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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Profissões em alta no cenário pós-pandemia exigem inglês avançado

Levantamento aponta que as áreas que mais cresceram e empregaram no último ano exigem domínio do idioma


Com a pandemia, o mercado de trabalho passou por uma reformulação que alterou aspectos como empregabilidade e remuneração de muitas profissões. As transformações no modo de vida, de consumo e na forma de fazer negócios fizeram com que a lista de carreiras em alta e com maior demanda para o pós-pandemia fosse alterada. Áreas de saúde, tecnologia e criação de conteúdo estão entre as que viram as oportunidades aumentarem, mesmo em um cenário incerto e de crescente desemprego. O que não mudou, em relação ao mercado de trabalho, foi um aspecto que antes da pandemia já era considerado fundamental para qualquer profissional interessado em alcançar uma boa colocação: a exigência de Inglês avançado e fluente.

Um estudo realizado por Cambridge English e QS Intelligence Unit - que atua com coleta de dados do mercado empregador e de Educação - aponta que 95% dos empregadores de países não nativos em Inglês consideram o idioma importante e o reconhecem como a língua dos negócios. De acordo com o gerente de conteúdo do PES English, Luiz Fernando Schibelbain, ao se considerar as carreiras do futuro, é impossível crescer profissionalmente e conseguir uma boa oportunidade sem o domínio da língua inglesa. "Em um mercado cada vez mais globalizado, com enorme interação entre os países e negociações cada vez mais frequentes, ser fluente em Inglês já se tornou pré-requisito indispensável para a maior parte das profissões", afirma Schibelbain. 

Um levantamento do Linkedin deste ano apontou as profissões que estão em alta. "Ao analisar a lista, percebe-se que a maioria delas vai exigir dos bons profissionais, daqueles que buscam as melhores colocações nessas áreas de atuação, um domínio do Inglês que foge do básico ou intermediário. Os profissionais das áreas citadas terão que ser fluentes em Inglês", alerta. 

 

1) Médicos, enfermeiros e profissionais da saúde 

A Covid-19 fez aumentar ainda mais a empregabilidade dos profissionais da área de saúde, seja no Sistema Único de Saúde (SUS) ou em hospitais particulares. 

 

2) Cargos em tecnologia

Mundo digital abre oportunidades de carreira
divulgação

Em um cenário cuja transformação digital se tornou o caminho para a sobrevivência de muitos negócios e uma alternativa para as limitações que a pandemia impõe ao modelo presencial, o mercado para profissionais da área de tecnologia apresentou crescimento ainda maior a partir de 2020. Entre os cargos mais promissores estão: designer (de interface do usuário, de produto), engenheiro de software, desenvolvedores (de front-end, back-end, de jogos, de web), analista de segurança cibernética e consultor. 

 

3) Farmacêuticos e pesquisadores

Esses profissionais estão sendo muito requisitados em função da demanda por estudos e desenvolvimento de medicamentos e vacinas, por exemplo. O Instituto Butantan, o IQVIA e o PRA Health Sciences estão entre os que mais contrataram em 2020. 

 

4) Cargos em vendas e desenvolvimento de negócios

Com muitos negócios precisando se adaptar para sobreviver à pandemia, a procura por profissionais capacitados e com condições de orientar empresas e investidores aumentou. Cargos como especialista em vendas, diretor executivo ou diretor de vendas familiarizados com a transformação digital estão entre os mais promissores.

 

5) Especialistas em e-commerce

Ao longo da pandemia, o consumidor aderiu de vez ao e-commerce, salvando comerciantes e tornando os especialistas em comércio eletrônico altamente valorizados. Profissionais da área de vendas on-line e logística, por exemplo, viram a contratação nessa área aumentar 43% em relação a 2019.

 

6) Profissionais autônomos de conteúdo

Em um novo cenário, empresas foram obrigadas a mudar a abordagem junto ao público alvo, aumentando o investimento em marketing digital e produção de conteúdo. Para os profissionais dessa área, o crescimento de 2019 para 2020 foi de 74%.

 

7) Especialistas em marketing digital

O marketing digital foi fundamental para que empresas encontrassem uma nova forma de se relacionar com o consumidor. Um bom profissional da área de marketing, mídias digitais e sociais deve saber lidar de maneira profissional e especializada com ferramentas digitais em que o conteúdo disponível em língua inglesa é muito grande.

 

8) Profissionais de finanças

A instabilidade econômica gerada pela pandemia fez aumentar a necessidade de buscar alternativas de sobrevivência e a área financeira de cada empresa se tornou ainda mais estratégica, dando a consultores e contadores mais oportunidades de emprego. Além disso, bancos e corretoras financeiras foram os principais responsáveis pelas contratações na área econômica. 

 

9) Cargos de apoio à saúde 

Com a área da saúde em destaque por conta da pandemia de Covid-19, laboratórios, hospitais, clínicas e farmácias tiveram aumento na demanda por serviços. 

 

10) Análises de dados

Mundo digital abre oportunidades de carreira
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Com boa parte dos negócios e empresas baseando as operações por meio de plataformas digitais, engenheiros de dados, analistas de dados e analistas de desempenho são profissionais bastante requisitados no mercado, tanto para comércio, quanto indústrias e serviços.

 

11) Cargos em customer success (sucesso do cliente)

O e-commerce e a necessidade de oferecer suporte ao consumidor impulsionaram o chamado customer success (sucesso do cliente). 

 

12) Especialistas em saúde mental 

Saúde mental é grande preocupação do futuro
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A pandemia exacerbou estados como estresse, ansiedade e depressão, fazendo o setor de saúde mental crescer 34% em relação ao ano anterior. Psiquiatras e psicólogos se tornaram mais importantes ainda com a pandemia, e a regulamentação das teleconsultas fez aumentar a procura por esse tipo de atendimento.

 

Quatro das 12 profissões indicadas no estudo são da área da saúde que, segundo Schibelbain, exige a língua inglesa em atualizações, congressos e simpósios. “Nessa área, apenas a graduação não é suficiente para o sucesso profissional”, adverte. Outra área bastante demandada envolve tecnologia - um setor que vai exigir a língua inglesa desde o início dos estudos. Já os cargos em vendas e marketing digital (cinco dos 12 da lista) por si só já trazem nomenclaturas em Inglês. "Além disso, ainda são poucas as ferramentas e soluções para esse mercado em língua portuguesa e o conhecimento do inglês amplia substancialmente a compreensão e o alcance lexical do profissional", pontua Schibelbain.

 

Retomada da economia: dicas para os estabelecimentos conquistarem e fidelizarem - novamente - os clientes

 Portas abertas, comerciantes e empresas voltando ao funcionamento normal. As empresas precisam se preparar para enfrentar a nova realidade mundial. Dados divulgados pela Agência Brasil mostram que a confiança do comerciante brasileiro subiu pela segunda vez consecutiva em julho, de acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mas não é só confiança que sobrevivem os negócios. Segundo o especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui, os empresários precisam estar atentos em como receber novamente seus clientes e conquistar a confiança, para que voltem a frequentar seus estabelecimentos.

Não há dúvidas que a pandemia da COVID-19 alterou a forma de consumo das pessoas. Nos meses mais críticos, com protocolos mais restritivos, as compras online tiveram um boom: o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento de 75% em 2020 se comparado ao ano anterior, de acordo com o relatório da Mastercard SpendingPulse, um indicador de vendas no varejo. “A volta do funcionamento é uma nova oportunidade de conquistar clientes e fidelizá-los. Não tem mais como fazer o mesmo, o consumidor mudou”, afirma Burlamaqui.

A pesquisa da CNC aponta ainda que houve também uma percepção positiva da situação econômica do país, com 35,8% do total de entrevistados afirmando que a economia melhorou, contra 24,8% no mês anterior. Com a melhora da economia, o que se espera é aumento de vendas e fluxo de clientes nas lojas. O especialista indica seguir as normas de higiene e sanitização e ter protocolos de segurança, para preservar a saúde dos colaboradores e clientes. “Mostre isso para o seu cliente! Tenha à disposição álcool em gel, faça limpeza constante da empresa e aferição de temperatura: precisa ficar claro que o seu negócio se preocupa com a atual situação global”, alerta. Burlamaqui indica ainda investir em bons equipamentos de segurança para a equipe, como máscaras triplas, além de sinalização de distanciamento social nas filas.

Na retomada, o foco deve estar também no atendimento. Não adianta abrir as portas e o consumidor ficar muito tempo na espera por um colaborador ou não conseguir as informações necessárias para a sua compra. “Uma equipe bem treinada é capaz de oferecer um atendimento ágil, fazendo com que o cliente prefira visitar a sua empresa no lugar de outra, ou de um negócio online, e saia satisfeito com sua compra”, lembra. Mesmo que a empresa tenha feito alguns desligamentos durante a pandemia, agora é a hora de ter uma equipe capaz de suprir a demanda do negócio.

 


 Frederico Burlamaqui Marketing Estratégia

www.marketingestrategia.com.br


CRIMES DE LESA ESPERANÇA

Quem mente é mentiroso, não importa a gravidade da mentira. Quem rouba um alfinete e quem rouba um carro são iguais, ambos ladrões. O motivo pelo qual cada um deles praticou o roubo, pode ser diferente tanto quanto serão menor ou maior as penas imputadas pela Justiça. Mas, são dois criminosos. Prevalece o princípio, o caráter, a índole e não o valor do bem roubado. Não há régua nem balança para medir mentira ou roubo.

É também criminoso quem furta sonhos? Sim. E esse bem é de um valor muito significativo, em especial para os que têm na esperança o seu último recurso de crença num mundo melhor, mais justo. Assim, penso que deveríamos ir à Delegacia de Proteção ao Consumidor registrar uma queixa contra o político que, eleito com o nosso voto conquistado por falsas promessas, não cumpriu com nada que ofereceu na campanha. E ainda se meteu em corrupção. Ou seja, propaganda enganosa. Falsidade ideológica. Crimes de lesa esperança.

Por que os políticos trocam de partido, e com tanta facilidade? Porque não têm compromissos programáticos, porque não estão empenhados no cumprimento de um ideário? Estão, é claro, apenas buscando espaço para melhor exercitar o poder. E, nesses casos, geralmente em proveito próprio. Há quem, em menos de três décadas, tenha trocado de partido 10 vezes. Qual seria o compromisso assumido com os eleitores?

Fico muito irritado ao ver a hipocrisia de alguns quando se espantam com a notícia de que parlamentares foram descobertos recebendo dinheiro para votar favoravelmente nos projetos do executivo. Ou recebendo cargos públicos para colocar seus cabos eleitorais que, claro, trabalharão para atender interesses nada coletivos dos seus padrinhos. Num país como o nosso, vítima de uma colonização extrativista, o princípio da cidadania, respeito e amor à pátria são praticamente inexistentes.

E a prova disso está na própria legislação e no seu cumprimento. Como podem ser sérios os políticos que não têm compromisso de fidelidade partidária? Homens e mulheres eleitos sem nenhum pacto com as agremiações que lhes deram a obrigatória legenda para disputar uma cadeira no parlamento, em qualquer dos três níveis de poder. Neste momento de crise sanitária, com problemas na compra de vacinas e outros itens necessários para salvar vidas, são propostos R$ 5,7 bilhões para campanhas políticas e criados mais ministérios para atender o insaciável apetite fisiologista dos políticos que, no mais velho estilo "toma lá, dá cá", pressionam o Governo Federal.

Assim, para a necessária governabilidade, seria mais importante que a primeira das reformas constitucionais fosse a política. Como não foi, continuamos experimentando o dissabor de sucessivos escândalos, da ausência danosa do princípio ético na vida pública nacional. A corrupção é gerada por um sistema altamente sofisticado, algo científico e que se vale de um instrumental dinâmico, um movimento de amplitude internacional e sob o comando de pessoas inteligentes, criativas, organizadas e que empregam eficientes estratégias.

Corrupção não é episódica ou, até mesmo, decorrência da desonestidade pessoal do político. É doença, grave, que corrói o tecido social e mata. Não há outra forma de combater esse mal sistêmico, do que com a educação. Somente a constante vigilância, o combate firme e a punição exemplar dos culpados poderão ajudar no estabelecimento de uma consciência pública contra os corruptos.

O banalizado desperdício de bilhões de dólares em superfaturamentos de obras, emprego de materiais inadequados, subornos, desvios de recursos e outras práticas criminosas de roubo do dinheiro público para fins escusos, é um dos maiores responsáveis pela miséria dos povos latino-americanos. É a miséria moral causando a miséria física de nossos países condenados ao não desenvolvimento, ao eterno desequilíbrio social sem desenvolvimento.

O que agora se está tentando apurar nos escândalos das vacinas são casos de polícia. Temas que devem ser tratados pela Polícia Federal, pela promotoria pública. As Comissões Parlamentares de Inquérito, CPIs, são instrumentos de aperfeiçoamento do legislativo e apenas como tal deveriam ser utilizadas. Roubo é questão de polícia, promotoria e magistratura. Tomara que a CPI da Covid-19 traga, de fato, resultados que respeitem a sociedade brasileira.

Que sejam investigadas as denúncias, dado o direito amplo de defesa aos acusados, realizados os julgamentos e punidos os culpados. E que acima de tudo, os recursos roubados sejam recuperados e entregues aos cofres públicos. É insuportável saber que notórios malandros do colarinho branco, embora presos, continuam com seus milionários bens tomados à sociedade esperando pela liberdade após o cumprimento da pena.

Chega de corrupção, de impunidade, de incompetência. Como disse o filósofo alemão Friedrich Nietzsche: "Pessoas usadas para um empreendimento que deu errado devem ser pagas em dobro". Ou é resgatada a dívida social com o povo brasileiro, ou devolvam os votos que elegeram os candidatos das falsas promessas colocando os estelionatários para fora do poder. Que devolvam o produto do roubo e cumpram pena pelo que fizeram. Não apenas as mais de 550.000 mil famílias dos mortos pela pandemia, mas todo o povo brasileiro espera por justiça.




Ricardo Viveiros - jornalista, escritor e professor. Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de vários livros, entre os quais: "Justiça Seja Feita", "A Vila que Descobriu o Brasil" e "Pelos Caminhos da Educação".


Lei 14.181/21 - Uma saída contra o superendividamento do consumidor

Em julho deste ano entrou em vigor a Lei 14.181/21, batizada de “Lei do Superendividamento”. O texto traz uma reforma parcial do Código de Defesa do Consumidor em diversos pontos, que vão desde a inserção de novos incisos no artigo 4º, que institui a Política Nacional das Relações de Consumo, com itens como fomento à educação financeira e ambiental, até uma disciplina completa de prevenção e de tratamento das situações de superendividamento.

O artigo 54-A, inserido no diploma consumerista pela supracitada lei, traz em seu 1º parágrafo a definição do que é superendividamento: A impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação.

Em suma, é uma adaptação de institutos como a insolvência civil (insta mencionar que a lei expressamente afasta suas previsões dos efeitos insolvência, portanto, esse comparativo é meramente exemplificativo) e a falência de empresas para o endividamento proveniente das relações de consumo, inclusive relativas a operações de crédito, compras a prazo e serviços de prestação continuada.


Mecanismos de prevenção – Novas obrigações dos fornecedores

A Lei 14.181/21 também institui novas obrigações relativas às informações que devem ser prestadas ao consumidor no fornecimento de crédito e na venda a prazo, como o custo efetivo total da operação, taxa efetiva mensal de juros e demais encargos, montante das prestações, prazo de validade da oferta, dados do fornecedor, bem como a informação do direito à liquidação antecipada e não onerosa do débito.

Outro ponto de atenção aos fornecedores de crédito são vedações trazidas na esfera da oferta: Não podem ser realizadas ofertas que indiquem que a operação poderá ser concluída sem consulta a serviços de proteção ao crédito ou avaliação da situação financeira do consumidor, além da expressa vedação à indução do consumidor a renunciar direito de demandas judiciais.


Procedimento judicial e extrajudicial para conciliação das dívidas

A exemplo de outros diplomas normativos com previsões de procedimentos especiais para lidar com o cenário de endividamento, a Lei 14.181/21 instituiu a Conciliação no Superendividamento, dividida em duas etapas. No primeiro momento, juiz designará audiência de conciliação, presidida por ele ou por conciliador credenciado, na qual o consumidor deverá apresentar a todos os credores que compõem o seu “Superpassivo” uma proposta de plano de pagamento, seguindo, claro, alguns requisitos também previstos no texto.

Fato interessante relativo a esse momento é a previsão de que, concorrente e facultativamente, compete também aos órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, como o PROCON, executar a fase conciliatória. Não havendo conciliação, a lei prevê também uma alternativa litigiosa: O juiz instaurará o processo por superendividamento, quando ocorrerá a revisão e integração dos contratos e repactuação das dívidas, mediante plano judicial compulsório.


Timing assertivo? O superendividamento no pós-pandemia

O problema da inadimplência do brasileiro é público e notório, e o Congresso Nacional já percebeu a necessidade de aprimoramento dos mecanismos disponibilizados pelo judiciário para solucionar tal questão. Em 2020, houve a reforma da Lei de Recuperação Judicial e Falências de Empresas, e neste ano, a criação da Conciliação de Superendividamento da Pessoa Natural.

A atualização dos princípios que devem ser observados pela Política Nacional das Relações de Consumo, principalmente com a ideia de educação financeira e de reforço do Estado junto ao consumidor no momento de renegociação de suas dívidas, vem em bom momento, quando todos aguardam ansiosos pelo fim da pandemia, mas, ao mesmo tempo, receosos com os efeitos econômicos negativos que ela promete deixar pelos próximos anos.

É importante ressaltar que cabe ao credor dedicar uma atenção extra, pois caso o devedor utilize os procedimentos previstos nessa lei, o credor poderá ser obrigado a renegociar a dívida judicialmente.

Nessas condições, uma análise de crédito assertiva se mostra necessária para eludir uma renegociação forçada. Pensando nisso, a Leme Forense disponibiliza um módulo específico para realizar consulta de informações cadastrais, comportamentais, restritivas e analíticas de pessoas físicas e jurídicas, a partir da indicação do CPF e CNPJ.

 


Guilherme Cortez - Atua com investigação patrimonial. É graduando em Direito e possui, além da certificação “Decipher” (Método Decipher – Investigações Corporativas), especialização em investigação patrimonial, principalmente com ênfase em blindagem e análise de registros imobiliários. Atualmente, é coordenador de investigações da Leme Forense e responsável pelo setor de Análise de Direitos Creditórios, que assessora em aquisições realizadas por investidores, desde a situação do processo judicial que discute a dívida até o levantamento de ativos e passivos dos devedores, com o fim de apurar o potencial de recuperação do crédito.

 

Leme Forense - Serviço de Investigação Patrimonial da Leme Inteligência Forense https://lemeforense.com.br/

 

Ritmo de expansão de lojas online no Brasil foi superior a 22% nos últimos 12 meses; pequenas empresas detêm 52% dos e-commerce

 Em 2021, comércio online chega a 1,59 milhão de sites, número que representa 6% do varejo brasileiro, de acordo com dados levantados por pesquisa do PayPal e da BigDataCorp.

 

Após um ano e meio de pandemia, a expansão do e-commerce no Brasil teve números expressivos em 2021, totalizando quase 1,59 milhão de lojas online, 22,05% a mais do que em 2020, quando o comércio digital saltou 40%. A variação indica que, na média, no último ano, 789 novas lojas online foram criadas por dia no Brasil. O ritmo de crescimento do e-commerce no País desde 2015 chega a uma taxa anualizada de 23,69%.

A expansão é um indicador do grande esforço que os lojistas têm feito para alcançar os consumidores, especialmente quando se fala de pequenos e médios empreendedores, como revela a 7ª edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, parceria do PayPal Brasil e da BigDataCorp. Mesmo com um volume relevante de lojas, ainda há espaço para o crescimento do segmento no País, uma vez que apenas 6,19% do varejo brasileiro faz vendas online.

Reflexo direto dos efeitos da pandemia sobre a economia e da necessidade de digitalização das empresas, o comércio eletrônico por negócios com volume financeiro menor segue em alta. Em 2020, os e-commerce com faturamento de até R$ 250 mil ao ano correspondiam a 48,06%. Hoje, representam 52,73% do total.

Pode-se dizer ainda que a presença online do consumidor fez algumas lojas deixarem de ser consideradas pequenas quando olhamos o número de acessos. O volume de lojas consideradas de médio porte, que recebe entre 10 mil e 500 mil visitantes por mês, teve um crescimento importante de participação, de 2,5% em 2020 para 9,92% do total em 2021.

Além da expansão acelerada, o e-commerce no Brasil segue amadurecendo: 60,37% já adotam meios eletrônicos de pagamento (carteiras virtuais), o que representa um aumento de 4,6 pontos percentuais em relação aos achados de 2020. Vale dizer que, em sete anos de pesquisa, houve uma inversão da proporção dos métodos de pagamento: em 2015, 60% não aceitavam carteiras virtuais.

Além disso, a pesquisa mostrou que mais de 80% do e-commerce usa algum tipo de plataforma para vender, em detrimento de sites desenvolvidos sob encomenda.

Outro dado relevante é a desconcentração geográfica no comércio eletrônico no último ano. O estado de São Paulo, que historicamente representava cerca 60% das lojas online, hoje abriga 51,8%, o que nos mostra que parte do crescimento do comércio veio de outros estados do Brasil. Destaque para Minas Gerais, que passou de 6,20% do volume total de lojas em 2020 para 7,24% em 2021; e para o Paraná, que foi de 5,84% para 7,01% no mesmo período.

A série “Perfil do E-Commerce Brasileiro” é uma parceria entre BigDataCorp. e PayPal Brasil e, desde 2015, monitora os movimentos e tendências do setor. Confira, a seguir, os principais destaques do estudo deste ano.

 

Descobertas e novos recortes:  

  • No universo dos 20 principais marketplaces do Brasil, 372 mil empresas únicas estão vendendo em algum dos sites. Desses, 44,80% têm presença no marketplace e em site próprio.
  • Aplicativos de everyday spending (aplicativos de gastos diários, como supermercados, restaurantes, farmácias, mobilidade urbana, entre outros) contam com 611.800 empresas únicas nas plataformas. Desse volume, 70% são restaurantes/alimentação; 12,68%, mercado/supermercado; 4,67%, farmácias; e 12,41%, outros tipos de comércio.
  • De todos os estabelecimentos do Brasil mapeados, 12% dos restaurantes, 8% dos mercados/supermercados e 11% das farmácias estão em algum aplicativo de delivery.
  • 83,43% dos pequenos sites de e-commerce no Brasil recebem até 10 mil visitas mensais; no extremo oposto, 6,62% são grandes sites, com mais de meio milhão de visitas mensais. Os 9,92% restantes estão na faixa intermediária: recebem entre 10 mil e meio milhão de visitas por mês e representam o maior crescimento de share em 2021.
  • 79,44% oferecem até dez produtos em seus sites; 9,94% oferecem de 11 a 100 produtos; enquanto 10,72% apresentam mais de uma centena de produtos.
  • São Paulo segue sendo o estado que concentra a maioria dos e-commerce no Brasil: 51,8% deles. Contudo, houve queda de 7 pontos percentuais nesse número em relação a 2020 (de 58,95% para 51,80%). Em segundo lugar está Minas Gerais, com 7,24%, seguido pelo Paraná, com 7,1%.
  • Mais de 65% das ofertas de produtos nos e-commerce brasileiros custam menos de R$ 100; 15,91% delas situam-se entre R$ 100,01 e R$ 500; em seguida vem a faixa dos produtos acima de R$ 1 mil, com participação de 12,15%. Vale notar que a faixa de preços com a menor participação, 6,36%, é a das ofertas entre R$ 500,01 e R$ 1 mil.
  • As mídias sociais já são adotadas por cerca de 69% das lojas online.
  • O YouTube cresceu em importância na estratégia de divulgação do e-commerce brasileiro: 45,82% das lojas online utilizam a mídia social, que aumentou sua participação em cinco pontos percentuais em relação a 2020. A plataforma fica atrás apenas do Facebook, usado por 53,96% dos comércios eletrônicos do País. Na sequência vêm Twitter, com 31,10% de participação; Instagram, com 27,84%; e Pinterest, com 5,43%.
  • Entre as soluções adotadas pelas lojas online, a mais popular é a das plataformas fechadas (68,1%), que têm conquistado participação gradual e constante desde o início da série histórica. Em seguida, as lojas sem plataforma são o formato preferido por quase 18,27% dos e-commerce. Plataformas abertas respondem por apenas 12,92% do total de e-commerce.
  • A adesão ao SSL (Secure Sockets Layer), uma camada de segurança que criptografa os dados transacionados entre consumidor e loja online, voltou a crescer e hoje se encontra em 92,39% dos e-commerce, um recorde desde o início da pesquisa.  Em 2020, o número era de 88,43%.
  • 83,51% dos e-commerce no País já são responsivos, ou seja, estão preparados para serem acessados em qualquer tela, inclusive a do celular. Este é mais um recorde desta edição da pesquisa. Em 2016, apenas 16% dos sites eram responsivos, número que chegou a 82% em 2020.

  

Citações

“A presença do pequeno empreendedor no comércio online segue forte em 2021. Indicação disso é que mais da metade dos e-commerce não tem sequer um único funcionário, mais de 55% do total. Ou seja, estamos falando de empreendedores que desempenham todos os papéis em suas empresas. Nesse contexto, o amplo uso de plataformas prontas para montagem de e-commerce, que supera 80% dos casos, contribui para ampliar e democratizar o acesso a tecnologias e ajuda os microempresários a viabilizarem sua presença online”. Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigDataCorp.

“O que percebemos nesta edição da pesquisa Perfil do E-commerce Brasileiro é que, no segundo ano de pandemia, houve uma emancipação dos pequenos negócios para médios, dado muito significativo considerando o ritmo de aceleração do comércio eletrônico. À medida que o consumidor se familiarizou com as compras online, houve um crescimento substancial do e-commerce, e um volume expressivo de novas lojas surgiram. Em um recorte inédito, conseguimos enxergar ainda muito espaço para crescer dentro de aplicativos de compras de rotina, que chamamos de everyday spending. Isso porque, de todos os estabelecimentos que se encaixam na categoria, apenas 2,10% usam plataformas de vendas por delivery para ampliar seus negócios. O meio digital apresenta muitas oportunidades para empresas que queiram ampliar sua gama de clientes e criar oportunidades de negócios, e continua sendo a alternativa viável para muitos empreendedores neste cenário desafiador”.  Felipe Facchini, Head de Vendas do PayPal Brasil

 

(*) Os valores citados são preços médios dos sites, ou seja, a média do preço de todos os produtos vendidos em uma dada loja virtual.

 

Metodologia

  • A série “Perfil do E-Commerce Brasileiro” usa o processo de captura de dados da internet da BigDataCorp., que prevê o processamento de mais de 10 petabytes semanalmente, extraídos de visitas a mais de 32 milhões de sites brasileiros, dos quais são obtidos informações estruturadas e seus links. Os dados apresentados foram colhidos entre julho de 2020 e julho de 2021.

Detran.SP dá 15 dicas para uma pedalada mais segura e diminuir o número de acidentes

Proposta de guia de proteção é reduzir ainda mais as fatalidades de trânsito no Estado envolvendo ciclistas. Entre os meses de junho de 2020 e junho de 2021, houve uma diminuição de 15,6%.

 

As bicicletas estão por todas as partes. O meio de transporte, mais sustentável e econômico, é utilizado como forma de locomoção para o trabalho, serviços de entrega, atividades físicas e passeios. Porém, é preciso estar atento para que as viagens terminem da melhor maneira possível.

 

De acordo com os novos dados do Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, a maior redução nas fatalidades de trânsito no Estado envolveu ciclistas comparando os meses de junho de 2020 e junho de 2021, com 32 casos (2020) e 27 (2021), menos 15,6%.

 

“Dicas para um transporte mais seguro de bicicletas são fundamentais para que tenhamos dados cada vez menores de acidentes envolvendo ciclistas no Estado. O respeito é essencial é deve ser mútuo entre os condutores, sempre com cautela e atenção às leis de trânsito”, destaca Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

Para garantir uma pedalada mais segura, o Detran.SP conversou com Willian Cruz, idealizador do projeto Vá de Bike (www.vadebike.org) que listou 15 dicas essenciais para pedalar com mais segurança nas ruas.

Os ciclistas Carla de Moraes e Willian Cruz, do Vá de Bike


 

 

1 - Escolha bem sua rota

 

“O melhor caminho para a bicicleta raramente é o mesmo do carro ou do ônibus. Busque sempre ciclovias, trajetos calmos e desvie das subidas”

 

 

2 – Pedale sempre na mão correta

 

“Evite andar na contramão, pois você surpreende os motoristas e reduz muito o tempo de reação dos condutores. Pedalando no mesmo sentido, você diminui as chances de uma colisão e até mesmo o tamanho do impacto caso ela ocorra”

 

 

3 - Fique longe das portas

 

“Alguém pode abrir a porta de um carro por exemplo sem te ver e te jogar na frente de um outro veículo que esteja em movimento na rua. Por isso, passe longe delas!”

 

  

4- Seja um veículo

 

“O ciclista deve andar na lateral da via, mas evite pedalar colado na calçada. Se os carros passarem na mesma faixa, estarão muito próximos e podem derrubar quem estiver na bike. E preciso ter um espaço de fuga para essas situações. Mas não segure o trânsito. Ao perceber que há uma fila de veículos atrás de você, dê passagem e depois continue” 

 

 

5 - Proteja os pedestres

 

“A bicicleta é um veículo e deve circular nas vias. Ao usar a calçada, desça da bike. E quando se deparar com pessoas atravessando a rua, freie e pare, mesmo quando não houver semáforo”

 

 

6- Não fure o sinal

 

“Não passe no sinal vermelho. Você põe em risco a si mesmo e aos pedestres”

 

 

7 – Iluminação é essencial

 

“Ter luzes na bicicleta é a garantia que os motoristas vão te ver à distância. Utilize luzes brancas na frente e vermelhas atrás (sempre piscando)”

 

 

8 – Equipamentos de segurança são aliados

 

“Capacete e luvas não são obrigatórios, mas te protegem em caso de queda. E os óculos impedem que o vento traga poeira para os seus olhos”

 

 

9 - Sinalize sempre

 

“Os motoristas precisam saber com antecipação o que você vai fazer. Por isso, faça sempre uma sinalização ao mudar de faixa ou fazer uma manobra que requer o movimento”

 

 

10 – Educação é fundamental

 

“Peça e dê passagem. Não deixe de agradecer. Um ciclista simpático e cordial é tratado melhor pelos motoristas”

 

 

11 – Dê preferência para ciclovias

 

“As ciclovias e ciclofaixas isolam as bicicletas dos demais veículos. Por isso, são mais seguras. Em locais que não possuem a estrutura, prefira utilizar vias com menos movimento”

 

 

12 – Fique fora do corredor de ônibus

 

“Ao andar de bicicleta em uma faixa exclusiva para ônibus, você interfere no trânsito pois em determinadas situações eles não podem de ultrapassar”

 

 

13 - Saídas à direita

 

“Em saídas livres ou esquinas, tenha atenção redobrada: um motorista pode virar na sua frente. Analise os carros ao redor e sinalize se necessário”

 

 

14 - Antecipe os movimentos

 

“Avalie posicionamentos e sinalizações dos motoristas para antecipar o que eles farão e assim se prevenir de um movimento mais brusco no trânsito”

 

 

15 - Seja previsível

 

“Não faça ziguezagues, não entre em uma avenida sem olhar e sinalize sempre antes de desviar de um carro parado, mesmo que o motorista mais próximo esteja bem mais para trás”.

 

Lidar com a saúde mental ainda é um tabu para as lideranças.

Como conduzir?


A pandemia alavancou um alerta maior às empresas sobre a saúde mental e o bem-estar, não só no Brasil, mas em diferentes países. O mundo todo está sofrendo esse impacto e, doenças como depressão, ansiedade e outros transtornos são preocupações crescentes, também para as empresas. Como líder da área de Benefícios de uma empresa global, tenho observado o comportamento das corporações nesse sentido e como estão lidando com esse tema tão importante.

Depressão e ansiedade são assuntos sérios. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é considerado o País mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. A ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de 1/3 do número total de incapacidade nas Américas. Mesmo com dados tão alarmantes, muitas pessoas não procuram ajuda ou não encontram assistência médica adequada. 

Uma das reflexões que considero essenciais para esse tema é estrutural, ou seja, lidar com a saúde mental ainda é um tabu para as lideranças, começando pela presidência e pela diretoria das empresas e chegando aos gestores e líderes. A cultura, o ambiente, a exigência de alta performance constante e regular, e o foco incessante nos resultados - com a leitura de que eles só são conquistados com uma carga horária que extrapola os limites da normalidade - são fatores que influenciam diretamente na saúde física e mental dos colaboradores, tornando ineficazes quaisquer políticas de apoio psicológico ou outras iniciativas nesse sentido.

Vale lembrar que o indivíduo é um ser único e recebe toda a carga emocional do ambiente e das circunstâncias em que vive, como um verdadeiro bioma. Portanto, um ambiente de trabalho tóxico aumenta a incidência de transtornos de saúde mental e diminui a produtividade. Não é à toa que a procura por terapias, coachs, meditação e outras ferramentas que contribuam para um melhor entendimento do comportamento humano através da neurociência vêm aumentando. A saúde mental se tornou o tema central na maioria das empresas, mas ainda é tratado apenas como consequência da pandemia por grande parte dos empregadores.

Será que as empresas estão realmente preparadas para mudar os perfis de gestores e alcançar a produtividade máxima dos colaboradores oferecendo um ambiente de trabalho sadio? Outra área a ser observada é a cultura de trabalho: é preciso saber se ela também está contribuindo para os altos níveis de estresse e ansiedade.

As reuniões virtuais, consagradas pelo trabalho remoto, têm contribuído para diversos efeitos colaterais, como dores de cabeça ou nos olhos, sensação de esgotamento após as videochamadas e, em alguns casos, depressão e ansiedade. Um estudo com mais de 10 mil pessoas, realizado por especialistas das universidades de Stanford, nos Estados Unidos, e de Gotemburgo, na Suécia, constatou que as mulheres são as que mais sofrem com essa superexposição: uma entre sete mulheres se declarou muito ou extremamente cansada após as reuniões virtuais, enquanto apenas um entre 20 homens se declarou afetado por essa fadiga física e emocional. A chamada “fadiga do Zoom” tem gerado consequências nas dimensões física, social, emocional, visual e motivacional, em especial nas mulheres. Nelas, a carga mental é ainda pior, já que precisam conciliar o trabalho com as tarefas domésticas, cuidados com a família e com o medo de contágio pelo coronavírus.

A prevenção e a intervenção precoce são fundamentais, mas reduzir o estigma também é importante quando se fala sobre saúde mental ou se pede ajuda.  É necessário desenvolver e incorporar uma estratégia de apoio à saúde mental robusta, que promova a abertura em torno desse tema e ofereça suporte para o ativo mais valioso que uma empresa possui: seus funcionários. É preciso oferecer, diariamente, a oportunidade para os empregadores demonstrarem as medidas que estão tomando para garantir que esse tema esteja em alta nas agendas da diretoria e das lideranças, e como isso está inserido nos valores da empresa.

Muitas vezes, os empregadores têm programas de saúde mental em vigor, mas os funcionários não sabem para onde ir ou se sentem desconfortáveis ??ao perguntar. Então, focar na comunicação em torno do apoio à saúde mental é fundamental. Criar um ambiente de trabalho onde as pessoas se sintam confortáveis ??e confiantes para adotar uma abordagem proativa e buscar apoio faz parte de uma cultura aberta. Garantir que as pessoas saibam como acessar a ajuda também é vital.

O foco tem sido fornecer treinamento contínuo para gerentes e alta gestão, o que é visto como essencial, pois permitirá que eles identifiquem sinais de pessoas passando por estresse, transtornos de saúde mental ou apenas precisando falar, e ofereçam intervenções precoces para que os problemas não aumentem. Porém, precisa ser feito mais com relação ao treinamento de funcionários também. Incorporar o treinamento de gerentes, da alta gestão e dos funcionários às políticas da empresa não só aumentará a conscientização entre os funcionários, mas também permitirá que os colegas identifiquem os riscos, sinais e sintomas dentro de si mesmos, incentivando-os a adotar uma abordagem proativa e buscar uma intervenção precoce.

As opções para empregadores que procuram serviços para incluir em sua estratégia de bem-estar mental incluem a oferta de aconselhamento e primeiros socorros em saúde mental. Os Programas de Benefícios devem contemplar o acesso ao atendimento psicológico de forma ampla, seja ele presencial ou virtual, estando ao alcance de todos. Porém, é necessário considerar também as áreas que afetam a saúde mental e o bem-estar em geral, como a saúde financeira, a alimentação, o consumo de álcool e tanstornos do sono, para desenvolver programas que lidem com essas questões específicas.

Agora é a chance dos empregadores definirem como oferecerão maior flexibilidade para harmonizar o trabalho e a vida pessoal de seus funcionários, para que possam continuar trabalhando em um modelo híbrido ou voltar ao presencial. Certamente, essas mudanças também trarão um impacto e o amparo da empresa será mais do que necessário.

Já percorremos um longo caminho, mas é preciso fazer mais para garantir que a saúde mental e o bem-estar se tornem parte da cultura do dia a dia da empresa. O primeiro passo é que os empregadores entendam melhor seu pessoal, a cultura e o ambiente de trabalho.

Obviamente que, quando se trata de cuidar da saúde mental dos funcionários, sempre haverá uma discussão em torno dos custos. Mas, em vez de perguntar se os empregadores podem se dar ao luxo de implementar uma estratégia, a verdadeira questão deve ser: os empregadores podem se dar ao luxo de não fazê-lo?

A Organização Mundial da Saúde diz que, para cada US$ 1 investido em tratamento intensivo para transtornos mentais comuns, há um retorno de US$ 4 em melhoria da saúde e produtividade. Portanto, a questão não é se a empresa pode investir na saúde e no bem-estar dos funcionários, mas o que acontecerá se não investir?

 


Ana Carolina Conduta Losco - Vice Presidente de Benefícios. Howden Harmonia Corretora de Seguros.


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