Com participação
do professor da FSG, pesquisa também revela que os pais devem se atentar aos
sinais o mais rápido possível, pois isso ajuda no tratamento precoce
Com o alto índice de crianças com Transtorno de
Desenvolvimento da Coordenação (TCD), o professor Rodrigo Flores Sartori, do
curso de Educação Física do
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG, em conjunto com professores da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e da Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), realizaram uma pesquisa que aponta que crianças com esse tipo de
deficiência, quando não tratadas, podem apresentar um péssimo desempenho nas
tarefas escolares, principalmente nas atividades de leitura, escrita e
matemática.
A pesquisa feita pela FSG (com
estudantes participantes), pela PUC-RS e pela UFRGS teve como objetivo comparar
funções executivas em crianças com TCD, em riscos para TCD (r-DCD, em inglês, risk for Developmental Coordination Disorder) e em
crianças tipicamente em desenvolvimento (TD).
O estudo contou com a
participação de 397 crianças, entre 8 e 9 anos de idade, de 12 escolas
distintas do Brasil, sendo 28% de instituições privadas e 72% das públicas, que
foram avaliadas com o método MABC-2, como ferramenta de triagem. Com isso, a
pesquisa dividiu os entrevistados em três grupos: sendo o grupo 1 com crianças
DCD (63), grupo 2 com crianças r-DCD (31) e grupo 3 com TD (63).
Durante a avaliação das
crianças foram realizadas tarefas verbais e não verbais para a memória de
trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. A partir daí o estudo
constatou que o grupo TCD mostrou uma pontuação menor em comparação com o grupo
TD na memória visuoespacial e verbal de trabalho, controle inibitório e em
tarefas de flexibilidade cognitiva. Enquanto o time r-DCD apresentou números
mais baixos em comparação com o grupo TD para memória de trabalho visuoespacial
e para flexibilidade cognitiva.
Na pesquisa, crianças TDC e
r-CDC demonstraram também alguns prejuízos em tarefas motoras finas e brutas.
As más percepções de movimento e a falta de planejamento impedem que esses
grupos adquiram habilidades motoras mais complexas, já que as pontuações
motoras mais fracas estão relacionadas com o baixo desempenho nas tarefas de
leitura, escrita e matemática. Além de terem dificuldades com déficits em
funções cognitivas essenciais, como controle de inibição, memória de trabalho e
planejamento.
Portanto, o Transtorno de
Desenvolvimento da Coordenação exige a necessidade de identificação precoce,
sendo alguns dos critérios a observação de déficits motores, lentidão e
imprecisão dos movimentos que interferem nas atividades cotidianas.
O estudo conclui que a
abordagem interdisciplinar é fundamental, considerando que o TDC pode ocorrer
conjuntamente com o Transtorno do Déficit de Atenção
e Hiperatividade (TDAH), além de dificuldades de aprendizagem.
A travessia da adolescência na vida humana é
repleta de riscos. Talvez por isso seja tão fascinante, com momentos dignos de
serem guardados para sempre, situações memoráveis! O proibido ganha sabor. Isso
porque mistura a explosão de hormônios às inúmeras oportunidades de
experimentação, inerentes ao processo de autoafirmação, uma passagem
obrigatória para a construção da identidade. Por tudo isso, a presença de
adultos ganha relevância não somente para acompanhar de perto, ajudando nas
escolhas, mas, sobretudo, na condição de ex-adolescente, conhecedor das dores e
dos sabores dessa época da vida.
E as tentações pouco saudáveis são muitas.
Infelizmente, as pesquisas mostram que voltamos a crescer no que diz respeito
ao tabagismo entre os estudantes de 13 a 17 anos em todo o mundo. Agora
embalado de forma eletrônica, o fumo é um item de consumo que há décadas
desafia o trabalho de combate ao tabagismo desenvolvido por pais, especialistas
e professores. O vape ou pod, como são chamados os cigarros
eletrônicos, invadiu as baladas e as escolas sem deixar rastro. Literalmente,
já que o cheiro característico do consumo do cigarro convencional não existe
nos modelos eletrônicos ou, quando existe, é agradável, com notas de frutas,
menta e outros odores aparentemente inofensivos.
Esse dispositivo chegou como uma alternativa de
transição menos nociva para que adultos conseguissem abandonar o vício no fumo.
No entanto, com o passar do tempo, o pod acabou se transformando em uma
febre entre adolescentes que, além de não serem viciados em cigarros
convencionais, também desconheciam, em grande parte, estar consumindo um
produto com nicotina. Ou seja, em vez de reduzir o contingente de fumantes, o
cigarro eletrônico trouxe para o vício uma nova horda de pessoas, em sua
maioria jovens.
Muitos estudos dão conta de uma série de prejuízos
associados ao uso desse dispositivo. Uma pesquisa realizada na Universidade do
Sul da Califórnia (USC), nos Estados Unidos, associa o uso de cigarros
eletrônicos a mudanças biológicas responsáveis por uma série de doenças. De
acordo com o estudo, que foi publicado na revista Scientific Reports, as
substâncias contidas no produto desregulam genes mitocondriais e interrompem
vias moleculares que atuam na imunidade e nos estados inflamatórios. Isso
significa que o organismo perde parte da capacidade de combater doenças e pode,
além disso, desenvolver doenças autoimunes. De fato, ainda não se pode
dimensionar todos os malefícios do uso constante do cigarro eletrônico, mas o
que já está mapeado é suficiente para entender que se trata de uma escolha
capaz de comprometer a saúde física e mental ao longo da vida.
Tudo o que é elevado à categoria de novidade ganha
potência na adolescência. Por isso, precisamos de uma aldeia mobilizada para
desencorajar o uso desses produtos e não permitir que a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) volte atrás na proibição, vigente desde 2019. Se,
de um lado, há uma estratégia da indústria do tabaco para aumentar o número de
fumantes, do outro, há muitos adolescentes fragilizados pela reclusão
pandêmica, querendo se esconder no vapor desse dispositivo descolado e sedutor.
É quase uma combinação perfeita, não fosse o despertar da família e da escola
para a centralidade desse tema, trazendo como pauta de trabalho a
conscientização dos adolescentes em relação aos riscos desse consumo.
Já entendemos que somente a escuta ativa, o olhar
atento e o diálogo construtivo serão capazes de reconectar os adolescentes às
contribuições experientes dos adultos - pessoas que já passaram pelos mesmos
dilemas e lidam até hoje com as consequências das escolhas que fizeram.
Acedriana Vicente Vogel - diretora pedagógica do
Sistema Positivo de Ensino.
Acabo
de ler os resultados da mais recente edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil
e não estou surpresa com o que foi constatado. O levantamento só confirma o que
eu já vinha sentindo no convívio com crianças e adolescentes em idade escolar:
eles precisam de apoio emocional!
De
acordo com o estudo, um terço das crianças e dos adolescentes brasileiros com
idades entre 11 e 17 anos já precisou buscar apoio emocional na internet.
Segundo a pesquisa, o universo online foi refúgio para 36% das meninas e para
29% dos meninos.
Acho
positivo que eles busquem apoio. No entanto, assim como é possível encontrar
suporte positivo na internet, também há o risco de que eles entrem em contato
com pessoas que podem complicar ainda mais essas dificuldades relacionadas ao
universo emocional.
Também
é interessante refletir sobre os motivos que levam essas crianças e
adolescentes a buscar ajuda na internet em vez de tentar estabelecer um diálogo
aberto e sincero com seus pais, com irmãos, professores e outras pessoas
próximas. Claro que eles podem se sentir envergonhados ou ter receio de abordar
determinados temas com quem partilham a rotina diária.
Nessa
faixa, dos 11 aos 17 anos, as crianças e adolescentes estão passando por
processos importantes. É normal vê-los com humor instável, fruto do desenvolvimento
hormonal. Também é comum que eles estejam tentando compreender seu espaço na
sociedade e quem eles realmente são. Essa é uma fase de grande confusão, afinal
é quando acontece uma verdadeira transição física e mental. Eles não são mais
criancinhas, mas ainda não têm a autonomia de um adulto. A cobrança por mais
responsabilidade é feita por pais, professores, amigos e por eles
próprios.
Cabe
a nós, adultos, observar com atenção e identificar pequenos detalhes no
comportamento das nossas crianças e adolescentes a fim de auxiliá-los de
maneira efetiva. Podemos, aos poucos, propor alguns bate-papos descontraídos.
Para que isso realmente aconteça sem que eles estejam ‘armados’, vale adotar
estratégias diferentes. Já pensou em estabelecer, de forma casual, um momento
‘pai e filho’? Não é necessário traçar um super planejamento para isso. Apenas
reserve uma ou duas horas em um dia da semana e surpreenda esse jovem com um
convite para um sorvete. Esses breves momentos de descontração certamente vão
melhorar a relação entre vocês, vão promover a criação de um vínculo e a
criança ou adolescente sentirá que tem nos pais ou nos responsáveis alguém com
quem contar em todas as ocasiões.
Preciso
ressaltar que não vale cobrar que a criança ou adolescente lhe conte tudo desde
o primeiro momento. Sei que você ficará ansioso durante esse processo, mas é
importante que eles se sintam confortáveis para falar. Também recomendo que, ao
chegar o momento de ouvir o que a criança tem a dizer, você não assuma uma
postura de repúdio ou recriminação frente ao que for relatado. Prepare-se para
aconselhar de forma firme, porém tranquila, dando abertura para que novas
conversas do gênero aconteçam.
Apoiar
as crianças e adolescentes emocionalmente é, sem dúvida, uma tarefa da família.
Quando esse suporte é oferecido tendo a parceria da escola, o resultado tende a
ser ainda melhor. Se isso ainda não acontece na sua casa, tente adotar novos
comportamentos para que se torne uma realidade. E, caso você tenha crianças
menores em casa, pratique desde já para que a adolescência seja uma fase mais
tranquila para vocês.
Sueli Conte - aplicadora de Barras de Acess, licenciada em Psicologia e desenvolve um trabalho voltado para os aspectos educacionais. Tem especialização em psicopedagogia, é mestre em educação e em neurociência, autora dos livros ‘Re-novações’, ‘Bastidores de uma escola’ e, mais recentemente, da obra ‘Educando para a vida no pós-pandemia’, na qual lança luz aos diversos desafios enfrentados pelos educadores e pais em decorrência da pandemia. Instagram: @sueliconte_oficial www.sueliconte.com.br
Bilinguismo
pode ajudar a impedir doenças que afetam a memória
Você sabia que
falar mais de um idioma faz toda a diferença no nosso cérebro? Já é comprovado
cientificamente que um novo idioma pode reduzir a perda de memória e as
possibilidades de demência, pois ocorre uma melhora considerável na função do
cérebro. Um grupo de pesquisadores da Suécia, inclusive, descobriu que algumas
partes do cérebro crescem quando aprendemos um novo idioma, sobretudo em um
curto espaço de tempo. O estudo foi publicado no jornal NeuroImage.
Para a pesquisa,
foram selecionados 14 estudantes da Academia de Intérpretes das Forças Armadas
da Suécia para uma rotina intensa de estudos; em 13 meses, esperava-se que os
estudantes aprendessem árabe egípcio, dari ou russo, sem ter nenhum
conhecimento prévio das línguas. As aulas começavam às 8 da manhã e terminavam
no final da tarde, cumprindo um expediente como o de um trabalho comum.
De acordo com
Johan Martensson, coordenador da pesquisa, “os intérpretes da academia estudam
em uma intensidade incomparável a qualquer outro curso do sistema educacional
sueco. (...) A extrema rigidez do curso requer o aprendizado de 300 a 500
palavras novas por semana”.
O aumento do
hipocampo, que fica localizado nos lobos temporais do cérebro humano, que se
encarregam das memórias, foi um dos destaques da pesquisa: em comparação com
estudantes de medicina e ciências da universidade de Umeå, o hipocampo dos
intérpretes obteve um considerável aumento. Na prática, isso significa que o
cérebro foi exercitado com o novo aprendizado das línguas sob uma rotina
intensa.
O aprendizado de línguas estrangeiras
como forma de combater o Alzheimer
Uma pesquisa feita
na Universidade de Concordia, no Canadá, também conseguiu mostrar que aprender
novos idiomas é uma maneira de reduzir os impactos do Alzheimer em quem já está
diagnosticado.
As
áreas do cérebro responsáveis pela linguagem e pela cognição, que ficam
atrofiadas pela doença, tornam-se mais densas e espessas ao aprender um novo
idioma. Os pacientes com Alzheimer conseguem, então, recuperar uma parte do
tecido cerebral com o bilinguismo.
Outro
ponto importante é que, mesmo em pessoas que não são diagnosticadas com a
doença, aprender uma nova língua mantém o cérebro em exercício constante, e,
por isso, pode impedir que problemas mentais relacionados à memória e à
cognição ocorram.
Como começar a estudar
Muitas pessoas se
preocupam em como começar a estudar uma nova língua, e hoje são várias as
opções e formatos de estudo. Basta procurar por “aulas de japonês online” ou “aulas de idiomas”
que aparecem várias opções de estudo para você. No entanto, é interessante optar
por um tipo de aula que faça sentido para o seu ritmo, e não escolher de
maneira aleatória.
Se você é o tipo
de pessoa que prefere estudar de casa, sem um professor, uma apostila pode ser
muito boa; mas, se você prefere um professor lhe ensinando, pode escolher ser
em turma individual ou coletiva, online, presencial ou formato híbrido. O que
vale é não ficar parado e dar um start nos estudos!
Relógio com monitoramento cardíaco Polar Pacer Pro
Relógios
com medição de frequência cardíaca são poderosos aliados na retomada
Você ficou doente. Você melhorou.
Agora, como e quando voltar ao treino após o Covid? Nestafase da pandemia, centenas
de milhares de pessoas estão testando positivo para a Covid diariamente. Os
sintomas podem variar drasticamente, mas mesmo casos leves interrompem uma
rotina de treino por alguns dias.
Após um período de inatividade, você
perde força e sua condição aeróbica diminui. Além disso, no caso do Covid, todo
o seu corpo ficará esgotado por lutar contra a infecção. Se você voltar à sua
rotina logo de cara, poderá fazer mais mal do que bem.
Voltar à sua rotina de treino após o
Covid – ou uma lesão ou qualquer doença – requer um planejamento cuidadoso,
certo autocontrole para alcançar os melhores resultados com segurança e, mais
importante, evitar resultados negativos graves. No início, você não poderá
correr tão rápido quanto de costume ou levantar tanto peso quanto antes. Com um
pouco de paciência e determinação, em breve você estará de volta ao ritmo.
As pessoas que são ativas geralmente
têm dificuldade em se prostrarem no sofá. Por isso, é importante aceitar a
situação e domar a agonia mental que vem com um período de inatividade. Seu
retorno aos exercícios após a Covid exigirá certo trabalho para superar as
demandas físicas e mentais.
ANTES
DE SE EXERCITAR PÓS-COVID
A paciência será seu bem mais
importante. Encontre o estado de espírito certo para se recuperar, porque
treinar em velocidade máxima novamente levará algum tempo.
O planejamento do retorno aos
exercícios após a Covid depende da gravidade dos sintomas. Quando existe
ansiedade para voltar à rotina de exercícios, é fácil querer voltar exatamente
de onde parou. Quaisquer sintomas, no entanto, são motivo suficiente para se
segurar e evitar treinar pesado.
Se você tiver sintomas leves, aguarde
alguns dias após o desaparecimento de todos os sintomas antes de retomar os
exercícios. Sobrecarregar seu corpo enquanto você tem uma infecção viral ativa
ou logo após a doença é arriscado e pode levar a mais complicações, incluindo
miocardite, uma infecção do coração.
Se você tiver sintomas leves, aguarde
alguns dias após o desaparecimento de todos os sintomas antes de retomar os
exercícios. Sobrecarregar seu corpo enquanto você tem uma infecção viral ativa
ou logo após a doença é arriscado.
Mesmo que você esteja assintomático, é
recomendável descansar por duas semanas após um resultado positivo. E, nesse
caso, descansar significa abster-se de qualquer atividade física que faça com
que sua frequência cardíaca aumente.
DEFINA
NOVAS METAS
Para atletas de elite, pode levar duas
ou três semanas para retornar à condição física anterior depois de ter febre
por um dia e meio. Esse revés exige ajustes finos e mudanças nos planos e metas
de treino. Você deveria fazer o mesmo.
Antes de contrair a Covid, você tinha
metas. Talvez você planejava correr 10 km ou queria simplesmente continuar com
o curso de ioga que começou este ano. Agora, quando você voltar aos treino após
o Covid-19, seu corpo estará mais fraco, você se sentirá lento ou será difícil
manter o hábito. Reavalie suas metas. Se você perdeu uma corrida, inscreva-se
em outra.
COMO
VOLTAR AO TREINO APÓS O COVID
Quando estiver livre dos sintomas e
descansar o suficiente, comece devagar e aumente gradualmente a intensidade.
Aqui vão algumas recomendações para se exercitar após a Covid.
CAMINHE
ANTES DE CORRER
No primeiro dia em que você retomar o
treino após o Covid, faça uma caminhada rápida, de no máximo 20 ou 30 minutos e
mantenha sua frequência cardíaca na zona 1. Como foi esse passeio? Uma caminhada
é uma boa maneira de avaliar se você está pronto para retomar os exercícios.
Você pode se surpreender com o quanto
uma caminhada é desgastante. É normal sentir mais cansaço e fraqueza do que o
habitual. Tire o dia seguinte de folga e deixe seu corpo voltar ao modo de
recuperação. Só adicione alguns alongamentos leves para manter seu corpo ativo.
COMECE
PELO CARDIO
Quando você adoece com uma infecção
viral, seu corpo se torna um campo de batalha onde os glóbulos brancos combatem
o vírus. Como os escombros após a batalha, seus músculos ficarão derrotados,
enfraquecidos e incapazes de tolerar osníveis deesforço
anteriores à doença. Seus músculos pouco utilizados ficarão doloridos muito
mais rápido. Se usá-los com muita intensidade, você correrá o risco de
rompimento ou estiramento.
É por isso que é uma boa ideia focar em
exercícios cardiovasculares leves primeiro e reservar o treino de levantamento
de peso e força para depois. Natação, elíptico, ciclismo ou corridas leves são
boas opções para voltar com calma – evite exercícios que estressam muito seus
músculos.
OUÇA
SEU CORAÇÃO
Monitorar sua frequência cardíaca
através de relógios como Polar Pacer Pro, que possui esse tipo de função, pode
ajudar a manter a intensidade baixa, garantindo que você não exceda seus
limites ao retomar o treino após o Covid. Também é uma boa maneira de ver
exatamente onde você está em relação à sua condição física anterior.
Após a doença, suas frequências cardíacas
de treino ficam um pouco mais altas. Mantenha a intensidade dos seus treinos
baixa para não colocar seu corpo sob pressão muito cedo. Você precisará fazer
um trabalho de preparação antes de iniciar o treino de intensidade – o ideal é
que você espere até que as zonas de frequência cardíaca de treino voltem aos
níveis dos seus treinos antes da doença.
Mantenha a intensidade dos seus treinos
baixa para não colocar seu corpo sob pressão muito cedo. Você precisará fazer
um trabalho de preparo antes de iniciar o treino de intensidade.
Entenda a importância do monitoramento
da frequência cardíaca durante as atividades físicas assistindo a este vídeo.
Mas mesmo que você foque no cardio, não
exagere para compensar a falta de treino de força. Os especialistas sugerem
fazer cerca de 50% do volume habitual. Para seus primeiros treinos de cardio
após a Covid, faça corridas curtas, caminhadas, natação ou outras atividades de
cardio. Se você costumava fazer 30 minutos de elíptico, comece com uma sessão
de 15 minutos.
AUMENTE
LENTAMENTE A INTENSIDADE DO TREINO
Se sua recuperação estiver indo bem e
seu corpo responder bem a exercícios de baixa intensidade por alguns dias, você
poderá ficar tentado a pular para os 100%. Acrescentar muita intensidade muito
rápido não é uma boa ideia – espere um pouco para voltar ao treino intervalado
de alta intensidade.
Adicione mais volume de treino
gradualmente: aumente para 60% primeiro, ou para 75% na próxima semana.
NÃO
TENTE COMPENSAR OS TREINOS PERDIDOS
Se você estiver seguindo um plano
rígido, como um plano de treino de maratona, perder alguns treinos pode trazer
certa energia negativa e deixá-lo ansioso para recuperar o tempo perdido quando
voltar, planejando uma corrida extra longa ou um treino intervalado adicional.
Nesse caso, lembre-se de que não existe
um ciclo de treino perfeito. Esqueça o tempo perdido e não tente compensar os
treinos perdidos. Você adicionará esforço extra ao fluxo de trabalho, correndo
o risco de ter lesões. Em vez disso, reduza seu plano para aumentar a carga
gradualmente.
DEIXE
A FADIGA (E SEU CORPO) ORIENTAR VOCÊ
Isso é tão óbvio quanto parece. Tanto
no modo de recuperação ou quanto em sua melhor forma, sempre ouça seu corpo.
Quando você retoma o exercício físico após o Covid, é extremamente importante
prestar atenção aos sinais de exaustão.
Uma maneira de manter a fadiga sob
controle é adicionar mais dias de recuperação ao seu plano de treino por várias
semanas. Se você costumava correr cinco dias, corra apenas quatro dias e
adicione alguma recuperação ativa, como caminhar.
RESUMINDO
Se você testar positivo para a Covid e
precisar parar de treinar, volte com segurança à sua rotina de treino assim que
todos os sintomas desaparecerem. Lembre-se das recomendações a seguir e, em
caso de dúvida, procure um profissional de saúde.
Aguarde
alguns dias até que todos os sintomas tenham desaparecido.
Comece
devagar.
Uma caminhada acelerada (power walk) é
uma ótima maneira de avaliar sua condição.
Especialista
em neurociência comportamental fala sobre falsas crenças de que o
perfeccionismo é um defeito bom
O padrão cerebral do perfeccionismo
parece algo positivo, mas no fundo, esconde algo que afasta a pessoa de seus
maiores desejos e das maiores oportunidades ao longo da vida.
Um estudo realizado pelas Universidades
York St. John e Bath, no Reino Unido, mostra que houve um aumento significativo
nos índices de jovens que se consideram perfeccionistas entre os universitários
recém-formados. Outra pesquisa realizada pela Universidade de West Virginia,
nos Estados Unidos, indica que duas em cada cinco crianças e adolescentes são
perfeccionistas, o que é preocupante, afinal, essa tendência não só gera
impactos práticos, mas pode ter conexão com condições clínicas preocupantes
como depressão, ansiedade, compulsão alimentar, anorexia, bulimia, insônia e
mais.
Uma das muitas interpretações perigosas
é a crença de que o perfeccionismo é um "defeito positivo", já que,
muitas vezes, o perfeccionista acredita que está pensando nas outras pessoas
quando cria sua lista de exigências mental, o que não passa de um engano, uma vez
que mesmo que o outro esteja esperando algo do perfeccionista, ele nunca fará
imediatamente, pouco importando o outro. "O perfeccionismo é muito mais
sobre a própria pessoa que o outro", diz André Buric, especialista em
neurociência comportamental da academia cerebral Brain Power.
"Se realmente colocasse o outro em
primeiro lugar, o perfeccionista teria ajudado muito mais pessoas, feito muito
mais projetos, afinal, há muita gente precisando do que conhece, de suas
habilidades, mas mesmo que neste instante eu possa ajudar com o que o outro
precisa… o outro precisa esperar eu sentir que é a hora certa."
Para o perfeccionista sempre vai faltar
alguma coisa: seja um conhecimento, uma habilidade, algum recurso… O foco no
que falta acaba sendo tão intenso e tão pesado, que ele sequer consegue iniciar
as atividades mais importantes. "Ele cai no paradoxo da perfeição e se
priva de viver as experiências que poderia. Paradoxo porque, mesmo que a
perfeição seja inatingível, se há algo que leve alguém no sentido da perfeição,
é começar, e não esperar.", completa Buric.
Por isso, se você se identifica como
perfeccionista ou convive com um, é importante refletir sobre o padrão da
perfeição, veja abaixo:
Perfeccionismo é uma prisão
É preciso perceber todo o prejuízo que
o perfeccionismo causa, quantos relacionamentos nunca existiram, quantos
projetos não foram feitos, ideias, ocasiões e oportunidades perdidas devido a
uma vida travada na expectativa de um momento perfeito para entrar em ação.
Acontece que o momento nunca chega, já que nada é perfeito.
O perfeccionista precisa refletir que o
ser humano está em frequente aperfeiçoamento e que a vida é a soma de vários
processos, relacionamentos, atividades e habilidades e que tudo pode ser
aprimorado. "O perfeccionista se leva a sério demais e não permite o erro.
A vaidade é tão grande, que ele não se permite errar. É como um jogador de
basquete que nunca arremessa, porque pode errar e ser vaiado.",
exemplifica o especialista.
Perfeccionismo não é um "bom
defeito"
Em entrevistas de emprego,
perfeccionismo é um dos defeitos mais destacados pelos candidatos. No fundo,
eles dizem que são perfeccionistas porque querem de alguma forma impressionar,
como se esse fosse um "bom defeito".
"Sabe o que eu penso quando
alguém se candidata para trabalhar comigo no BrainPower e diz que é
perfeccionista? Eu entendo o seguinte: 'eu até quero dar o meu melhor, sabe,
André... Mas eu venho em primeiro lugar. Se minha vaidade não for satisfeita,
não importa que tenham clientes esperando, que alguém esteja contando com o
meu trabalho, nem me preocupo com o prejuízo que minha falta pode gerar. Se eu
não achar que o que estou fazendo é bom, eu não vou fazer, mesmo que precise
ser feito'", diz André.
Agora, pense bem: será que existe algo
positivo nesse comportamento? Será que existe algo de bom em um defeito que te
priva de oferecer seu ponto de vista em uma reunião, que te impede de começar
aquele projeto que você sabe que pode ser
grande, que não te deixa se aproximar de alguém que você quer conhecer?
Uma coisa é agir e buscar sempre a
melhoria, não descansar enquanto julgar ainda insatisfatório. Outra coisa é
nunca começar.
Encontre as causas do perfeccionismo
Enquanto o perfeccionismo existir,
oportunidades são abandonadas pelo caminho. Mas de onde vem o perfeccionismo?
Quais são suas causas e como nós podemos destruir esse padrão na raiz?
É preciso entender que ninguém é
perfeito, mas somos todos aperfeiçoáveis. Enquanto aquele 1% de pessoas que
movem o mundo entrega tudo o que têm para gerar cada vez mais valor, mesmo que
comece pequeno e devagar, os outros 99% estão esperando explodir, começando do
alto, exatamente como eles fantasiam, coisa que nunca vai acontecer. Mas para
eliminar essa trava definitivamente, você só precisa assumir a consciência de
que o perfeccionismo não é você, mas um padrão que você vem treinando
constantemente, e que pode ser reprogramado.
Essa transformação começa com o
entendimento de como seu cérebro funciona. E de perceber que algumas pessoas
treinaram seus cérebros a focar mais nos riscos, e outras nas oportunidades e
nos ganhos. Algumas focam mais em como ajudar os outros, e outras em seus
próprios egos. "A mudança começa quando o indivíduo começa a observar o
que ele tem, para tirar o ego do centro e começar a priorizar os outros",
diz Buric.
Ainda sobre o pensamento de que o
perfeccionista só está buscando o melhor, e que eliminá-lo seria fazer de
qualquer jeito, mesmo que ruim. "Mas não se trata de fazer qualquer
coisa, de qualquer jeito, mas sim de fazer o melhor que você pode com o que
tem disponível. Quando você entende que pode, sim, gerar muito valor agora,
que as pessoas podem ganhar muito com o que você faz, que seu potencial é
ainda muito maior do que você imagina, essa sensação se torna
viciante", finaliza Buric.
Aprender a treinar o cérebro contra o
perfeccionismo é, portanto, uma tarefa diária. Para quem procura ajuda neste
sentido, André Buric está fazendo conteúdos diários no Instagram e Telegram
para desmistificar a neurociência e ajudar a tornar esse seu treino cerebral
mais direcionado e estratégico (@brainpowerbr).
Cuidar do lar requer cuidados, e por isso é importante
dividi-los
Trabalhar
fora, estudar, ter filhos, praticar atividades físicas, cuidar da alimentação e
ainda cuidar dos afazeres domésticos não são tarefas fáceis a serem cumpridas
todos os dias, por isso é tão importante que essa rotina de cuidados seja
dividida com as pessoas que moram no lar, para que ninguém se sinta
sobrecarregado e esgotado com tantos afazeres.
Por
isso, a melhor forma de dividir a rotina de casa é conversar com as pessoas que
moram no lar para que haja uma divisão de tarefas justa com o que cada um pode
fazer. E uma das formas de dividir tantos afazeres é criar uma lista de
tarefas. Para isso, é importante saber o que cada um pode oferecer como serviço
e qual o tempo disponível para executá-los.
Diálogo
Como
já se sabe, a comunicação é a base para um relacionamento saudável, portanto
conversar com o parceiro ou a parceira que mora com você para que tenham uma
conversa amigável de como solucionar as tarefas do lar é fundamental para o bom
convívio do casal ou da família.
Montar uma lista com todas as tarefas domésticas
O segundo passo é
listar todas as tarefas que a casa exige, como lavar louças, roupas, arrumar os
quartos, limpar o banheiro e a cozinha, passar aspirador e tirar o pó dos
móveis. Enfim, existem diversas atividades domésticas que, para ter um lar limpo
e organizado, exigem muitos cuidados.
Por isso, montar
uma lista é importante para começar a divisão das tarefas.
Divisão de horários e afazeres
Provavelmente,
cada um tem um trabalho, e por isso cada um acaba tendo horários diferentes
para cuidar do lar. Portanto, divida as tarefas de acordo com o que cada um
pode oferecer da melhor maneira possível, para que não fique sobrecarregado
para ninguém. Se possível, façam as atividades domésticas juntos, para que
assim se torne um momento de lazer e companheirismo.
Eletrodomésticos a favor do lar
Hoje
em dia, existem diversos eletrodomésticos que podem ser utilizados a favor do
lar e que otimizam demais o tempo na hora de organizar e limpar a casa, como,
por exemplo, lava-louças
e aspirador – caso seja possível, adquira um para ajudar na limpeza do
ambiente.
Por
isso, para que todos vivam bem em casa, manter o diálogo, a disciplina, a
organização e a limpeza é fundamental para que se tenham relacionamentos
saudáveis, duradouros e, claro, com a casa limpinha.