Com participação
do professor da FSG, pesquisa também revela que os pais devem se atentar aos
sinais o mais rápido possível, pois isso ajuda no tratamento precoce
Com o alto índice de crianças com Transtorno de
Desenvolvimento da Coordenação (TCD), o professor Rodrigo Flores Sartori, do
curso de Educação Física do
Centro Universitário da Serra Gaúcha - FSG, em conjunto com professores da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e da Escola de
Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), realizaram uma pesquisa que aponta que crianças com esse tipo de
deficiência, quando não tratadas, podem apresentar um péssimo desempenho nas
tarefas escolares, principalmente nas atividades de leitura, escrita e
matemática.
A pesquisa feita pela FSG (com
estudantes participantes), pela PUC-RS e pela UFRGS teve como objetivo comparar
funções executivas em crianças com TCD, em riscos para TCD (r-DCD, em inglês, risk for Developmental Coordination Disorder) e em
crianças tipicamente em desenvolvimento (TD).
O estudo contou com a
participação de 397 crianças, entre 8 e 9 anos de idade, de 12 escolas
distintas do Brasil, sendo 28% de instituições privadas e 72% das públicas, que
foram avaliadas com o método MABC-2, como ferramenta de triagem. Com isso, a
pesquisa dividiu os entrevistados em três grupos: sendo o grupo 1 com crianças
DCD (63), grupo 2 com crianças r-DCD (31) e grupo 3 com TD (63).
Durante a avaliação das
crianças foram realizadas tarefas verbais e não verbais para a memória de
trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva. A partir daí o estudo
constatou que o grupo TCD mostrou uma pontuação menor em comparação com o grupo
TD na memória visuoespacial e verbal de trabalho, controle inibitório e em
tarefas de flexibilidade cognitiva. Enquanto o time r-DCD apresentou números
mais baixos em comparação com o grupo TD para memória de trabalho visuoespacial
e para flexibilidade cognitiva.
Na pesquisa, crianças TDC e
r-CDC demonstraram também alguns prejuízos em tarefas motoras finas e brutas.
As más percepções de movimento e a falta de planejamento impedem que esses
grupos adquiram habilidades motoras mais complexas, já que as pontuações
motoras mais fracas estão relacionadas com o baixo desempenho nas tarefas de
leitura, escrita e matemática. Além de terem dificuldades com déficits em
funções cognitivas essenciais, como controle de inibição, memória de trabalho e
planejamento.
Portanto, o Transtorno de
Desenvolvimento da Coordenação exige a necessidade de identificação precoce,
sendo alguns dos critérios a observação de déficits motores, lentidão e
imprecisão dos movimentos que interferem nas atividades cotidianas.
O estudo conclui que a
abordagem interdisciplinar é fundamental, considerando que o TDC pode ocorrer
conjuntamente com o Transtorno do Déficit de Atenção
e Hiperatividade (TDAH), além de dificuldades de aprendizagem.
Confira a pesquisa completa: link
FSG
- Centro Universitário da Serra Gaúcha
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