta do tratamento, a rotina de Tatiane sofreu muitas alterações. Efeitos colaterais como náusea, fraqueza e mal-estar a impedem de manter a agenda cheia de pacientes, o que fez com que alguns a deixassem, impactando financeiramente. Os mesmos efeitos também impedem a execução das atividades físicas que faziam parte do seu dia a dia e até o comparecimento em eventos sociais.

O tratamento de Tatiane ainda está no início, mas inclui seis quimioterapias que antecederão a cirurgia, a radioterapia e mais um ano de quimioterapia. Graças à família e amigos que fazem parte da rede de apoio, a profissional tem forças para passar por essas etapas e a dar valor a ações simples do dia a dia. Mesmo com essa mudança de rotina, Tatiane tenta encontrar um lado positivo na experiência. “O cabelo vai crescer de novo e essa fase vai passar. O câncer te atenta para as coisas pequeninas e te faz enxergar a vida de outra forma, por isso, o diagnóstico não é o fim, mas um recomeço”.

 

Tratamento multidisciplinar - Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que cerca de 41 mulheres a cada 100 mil podem ser diagnosticadas com câncer de mama no Brasil no triênio 2023-2025. E junto ao diagnóstico vem a preocupação sobre as incertezas do futuro e no quanto o tratamento irá alterar a rotina. Profissionais da área asseguram que há formas de dar mais suporte à paciente para que ela se sinta mais acolhida nessa fase de surpresa e adaptação.

 

Oncologista clínica e integrante da Oncomed-MT, Letícia Barbosa França, acredita que a inserção da paciente em uma equipe médica multidisciplinar e a possibilidade de ela ter uma rede de apoio entre familiares e amigos sejam pilares que ampliam o sucesso do tratamento oncológico. 

Além dessas bases, é importante evitar pedir opiniões sobre o tratamento para além do corpo clínico que o acompanha. “As orientações específicas são de acordo com o protocolo a ser realizado e cada caso é único. Quando o paciente pede opiniões a amigos, vizinhos e parentes pode ficar com dúvidas e a insegurança prejudica o tratamento. O ideal é que o paciente escolha o médico que vai orientá-lo e confie nele”.

 

A equipe multidisciplinar é composta por profissionais de diversas especialidades como oncologista clínico, cirurgião, radioterapeuta, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista e educador físico. Os profissionais atuam em conjunto para o sucesso do tratamento, fornecendo informações específicas para cada caso, orientando sobre os efeitos colaterais esperados e o que fazer para minimizá-los.

 




Oncomed-MT
www.oncomedmt.com.br

 

Dia Mundial da Menopausa: Fernanda Torras ressignifica a saúde da mulher 40+

Período de menopausa costuma representar mais de um terço da vida de mulheres brasileiras


Comemorado anualmente em 18 de outubro, o Dia Mundial da Menopausa é uma data que tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a menopausa e as opções de suporte disponíveis para melhorar a saúde e o bem-estar das mulheres. Este ano, a International Menopause Society (IMS) escolheu como tema a Terapia Hormonal da Menopausa, abordando algumas das principais controvérsias em torno desse assunto. 

Após anos de negligência, a menopausa finalmente vem recebendo a atenção merecida, capacitando as mulheres a buscar tratamento para os sintomas associados a essa fase da vida.  No entanto, a mídia e até mesmo a literatura acadêmica apresentam visões polarizadas sobre o manejo da menopausa, deixando as mulheres muitas vezes confusas e desamparadas, em vez de apoiadas durante essa transição, e suscetíveis a produtos comercializados sem comprovação científica. 

Nesse contexto, a Fernanda Torras, ginecologista e mastologista dedicada ao Climatério e Menopausa, e à Ginecologia Regenerativa Funcional e Estética, tem se destacado como uma referência na ressignificação da saúde da mulher acima dos 40 anos. Com uma abordagem humanizada e embasada em evidências científicas, Torras tem como missão oferecer um atendimento personalizado e acolhedor, considerando as necessidades e particularidades de cada paciente. 

"A menopausa é uma fase natural da vida da mulher e não deve ser encarada como um problema, mas sim como uma oportunidade para promover a saúde e o bem-estar. Infelizmente, muitas mulheres enfrentam dificuldades durante esse período devido à falta de informação e ao estigma associado à menopausa. Meu objetivo é mudar essa realidade, oferecendo suporte e orientação para que as mulheres possam viver essa fase com plenitude e qualidade de vida", destaca a médica. 

A pesquisa "Conhecimento sobre a menopausa de acordo com mulheres brasileiras de meia-idade: um estudo de base populacional", realizada na Universidade de Campinas, em São Paulo, revelou, a partir de uma base de 749 mulheres entre 45 e 60 anos, que 16% delas estariam no período de pré-menopausa, enquanto 68% estavam passando pela pós-menopausa. No entanto, muitas delas enfrentam dificuldades para lidar com os sintomas e não têm acesso a informações confiáveis ou a profissionais qualificados para orientá-las. 

Segundo um levantamento realizado pela Fernanda Torras entre 2023 e 2024 com 300 pacientes, 68% das mulheres relatam dificuldades em lidar diariamente com os sintomas da menopausa, enquanto 41% afirmam não saber identificar quais são esses sintomas, as opções de tratamento disponíveis, como a terapia de reposição hormonal, e quais profissionais procurar. Considerando que a expectativa de vida das mulheres no Brasil é de 80 anos, de acordo com o IBGE, é esperado que a menopausa corresponda a um terço de suas vidas - já que a média para entrar na menopausa é aos 48 anos, define o Estudo Brasileiro de Menopausa - ressaltando a importância de um cuidado integral e personalizado durante essa fase. 

"A menopausa não deve ser encarada como o fim da vitalidade feminina, mas sim como o início de uma nova etapa, repleta de possibilidades e realizações. Com o acompanhamento adequado e a adoção de hábitos saudáveis, as mulheres podem desfrutar de uma menopausa tranquila e envelhecer com saúde e dignidade", enfatiza Torras.

 



Fernanda Torras - ginecologista e mastologista, especializada em Climatério e Menopausa, além de Ginecologia Regenerativa, Funcional e Estética. Com mais de 15 anos de experiência, é membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e da Associação Brasileira de Cosmetoginecologia. Atua como diretora clínica da Clínica Torras, referência em saúde da mulher 40+, atendendo pacientes de todo o Brasil, além de brasileiras que vivem no exterior. Para saber mais, acesse: https://drafernandatorras.com.br.


Cuidados Paliativos: A importância de integrar conforto ao tratamento curativo

Especialista explica como os cuidados paliativos e curativos se complementam na busca pela melhor qualidade de vida dos pacientes

 

Ainda pouco conhecidos no Brasil, os cuidados paliativos são essenciais para proporcionar conforto e alívio de sintomas para pacientes com doenças raras e progressivas, auxiliando a manter a melhor qualidade de vida e bem-estar durante todo o tratamento. Segundo o último levantamento do Ministério Público, atualmente mais de 625 mil pessoas no Brasil precisam desse tipo de assistência. Apesar de muitos pensarem que esses cuidados se aplicam apenas em situações terminais, eles podem ser oferecidos desde o diagnóstico e seguir ao longo de todo o tratamento. 

Para Fernanda Callegari, médica intensivista e coordenadora do Hospital de Transição Revitare, a introdução dos cuidados deve ocorrer o quanto antes. "Nosso foco é oferecer suporte emocional e manejar sintomas desde o início. O ideal é que o paliativo acompanhe o curativo e se a cura não for mais possível, os cuidados continuam para garantir dignidade e bem-estar ao paciente," explica a médica. 

Os cuidados paliativos não se restringem ao alívio físico, como a dor e a fadiga. Eles também oferecem apoio emocional, psicológico e espiritual ao paciente e seus familiares. "É essencial considerar todas as dimensões da vida do paciente, não apenas a doença. Por isso, a presença de uma equipe multidisciplinar, com psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeuta, entre outros profissionais, é fundamental, porque isso ajuda a lidar com o medo e a ansiedade ao longo de todo o processo," acrescenta Fernanda. 

A comunicação clara é outro pilar importante oferecido neste tipo de cuidado. Fernanda, ressalta a importância de alinhar o plano terapêutico aos desejos e valores do paciente. "Facilitamos conversas sobre preferências e expectativas, especialmente sobre o fim da vida, garantindo uma abordagem mais acolhedora e humana. Essa integração fortalece o vínculo entre equipe médica, paciente e família, promovendo mais confiança e conforto em cada etapa, " destaca a médica.

Pacientes que combinam cuidados paliativos com tratamentos convencionais costumam experimentar uma melhora significativa na qualidade de vida e enfrentar menos complicações. Com foco no bem-estar e no alívio do sofrimento, os cuidados paliativos proporcionam um suporte fundamental tanto para os pacientes quanto para suas famílias, assegurando que ninguém precise enfrentar essa caminhada sozinho.
 

Revitare


Pesquisa aponta que 71% das pessoas ouviram falar sobre HPV, mas apenas 43% que conhecem o vírus e a vacina receberam orientação para se vacinarem

Divulgação
Realizada pelo Instituto Ipsos a pedido da MSD, a pesquisa mostrou que é preciso conscientizar a população a respeito dos riscos do HPV


O câncer de colo do útero mata cerca de 19 mulheres por dia no Brasil. Mas, a boa notícia é que ele pode ser prevenido por meio da vacinação, de exames preventivos e de tratamento adequado das lesões pré-cancerígenas. Contudo, a principal razão para não se vacinar é a falta de conhecimento sobre a vacinação. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da MSD Brasil. Por isso, é necessário discutir sobre o segundo câncer que mais mata mulheres entre 20 e 49 anos.
O Ipsos ouviu 500 pessoas em todo Brasil para mensurar o conhecimento da população em relação ao vírus HPV, responsável por cerca de 99% dos casos de câncer de colo do útero. Muitas pessoas ainda desconhecem as formas de transmissão e como se proteger e se prevenir.


Dados de Conhecimento e Prevenção

• As mulheres tendem a saber mais sobre o câncer de colo do útero e a relação com o HPV (73%, contra 69% entre os homens), mas ainda existe um grande desconhecimento sobre a transmissão do vírus e as formas de prevenção.

• A região Centro-Oeste (81%) lidera o conhecimento sobre o HPV, seguida pelas regiões Sudeste (74%) e Norte (72%).

• Embora as mulheres mais jovens estejam mais expostas a informações, a orientação médica ainda é baixa: somente 47% foram orientadas à prevenção por meio da vacinação.

Vacinação: Barreiras e Incentivos

• Entre as mulheres que ainda não se vacinaram, os principais motivos citados foram a falta de conhecimento (57%), tempo e planejamento (32%).

• Campanhas de vacinação (65%) e a recomendação médica (42%) foram os principais fatores que levam à adesão à vacina contra o HPV.

A conscientização sobre a prevenção do câncer de colo do útero e a vacinação contra o HPV deveriam ser uma prioridade em todas as regiões do país. Investir em campanhas educativas e ampliar a orientação médica podem ser os caminhos mais eficazes para reverter os números de desconhecimento e aumentar a adesão à prevenção.

Informação e Empoderamento

O conhecimento é uma ferramenta poderosa para a prevenção e o tratamento de cânceres ginecológicos. Foi pensando nisso que a MSD realiza a campanha HPV Pode Acontecer, que conta com ações de comunicação multiplataformas e a participação de mulheres influentes, como a atriz e apresentadora Giovanna Ewbank, a apresentadora Mirelle Moschella, e a atriz Cleo Pires. Durante todo o mês de outubro, a campanha terá também a participação das atletas medalhistas olímpicas Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia), Bia Ferreira (boxe), Bia Souza (judô), Jade Barbosa (ginástica olímpica) e Verônica Hipólito (atletismo paralímpico), e a médica ginecologista do Comitê Olímpico Brasileiro, a dra. Tathiana Parmigiano.
 

MSD


Saúde bucal em dia: essencial para quem enfrenta o câncer, alerta Dr. Rogério Duarte


Em meio à campanha de conscientização trazida pelo Outubro Rosa, pouco se fala sobre um detalhe que pode fazer toda a diferença na qualidade de vida de quem está em tratamento oncológico: a saúde bucal. O dentista Rogério Duarte aproveita o momento para lançar um alerta: cuidar da boca é muito importante para a qualidade de vida do paciente. 

“Quando falamos de pacientes com câncer, os cuidados bucais são essenciais para evitar complicações que podem comprometer até o andamento do tratamento”, diz Dr. Rogério. E ele não está sozinho nesse alerta. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que, além dos 704 mil novos casos de câncer esperados no Brasil até 2025, só o câncer de boca e de garganta deve atingir mais de 15 mil pessoas por ano.

 

Por que a boca precisa de tanta atenção? 


A resposta, segundo o especialista, está nos efeitos colaterais dos tratamentos, como quimioterapia e radioterapia. Quem passa por esses procedimentos pode sofrer com problemas bucais como mucosite (feridas na boca), boca seca, cáries e até infecções.

 

“O paciente oncológico, além de lutar contra a doença, muitas vezes enfrenta também a dor de feridas que surgem na boca e dificultam atividades simples como comer e falar. A boca seca, outro problema comum, aumenta o risco de cáries e infecções”, explica Dr. Rogério. E tudo isso pode influenciar diretamente no sucesso do tratamento oncológico, já que o corpo precisa estar o mais saudável possível para lidar com os medicamentos.

 

A boca saudável faz diferença

 

Dr. Rogério é enfático: uma avaliação odontológica antes de iniciar o tratamento contra o câncer pode evitar muitas dores de cabeça – literalmente. “Antes de começar quimioterapia ou radioterapia, o ideal é passar por uma avaliação com o dentista para garantir que não há focos de infecção. Isso melhora a qualidade de vida do paciente durante o tratamento”, aconselha.

 

Além disso, ele destaca que os cuidados devem continuar ao longo de todo o processo de tratamento oncológico. Pacientes que passam por radioterapia na região da cabeça e pescoço, por exemplo, precisam evitar certos procedimentos odontológicos, como extrações dentárias, devido ao risco de complicações mais graves, como a osteonecrose (morte do tecido ósseo).

 

Cuidados simples, mas poderosos

 

Manter a boca saudável durante o tratamento do câncer não exige grandes mudanças, segundo Dr. Rogério. Ele lista cuidados simples que podem fazer toda a diferença, como manter uma boa higiene bucal, usar enxaguantes adequados e seguir à risca as recomendações do dentista. O acompanhamento constante é fundamental para prevenir e tratar qualquer alteração que surja durante o tratamento oncológico.

 

Autoestima e tratamentos estéticos

 

Além dos cuidados bucais essenciais, Dr. Rogério também ressalta sobre a importância de tratamentos voltados para a estética e a reabilitação da autoestima dos pacientes após o tratamento oncológico. Procedimentos como clareamento dental, restaurações estéticas e reabilitação oral podem ser iniciados assim que o tratamento médico principal é finalizado e com a devida autorização da equipe de oncologia. “A recuperação da autoestima é fundamental nesse processo. Ver-se com um sorriso renovado ajuda a enfrentar essa nova fase da vida com mais confiança, o que pode ser tão importante quanto a própria recuperação física”, ressalta o dentista.

 



Sublime Odontologia
Dr. Rogério Duarte
Endereço: QNA 48 Lote 2, Sala 103 - Taguatinga Norte, Brasília - DF
Instagram: @sublimeodontobsb
@dr.rogerio.duarte


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