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sábado, 18 de maio de 2019

VERDADE ROUBADA, MENTIRA VENDIDA


        Todo dia, toda hora, em algum lugar, alguém está falando a nós, o povo. Falam-nos nos meios de comunicação, nas redes sociais, nas tribunas, nos púlpitos, nos palanques sobre o que nós, o povo, queremos. E sempre há alguém acusando outrem, por estar fazendo as coisas de modo diverso daquele que nós, o povo, desejaríamos. Essa apropriação, que nos converte em gado do discurso alheio, é uma espécie de abigeato praticado cotidianamente. Muitas vezes, a verdade nos é roubada e a mentira vendida ao povo.

        Há no povo homens e mulheres; há crianças, jovens, adultos e idosos (e também jovens idosos e adultos infantis); há pessoas instruídas e incultas, bem como sábios incultos e acadêmicos tolos; existem pessoas dos campos e das cidades, do febril anonimato das grandes metrópoles e das pequenas comunidades urbanas onde todos se conhecem; há pessoas de várias classes sociais e níveis de renda; há no povo uma diversidade cultural, racial e religiosa. Em cada grupo encontraremos bons e maus, trabalhadores e vadios, pessoas com e sem esperança, enfermos e sãos, cada qual com suas debilidades e fortalezas, vocações, inclinações e tendências políticas.

        Tudo isso é povo. Como pode alguém, pois, apropriar-se de todos e de cada um, como enlouquecido aparelho de rádio que sintonizasse, simultaneamente, o conjunto das emissoras? Ninguém, a rigor, tem o “povo” nas mãos, seja governo, seja oposição. (Espero que me entendam, quando digo isso, aqueles que mais precisam entender).

        Lembro-me do governo Olívio Dutra e do Orçamento Participativo (OP). Segundo seus promotores, aquilo era uma forma de atribuir ao “povo”, a decisão sobre o destino das verbas públicas. E o “povo” ia para lá e para cá nas assembleias do OP. Nelas o “povo” deliberava exatamente sobre os gastos não obrigatórios, as tais despesas discricionárias de que hoje tanto se fala. No final do processo, todo o “povo” convergia à Praça da Matriz para um grande comício com bandeiras vermelhas e palavras de ordem. Ali, testemunhavam algo insólito: a trepidante e inolvidável entrega do Orçamento do Estado à Assembleia Legislativa. Juro para vocês! Eu vi isso acontecer, mais de uma vez... As velhas entranhas do Theatro São Pedro, no outro lado da praça, roíam-se de inveja por nunca haverem reunido tanto público nem tantos talentos da nobre arte de representar. Ah! Claro, nenhum OP estadual gaúcho cumpriu, senão minimamente, o que foi deliberado pelo “povo”. O contingenciamento sempre pegou firme.

Na recente mobilização do “povo” pela Educação, que ganhou repercussão nacional, eu assisti a uma repórter da Globo sublinhando que o ato não era político nem partidário... Qualquer imagem em close ou microfone aberto mostrava justamente o contrário nos cartazes, nas cores, nos símbolos, nos discursos. A Educação, a pobre e deficiente Educação nacional, foi intensamente maltratada, aliás, na gramática, no desapreço à verdade dos fatos e no escancarado paradoxo de quem silenciou em todos os contingenciamentos promovidos pelos governos petistas (cumprindo a lei, diga-se de passagem), e sai aos berros quando outro governo adota o mesmo procedimento.

Existem políticos, jornalistas, sindicalistas, militantes, professores, que têm verdades de fabricação caseira. É uma produção barata, que conta com logística estruturada para circulação e distribuição.





Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 17 de maio de 2019

Pets ganham dia exclusivo com muita diversão na Vila Butantan


Ação gratuita e aberta ao público tem apoio da Royal Canin e Cobasi



Nos dias 18 e 19 de maio (sábado e domingo), das 11 às 18 horas, a Vila Butantan, em parceria com a Pet and Fun, vai promover o Vila Pet and Fun, com programação integralmente dedicada aos animais de estimação, em especial cães e gatos.

Piscina de bolinhas para os animais, distribuição de amostras de alimento ROYAL CANIN®, labirinto e agility - uma atividade educativa e esportiva que aumenta o companheirismo entre o pet e seu dono - são algumas das atrações.

Para quem não dispensa belos e divertidos registros, o Vila Pet vai ter caricaturista e fotos imantadas (ímãs) para guardar na memória e na geladeira esse final de semana especial. Pesca de brindes e sorteio de kits também estão programados, além de orientação veterinária, com foco no controle de peso dos pets. Todas as atividades, assim como a entrada na Vila Butantan, são gratuitas.

Para animar pets e humanos, dois shows marcam o final de semana dedicado aos animais: no sábado, dia 18 de maio, Johnny Folk toca das 19 às 22 horas e no domingo, dia 19 de maio, Wagninho se apresenta das 15 às 18 horas.

O Vila Pet será realizado em parceria com a Royal Canin e a Cobasi.


Permanentemente pet-friendly

A Vila Butantan é reconhecida por sua filosofia pet-friendly: todos os animais são bem-vindos sempre. É possível fazer compras, curtir os restaurantes e as lojas do espaço em companhia dos bichinhos, que contam com bebedouro especial para se refrescarem.

Mensalmente a Vila abre suas portas para ONG’s de adoção de animais e já promoveu diversos eventos para celebrar a amizade entre os cães e seus donos, como o Encãotro de Carnaval.


Acesse a página da Vila Butantan e confira a programação completa: www.faceboook.com/vilabutantan

#vempravila #vilapet #petfriendly


Vila Butantan – Rua Agostinho Cantu, 47
(Próximo ao Metrô Butantã - SP)

Horário de funcionamento
Domingo: das 11 às 21 horas
Segunda / Terça: das 11 às 20 horas
Quarta a Sábado: das 11 às 22 horas

Mais informações:

Saúde e bem-estar dos cães: fim de semana tem programação especial sobre cuidados essenciais




Pet center de Curitiba promove avaliação de obesidade, aula de agility, feira de adoção, palestra e encontro da raça Chow Chow

Encontro de cães da raça Chow Chow e sessão de fotos acontecem neste domingo (19) no HiperZoo
Crédito: Mayara Morais
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Fim de semana é o momento para colocar as tarefas em dia e ainda aproveitar o tempo com a família, o que inclui também os pets. Prova disso é a programação semanal do pet center HiperZoo, que vem ganhando um público cada vez maior. Aulas de adestramento, feiras de adoção, encontros de raças, sessões de fotos e palestras compõem o calendário de atividades. Mas, nos próximos finais de semana (18,19, 25 e 26 de maio), a loja promove mais uma ação especial: avaliação da condição corporal dos cães, que inclui pesagem, medidas e análise de obesidade.

“Assim como nos humanos, a obesidade também prejudica a saúde e bem-estar dos animais. Porém, nem sempre o tutor tem a percepção do quanto o animal está acima do peso. Por isso, estamos promovendo essa avaliação para orientar nossos clientes”, revela a sócia-proprietária do HiperZoo, Patrícia Maeoka. Além da orientação, os tutores também terão a oportunidade de inscrever o cão no processo seletivo para o quadro Mordida Certa - reality show de emagrecimento pet. O quadro, que inicia em junho no programa Band Mulher, conta com a participação de seis cães, selecionados por inscrição e avaliação antecipada, e mostra a rotina deles, em suas casas, durante o tratamento para perda de peso.

No sábado (18), HiperZoo realiza feira de adoção em parceria com a ONG Beco da Esperança
Crédito: HiperZoo/Beco da Esperança
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Neste sábado (18) a tradicional feira de adoção acontece em parceria com a ONG Beco da Esperança. “A responsabilidade social é um dos pilares de nosso negócio. Realizamos diversas ações como forma de colaborar com a sociedade e as feirinhas de adoção são uma de nossas principais atividades”, analisa Patrícia. Para adotar um pet, o interessado deve ter mais de 21 anos, responder a uma entrevista sobre os motivos de adoção, aceitar receber a visita de um voluntário da ONG e apresentar RG, CPF e comprovante de endereço para assinar o termo de adoção. Quem deseja ter um gato como animal de estimação, ainda deve ter caixa de transporte e telas de proteção nas janelas de casa.

Ainda no sábado, a partir das 17h, acontece a aula especial de agility - atividade que tem como objetivo cumprir um percurso com obstáculos. Realizada em parceria com Allan Galvão, da Dog Walker Passos de Cão, conta com mini pista com túnel, slalom e saltos. Para participar, basta se inscrever no balcão de atendimento da loja apresentando cupom fiscal de compras de qualquer produto das marcas apoiadoras: TribusPet, Petmais, Virbac, Purina Proplan e Jingles Moda Pet.


Encontro de Chow Chows

Já no domingo (19) é a vez dos cães da raça Chow Chow tomarem conta do pet center. Famosos pela aparência que lembra um urso, língua roxa, temperamento desconfiado e um tanto teimoso, os chow chows despertam muito a atenção.

O evento acontece das 14h às 17h e conta com espaço para brincadeiras e um estúdio fotográfico para registrar a beleza dos participantes caninos. O estúdio Mayara Morais Fotografia Pet estará presente fotografando os animais e, para participar, basta apresentar um cupom fiscal da loja e se cadastrar no balcão de atendimento. Posteriormente, os tutores podem acessar as fotos brindes nas redes sociais do pet center e compartilhar a experiência dos seus pets como modelos fotográficos.

O domingo também é dia de aprender mais sobre a saúde do pet. Além da avaliação da condição corporal dos cães, o pet center promove uma palestra sobre gripe canina, a partir das 16h. Ministrada pelo médico veterinário responsável técnico do HiperZoo e consultório VetSan, Adolfo Sasaki, abordará os sintomas e formas de prevenção da doença.


Serviço

Avaliação da condição corporal dos cães – pesagem e medidas
Quando: sábado e domingo, 18 e 19 de maio, das 14h às 18h


Feirinha de adoção com Beco da Esperança
Quando: sábado, 18 de maio, das 11h às 17h


Aula especial de Agility com Dog Walker Passos de Cão
Quando: sábado, 18 de maio, das 17h às 18h
Entrada: apresentação de cupom fiscal do HiperZoo contendo no mínimo um produto das marcas TribusPet, Petmais, Virbac, Purina Proplan ou Jingles Moda Pet.
Vagas: 20 tutores acompanhados de seus cães


Feirinha de adoção com Beco da Esperança
Quando: sábado, 18 de maio, das 11h às 17h


Encontro de cães da raça Chow Chow
Quando: domingo, 19 de maio, das 14h às 17h


Foto brinde profissional com a fotógrafa de pets Mayara Morais
Quando: domingo, 19 de maio, das 14h às 18h
Entrada: apresentação de cupom fiscal do HiperZoo e cadastro prévio
Vagas: limitadas



Palestra “Gripe canina – sintomas e prevenção” com Adolfo Sasaki
Quando: domingo, 19 de maio, das 16h às 17h
Entrada: gratuita, com sorteio de brindes e promoções no interior da loja
Local: HiperZoo (Rua Desembargador Westphalen, 3.448) - Curitiba/PR

Telefone: (41) 3051-7777

ADJ Diabetes Brasil promove campanha nacional sobre o controle do diabetes e a prevenção da retinopatia diabética e passa por Birigui




 A organização realizou parceria com a Associação de Diabetes Juvenil da Região Noroeste Paulista para sensibilizar a população



 

Com o intuito de sensibilizar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce do diabetes e do controle glicêmico para prevenção de complicações da condição, a ADJ Diabetes Brasil realiza a campanha nacional Fique de olho - Retinopatia Diabética. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui 16 milhões de pessoas com diabetes. Dados da pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontam que 77,2% dos indivíduos com diabetes tipo 2 não aderem ao tratamento no país, o que ocasiona sérias complicações. Uma delas é a retinopatia diabética, que afeta cerca de 40% das pessoas com diabetes.

As altas taxas de glicemia degeneram a retina e, com o tempo, a visão pode ser afetada, sendo a principal causa de cegueira. A retinopatia diabética pode ser de dois tipos: a não proliferativa, forma inicial da doença que é detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido da retina, chamado de Edema Macular Diabético; e a proliferativa é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e por consequência, há formação de vasos anormais, que causam o sangramento.

Além de sensibilizar as pessoas sobre os riscos da retinopatia diabética, a campanha também tem como objetivos específicos: educar as pessoas para que mudem seus hábitos e consigam controlar as taxas de glicemia e incentivar a visita ao oftalmologista regularmente, para realizar os exames preventivos de visão.

A iniciativa já passou por Brasília e irá para os municípios de Birigui (interior de São Paulo), Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Belo Horizonte. No próximo dia 1 de junho, Birigui receberá a ação, na sede da ADJ Birigui, localizada na Rua João Galo, 1091. Para inscrições, é necessário entrar em contato pelo telefone 18 3642-1929.

Para a realização destas ações, a ADJ Diabetes Brasil conta com o apoio da Abbott, da Allergan e da Novartis. Mais informações podem ser acessadas no www.adj.org.br. 

GRAACC promove campanha com pacientes e ídolos do futebol brasileiro


Toda renda arrecadada com a ação será destinada ao tratamento das crianças e adolescentes com câncer


Craques dentro e fora de campo se unem por uma boa causa. A partir desta quinta-feira, dia 16, grandes nomes do futebol brasileiro, como Lucas Moura (Tottenham-ING), Antony (São Paulo), Dodô (Cruzeiro), Richard (Corinthians) e Alan Kardec (Chongqing Lifan-CHI) participarão de uma campanha em prol do GRAACC, instituição social que tem um hospital referência em tratamento, pesquisa e ensino de oncologia pediátrica.
Crianças e adolescentes em tratamento no Hospital do GRAACC serão os grandes protagonistas que iniciarão a campanha. Por meio de depoimentos, os pacientes convidam o seu atleta favorito para uma visita ao local. Com o convite em mãos, os jogadores vão doar um objeto pessoal para a instituição e desafiar mais dois amigos, também jogadores de futebol, para participarem e juntos unirem mais forças.
A ação será realizada por meio das redes sociais (@instagraacc) para que o movimento possa atingir o maior número de pessoas da melhor maneira possível. A iniciativa foi idealizada pela 4ComM Marketing & Career Management em parceria com a instituição.
É importante termos essa conscientização de sempre estar ajudando de alguma forma. “Eu, particularmente, gosto de estar sempre dando meu apoio, minha colaboração. Espero que essa ação entre de maneira positiva na mente das pessoas e que todos possam ajudar o GRAACC”, diz Lucas Moura, jogador que recentemente ganhou o mundo ao marcar três gols na semifinal da Liga dos Campeões.
O Hospital do GRAACC é referência no tratamento do câncer infantojuvenil, principalmente em casos de alta complexidade. Em 2018, mais de 4,2 mil pacientes foram atendidos. Para manter o atendimento de excelência e a estrutura hospitalar, a instituição conta com doações e recursos provenientes de diversas ações.
As doações podem ser feitas pelo aplicativo da instituição, que oferece a opção para que o usuário faça uma contribuição única ou mensal de qualquer valor. Para baixar, acesse: graacc.doarfacil.com.br. Todos os recursos recebidos serão direcionados ao Hospital do GRAACC.


Sobre o GRAACC
Referência no tratamento e pesquisa do câncer infantojuvenil, principalmente em casos de alta complexidade, e uma das mais respeitadas e bem-sucedidas instituições do País, o GRAACC, criado em 1991, tem a missão de garantir a crianças e adolescentes com câncer todas as chances de cura com qualidade de vida. A organização é reconhecida pelos expressivos resultados obtidos na cura do câncer infantil, alcançando índices médios de cura de 70%. O GRAACC tem um complexo hospitalar próprio que, em parceria técnico-científica com a UNIFESP, realiza mais de 38 mil consultas, 2 mil procedimentos cirúrgicos e 19 mil sessões de quimioterapia anualmente. Em 2018 o GRAACC atendeu mais de 4,2 mil crianças e adolescentes com câncer.  Mais Informações no www.graacc.org.br

Nova campanha para doação de leite materno visa ampliar estoques em todo o Brasil


Com o slogan “Doe Leite Materno, alimente a vida”, a campanha de doação de leite visa sensibilizar as gestantes e as mulheres que amamentam a fazerem doações durante todo o ano



“Há 45 anos eu era uma recém-nascida prematura, que foi desenganada pelos médicos. Precisei do leite doado e foi isso que salvou minha vida”.  Esse é um breve resumo do começo de vida da enfermeira Viviane Pacheco, que um dia precisou da doação de leite humano, assim como acontece, todos os anos no Brasil com 330 mil crianças que nascem prematuras ou com baixo peso (menos de 2,5 kg). Para que outros brasileiros tenham a mesma história de sucesso, o Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH) – representada no Brasil pela Fiocruz -, lançou, nesta sexta-feira (17), no Rio de Janeiro, a Campanha Nacional de Doação de Leite Materno. 
 “O leite materno é insubstituível e é com ele que vamos ganhar a batalha da vida contra a morte. Nosso desafio é fazer da doação um ato de amor, de entendimento ao próximo”, declarou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que lançou a campanha no Instituto Fernandes Figueira (IFF), na capital fluminense.  “A criança internada na UTI neonatal com acesso ao leite materno tem uma reabilitação mais rápida” explicou o ministro, que conclamou a sociedade a apoiar a causa. “Todos podem se envolver. Utilize sua rede social para o bem, fale, converse”.
Aumentar em 15% o volume de leite materno coletado e aumentar o número de doadoras são as metas da campanha de 2019, que, além de sensibilizar gestantes e lactantes para a importância deste ato de solidariedade, visa também desmistificar que é preciso ter ‘muito leite’ para ser doadora. Qualquer quantidade de leite humano doado pode ajudar os bebês internados nas UTIs neonatais a terem uma melhor recuperação e uma vida mais saudável. Dependendo do peso do recém-nascido, apenas 1 ml já é suficiente para nutri-lo a cada refeição. Entre os anos de 2008 e 2018, 2 milhões de recém-nascidos foram beneficiados com 2 milhões de litros de leite humano de 1,8 milhão de mulheres, segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH). Contudo, a quantidade de leite coletado supre 55% da demanda real. Por isso, o Ministério da Saúde lança campanha anuais, a fim de aumentar os estoques de leite humano nos bancos de leite de todo o Brasil.

Com o slogan “Doe Leite Materno, alimente a vida”, a campanha de 2019 objetiva estimular as gestantes e as mulheres que amamentam a fazerem doações durante todo o ano e não apenas nos períodos de campanha, em que o volume de leite materno doado aumenta. Em feriados prolongados e no período escolar, a quantidade coletada diminui.  Os profissionais de saúde que atuam no SUS também são público-alvo da campanha, já que eles têm um papel fundamental na sensibilização das gestantes e lactantes que são atendidas nos serviços de saúde.
Com o olhar de quem já precisou, já doou e de quem tem conhecimento técnico para falar do assunto, Viviane Pacheco formou-se em enfermagem e hoje atua na área de Saúde da Criança no Rio de Janeiro. Antes disso, ela gerenciou o Banco de Leite de um hospital no Rio de Janeiro. “Como profissional de saúde, sei da extrema importância do leite humano para a saúde dos bebês. Quando você doa leite você não só doa alimento, você doa vida e isso não tem preço”, fala Viviane, com conhecimento de causa.
 O Dia Mundial de Doação de Leite Humano é celebrado em 19 de maio por iniciativa do Brasil, aceita pelos países que integram a Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH). Entre 2008 e 2018, o número de doadoras cresceu 45% e o volume de leite coletado, 30% em nosso país. No ano passado, mais de 185 mil crianças receberam leite humano doado de quase 183 mil mulheres. Foram 215 mil litros de leite humano coletados.
REFERÊNCIA INTERNACIONAL - DOAÇÃO DE LEITE

Com a maior e mais complexa rede de banco de leite do mundo, o Brasil é referência internacional por utilizar estratégias que aliam baixo custo e alta tecnologia. A RBLH – que é uma iniciativa do Ministério da Saúde, por meio do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) - exporta essa tecnologia para 22 países da América Latina, Caribe, Península Ibérica e está em fase inicial da cooperação técnica para outros quatro. Desenvolvida há 34 anos, a estratégia brasileira tem como foco a promoção, a proteção e o apoio ao aleitamento materno até os 2 anos de vida, sendo de forma exclusiva até os 6 meses de idade.
Hoje, há no Brasil 225 bancos de leite humano, sendo que cada um dos 26 estados e o Distrito Federal possui pelo menos um. A média nacional é de 45 bancos de leite por macrorregião do país. Além disso, estão disponíveis 212 postos de coleta, além da coleta domiciliar disponível em alguns estados. Todo o leite humano coletado passa por um rigoroso controle de qualidade antes de ser distribuído e é fornecido de acordo com as necessidades de cada recém-nascido.
Os BLHs são serviços especializados de apoio à amamentação que surgiram como uma estratégia de qualificação da assistência neonatal em termos de segurança alimentar e nutricional, e visa contribuir para a redução da mortalidade infantil em instituições hospitalares. São responsáveis por ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e execução de atividades de coleta da produção lática da nutriz, do seu processamento, controle de qualidade e distribuição.
Para se tornar uma doadora ou tirar quaisquer dúvidas, as mulheres devem procurar os bancos de leite (clique aqui).  Em 2018, os Bancos de Leite do país registraram 394.708 atendimentos em grupos, 1.877.601 de atendimentos individuais e 276.337 atendimentos domiciliares. 
 

O QUE TODOS PRECISAM SABER SOBRE DOAÇÃO DE LEITE

·         Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno.
·         Cada pote de 300ml de leite humano pode ajudar até 10 recém-nascidos por dia

·         O pote não precisa estar cheio para ser levado ao Banco de Leite Humano

·         A amamentação é a forma de proteção mais econômica e eficaz para redução da mortalidade infantil

·         A amamentação também traz vários benefícios à saúde da mulher, como a redução das chances de desenvolver câncer de mama, útero e ovário.

·         Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas preveníveis.

·         Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.
COMPROMISSO E RECONHECIMENTO

Na cerimônia de lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recebeu da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, a Carta Brasil 2018, compromisso da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano com a excelência do SUS; e o Plano de Ação 2020-2023 da Rede de Banco de Leite Humano: Ação Interunidades Fiocruz. Trata-se de um conjunto de ações estratégicas para o fortalecimento das capacidades científica, produtiva, tecnológica, gerencial e de garantia da qualidade da Rede Global para responder as demandas da rede pública de saúde.
O ministro Mandetta também realizou a entrega de placas de certificação da Ação de Apoio à Mulher Trabalhadora que Amamenta a cinco salas de apoio à amamentação: Furnas Centrais Elétricas S/A (1); Fundação Real Grandeza (1); Secretaria Estadual de Saúde (1); e Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL (2, sendo 1 na unidade do município do Rio de janeiro e outra em Nova Iguaçu). Duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Rio de Janeiro também recebem placas de certificação pela promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno para a mulher trabalhadora que amamenta:  UBS Família do Carmo Antônio Francisco em Quissamã, e a Equipe de Saúde da Família Vila Felipe, em Petrópolis.




Zinda Perrú e Renata Ramalho
 Agência Saúde


Rio Grande do Sul tem baixo índice de arrecadação de Leite Humano



Leite materno é fundamental no desenvolvimento do bebê (Ana Meinhardt)


Dia Internacional da Doação do Leite Humano visa aumentar o volume de leite materno coletado



Diversas são as dificuldades para as crianças prematuras, de baixo peso, que estão internadas em hospitais e que não podem se alimentar pelo seio da mãe. O leite materno é o primeiro contato do bebê com a alimentação e representa parte fundamental de sua formação e evolução saudável. É pensando nisso, que em maio, dedica-se a a data para conscientizar a população a respeito da importância da doação do leite humano.

Segundo dados da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano, de janeiro até agora, o Rio Grande do Sul registrou 1.761,4 litros de Leite Humano, de 2.064 doadoras em 2019. Os números estão abaixo do esperado e em comparação ao Paraná, e a Santa Catarina, com 6382 litros e 3.300 litros, respectivamente.
A neonatologista e membro do Comitê de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Silvana Salgado, acredita que é possível alcançar um maior número de pessoas e ressalta a importância da data.

- O número está abaixo do que, costumeiramente, se projeta para este período. Por isso, este dia é especial, pois, a doação de leite humano precisa ser mais divulgada, pois muitas pessoas ainda não valorizam a qualidade do leite humano. O leite humano e o alimento completo e suficiente para o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê - ressalta.

A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul apoio e incentiva o Dia Internacional da Doação do Leite Humano, e lembra que para doar basta ser saudável e não fazer uso de medicamentos que possam interferir na amamentação.




Vítor Figueiró

24 de maio é dia mundial da pessoa com esquizofrenia. Conheça o transtorno



Em parceria com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Esquizofrenia (Abre) e o Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (Proesq), o Centro de Estudos Paulista de Psiquiatria (CEPP) promove, em 24 de maio, o Dia Mundial da Pessoa com Esquizofrenia.

A data, que será celebrada pela segunda vez no Brasil e já fazia parte do calendário em diversos países, destaca o desafio de tratar a doença, buscando entender e discutir a redução das barreiras do estigma e criar oportunidades de superação. O lema da campanha deste ano é “Esperança Realista e Possibilidades na Vida com Esquizofrenia”, um convite à reflexão para as pessoas com esquizofrenia, seus familiares e os profissionais de saúde.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), 23 milhões de pessoas no mundo têm esquizofrenia. A falta de informação sobre o transtorno gera uma série de equívocos em relação ao comportamento dos pacientes, considerados por muitos como perigosos, violentos e inaptos para o convívio.


Sintomas e diagnóstico

O diagnóstico da esquizofrenia pode vir logo depois do primeiro episódio psicótico, que inclui delírios (ideias que são incompatíveis com a realidade da pessoa), alucinações (em geral, auditivas, na forma de “ouvir vozes”), pensamento desorganizado e alterações de comportamento.

Estes sintomas ocorrem essencialmente na fase aguda da doença (o “surto” psicótico). Uma vez tratados, eles diminuem ou desaparecem (o período de remissão), podendo a pessoa vir ou não a ter novos surtos. No período de remissão ficam mais perceptíveis outros sintomas, como apatia, falta de motivação e dificuldade para expressar emoções (as emoções ficam “apagadas”). A doença exige tratamento de longo prazo em 80-90% dos casos.

É o que explica o psiquiatra Mário Louzã, doutor pela Universidade de Würzburg, Alemanha, e coordenador do Programa de Esquizofrenia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: “É necessário tratar o paciente imediatamente para evitar novas crises, pois, do contrário, a pessoa pode piorar nos surtos subsequentes”. Segundo o psiquiatra, o não-tratamento é prejudicial à estrutura cerebral.

Os mecanismos de como a doença funciona e o porquê ainda não foram completamente desvendados, mas já se sabe que há relação com mais de um fator. “Sabemos que há todo um processo para chegar ao momento em que a doença aparece. Primeiro, existe uma base genética, que se soma a alguns fatores de risco: qualquer lesão no neurodesenvolvimento durante a gestação já deixa a estrutura cerebral vulnerável. Há ainda outros episódios de vida, como o uso de drogas na adolescência, quando o cérebro ainda está se ajustando”, afirma o especialista.

Louzã explica que, durante as crises, o que ocorre é uma alteração química no cérebro, com o aumento do funcionamento do sistema dopaminérgico. Portanto, de modo geral, as medicações usadas têm como foco bloquear a dopamina, cuja hiperfunção já está mapeada como gatilho desse desequilibro. Porém, estuda-se ainda a presença de outras neurodisfunções envolvidas.

É comum também que o paciente apresente comorbidades em paralelo à esquizofrenia. Depressão e tendência ao uso de drogas são as principais preocupações, mesmo quando o paciente está seguindo o tratamento – até porque o uso de drogas e álcool pode ser um gatilho para novas crises. Também pode ocorrer quadros de transtorno obsessivo compulsivo, transtornos de ansiedade e problemas de sono.


Personalização

Existem diretrizes básicas de uso da medicação para o tratamento da esquizofrenia. Porém, o olhar do profissional de saúde para o paciente busca sempre a individualização. Alguns pacientes se dão melhor com um ou outro medicamento e, por vezes, pode ser necessário fazer ajustes de dose ou mesmo da forma farmacêutica. “Quando o paciente tem muita resistência a utilizar corretamente a medicação oral, aumenta o risco de recaídas e temos uma piora do quadro geral do paciente. Então, não é incomum fazer substituições até mesmo por formas injetáveis de longa duração dos antipsicóticos”, exemplifica o psiquiatra.

Antes dessa medida, tenta-se trabalhar com o paciente – e a família – abordagens psicoterápicas e psicoeducacionais. O médico explica que elas são importantes para despertar no paciente a importância da persistência no uso do medicamento. São muitos os motivos para o abandono do tratamento. Um deles é próprio da condição: “a pessoa não tem um senso crítico satisfatório sobre a doença, não se percebe como doente e, portanto, não vê motivo para se tratar”, pontua Louzã. Outro fator para a descontinuidade são os efeitos colaterais das medicações.


Opções terapêuticas

Os antipsicóticos são divididos entre primeira e segunda geração. Os primeiros foram desenvolvidos até por volta dos anos 1970, enquanto os mais modernos vieram a partir da década de 1990. Eles se diferenciam principalmente pelos efeitos colaterais que provocam.

Os de primeira geração apresentam os chamados efeitos extrapiramidais, que geram uma reação similar à doença de Parkinson: ao bloquear o sistema dopaminérgico, o medicamento provoca tremor, rigidez física, hipersalivação e dificuldade para caminhar (marcha em bloco). Já os de segunda geração reduziram significativamente esses incômodos, mas trouxeram como possível efeito colateral o ganho de peso, acompanhado de aumento do colesterol e triglicérides.

“Se o paciente se dá bem com um medicamento de segunda geração, em geral, preferimos acrescentar outro fármaco que controle o colesterol e orientamos para que ele pratique atividades físicas de forma complementar. Porém, se o efeito colateral é significativo e os resultados do tratamento estão pouco satisfatórios, a opção é tentar mudar de medicamento até encontrar o melhor ajuste”, afirma.

De acordo com o médico, os fármacos de primeira geração são ainda prescritos com frequência, mas, caso se apresentem como opção, podem ser prescritos junto a medicamentos específicos, caso o paciente desenvolva sintomas extrapiramidais. “No Brasil, usamos o biperideno, que não provoca interações importantes”, diz.

O tratamento da esquizofrenia envolve sempre uma abordagem multiprofissional. O objetivo é ajudar o paciente a voltar, na medida do possível, à vida normal. Para isso, o trabalho com a família é fundamental. Muitas vezes a pessoa não tem a remissão total da doença, mas ela e a família aprendem a lidar melhor com os fatores que desencadeiam as crises.


Desafios

A pessoa com esquizofrenia é vista como "perigosa", "violenta", "imprevisível", "esquisita". Esta visão distorcida gera a discriminação, reduzindo as chances de inserção social e profissional. Ela terá dificuldade em situações triviais, pois terá que superar barreiras criadas pelo preconceito.

O elemento principal para mudar este cenário é a informação. Conhecer a doença, entender seus sintomas e saber como é feito o tratamento. Informações corretas, obtidas em fontes confiáveis, ajudam a compreender a pessoa com esquizofrenia e se contrapõem àquelas distorcidas e arraigadas no senso comum. É um longo trabalho, uma vez que é preciso mudar algo que vem de muitas décadas. No entanto, é fundamental para que a realidade se imponha sobre o preconceito.




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