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sexta-feira, 10 de março de 2023

Faça Você Mesmo: conheça os principais erros na hora de montar o IR 2023

 Declarar o próprio Imposto de Renda não é uma tarefa fácil e precisa ter atenção redobrada; a especialista Nátaly Zamaro explica os principais pontos a serem reparados e lista os documentos necessários

 

Está chegando a hora de começar a se preocupar com a declaração do Imposto de Renda deste ano, que deve ser enviada entre o período de 15 de março a 31 de maio. Este ano, deverá pagar imposto quem ganhou a partir de R$1.903,98 por mês em 2022. Para se ter ideia, de acordo com a Receita Federal, em 2021 mais de 36 milhões de pessoas declararam o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). O caminho para preparar a declaração do IR não é fácil, está cheia de detalhes e precisa de muita atenção.

 

Para Nátaly Zamaro, CEO da Spot Finanças, com mais de 10 anos de experiência na área financeira, existem alguns erros que são muito comuns na hora da declaração. “Muitos erros acontecem, por ser um processo que precisa de muita atenção aos detalhes. Se a pessoa não conhece o sistema, e o que é a declaração, a chance de errar é enorme. É muito comum acontecer erros de digitação e de falta de lançamentos, por exemplo. Além disso, é sempre preciso manter atenção para não ‘cair na malha fina’, que significa que a declaração do IR ficará retida na Receita Federal por conta de alguns erros - sejam valores incorretos, omitir rendimentos, informações cadastrais erradas, entre outros”, comenta.


Para as pessoas que estão começando a declarar o seu IR agora e querem fazer isso sozinhas, é necessário muita atenção sempre. “O que eu mais recomendo é assistir ao máximo de tutoriais possível para conseguir fazer a declaração sozinho. Mas se as dúvidas começarem a persistir, recomendo fortemente que um contador seja procurado. Uma boa dica é se manter atento nos pontos que tornam mais difícil declarar o IR, por exemplo, inventário, aplicações de renda variável, etc. Erros e inconsistências na declaração de imposto de renda podem gerar multa e, em um cenário crítico, as fraudes podem até mesmo levar o contribuinte a ser indiciado por crime tributário”, complementa a especialista.

 

O que é necessário para o IR 2023?

 

Segundo Nátaly, para este ano, se torna necessária a declaração do imposto de renda para todos aqueles que obtiveram renda acima de R$ 28.559,70 no ano de 2022 ou aqueles que receberam mais de R$ 40.000,00 em rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte. Além disso, a especialista lista os documentos necessários para quem vai preparar o IR:

 

Documentos relacionados à renda (do contribuinte ou de dependentes):

- Informes de rendimentos de instituições financeiras, como bancos, bancos digitais e corretoras de valores e de investimentos;

- Informes de rendimentos de salários, aposentadoria, pensões, pró-labore, distribuição de lucros;

- Informes de rendimentos de aluguéis de bens móveis e imóveis;

-Informes de outras rendas recebidas em 2022, como doações, heranças e pensão alimentícia;

- Dados do Carnê-Leão para importação na Declaração do IR;

- Informes de rendimentos de programas fiscais, como Nota Fiscal Paulista e Nota Fiscal Paulistana.

Documentos referentes a bens e direitos.:

- Documentos que provem a compra e venda de bens e direitos em 2022;

- Cópia da matrícula do imóvel e/ou escritura de compra e venda e boleto do IPTU de 2022;

- Documentos que provem a posição acionária em uma empresa, se aplicável;

- Caso o contribuinte tenha registrado ganho de capital com a venda de bens e direitos, ele vai precisar dos dados do Demonstrativo de Ganhos de Capital – 2022 (GCAP) para importação.

Documentos relacionados a pagamentos e deduções efetuadas

- Recibos ou informes de rendimentos de plano ou seguro de saúde (com CNPJ da empresa emissora e indicação do paciente);

- Despesas médicas e odontológicas em geral (com CNPJ da empresa emissora ou CPF do profissional e indicação do paciente) – recibos, notas fiscais, extrato do plano de saúde que evidencie os gastos;

- Comprovantes de despesas com educação (com CNPJ da empresa emissora e indicação do aluno);

- Comprovante de pagamento de previdência social e privada (com CNPJ da empresa emissora);

- Recibos de doações feitas.

 

Documentos relacionados a dívidas e ônus

- Informes e documentos de dívida e ônus contraídos e/ou pagos no ano passado. (apenas se a quantia devida for maior do que R$ 5 mil.) Também não é necessário declarar dívidas de financiamento imobiliário, bens adquiridos por consórcio e dívidas de atividade rural;

 

Documentos referentes a rendas variáveis

- Notas de corretagem e extratos de Imposto de Renda enviadas pelas corretoras a quem faz negociação de renda variável;

- Documentos de Arrecadação da Receita Federal (DARFs) de Renda Variável;

- Informes de rendimentos adquiridos com renda variável.

 

Spot Finanças

 

Unicid inicia atendimentos gratuitos para ajudar os contribuintes na declaração do Imposto de Renda 2023

Os serviços serão realizados on-line e presencialmente a partir do dia 20 de março e os interessados já podem realizar inscrição prévia; Neste ano, o público também poderá encaminhar dúvidas por e-mail para planejamento financeiro pessoal e receberá orientação gratuita

 

A Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), instituição pertencente ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, começa a receber agendamentos para o 31º Plantão Fiscal 2023, que será realizado entre os dias 20 de março e 26 de maio. Os atendimentos gratuitos serão presenciais e on-line, voltados a orientar os contribuintes sobre o preenchimento da declaração do Imposto de Renda.  

O serviço, realizado há 31 anos pelos alunos do curso de Ciências Contábeis que fazem parte do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), com apoio técnico da Receita Federal do Brasil, supervisionados por professores, inclui orientação e auxílio no preenchimento e transmissão da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física. Neste ano, a novidade é que o público poderá encaminhar também dúvidas para planejamento financeiro pessoal e receberão orientação gratuita.  

Já a partir do dia 20 de março, a Instituição disponibilizará os e-mails imposto.renda@unicid.edu.br e naf.unicid@unicid.edu.br para que os contribuintes possam enviar suas perguntas. Os retornos também serão dados pelos estudantes, orientados por seus docentes.  

Já os atendimentos presenciais do Plantão Fiscal da Unicid serão feitos somente com hora marcada pelo e-mail naf.unicid@unicid.edu.br. O declarante precisará apenas comparecer na hora marcada com leite em pó ou fraldas geriátricas para contribuir com uma ação social da instituição para doação (APAE GUARULHOS). A partir do dia 3 de abril a 26 de maio de 2023, o contribuinte deverá comparecer presencialmente a Rua Cesário Galeno, 475, Tatuapé (Próximo à Estação Carrão do Metrô), a partir de 17h. Os atendimentos serão por ordem de chegada e as vagas são limitadas. Ainda, haverá atendimento nos sábados 15 de abril e 6, 13 e 20 de maio de 2023, das 8h às 12h.  

Ao longo dos 31 anos de Plantão Fiscal, a Unicid já atendeu mais de 38 mil pessoas. Segundo o coordenador do curso de Ciências Contábeis, Prof. Me. Wagner Pagliato, o objetivo é auxiliar o contribuinte, que geralmente tem dificuldades em como deve ser feito o correto preenchimento da declaração e quais são as deduções permitidas, além de evitar cair na malha fina.  

“Em nossas pesquisas, constatamos que somos procurados devido à credibilidade e confiança do nosso trabalho. Não é à toa que a Unicid tem o maior número de atendimentos realizados na capital paulista, segundo a Receita Federal. Por isso, ampliamos os serviços e esperamos receber mais de mil contribuintes neste ano”, ressalta o professor.  

Para o preenchimento da declaração é necessária levar os seguintes documentos:  

  • Informe de rendimentos de salários, pró-labore, aposentadoria etc.;  
  • Declaração de Imposto de Renda entregue em 2022 (CD);  
  • Relação anual dos aluguéis recebidos de pessoa física, com nome, CPF, endereço do imóvel e valor recebido;  
  • Informe de rendimentos bancários, posição em 31/12/2022;  
  • Informe de rendimentos das aplicações financeiras (poupança, prazo fixo, CDB/RDB etc.);  
  • Informe de rendimento do cônjuge e dependentes, se a declaração for feita em conjunto;  
  • Recibos de pagamentos a médicos, dentistas, hospitais, planos de saúde etc.;  
  • Recibos de pagamentos dos gastos com educação (universidade, escolas etc.);  
  • Pensão alimentícia paga no ano (relacionar o valor pago e os dados do beneficiário com CPF);  
  • Comprovante de compra de bens móveis ou imóveis adquiridos no ano de 2020;  
  • Comprovante de venda de bens móveis ou imóveis durante o ano de 2022;  
  • Número do CPF dos dependentes de qualquer idade;  
  • Número do recibo de entrega da declaração 2021/2022;  
  • Comprovantes de despesas do Livro Caixa (para prestadores de serviços autônomos);  
  • Comprovantes de pagamento à previdência privada e oficial; comprovantes de doações para fins de incentivos fiscais (Fundos da Criança e do Adolescente, Lei Rouanet, audiovisuais, entre outros).  

Quem é obrigado a declarar?  
  • Quem recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.559,70; 
  • Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil;  
  • Quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeitos à incidência do Imposto;  
  • realizou operações de alienação em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas: 

  • a) cuja soma foi superior a R$ 40 mil; ou  
    b) com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;  
  • relativamente à atividade rural:  
  • a) obteve receita bruta em valor superior a R$ 142.798,50; ou  
    b) pretenda compensar, no ano-calendário de 2022 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2022;  
  • Quem teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil;  
  • Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro;  
  • Quem optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, caso o produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 dias, contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.  


SERVIÇO:  

31º Plantão Fiscal 2023  

Quando: de 20 de março a 26 de maio  

Atendimentos on-line: imposto.renda@unicid.edu.br e naf.unicid@unicid.edu.br  
Atendimentos presencial: marcar dia e horário através do e-mail: naf.unicid@unicid.edu.br  

Onde: Unicid  

Rua Cesário Galeno, 475, Tatuapé (Próximo à Estação Carrão do Metrô).  
Tel.: (11) 2178 1212 -
www.unicid.edu.br  

 

Universidade Cidade de São Paulo – Unicid

www.unicid.edu.br


Há muito espaço para investir no mercado de logística no Brasil

O mercado de logística está em franca expansão. Embora enfrente muitos gargalos no Brasil, que ocupa apenas a 56ª posição no ranking Logistics Performance Index (LPI) do Banco Mundial, o setor tem muito espaço para crescer. A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) estima que o setor privado vai investir R$ 124,3 bilhões em transporte e logística entre 2022 e 2026. Mas investir em logística no Brasil não significa concorrer diretamente com os Correios.

 Claro que isso é possível, caso o investidor tenha condições de aplicar um montante monstruoso de recursos e obter a capilaridade singular dos Correios para chegar a todos os cantos do país. Se isso for inviável, é possível trabalhar nichado para atender regiões e o e-commerce, que vai continuar registrando alta de dois dígitos ao ano, com previsão de crescimento forte em 2023, em função de a economia estar melhorando. 

Também não é obrigatório investir pesado em uma frota parruda de grandes veículos. O setor pede cada vez mais diversidade modal, em consonância com o forte apelo da sustentabilidade, que cada vez mais marca os novos negócios. Veículos elétricos, entregas de bicicleta e a pé podem encontrar um mercado ávido por alternativas não poluentes e alinhadas com a economia ambientalmente consciente. 

Há muito espaço para investir. Como sempre cito, as 10 maiores empresas do Brasil representam menos de 2% do potencial do mercado de logística do mercado brasileiro. Nos Estados Unidos, as 10 maiores empresas somam 15% do mercado e na Europa, 24%. Tem muita oportunidade no Brasil que ainda não está sendo observada, mas é preciso conhecimento em logística. 

Uma boa sugestão é buscar pequenas e médias cidades que tenham um bom cálculo de retorno, fazer um planejamento de network para crescer, agregando novos locais ao portfólio. Pequenas empresas servem como ponto de entrega para grandes operadores. Como se sabe, o Brasil tem grandes problemas de infraestrutura e precisa de muitos investimentos em modais de transporte. Se todo mundo tem o mesmo problema, descobrir um nicho diferenciado é um fator que pode ser usado em benefício do negócio. 

A logística no Brasil é um bom investimento e precisa de quatro itens básicos: bom produto, tecnologia, competência humana e visão de médio e longo prazo. A tecnologia é um importante diferencial para que a empresa possa oferecer versatilidade, agilidade e ganhar em competitividade. Este ano, o segmento registrou grandes investimentos em tecnologia, inovação, expansão e infraestrutura em busca de maior eficiência. Pesquisa do Gartner aponta que as companhias impulsionaram a automação nos dois últimos anos.   

A Pathfind justamente presta serviços de tecnologia para ajudar empresas de qualquer tamanho a melhorar sua roteirização, diminuir emissão de carbono e ter maior visibilidade. No mercado desde 2013 é a única empresa de otimização e roteirização desenvolvida a partir de uma base de algoritmos. A Pathfind tem mais de 70 algoritmos, que trabalham no método stand alone (auto suficiente), para contribuir com o crescimento de negócios de logística. 

Antonio Wrobleski - Especialista em logística, presidente do Conselho Administrativo da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008, em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu, há 13 anos, e pratica o esporte há 30 anos.


FIES e a possibilidade de redução na dívida de médicos e profissionais de saúde

 

O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Governo Federal que tem como objetivo financiar a graduação de estudantes em instituições privadas de ensino superior. Atualmente, a lei que regulamenta o fundo prevê a possibilidade do abatimento de 12% ao ano, estudante ou graduado, para médicos que atuaram na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19. 

E não é só. O benefício ainda concede o abatimento a outros profissionais da saúde que trabalharam no período pandêmico mundial. 

A atualização legislativa é uma forma de reconhecimento e valorização desses profissionais que arriscaram suas vidas para salvar outras durante a crise sanitária. Além disso, o incentivo colabora para a permanência dos estudantes e médicos graduados no Brasil, contribuindo, nesse caso, para o fortalecimento do sistema de saúde, já que muitos dos profissionais preferem deixar o país em busca de melhores condições de trabalho e remuneração. 

Para ter direito ao abatimento na porcentagem determinada em lei, é necessário que o profissional da saúde - enfermeiros, médico e ou médico residente - tenha trabalhado no âmbito do SUS durante o período pandêmico (março de 2020 a setembro de 2021), por pelo menos seis meses. Além disso, é preciso estar em dia com as prestações do FIES e não ter sido beneficiado por outras formas de abatimento ou refinanciamento do saldo devedor. 

Para solicitar o abatimento, o profissional deverá apresentar a documentação comprobatória da sua atuação na pandemia como trabalhador da saúde, junto ao FIES, cuja análise para concessão do abatimento serão realizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Entretanto, a solicitação via administrativa vêm frustrando muitos profissionais que estão sendo obrigados a utilizar técnicas e estratégias corretas na esfera judicial. 

A medida, além de fomentar a institucionalização do financiamento, representa uma importante forma de valoração dos profissionais que atuaram na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19, sobretudo aos médicos residentes que ingressam ao mercado de trabalho com salário reduzido e com a responsabilização perante a dívida do financiamento. Espera-se que o benefício contribua para a manutenção e o engajamento desses profissionais no Brasil, bem como para o fortalecimento e qualidade no sistema de saúde brasileiro.

 

José Santana dos Santos Junior - advogado especialista em Direito Médico e sócio do escritório Mariano Santana Advogados


Prazo para declarar bens e investimentos no exterior é até 5 de abril

Especialista da PLBrasil Paralegal, Thiago Moliani explica que deixar de apresentar a declaração pode resultar em multas de R$ 2,5 mil a R$ 250 mil.

 

Brasileiros residentes no Brasil que tinham capitais e investimentos no exterior em 31 de dezembro de 2022, como valores, bens, direitos e ativos de qualquer natureza, de US$ 1 milhão ou mais, precisam entregar a declaração periódica ao Banco Central (BC) até o dia 5 de abril deste ano. As informações são utilizadas para documentos de estatísticas do setor externo, entre elas o Balanço de Pagamentos e a Posição de Investimento Internacional. A declaração é obrigatória para pessoas físicas ou jurídicas residentes, domiciliadas ou com sede no Brasil. 

 

O especialista em registros de capitais estrangeiros no Brasil e capitais brasileiros no exterior da PLBrasil Paralegal, Thiago Moliani, explica que os capitais brasileiros no exterior (CBE), a partir de US$ 1 milhão ou equivalente em outras moedas no dia 31 de dezembro do ano-base de 2022, devem ser declaradas ao BC, anualmente ou trimestralmente. Segundo ele, investidores que não apresentarem a declaração podem ser multados em valores que variam de R$ 2,5 mil a R$ 250 mil, com acréscimo de 50% em algumas situações, conforme a Lei nº 14.286/2021 e Resolução BCB nº 279/2022.

 

Moliani comenta que os prazos para a entrega da declaração ao BC são fixos. A declaração referente à data-base de 31 de dezembro, anual ou trimestral, deve ser entregue de 15 de fevereiro a 5 de abril do ano seguinte. O prazo para a declaração trimestral com data-base de 31 de março vai de 30 de abril a 5 de junho do mesmo ano. Em relação à data-base de 30 de junho, o documento precisa ser entregue de 31 de julho a 5 de setembro do mesmo ano. O trimestre com data-base de 30 de setembro deve ter a declaração apresentada de 31 de outubro a 5 de dezembro do ano corrente. 

 

“A equipe de Banco Central do Grupo PLBrasil está à disposição para auxiliar os investidores no telefone +55 (11) 3292-5050 e no e-mail nn.sp@plbrasil.com.br”, afirma o especialista. 

 

Mudanças nas declarações de investimento estrangeiro geradas pelo Novo Marco Cambial

 

Moliani alerta os receptores de investimento estrangeiros sobre as novas regras do Banco Central. As mudanças de regras e critérios de obrigatoriedade para as declarações periódicas trimestrais, anuais e quinquenais estão na Resolução BCB nº 278, de 31 de dezembro de 2022, que regulamenta a Lei nº 14.286/21. Ele comenta que o objetivo é modernizar, simplificar, fortalecer a segurança jurídica e tornar mais transparente as operações de capital estrangeiro. 


De acordo com o especialista, a Resolução define que a declaração trimestral deve ser prestada pelo receptor de investimento estrangeiro direto que tiver ativos em valor igual ou maior que R$ 300 milhões na data-base de referência. Ele acrescenta que o prazo para a Declaração Trimestral com data-base em 31 de dezembro de 2022 permanece inalterado, até 31 de março deste ano. Empresas com ativos entre R$ 100 milhões e R$ 300 milhões em 31 de dezembro de 2022 precisarão apresentar a declaração anual.  

 

“Como disposição transitória, a Declaração Periódica anual referente à data-base de 31 de dezembro de 2022 deverá ser prestada exclusivamente por meio do sistema do Censo de Capitais Estrangeiros, entre 1º de julho e 15 de agosto, até as 18h, de 2023”, comenta Moliani. Ele observa que o patrimônio líquido não é mais considerado critério para fazer uma declaração periódica trimestral, anual ou quinquenal.

 

RESUMO DOS NOVOS PRAZOS E CRITÉRIOS ESTABELECIDOS:

 

ESTE ANO:


 

Isento da declaração periódica 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total inferior a R$ 100 milhões. 

 

Declaração periódica anual

Data-base e prazo de envio 

31/12/2022 - 01/07/2023 a 15/08/2023

 

Fato gerador 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total igual ou superior a R$ 100 milhões e inferior a R$ 300 milhões. 

 

Declaração periódica trimestral

Data-base e prazo de envio 

31/12/2022 - 01/01/2023 a 31/03/2023

31/03/2023 - 01/04/2023 a 30/06/2023

30/06/2023 - 01/07/2023 a 30/09/2023

30/09/2023 - 01/10/2023 a 31/12/2023

 

Fato gerador 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total igual ou superior à R$ 300 milhões.

 

PREVISÃO PARA OS ANOS SEGUINTES:

 

Isento da declaração periódica 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total inferior a R$ 100 milhões, exceto nos anos-base terminados em 0 ou 5. Para os anos terminados em 0 ou 5, será isenta a receptora de investimento que possuir ativo total inferior a R$ 100 mil.

 

Declaração periódica quinquenal

Data-base e prazo de envio

31/dez - 01/01 a 31/03

 

Fato gerador 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total igual ou superior a R$ 100 mil nos anos que terminam em zero ou cinco.

 

Declaração periódica anual

Data-base e prazo de envio

31/dez - 01/01 a 31/03

 

Fato gerador 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total igual ou superior a R$ 100 milhões e inferior a R$ 300 milhões.

 

Declaração periódica trimestral

Data-base e prazo de envio

31/dez - 01/01 a 31/03

31/mar - 01/04 a 30/06

30/jun - 01/07 a 30/09

30/set - 01/10 a 31/12

 

Fato gerador 

Receptoras de investimento estrangeiro direto com ativo total igual ou superior a R$ 300 milhões. 

 

Grupo PLBrasil
https://www.plbrasil.com.br


Em São Paulo, inadimplência cai pelo terceiro mês consecutivo

FecomercioSP aponta que 965 mil famílias estão com dívidas em atraso, o que representa 23,9% dos lares; em janeiro, índice era de 25%

 

Em fevereiro, a inadimplência entre as famílias paulistanas caiu pelo terceiro mês consecutivo e chegou a 23,9% dos lares. O índice é um pouco menor do que os 25% registrados no primeiro mês de 2023. Em números absolutos, são 965 mil casas que precisam quitar as dívidas em atraso. 

 

Apesar da melhora mensal, o porcentual registrado no segundo mês do ano está acima dos 21,8% vistos no mesmo período do ano passado – o que representa aumento de 93 mil famílias com compromissos não quitados na data do vencimento. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

 

A inflação mais amena nos últimos meses, a injeção do décimo terceiro salário no fim do ano e o reajuste do salário mínimo explicam este ciclo de queda da inadimplência. Sendo assim, o endividamento seguiu a mesma tendência e recuou dos 73,1%, em janeiro, para os atuais 72,7%. Em número absolutos, 2,93 milhões de famílias têm algum tipo de dívida. Um ano antes, a taxa registrada era de 73%. Mais uma vez, o principal tipo de dívida, entre os endividados, é o cartão de crédito, com 82,8%. A segunda modalidade mais comum é o carnê, com 15,9%.  


As reduções da inadimplência e do endividamento se deram em ambas as faixas de renda analisadas pela PEIC. Para o grupo de renda inferior a dez salários mínimos, o endividamento caiu para 75,9%, e a inadimplência, para 29,5%. Para as famílias que ganham acima de dez salários mínimos, as taxas respectivas foram de 63,5% e 9,8%.

 

Consumidores mais otimistas


Segundo a FecomercioSP, o cenário ficou relativamente mais favorável às finanças domésticas: o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou crescimento pelo sexto mês seguido de 2,6%, em fevereiro. Todos os sete itens analisados pela pesquisa apontaram alta no mês, com destaque para Itens duráveis e Perspectiva de consumo, que subiram 6,7% e 6,3%, respectivamente. 

 

As tradicionais liquidações do início do ano, com boas oportunidades de compras a preço mais baixo, animaram os paulistanos. Além disso, se há uma perspectiva positiva para o consumo nos próximos meses é porque o consumidor está mais seguro em relação ao emprego e à renda – o item Emprego atual subiu 1%. Outra pesquisa de confiança da Entidade, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), também seguiu a linha positiva e apontou crescimento de 2,7%. 

 

De acordo com a FecomercioSP, a população da cidade de São Paulo deixou o pessimismo de lado: o índice de condições econômicas atuais registrou aumento de 5,6%. Na avaliação do cenário econômico do País e da família em médio e longo prazos, o aumento do índice foi de 1,5%. 

 

Os números mostram que as pesquisas apontam na mesma direção, de uma melhora gradativa nas condições econômicas dos lares, que, por sua vez, conseguem, aos poucos, acertar as contas em atraso e voltar ao consumo de forma mais saudável, ainda que esteja longe de um patamar confortável – mas a situação é melhor do que a vista ao longo do ano passado. Para melhorar a confiança, a intenção de consumo e a inadimplência, seria necessária uma combinação de fatores, como reduções dos juros e da inflação e geração mais forte de empregos formais.  


A Federação também revela que, embora ainda haja grandes desafios pela frente, o quadro mais satisfatório deve ser comemorado. O empresário do comércio vai conferir, aos poucos, o consumidor reconquistando o apetite em consumir, aquecendo gradualmente a economia local.

 

Notas metodológicas


PEIC


A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.

 

ICF


O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil

consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: Emprego Atual; Perspectiva Profissional; Renda Atual; Acesso ao Crédito; Nível de Consumo; Perspectiva de Consumo e Momento para Duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de cem pontos é considerado insatisfatório, e acima de cem pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, tornando possível, a partir do ponto de vista dos consumidores e não por uso de modelos econométricos, ser uma ferramenta poderosa para o varejo, para os fabricantes, para as consultorias, assim como para as instituições financeiras.

 

ICC


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados com aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura. Esses dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, se apresenta como: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

 

FecomercioSP

Mulher empreendedora, o que impulsiona o seu desenvolvimento?

Como advogada previdenciária, acompanho de perto os grandes problemas sociais que atingem as mulheres no Brasil. Também tenho visto, por outro lado, algumas mudanças relevantes. Destaco, principalmente, as transformações que o empreendedorismo pode trazer. Informações da Rede Mulher apontam que o nosso país ocupa a sétima posição no ranking mundial de empreendedorismo feminino. E o que impulsiona o seu desenvolvimento nos negócios?

Com certeza, conhecer as suas habilidades e acertar na escolha na sua área de aptidão, buscando se destacar, são estruturas desse impulso. Nessa linha, para quem começa, digo que buscar conselhos de mulheres que já chegaram onde queriam é uma boa estratégia. Aprender umas com as outras, quais caminhos seguiram e, até mesmo, os erros que cometeram são etapas fundamentais da construção do sucesso.

Outro ponto que jamais deve ser esquecido é o de realizar o necessário estudo e a atualização constante quando se quer sucesso no empreendedorismo. É dessa maneira que a profissionalização será um pilar da carreira, com a possibilidade de pavimentar uma alternativa sólida de destaque no mercado. Temos sempre que dar o nosso melhor!

Nessa aprendizagem, se unir com outras pessoas faz parte do processo, não adianta querer fazer tudo sozinha para demonstrar valor e querer obter reconhecimento a qualquer custo. A humildade, muitas vezes, nos leva a lugares que jamais imaginamos!


Histórias de vida importam

Vim de uma cidade do interior de São Paulo, Itararé, para estudar em Curitiba, capital do Paraná. Meu pai era comerciante e minha mãe professora e, por isso, eu ajudava meu pai no comércio e, nos períodos livres, estudava para o vestibular.

Dessa forma, passei na primeira tentativa, e iniciei a faculdade de Direito na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, com meus pais trabalhando muito para que eu pudesse realizar os estudos.

De alguma forma especial, eu sabia que, assim que terminasse a faculdade, abriria o meu próprio escritório. Na época, tinha acabado de casar, então combinei com meu marido que viveríamos apenas com a renda dele e eu sairia do meu estágio para empreender e iniciar nesse novo mundo.

Abri meu próprio escritório em um bairro simples e a compra dos primeiros móveis foi ainda com a ajuda dos meus pais. Contava também com o auxílio do meu marido e ficávamos trabalhando até 21h todos os dias. Assim, o número de clientes foi crescendo cada vez mais.

Estudava cada caso com afinco, algo que faço até hoje, para poder dar o melhor atendimento. As pessoas começaram a gostar tanto que, depois de quatro meses, não conseguia dar conta de todos que me procuravam.

Por isso, a dica é não ter medo de dar o passo certo! Muitas vezes, o que precisamos é esquecer o medo e acreditar que as coisas podem, sim, acontecer. E lá se vão 14 anos da fundação do escritório e, hoje, acredito estar em uma fase de expansão para outras áreas com a minha mudança para os Estados Unidos, lugar de onde administro o escritório no Brasil à distância e lidero uma equipe de 12 mulheres.

O escritório brasileiro, inclusive, está passando por uma nova fase por meio do marketing jurídico. Digo isso, porque sei que existem muitas fases ainda para eu viver no mundo dos negócios. Nesse sentido, vivo diariamente a minha realização pessoal.

A partir disso, passei a conduzir muitas outras pessoas na busca pela conquista dos seus objetivos trabalhando com mentoria, pois uma das minhas grandes paixões é ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos! O sentimento de levar outras pessoas junto na minha jornada é algo que me realiza e que não tem preço.

É claro que para tudo isso precisamos de muita organização e disciplina no enfrentamento dos desafios. Obviamente, algumas vezes senti medo de não dar conta de administrar tantas responsabilidades e toda a estrutura que veio com o crescimento e as demandas. Porém, ao olharmos com determinação para nossos alvos, somos motivadas a seguir em frente.

A minha confiança em Deus também é primordial para equilibrar a vida profissional com a familiar, acreditando sempre naquilo que Ele nos ensinou. Os desafios vão existir, mas, ao estarmos com as esferas da vida alinhadas, o sonho vira realidade. Acreditando em Deus e em você, os planos evoluem, se desenvolvem e a vida acontece. Vá em frente sempre!

 

Isabela Brisola - advogada previdenciária e sócia-fundadora do escritório Brisola Advocacia.

 

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