Bilinguismo
pode ajudar a impedir doenças que afetam a memória istock
Você sabia que falar mais de um idioma faz toda a diferença no nosso cérebro? Já é comprovado cientificamente que um novo idioma pode reduzir a perda de memória e as possibilidades de demência, pois ocorre uma melhora considerável na função do cérebro. Um grupo de pesquisadores da Suécia, inclusive, descobriu que algumas partes do cérebro crescem quando aprendemos um novo idioma, sobretudo em um curto espaço de tempo. O estudo foi publicado no jornal NeuroImage.
Para a pesquisa, foram selecionados 14 estudantes da Academia de Intérpretes das Forças Armadas da Suécia para uma rotina intensa de estudos; em 13 meses, esperava-se que os estudantes aprendessem árabe egípcio, dari ou russo, sem ter nenhum conhecimento prévio das línguas. As aulas começavam às 8 da manhã e terminavam no final da tarde, cumprindo um expediente como o de um trabalho comum.
De acordo com Johan Martensson, coordenador da pesquisa, “os intérpretes da academia estudam em uma intensidade incomparável a qualquer outro curso do sistema educacional sueco. (...) A extrema rigidez do curso requer o aprendizado de 300 a 500 palavras novas por semana”.
O aumento do
hipocampo, que fica localizado nos lobos temporais do cérebro humano, que se
encarregam das memórias, foi um dos destaques da pesquisa: em comparação com
estudantes de medicina e ciências da universidade de Umeå, o hipocampo dos
intérpretes obteve um considerável aumento. Na prática, isso significa que o
cérebro foi exercitado com o novo aprendizado das línguas sob uma rotina
intensa.
O aprendizado de línguas estrangeiras como forma de combater o Alzheimer
Uma pesquisa feita na Universidade de Concordia, no Canadá, também conseguiu mostrar que aprender novos idiomas é uma maneira de reduzir os impactos do Alzheimer em quem já está diagnosticado.
As áreas do cérebro responsáveis pela linguagem e pela cognição, que ficam atrofiadas pela doença, tornam-se mais densas e espessas ao aprender um novo idioma. Os pacientes com Alzheimer conseguem, então, recuperar uma parte do tecido cerebral com o bilinguismo.
Outro
ponto importante é que, mesmo em pessoas que não são diagnosticadas com a
doença, aprender uma nova língua mantém o cérebro em exercício constante, e,
por isso, pode impedir que problemas mentais relacionados à memória e à
cognição ocorram.
Como começar a estudar
Muitas pessoas se preocupam em como começar a estudar uma nova língua, e hoje são várias as opções e formatos de estudo. Basta procurar por “aulas de japonês online” ou “aulas de idiomas” que aparecem várias opções de estudo para você. No entanto, é interessante optar por um tipo de aula que faça sentido para o seu ritmo, e não escolher de maneira aleatória.
Se você é o tipo de pessoa que prefere estudar de casa, sem um professor, uma apostila pode ser muito boa; mas, se você prefere um professor lhe ensinando, pode escolher ser em turma individual ou coletiva, online, presencial ou formato híbrido. O que vale é não ficar parado e dar um start nos estudos!
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