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sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Japan House São Paulo promove experiência olfativa e atividades literárias em setembro

Nesta segunda quinzena de setembro, a Japan House São Paulo oferece diversas atividades gratuitas, tanto presencialmente como no ambiente online. Para o período, estão previstas visitas mediadas às exposições em cartaz Kumihimo – a arte do trançado japonês com seda, por Domyo e O que não se vê – Rhizomatiks, bem como uma oficina de sombras coloridas, Clube de Leitura e Ciclo de Mangá.

Para os amantes dos quadrinhos japoneses, a conversa desse mês do Ciclo de Mangá será sobre a relação entre o ser humano, a natureza e a tecnologia a partir da obra “EDEN: it's an endless world”, do mangaká Hiroki Endou, lançado pela editora JBC. A história se passa em uma Terra pós-apocalíptica em que grande parte da população mundial foi dizimada por um vírus e agora os sobreviventes devem se adequar à nova realidade, enquanto compreendem qual será o papel do ser humano nesse futuro distópico. Para participar do encontro online realizado via plataforma Zoom no dia 17/9, às 17h, é preciso acessar o site da JHSP.

Durante as visitas mediadas, a equipe do educativo da JHSP promove diálogos e trocas de experiências sobre as exposições em cartaz. Nos dias 21, 28 e 30 de setembro, às 15h, acontecem as visitas pelos trabalhos interativos do coletivo japonês Rhizomatiks. A mostra inédita apresenta três grandes instalações do grupo, considerado um dos principais no Japão, que mesclam tecnologia e expressão humana por meio da arte.

Ainda com base nos trabalhos apresentados pelo Rhizomatiks, a Oficina de Sombras Coloridas convida o público a explorar elementos da física que não podem ser vistos a olho nu, mas que se tornam visíveis graças à ciência. A oficina será realizada em parceria com o Professor Mikiya Muramatsu, do Instituto de Física da USP, e sua equipe no dia 25/9, em dois horários: às 11h e às 14h.

Já nos dias 23, 28, 30 de setembro, sempre às 11h30, acontecem as visitas pela exposição Kumihimo – a arte do trançado japonês com seda, por Domyo, que destaca detalhes da história, confecção e evolução dos cordões de seda tradicionais ao longo dos séculos, apresentados pela empresa familiar Domyo, que há mais de dez gerações estuda e preserva esse patrimônio imaterial do Japão.

Integrando a programação do Festival Sem Barreiras - organizado pela Secretaria da Pessoa com Deficiência da Prefeitura da Cidade de São Paulo - no dia 29/9, às 16h, acontece a atividade Uma Viagem Olfativa pelo Japão, com Takasago, que convida os visitantes a conhecerem as assinaturas olfativas da JHSP, criadas pela casa de fragrância japponesa Takasago. Durante o evento, os perfumistas Leonardo Lucheze e Tiago Motta vão contar um pouco sobre a arte da perfumaria e sobre as quatro assinaturas especiais da JHSP. Para participar é preciso retirar senha meia hora antes da atividade.

No mesmo dia, às 19h, acontece o Clube de Leitura Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um sobre a obra “O Livro dos Insetos Humanos”, do mangaká japonês Osamu Tezuka, conhecido como “pai do mangá moderno”, publicado pela editora Darkside. Abordando temas como desigualdade entre gêneros, sexualidade, materialismo e a busca por sucesso a qualquer custo, o autor faz uma sátira ao comparar a sociedade humana a dos insetos, por meio da história da ambiciosa Toshiko Tomura, uma bela jovem que se reinventa a todo momento para assumir o protagonismo nas mais diversas áreas, conferindo a ela o título de gênia. Porém, nem a vida de luxo, fama e prestígio parecem satisfazer seus desejos — ou deter sua perversidade. O evento, transmitido gratuitamente pelo Zoom, será mediado pela Diretora Cultural da JHSP, Natasha Barzaghi Geenen, e pelo editor da revista Quatro Cinco Um, Paulo Werneck. Para participar é preciso fazer inscrição prévia pelo site da Japan House São Paulo.


Serviço:


Japan House São Paulo: programação da 2ª quinzena de setembro de 2022
Endereço: Avenida Paulista, 52 – São Paulo, SP
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h.  
Entrada gratuita. Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
As exposições contam com recursos de acessibilidade.


Ciclo de Mangá (online - Zoom)
EDEN: it's an endless world, de Hiroki Endou (editora JBC)
Quando: 17 de setembro, às 17h
Duração: 90 min.
Participação:  Plataforma ZOOM (http://bit.ly/CicloManga)


Visitas Mediadas – Rhizomatiks (presencial)
Quando: 21, 28 e 30 de setembro, às 15h
Duração: 40 min.
Classificação indicativa: livre


Visitas mediadas – Kumihimo (presencial)
Quando: 23, 28, 30 de setembro, às 11h30
Duração: 40 min.
Classificação indicativa: livre


Oficina de Sombras Coloridas (presencial)
Quando: 25 de setembro, às 11h e 14h
Duração: 60 min.
Participação mediante retirada de senha na recepção 30 minutos antes de atividade


Uma Viagem Olfativa pelo Japão, com Takasago (presencial)
Com Leonardo Luchese, Regina Devecchi e Tiago Mattos
Quando: 29 de setembro, às 16h
Duração: 60 min.
Participação mediante retirada de senha na recepção uma hora antes da atividade

Clube de Leitura da Japan House São Paulo + Quatro Cinco Um (online)
O Livro dos Insetos Humanos, de Osamu Tezuka (editora Darkside)
Quando: 29 de setembro, às 19h
Duração: 90 min.
Participação mediante inscrição prévia pelo site.
Participantes do clube têm 20% de desconto no site da editora Darkside por meio do cupom INSETOS20, válido até 29/9.

 

Japan House

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Museu da Língua Portuguesa promove música de concerto, sarau, visita mediada na Primavera dos Museus e contação de histórias

Gratuitos, eventos como o Plataforma Conexões, Sarau Língua Afiada, Primavera dos Museus e Na Ponta da Língua vão acontecer entre os dias 21 e 30 de setembro 

 

O Museu da Língua Portuguesa prepara uma intensa e diversificada programação entre os dias 21 e 30 de setembro. As atividades, todas elas gratuitas, envolvem música de concerto, sarau de poesia, visita mediada dentro do projeto Primavera dos Museus, jogos sobre nosso idioma e até mesmo alongamento e aula de step. 

As ações têm início no dia 21 de setembro, quarta-feira, quando ocorrem mais um encontro do projeto Com Viver – Ocupação UBS Bom Retiro e outra edição do Plataforma Conexões. Neste dia, as duas atividades vão ser realizadas no mesmo horário, a partir das 14h, no Saguão B do Museu da Língua Portuguesa. Enquanto profissionais da UBS Bom Retiro vão oferecer alongamento e introdução à dança circular, os pianistas Emilly Alberto, Ingrid Uemura e Lucca Verdi apresentam o espetáculo CPTMúsica: Conversas, Piano, Travessias e Música, no qual interpretam músicas de concerto, como “O Trenzinho do Caipira”, de Heitor Villa-Lobos. 

O CPTMúsica é a quinta atração do projeto Plataforma Conexões, que selecionou oito trabalhos nas áreas de teatro, música, dança, contação de histórias e literatura, que têm como fio condutor o tema Travessias pela Cidade, de artistas ou grupos iniciantes. Os escolhidos entraram para a programação cultural de 2022 do Museu.  

No dia 28 de setembro, acontece outro encontro do projeto Com Viver – Ocupação UBS Bom Retiro, desta vez oferecendo aula de step, exercício aeróbico realizado com o uso de uma pequena plataforma, e novamente alongamento.  

Já no fim de semana dos dias 24 e 25 de setembro, o Museu da Língua Portuguesa organiza mais uma edição do Sarau Língua Afiada, realiza visitas mediadas dentro da programação da Primavera dos Museus e estreia o projeto Domingo no Museu. 

Na sétima edição do Sarau Língua Afiada, sempre sob o comando do ativista cultural Sérgio Vaz, os convidados serão a turma do Sarau Asas Abertas e o DJ Zeca, responsável pelo som. O evento vai acontecer no dia 24, sábado, no Pátio B do Museu, das 12h às 14h, com o microfone aberto para quem quiser dividir a sua poesia com o público presente. 

O Núcleo Educativo, nos dias 24 e 25, às 10h e às 13h, prepara visitas temáticas dentro da programação da Primavera dos Museus. Com o tema Independência e museus: outros 200, outras histórias, o tour oferecerá um outro olhar sobre o bicentenário da Independência do país por meio do conteúdo encontrado na exposição principal do Museu da Língua Portuguesa. Para participar, não é necessário realizar agendamento; basta comparecer 15 minutos antes em um ponto próximo à bilheteria do pátio A. O visitante deve ficar atento, pois o número de participantes é limitado (15 pessoas por grupo): no sábado, a entrada é gratuita, enquanto no domingo é o valor do ingresso do Museu (R$ 20, a inteira, R$ 10, a meia). 

No dia 25, domingo, acontece a estreia do Domingo no Museu, a partir das 11h, no Saguão B. Neste projeto, o Museu da Língua Portuguesa convidará famílias de bairros mais afastados do bairro da Luz, onde está localizado, para assistir a espetáculos artísticos – quem vier ao Museu ou estiver nele também poderá prestigiá-los. Neste dia, a atração é OLHARidade: contos de voz e de ver, do grupo Romarias, um coletivo de surdas e ouvintes que mescla teatro, poesia, narração de histórias e interação com o público por meio de linguagem bilíngue (português e libras). 

O projeto É hora de história é a atração do dia 29 de setembro (quinta-feira). Nesta atividade, a atriz Ana Luísa Lacombe apresenta “Contos de Fadas Brasileiros”. Este espetáculo de contação de histórias vai começar às 14h, no Saguão B do Museu da Língua Portuguesa. 

Para encerrar o mês, o Núcleo Educativo realiza a atividade Na Ponta da Língua, no dia 30 de setembro (sexta-feira), das 12h às 13h, no Saguão Central da Estação da Luz. Por lá, ele convida os transeuntes a participar de jogos sobre nosso idioma e a cultura popular. Nesta edição da ação, a brincadeira proposta será o Dê a Letra, na qual o participante será, digamos, desafiado a revelar se realmente sabe a letra de famosas canções da música popular brasileira.  

 

SERVIÇO  

Projeto Com Viver - Ocupação UBS Bom Retiro  
Dias 21 e 28 de setembro  
Das 14h às 15h30  
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa  
Grátis  

 

lataforma Conexões – “CPTMúsica: Conversas, Piano, Travessias e Música” 
Dia 21 de setembro 
Das 14h às 15h 
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa  
Grátis  

 

7º Sarau Língua Afiada – Com Sarau Asas Abertas e DJ Zeca 
Dia 24 de setembro 
Das 12h às 14h 
No Pátio B do Museu da Língua Portuguesa  
Grátis  

 

Primavera dos Museus – Visita mediada “Independência e museus: outros 200, outras histórias” 
Dias 24 e 25 de setembro 
Às 10h e às 13h 
No Museu da Língua Portuguesa 
Grátis (no sábado) e R$ 20, inteira, e R$ 10, meia (no domingo) 
Sem necessidade de inscrição prévia; grupos são formados 15 minutos antes próximo à bilheteria, no pátio A 

 

Domingo no Museu - “OLHARidade: contos de voz e de ver”
Dia 25 de setembro 
A partir das 11h 
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa 
Grátis 

 

É hora de história - “Contos de Fadas Brasileiros”, com Ana Luísa Lacombe 
Dia 29 de setembro 
Às 14h 
No Saguão B do Museu da Língua Portuguesa 
Grátis 

 

Na Ponta da Língua – Dê a Letra 
Dia 30 de setembro 
Das 12h às 13h 
No Saguão Central da Estação da Luz 
Grátis 

 

Exposição principal  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (permanência até 18h)
R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Acesso pelo Portão A (em frente à Pinacoteca)  
Ingressos na bilheteria ou pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/68203  

 

 

Museu da Língua Portuguesa 
Praça da Luz s/n - Luz - São Paulo  
Estacionamento conveniado (Garage K): entrada pela avenida Tiradentes, 248, e pela rua João Teodoro, 78  

 

   

SOBRE O MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

 
Localizado na Estação da Luz, o MLP tem como tema o patrimônio imaterial que é a língua portuguesa e faz uso da tecnologia e de suportes interativos para construir e apresentar seu acervo. O público é convidado para uma viagem sensorial e subjetiva, apresentando a língua como uma manifestação cultural viva, rica, diversa e em constante construção.  

O Museu da Língua Portuguesa foi concebido e implantado em parceria com a Fundação Roberto Marinho. O IDBrasil é a Organização Social de Cultura responsável pela sua gestão. 

 

Parques - São Paulo ganha Canto dos Dinossauros com propostas de experiência e diversão

 

Canto dos Dinossauros
Divulgação

Parque temático inaugurado tem circuito na mata, efeitos sonoros e atividades educativas para crianças 

 

São Paulo ganhou o Canto dos Dinossauros (@canto_dos_dinossauros), um dos mais divertidos e instrutivos parques temáticos, com diversas propostas de experiências. Instalado no mesmo complexo do Restaurante Canto da Mata Forneria – na Vila São Francisco, dentro de uma área de 15 mil m2, o parque foi projetado para crianças de até 12 anos, mas promete agradar também adolescentes e adultos que curtem aventura e contato com a natureza.

São 4 mil m2 de parque, com circuito especialmente desenhado dentro da mata, com mini dinossauros e um T-Rex de 4,5 metros de altura, efeitos sonoros, efeitos de fumaça, atividades interativas como Caça aos Ossos, Ponte de Obstáculos, Labirinto e Pintura de Dinossauros.

O circuito tem duração de aproximadamente 50 minutos para grupos de até 15 pessoas, todo o percurso é guiado por monitoras e com placas explicativas. A experiência ensina sobre preservação ambiental, traz curiosidades, conta a história dos dinossauros de forma lúdica e promove o entendimento de tempo e dimensão de espaço. A área de espera ainda dispõe de banheiros, bancos e mesas, pontos para fotos, painéis com curiosidades e parquinho.

O percurso acontece em ambiente controlado e seguro, com redes de proteção, uso obrigatório de capacete e ficha de autorização assinada pelos pais ou responsáveis. O espaço ainda dá acesso a uma loja exclusiva, com produtos temáticos no início e no final do percurso.

O parque funciona de quarta a domingo, das 9h30 às 17h, e recebe também grupos escolares. Para participar do percurso é indicado fazer reserva prévia. Os ingressos para crianças até 14 anos custam R$ 45. Há também os pacotes: criança acompanhada de um adulto, saem por R$ 59,90, criança acompanhada de dois adultos: R$ 69,90. Adultos sem crianças, pagam R$ 90,00. Grupos acima de 30 crianças: R$ 30 por criança – coordenadores e professores que estiverem acompanhando os menores não pagam.

O parque fica na Av. Dr. Martin Luther King, 1861 - Vila São Francisco, São Paulo. As reservas são pelo e-mail cantodosdinossauros@gmail.com ou whatsapp 11 91005-1060.

  

Multas por violação à Lei Geral de Proteção de Dados devem ser aplicadas a partir de outubro

Para especialista em direito digital, a mudança da ANDP para autarquia especial descarta o conceito que muitos empresários têm de que pequenos ajustes em cláusulas contratuais, sem orientação especializada, afastariam todo e qualquer risco de infração 

 

Empresas que violarem a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) devem começar a receber penalidades administrativas a partir do próximo mês. Com a recente publicação da Medida Provisória nº 1.124/22, a ANDP (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) foi elevada à condição de autarquia federal de natureza especial, com autonomia técnica e decisória, passando a ter legitimidade processual para promover ações judiciais na defesa da sociedade em relação à proteção de dados, incluindo medidas cautelares.

 

De acordo com Daniel Bijos Faidiga, advogado especializado em nova economia, assuntos digitais e sócio da LBZ Advocacia, os processos que investigam infrações já estão sendo conduzidos internamente para a autarquia que se prepara para a aplicação das sanções pecuniárias da LGPD. “A segurança jurídica e administrativa do órgão se tornou prioridade. A ANDP vem se estruturando para responder às infrações de maneira mais célere e focada, assim como falta pouco para o fim da estruturação da regulamentação de sanções e metodologias que estabelecem a dosimetria e cálculos das multas. Portanto, estar em carência com essa adequação pode trazer como consequências sanções em valores expressivos”, destaca.

 

Diante disso, é ainda mais evidente a necessidade de adequação das empresas às regras impostas pela LGPD, e consequentemente, os impactos financeiros que a falta de um código de proteção de dados, bem como ferramentas assertivas e eficazes para a proteção desses dados, pode trazer para as relações comerciais.

 

“A mudança da ANDP para autarquia especial ameaça aqueles descuidados que seguem confiantes de que LGPD é algo superestimado, e que meros ajustes em cláusulas contratuais, sem orientação jurídica especializada, afastariam todo e qualquer risco”, ressalta o advogado.


 

Adequar é a solução


Um bom ponto de partida para as empresas é revisitar e atualizar a Política de Privacidade diante dessa nova realidade. A partir disso, é preciso treinar seus colaboradores, adequar os contratos firmados com fornecedores, funcionários e parceiros. “Também é necessária a indicação de um DPO (Data Protection Officer), profissional encarregado pelo relacionamento entre os titulares dos dados, as entidades fiscalizadoras e a companhia, bem como possuir um canal de privacidade para o recebimento das solicitações dos titulares de dados, trazendo maior transparência e evitando possíveis sinais de alertas nas auditorias internas e principalmente externas”, aconselha Faidiga.

 

O especialista pontua, ainda, que a análise de riscos e procedimentos internos é fundamental a fim de minimizar eventuais penalidades administrativas e decisões judiciais cabíveis em decorrência do descumprimento à legislação, sendo sempre recomendada a consulta a um profissional especializado.

 

LBZ Advocacia

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A rainha está morta: e agora?

Seria o “vida longa ao Rei!” tão óbvia resposta ou teria o Direito Constitucional esquecido que ainda existem monarquias entre as nações?

Desde o século XV, quando Carlos VII da França ascendeu ao trono, a resposta à pergunta do título que salta à cabeça de todos é “vida longa ao Rei!”. Resposta essa baseada na lei da transferência imediata da soberania do monarca morto ao seu sucessor.

No Reino Unido atual, assim como na França do século XV, “os mortos agarram os vivos” (em tradução livre do original francês: “le mort saisit le vif”). Portanto, não há vácuo de poder na transição dinástica do Rei defunto para o Rei sucessor.

Assim foi com o então Charles, Príncipe de Gales. No exato instante em que a Rainha Elizabeth II deu seu último suspiro, no último dia 8 de setembro, sua lúgubre (e longa) espera por alcançar o seu destino acabou. Charles — “pela graça de Deus” ou simplesmente pelo arcabouço constitucional britânico — ascendeu à posição a qual estava predestinado, tornando-se o atual Charles III do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e Chefe da Comunidade Britânica.

Com sangue, suor, lágrimas, ferro e fogo, decapitações, esquartejamentos, revoluções políticas, religiosas e econômicas, o parlamentarismo monárquico britânico se assegurou e a identidade daquele Reino Unido — não sem algum moderno questionamento separatista ou republicano — se consolidou.

Desde a ascensão de Charles III ao trono, no entanto, muito vem se debatendo sobre o papel que o novo monarca exercerá à sombra do legado materno — que garantiu a manutenção da monarquia britânica no século XX e permitiu sua penetração no século XXI. Muito se especula se ele será a ruína da monarquia, essa instituição milenar, que após severos golpes desde o final do século XVIII, entrou em decadência e se cristalizou como forma de governo em pouco mais de 40 países, dos quais um terço agora está sob seu domínio pessoal como chefe de Estado.

Quem hoje pode, com clareza e propriedade, responder a essa pergunta? Quem pode responder verdadeiramente quais são os limites, prerrogativas e direitos políticos e pessoais de um monarca no século XXI? Quem pode explicar a manutenção dessa forma de governo supostamente anacrônica em nosso tempo? Quem pode interpretar o aparente paradoxo de uma forma de governo (teoricamente) antidemocrática — por se basear em sucessão hereditária do chefe de Estado — ser aquela que vige em 9 dos 15 países mais democráticos do mundo, segundo último levantamento do Índice de Democracia da The Economist (1)?

Não identificamos dentre a produção acadêmica realizada no Brasil, comentarista, analista político ou jurista que tenha bagagem para responder a essa pergunta. No mundo? Um apanhado de contar nos dedos.

Como apontou o jurista Luc Heuschling, Professor da Universidade de Luxemburgo, as monarquias europeias para os observadores estrangeiros são “um mundo totalmente diferente, feito de pompa, meandros legais [...] e escândalos sobre a vida privada da realeza”. Segundo ele, na literatura do chamado "Direito Constitucional Global", no entanto, esse tópico é um ponto em branco. Em termos globais, a ciência política, incluindo os próprios países monárquicos, acabou por devotar extensivos estudos a outras instituições do Estado, como a presidência nas repúblicas (2).

Mesmo no Reino Unido, se estiverem certos os Professores Robert Hazell e Bob Morris, da University College London, não houve qualquer nova teoria ou estudo sobre essa forma de governo desde “The English Constitution” por Bagehot, em 1867 (3).

Ou seja, não há qualquer grande debate acadêmico atual que explique a relação entre as monarquias e a atual concepção de democracia e o desenvolvimento democrático (aparentemente quase exemplar em alguns casos). Não há qualquer debate em que se discuta o papel e o limite de atuação de um monarca no século XXI, ou mesmo quais seriam as limitações aos seus direitos fundamentais. Pode o monarca se recusar a sancionar uma lei? Pode o Rei dissolver o Parlamento ou demitir o Primeiro-Ministro, afinal o governo é constituído em seu nome? Possui o Rei a liberdade de se casar com quem bem entender, de votar, de exercer sua liberdade de expressão? São essas perguntas que a atual literatura jurídica deixou de estudar.

É como se, em nível acadêmico, tudo o que valesse a pena ser dito sobre as monarquias e os monarcas já tivesse sido dito na literatura do século XIX e as questões contemporâneas das monarquias fossem apenas semelhantes às das repúblicas. O mundo, contudo, mudou drasticamente nos últimos 100 anos.

Sobre Charles III, seu ativismo em certas áreas e posições políticas bastante contundentes parecem indicar uma atuação muito diversa da neutralidade exercida por sua mãe. O que a Rainha Elizabeth II tinha de carisma e relações públicas, seu filho não tem; o que ele tem de posicionamento político, ela, se tinha, não exerceu ou demonstrou publicamente.

Essa característica de Charles III inspirou, inclusive, uma peça de teatro lançada em 2014 (transformada em filme em 2017) intitulada “King Charles III”. Nela se previa para esse novo Rei um desastroso reinado, no qual, Charles III, como um novo personagem shakespeariano, movido por sua moralidade, tenta exercer suas prerrogativas ao não sancionar uma lei considerada indecente e, contrariado pelo Parlamento, exerce o seu direito de monarca e de chefe de Estado, dissolvendo-o. Já não é spoiler, sendo a peça uma tragédia, que toda essa régia atuação constitucional leva o Reino Unido a uma crise institucional e o seu reinado à ruína.

A peça nos leva a vários questionamentos não respondidos pela literatura do Direito Constitucional moderno. Não há grandes estudos sobre qual é a liberdade pessoal do monarca como ser humano, tampouco sobre o limite de atuação do Rei como chefe de Estado ou até sobre qual a razão de existir um chefe de Estado que, quando exerce suas prerrogativas em defesa das liberdades de seu povo, causa sua própria ruína e mina a instituição que ele mesmo representa.

Nenhum dos atuais manuais jurídicos dedica um capítulo ou seção especificamente às monarquias, sendo como se todas as grandes questões relacionadas a essa forma de governo – especialmente seu processo de democratização - tivessem sido definitivamente resolvidas no início do século XX.

Vez ou outra, contudo, um Rei morre e — em um mundo cada vez mais diverso do que aquele em que baseou essa forma de governo — a falta de debate acadêmico sobre o tema faz com que fique mais difícil entender ou explicar as dinâmicas políticas nas monarquias constitucionais. A monarquia até pode ser envolvida em certa mágica ou revestida de algo até sobrenatural para o deleite das massas, mas o funcionamento da forma política de governo não deve e não pode ser interpretada dessa maneira, pois dela depende a liberdade e o futuro de tantos.

No mundo, milhões de pessoas vivem sob essa forma de governo em mais de 40 países — tanto em regimes democráticos, quanto antidemocráticos. Talvez seja o momento de nos atentarmos que as monarquias ainda existem e — para além de explicar ou especular apenas sobre o futuro de um novo monarca — estudar atentamente (e sem preconceitos) seus sucessos ou fracassos para, nos exemplos, aprimorar nossas próprias instituições.

Se Charles III será um bom ou mau Rei, só o tempo dirá, mas seu reinado poderá servir, caso aproveitemos essa chance, para estudar as dinâmicas dessa forma de governo há tanto esquecida pela Academia.

Prestemos atenção, pois a maior monarquia da Terra está em transição.

Vida longa ao Rei!

 

 

Guilherme de Faria Nicastro - Advogado no escritório Machado Meyer Advogados, bacharel em Direito com formação complementar em Relações Internacionais Contemporâneas pela Escola de Direito de São Paulo da FGV (2017). Diretor para o Estado de São Paulo da Juventude Monárquica do Brasil e autor do livro “O Caso do Palácio Guanabara: o direito de propriedade na transição política”

 

(1) Conforme o último Índice de Democracia (2021) da The Economist, dos quinze países mais democráticos do mundo, nove são monarquias parlamentaristas (Noruega, Nova Zelândia, Suécia, Dinamarca, Austrália, Países Baixos, Canadá e Luxemburgo).

(2) HEUSCHLING, L. Old Monarchies in Old Europe. Anything new? An Appetizer, with Special Reference to Liechtenstein. International Association of Constitutional Law (IACL), 2021.

(3) HAZELL, R. et MORRIS, B. (Eds.) The Role of Monarchy in Modern Democracy. European Monarchies Compared, Oxford and London: Hart, 2020.


Metaverso e os gêmeos digitais: qual a relação no futuro da indústria?

O metaverso é o futuro. Diariamente, somos impactados com essa afirmação e, na medida em que o conceito ganha cada vez mais protagonismo, simultaneamente aumentam-se as projeções acerca da sua usabilidade. Diante disso, cabe às organizações a árdua missão de se adequarem frente a um cenário de inovação e transformação, que acarretará diversas mudanças na forma em que vemos o mundo corporativo.

De forma concisa, o metaverso se trata de uma tecnologia que prevê uma realidade virtual aumentada, em que é possibilitada a realização de experiências e serviços dentro de um ambiente 100% digital. E, embora essa não seja uma tecnologia nova, para muitos passou a ser conhecida principalmente a partir da mudança do nome do império de Mark Zuckerberg para “Meta Platforms”.

Tal popularidade vem despertando a atenção e curiosidade para entender como esse recurso poderá influenciar a sociedade. E, levando em conta os avanços tecnológicos, as projeções quanto a sua aceitação, são favoráveis. Não à toa que, de acordo com um estudo da Gartner, até 2026, 30% das organizações do mundo terão a capacidade de desenvolver produtos e serviços no metaverso.

Tendo em vista a amplitude de possibilidades de utilização que o metaverso abre, um outro conceito para complementar esse cenário ganha relevância: os gêmeos digitais. Como o próprio nome faz menção, se trata de uma réplica exata de algo no mundo físico, porém tem a funcionalidade de ajudar a fornecer um feedback mais preciso quanto à versão no mundo real, através da ampla simulação e sensibilidade de determinado produto ou serviço.

E, se tratando do setor industrial, o qual lida constantemente com uma alta volumetria de obrigações e emissão de relatórios, a aplicação dos conceitos do metaverso e gêmeos digitais pode beneficiar a corporação como um todo. Ambas as tecnologias permitem ganhos como agilidade, validação e segurança na execução de testes, análises preditivas dos resultados e receptividade do público, bem como redução do tempo gasto nessas tarefas.

Certamente, a união desses dois conceitos deixa ainda mais promissoras as expectativas com a chegada deste universo digital. Por sua vez, mesmo diante do entusiasmo que nos envolve por estarmos diante do futuro, ainda existem barreiras que impedem a consolidação desse momento. Afinal, o receio e a resistência de se desprender de técnicas de gestão e se aventurar em uma nova oportunidade são grandes desafios a serem superados nas organizações.

Deste modo, precisamos reforçar que, mesmo o metaverso ainda não sendo uma realidade para todos, se preparar é, sem dúvidas, o melhor caminho. Ao considerarmos a indústria como um dos setores a estarem na linha de frente em todo esse cenário de transformação, se aprimorar não é mais algo opcional. Sendo assim, antes de tudo, conhecer a tecnologia é o primeiro passo a ser dado nessa jornada rumo à transformação.

O metaverso abre um leque inimaginável de aplicações e usabilidades e, tendo em vista a chegada de novas tecnologias, a sua expansão é inevitável. Assim, é crucial, nesse preparo, ter um conhecimento prévio que ajudará na escolha e definição de quais deverão ser as ferramentas adquiridas para ajudar nesse processo de transição, assim como adaptar as práticas operacionais para que esta jornada ocorra de forma promissora e assertiva.

Se o futuro era algo que antes não tínhamos dimensão, hoje, já não é mais assim. A tendência é que, cada vez mais, sejamos impactados com novos recursos, e as empresas que não buscarem acompanhar esse cenário de transformação, poderão ficar em desvantagem competitiva em seu mercado. Deste modo, conhecer e desenvolver estratégias para a chegada do metaverso é a linha inicial nessa corrida, cujo ponto de chegada é a inovação e a tecnologia.

 

Eliezer Moreira - sócio-gerente de Data Center na SPS Group, destaque dentre as cinco maiores consultorias de SAP Business One do Brasil.

 

SPS Group
www.spsconsultoria.com.br

 

Os diferentes modos de agricultura e a relação com os fertilizantes

 

Os sistemas agrícolas podem ser definidos em função da sua produtividade. A agricultura intensiva se caracteriza pelo uso significativo de insumos e busca maximizar a produção em relação aos diversos fatores de produção, seja pela mão de obra, solo ou outros meios de produção (equipamentos e insumos diversos). Já a agricultura extensiva, não maximiza a produtividade do solo, bem como não utiliza insumos químicos, mas sim os recursos naturalmente presentes no local e se caracteriza por rendimentos relativamente baixos. Por sua vez, a agricultura de subsistência é uma forma de cultivo de produtos destinados, principalmente, à alimentação da população local. 

Nesse universo, dos tipos de agricultura, os mais conhecidos são a agricultura convencional e a agricultura orgânica. Em meio ao desejo de preservar o meio ambiente, no sentido de sustentabilidade na produção agrícola e da evolução das novas práticas, surgiram outros modelos alternativos, como: agricultura sustentável, agricultura racional, agricultura integrada, agricultura multifuncional e agricultura de precisão. Como também existe a agricultura sem o uso do solo, a hidroponia.

 

Vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma delas? 


1.Agricultura convencional 

A noção de agricultura convencional não corresponde a uma forma específica de cultivo. No entanto, busca o maior rendimento das culturas através do uso de insumos como os fertilizantes e defensivos agrícolas (fungicidas, inseticidas e herbicidas). Este modo consegue resultados econômicos e de eficiência agrícola em curto prazo.

 

2.Agricultura orgânica 

A noção de agricultura orgânica surgiu no século XIX, após a chegada dos agroquímicos. Seu principal objetivo é aproximar-se das condições da natureza. Desta forma, um conjunto de práticas agrícolas que respeitam o equilíbrio ecológico, o bem-estar animal e a autonomia do agricultor. Esta agricultura tem a particularidade de excluir o uso de produtos químicos sintéticos, organismos geneticamente modificados (OGM) e limitar o uso de insumos. 

 

3.Agricultura sustentável 

A agricultura sustentável deriva da agricultura convencional e é uma agricultura extensiva, que faz parte das perspectivas do desenvolvimento sustentável. Esse modelo não é um modo de produção. Não há apenas uma forma de fazer agricultura sustentável, mas reivindicar esse tipo de cultivo é levar em conta simultaneamente os 27 princípios da declaração do Rio-92 que, relacionados às áreas agrícola e rural, podem ser agrupados em quatro dimensões: 

– Eficiência econômica: sistemas de produção econômicos e autônomos, renda decente; 

– Equidade social: partilha da riqueza, direitos de produção e poder de decisão; 

– Proteção ambiental: preservação da fertilidade do solo, biodiversidade, paisagens, qualidade do ar e da água; 

– Cultura e ética: respeito às gerações futuras, comunidades rurais e camponesas. Gestão participativa do espaço e métodos de produção de alimentos de qualidade.

 

4.Agricultura integrada 

A Agricultura Integrada é uma abordagem global, na qual a proteção de cultivos é considerada como um todo, assim como todos os elementos do sistema devem ser consistentes (pessoas, ambientes, desafios, ambiente técnico e econômico, ativos, restrições etc.). É um modo de produção que privilegia os recursos naturais, ao produzir de forma economicamente viável produtos de qualidade, que respeitem o meio ambiente e a saúde, além de mecanismos naturais de regulação em relação ao uso de insumos potencialmente nocivos ao meio ambiente. O respeito pela diversidade e equilíbrio das terras agrícolas são considerados como um ecossistema.

 

5.Agricultura multifuncional 

O conceito de agricultura multifuncional surgiu em 1992, na cúpula do Rio, ao lado do conceito de desenvolvimento sustentável. O termo multifuncionalidade é, na verdade, um neologismo sob o qual se agrupam as três funções da agricultura: econômica (segurança alimentar, autossuficiência e aspectos nutricionais e de qualidade), ambiental (respeito ao meio ambiente, produção de efeitos externos positivos e prevenção de efeitos externos negativos) e social (manutenção das sociedades rurais). Este conceito redefine, assim, o lugar da agricultura na sociedade e as suas finalidades e implica uma nova definição da profissão de agricultor, que se torna mais especializada e complexa.

 

6.Agricultura de precisão 

A agricultura de precisão qualifica a agricultura que utiliza novas tecnologias: SIG (Sistema de Informação Geográfica), GPS, satélite e computador. Utiliza a ciência para ajustar as práticas de cultivo o mais próximo possível das necessidades das plantas, de acordo com a heterogeneidade do ambiente agrícola. Esse cultivo é um conceito de gestão de parcelas agrícolas baseado na variabilidade do solo, plantas, plantas daninhas, entre outros. É então possível modular as densidades de semeadura, aportes de fertilizantes ou tratamentos químicos dentro de uma parcela. Limita os impactos negativos ao meio ambiente e otimiza os resultados agronômicos e econômicos da produção levando em consideração as reais necessidades de cada ponto de amostra do solo.

 

7.Hidroponia 

A hidroponia é uma forma particular de cultivo na água. De fato, as raízes mergulham em uma solução carregada de nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. É, portanto, uma cultura acima do solo, que é muito popular no contexto do desenvolvimento da agricultura urbana, pois pode ser realizada facilmente na cidade.  

Entre outras vantagens, a hidroponia é uma prática cultural com eficiência hídrica, que garante uma produção sem defensivos agrícolas e que também permite combater a artificialização do solo. 

Por sua vez, a solução nutritiva é composta de água com a adição de fertilizante solúvel. Este nutriente é dosado para obter uma boa concentração de nitrogênio, fósforo, potássio e outros nutrientes necessários para as plantas. Desta forma, as raízes se alimentam dos elementos contidos na solução aquosa para poder se desenvolver. 

Assim, a hidroponia oferece dois grandes benefícios. Em primeiro lugar, torna possível a produção de culturas sem terras agrícolas disponíveis. Esta técnica é, portanto, usada principalmente no cultivo urbano.  

Independente da agricultura realizada, as condições dos solos brasileiros não permitem o sucesso produtivo das culturas exploradas, se o fator nutricional não for atendido. Por se tratar de solos de baixa fertilidade natural, o uso de fertilizantes é uma necessidade quando o objetivo é produzir alimento. Seja através da agricultura convencional ou da orgânica, a adubação é o meio de adicionar os nutrientes carentes nos solos, mas também a forma de devolver os nutrientes que são exportados juntamente com a produção agrícola. Isso é o que chamamos de agricultura sustentável, com pleno respeito ao ambiente. 

 

 

Valter Casarin - Coordenador Científico da NPV

 

NPV - Nutrientes para a Vida


Atestado médico: quando uma empresa pode se negar a aceitar?

O advogado trabalhista André Leonardo Couto destaca que há casos em que as organizações podem recusar o documento


No decorrer do tempo, é normal um funcionário passar por algum problema de saúde que necessite de afastamento temporário. Nestes casos, para não ter descontos na folha de pagamento, geralmente, os gestores pedem o atestado médico. Mas há casos em que o trabalhador apresenta o documento falso e que pode ensejar em implicações, conforme aponta o advogado trabalhista André Leonardo Couto.

De acordo com o advogado, para ser válida, a declaração deve respeitar a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). “É necessário que o documento apresente o tempo concedido para recuperação do paciente, o diagnóstico da doença ou CID, mas claro, somente quando autorizado pelo paciente. E o mais importante, a identificação do médico como emissor, com sua assinatura e carimbo ou número de registro no Conselho Regional de Medicina”, explica.

O advogado lembra que conforme determina o Ministério do Trabalho (MT), a empresa pode pedir um novo exame caso tenha alguma desconfiança com relação à veracidade do documento. “Existem algumas situações em que a empresa pode pedir para que o funcionário peça um novo atestado ou, até mesmo, não o aceitar para abonar a falta. Em termos legais, a empresa pode recusar um atestado médico quando desconfiar da veracidade dele ou da aptidão do funcionário para exercer as atividades, mas indico que antes disso, a empresa encaminhe o funcionário para uma nova consulta com o médico do trabalho que, por sua vez, dará o parecer dizendo se o trabalhador está ou não apto às suas tarefas. A empresa não pode negar um atestado médico apenas porque quer, tanto que se ocorrer recusa mesmo estando tudo certo, o empregado poderá recorrer ao sindicato, ao MT e à Justiça do Trabalho”, explica.

 

Demissão e crime

Já em casos de atestado médico falso, além de recusar o documento caso seja comprovado, André Leonardo Couto adiciona que o funcionário poderá ser demitido por justa causa, já que é crime previsto nos Artigos 297 e 302 do Código Penal (CP). “Falamos de uma situação séria e que envolve tanto o trabalhador, quanto o nome de um profissional da saúde que teve seus dados relacionados em uma fraude, sem saber, ou até mesmo sabendo. Neste caso, lembro que ao apresentar um documento fictício, o funcionário estará sujeito às sanções legais, e ser demitido por justa causa. Desta maneira, friso que se um colaborador pode sim ser dispensado caso seja comprovado. Além disso, reforço que a emissão do documento irreal, até mesmo pelo médico, é totalmente contra o que diz o Código de Ética do Conselho Federal de Medicina. Não é porque a pessoa é próxima ou até parente de um profissional da saúde, que ele pode fornecer um atestado. Desta maneira as sanções da lei podem trazer problemas para o profissional da saúde também. Por isso, é bom evitar esse tipo de atitude, já que ela está descrita como crime no Código Penal”, conclui o advogado.

 


ALC Advogados

@alcescritorio

 www.instagram.com/alcescritorio

https://andrecoutoadv.com.br/

 

Como escolher um negócio para investir na área de saúde e ter sucesso

As franquias do segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar atingiram crescimento superior a 10,5% em 2021 e, no segundo trimestre de 2022, as redes desse mercado já registraram o terceiro melhor desempenho de todo o franchising, com alta estimada de 20,1%. Os dados são da ABF – Associação Brasileira de Franchising.

Os negócios da área de saúde têm se apresentado como uma excelente maneira de diversificar investimentos. Inclusive, tenho notado um movimento interessante de investidores que já possuem negócios em outros segmentos de mercado, como alimentação e moda, por exemplo, buscando alternativas para ampliação do leque.

Para investir em um negócio do setor de saúde, será necessário redobrar atenção com uma série de particularidades. Recomendo começar analisando as necessidades da população, os gaps de mercado e avaliando as melhores maneiras de conectar a empresa e os serviços prestados às pessoas. Preencher uma lacuna deixada pelos serviços de saúde disponíveis pode ser um bom caminho.

Também indico que se faça um estudo relacionado ao emprego de tecnologia no negócio. A inovação é a chave para o sucesso de boa parte das empresas na sociedade atual e certamente continuará sendo um dos pilares no futuro. Com a pandemia, houve um avanço considerável no uso da tecnologia na saúde, seja no desenvolvimento das atividades fim, junto aos pacientes, ou na gestão do negócio, que é um ponto especialmente relevante para a operação de uma empresa saudável.

Outro aspecto especial tem relação com a responsabilidade técnica das atividades desenvolvidas na empresa. Vamos supor que você resolva investir na abertura de uma franquia de clínica odontológica. Para operá-la com segurança, seguindo todas as recomendações dos Conselhos de Odontologia, é exigido que um profissional de Odontologia graduado e habilitado tenha participação no negócio e possa atestar todos os procedimentos realizados na clínica.

Atenção aos códigos de conduta ética é outro ponto de relevância. A melhor maneira de se guiar, é acompanhar o que o Conselho Federal da área propuser. Como no nosso exemplo falamos em clínicas odontológicas, o correto, nesse caso, é seguir o Código de Ética do Conselho Federal de Odontologia, que orienta desde a condução de tratamentos até à exposição de informações em redes sociais.

Por fim, mas não menos importante, temos também as questões ligadas à gestão do negócio. Quando se investe em uma franquia, o esperado é encontrar um modelo já testado, com soluções que realmente funcionam. Esse know how é desejado em todas as frentes relacionadas à operação da empresa e, claro, inclui a gestão do negócio. Ao ampliar as áreas de atuação e abrir negócios em segmentos que ainda não haviam sido explorados, ter um ecossistema completo, que ofereça o suporte adequado para gerir a empresa de A a Z é imprescindível, visto que cada setor tem suas particularidades e peculiaridades. Se a franquia oferece soluções de gestão detalhadas, que contemplem administração, financeiro, marketing, gestão de pessoas, tecnologia, social e outras frentes, o franqueado tem mais tranquilidade e segurança para operar e alcançar o sucesso.

É claro que investir em um negócio na área de saúde vai exigir trabalho, atenção, disciplina e, principalmente, atendimento humanizado. Porém, é possível alcançar uma boa lucratividade com um negócio nesse segmento. Só é preciso se dedicar para prosperar!

 

Faisal Ismail - odontólogo, sócio-fundador e presidente da rede de franquias de clínicas odontológicas Odontolatina, que conta, atualmente, com 42 operações no Brasil e no Paraguai – www.odontolatina.com.br

 

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