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sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Escolas do futuro ensinarão alunos a dominar as próprias emoções



Uma das grandes reclamações dos estudantes é a de que muitos conteúdos programáticos aprendidos na escola não fazem sentido na vida real. Claro que há uma razão para que a fórmula de Báskara e as funções de segundo grau apareçam nos livros didáticos. Além de auxiliar a desenvolver o raciocínio, elas são, sim, usadas no dia a dia por certos profissionais, como engenheiros, por exemplo.
Fato é que, a depender da escolha profissional, o aluno certamente irá esquecer boa parte do aprendeu na escola. O que nunca o abandonará são os valores transmitidos naquele ambiente. Por isso, o desenvolvimento da aprendizagem socioemocional durante os anos de formação tem um impacto gigantesco na formação do indivíduo.
As instituições de ensino devem caminhar cada vez mais para equilibrar seus projetos pedagógicos. A escola precisa entender que deve haver um equilíbrio entre as habilidades cognitivas, ou seja, os conteúdos tradicionais, e as habilidades socioemocionais.
Afinal, todas as escolas já trabalham, em maior ou menor grau, com questões sociais e emocionais com os alunos. É impossível não fazê-lo. Ocorre que na maioria dos casos o processo se dá de forma individualizada, não estruturada e, muitas vezes, sem objetivos claros. Sem um método a ser seguido, o aprendizado sai prejudicado. Programas estruturados que ensinem os estudantes a lidar com as próprias emoções costumam ser mais eficazes que iniciativas isoladas dos professores.
Um tema que tem pautado veículos de comunicação e despertado a curiosidades de professores e gestores é a chamada escola do futuro.  Em um primeiro momento, é comum relacionar o assunto à tecnologia, como aulas de robótica e desenvolvimento de softwares. Mas a tecnologia é um meio, e não um fim.
Na escola do futuro os jovens serão avaliados por questões como convivência, empatia, decisões e controle das emoções. Essas habilidades são importantes para qualquer pessoa, seja criança, jovem ou adulto, tornando seu ensino imprescindível para a melhoria da sociedade. Hoje temos provas científicas de que é possível ensinar esses domínios às pessoas – e quanto mais cedo começamos, mais duradouros serão os benefícios.


Eduardo Calbucci - professor e um dos criadores do Programa Semente, metodologia que desenvolve a aprendizagem socioemocional em escolas brasileiras


DarkVishnya: nova série de roubos cibernéticos sem precedentes utiliza técnica já existente em malware brasileiro


Assim como o Prilex, este ataque foi criado para acessar remotamente a rede corporativa de, pelo menos, oito bancos na Europa Oriental. A sofisticação do ataque dificulta a detecção do malware, que já gerou dezenas de milhões de dólares em prejuízos.
 
Ao longo de 2017 e 2018, os especialistas da Kaspersky Lab trabalharam na resposta a incidentes de uma série de roubos cibernéticos que visavam organizações financeiras na Europa Oriental. Os pesquisadores descobriram que, em todos os casos, a rede corporativa havia sido violada por meio de dispositivos desconhecidos controlados pelos invasores e que tinham sido contrabandeados para os prédios das empresas e conectados às suas redes internas. Até o momento, pelo menos oito bancos foram atacados desta forma e os prejuízos são estimados em dezenas de milhões de dólares.

Os cibercriminosos usaram três tipos de dispositivos: um laptop, um Raspberry Pi (computador de placa única, do tamanho de um cartão de crédito) ou um Bash Bunny (ferramenta especialmente projetada para automatizar e realizar ataques via USB), equipado com um modem GPRS, 3G - ou 4G -, que permitiu que os invasores penetrassem remotamente na rede corporativa da organização financeira.

Uma vez estabelecida a conexão, os cibercriminosos tentaram acessar os servidores web para roubar os dados de que precisavam para executar o RDP (protocolo para área de trabalho remoto) em um computador específico para depois se apropriarem do dinheiro ou dados sensíveis. Este método de ataque sem arquivo incluía o uso de kits de ferramentas de execução remota Impacket, winexesvc.exe ou psexec.exe. Na fase final, os criminosos usaram o software de controle remoto para manter aberto o acesso ao computador infectado.

“No último ano e meio, temos observado um tipo completamente novo de ataques a bancos, bastante sofisticado e complexo em termos de detecção. O ponto de entrada para a rede corporativa permaneceu desconhecido por muito tempo, já que poderia estar localizado em qualquer escritório em qualquer região. Esses dispositivos desconhecidos, contrabandeados e escondidos por intrusos, não podiam ser encontrados remotamente. Além disso, o grupo especilizado por trás deste APT usava utilitários e/ou aplicativos legítimos, o que complicou ainda mais a resposta aos incidentes”, diz Sergey Golovanov, especialista em segurança da Kaspersky Lab.

Esta técnica não é novidade na América Latina, que desde 2014 enfrenta o Prilex, golpe que começou atacando caixas eletrônicos e depois evoluiu para roubar cartões de crédito protegidos por senha e chip via sistemas de ponto de venda (POV). Segundo Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab na América Latina, o malware brasileiro utiliza um blackbox e um modem 3G para viabilizar os ataques aos caixas eletrônicos. "Ataques de blackbox têm se tornado cada vez mais comuns contra grandes e médias empresas. Eles exploram falhas na segurança física e pontos de redes expostos, que possibilitam um ataque que comprometerá o ambiente digital da empresa, no melhor estilo "Mr. Robot". Sua detecção é difícil, mas não é impossível. As empresas têm que investir em inventário de hardware e controle de dispositivos conectados à rede, a fim de diminuir o "shadow IT", além de adotar outras boas práticas de segurança", explica o analista.


Para que estejam protegidas dessa abordagem incomum de roubo digital, a Kaspersky Lab aconselha que instituições adotem as seguintes práticas:

- Prestem especial atenção ao monitoramento de dispositivos conectados. Soluções de segurança empresariais, como o Kaspersky Endpoint Security for Business, contam com ferramentas para simplificar esta gestão. Outra recomentação aumentar o controle de acesso à rede corporativa para facilitar a detecção de atividades suspeitas.

- Identifique e elimine falhas de segurança, incluindo aquelas que envolvem configurações impróprias de rede. O serviço Kaspersky Penetration Testing, que fornece dados de vulnerabilidades encontradas e também aconselha as organizações sobre como corrigi-las para aumentar a segurança da empresa.
- Mantenha um inventário atualizado das máquinas da empresa para faciliar a identificação de equipamentos suspeitos. Solução de segurança mais avançadas, como o Kaspersky Endpoint Security for Business Advanced, conta com esta função – tanto para hardware quanto para software.

- Avalie a necessidade de contar com uma solução de segurança especializada na descoberta e detecção de ameaças avançadas que possa identificar todos os tipos de anomalias e investigar em um nível em detalhes atividades suspeitas na rede corporativa, como o Kaspersky Anti Targeted Attack Platform.

Para saber mais detalhes sobre o DarkVishnya, acesse Securelist.com




Kaspersky Lab


Nova lei traz importantes mudanças para o setor imobiliário


O ex-presidente Michel Temer sancionou no último dia 27 de dezembro a Lei nº 13.786/2018, que regulamenta, dentre outras questões, o distrato e a resolução do contrato de compra e venda de imóveis.

A nova lei, que tramitava o Congresso Nacional desde 2015 e tem vigência imediata, acrescenta os artigos 35-A, 43-A e 67-A a Lei 4.591/64 (Lei de Incorporação Imobiliária) e altera os artigos 26-A, 32-A, 34 §2º e 35 da Lei 6.766/79 (Lei de Parcelamento de Solo Urbano), trazendo importantes mudanças para o setor imobiliário.

Agora é obrigatório que os contratos de compra e venda, promessa ou cessão de imóvel sejam iniciados por um quadro resumo que deverá conter informações como preço total a ser pago pelo imóvel, parcelas e suas discriminações, índices de correção que serão utilizados, taxas de juros, prazo da entrega do imóvel, prazos de quitação do preço após a conclusão da obra, eventuais ônus que recaiam sobre o imóvel, informações sobre a possibilidade do direito de arrependimento, penalidades e ainda as consequências do desfazimento do contrato.

Na nova redação da Lei de Incorporação Imobiliária está previsto que todas as informações citadas acima passam a ser obrigatórias e devem constar com clareza no quadro resumo que inicia o contrato. Caso o contrato seja celebrado irregularmente, deverá ser aditado no prazo de 30 dias para sanar a omissão, sob pena de rescisão do contrato pelo adquirente do imóvel por justa causa, mediante devolução dos valores já pagos, sem que o incorporador tenha direito a qualquer retenção.

Além disso, as consequências do desfazimento do contrato devem estar redigidas de forma clara e destacada a fim de atender às exigências do Código de Defesa do Consumidor, bem como será necessária à assinatura do adquirente ao lado dessas cláusulas a fim de que o mesmo possua total e inequívoca ciência sobre as consequências no caso de resolução do contrato por sua culpa.
Outra questão importante que a nova Lei veio regulamentar são os prazos de entrega do imóvel e de tolerância no atraso da obra, que não poderá ser superior a 180 (cento e oitenta) dias. Ultrapassando-se tal prazo, adquirente poderá promover a resolução do contrato e receberá todos os valores pagos corrigidos mais a multa estabelecida contratualmente num prazo de 60 (sessenta) dias contados da resolução. Caso o adquirente adimplente decida não resolver o contrato, lhe será assegurado receber 1% do valor pago à incorporadora para cada mês de atraso, a título de indenização, com a devida correção monetária prevista no contrato. Ou seja, ou o adquirente decide resolver o contrato por inadimplemento absoluto e receber os valores que desembolsou mais a multa, ou decide ficar com o imóvel e receber a indenização de 1% por mês de atraso.

No entanto, cabe destacar que não é somente o incorporador que poderá sofrer penalidades. Se o desfazimento do contrato se der por inadimplemento absoluto do adquirente, este fará jus ao recebimento apenas de parte dos valores pagos ao incorporador, que poderá deduzir, além da comissão de corretagem, um percentual de até 25% dos valores pagos, conforme estiver previamente estabelecido no contrato e claramente indicado no quadro resumo.

Além dessas deduções, responde ainda o adquirente por impostos reais incidentes sobre o imóvel, cotas de condomínio e contribuições às associações (se houverem), demais encargos previstos no contrato e um percentual de 0,5% do valor da transação em caso de fruição do imóvel, até que ele seja restituído ao incorporador. Todos esses valores poderão ser realizados mediante compensação e limitados aos valores que efetivamente foram pagos pelo comprador, com exceção do percentual de fruição, que pela redação do artigo da lei poderá ser cobrado pelo incorporador caso não haja saldo para quitação.

Outra relevante questão tratada na nova Lei diz respeito ao percentual de retenção para as incorporações que serão ou estão submetidas ao regime de patrimônio de afetação. Esse regime nada mais é do que a separação do terreno e acessões objeto de determinada incorporação imobiliária, bem como dos bens e direitos a ela vinculados, do restante do patrimônio do incorporador, a fim de evitar que na falência do último os bens objeto da incorporação respondam pelas demais dívidas do incorporador, oferecendo maior segurança aos compradores de imóveis nessa modalidade, já que terão a garantia de propriedade sobre o bem.

No caso de resolução do contrato por culpa do comprador, em se tratando de incorporação imobiliária sob o regime em questão, poderão ser retidos até 50% dos valores pagos, além das demais deduções previstas na nova Lei e já explicadas anteriormente. Caso adquirente inadimplente encontre um novo comprador que se sub-rogue nas obrigações e direitos do contrato, mediante anuência do incorporador, aprovação dos cadastros e prova da suficiência da capacidade financeira e econômica do novo comprador, não se aplicará a retenção em questão.

Outra questão importante regulada pela nova Lei diz respeito ao direito de arrependimento. Se o comprador efetivar a compra fora da sede do incorporador ou em estandes de vendas, ele poderá exercer o seu direito de arrependimento num prazo improrrogável de 7 (sete) dias, que será provado pelo envio de carta registrada com aviso de recebimento ao incorporador e, nesse caso, terá direito à devolução de todos os valores pagos, inclusive comissão de corretagem.  Se o comprador não exercer o seu direito de arrependimento, o contrato celebrado será irretratável, conforme já disposto no art. 32, §2º da Lei de Incorporações Imobiliárias.

Por fim, em que pese todas essas previsões, podem as partes de comum acordo definir condições diversas da prevista na nova Lei caso resolvam distratar o contrato.

Já com relação à Lei de Parcelamento do Solo Urbano, as exigências do quadro resumo são as mesas das previstas na Lei de Incorporação Imobiliária, bem como com relação à clareza das informações no contrato, tanto com relação às assinaturas como com relação às penalidades e consequências do desfazimento.
As diferenças entre uma lei e outra estão apenas na taxa de fruição que, no caso de loteamentos, será de 0,75% até a restituição do imóvel ao incorporador e o percentual de retenção (cláusula penal) será de até 10% do preço já pago ao incorporador.  Além desses, poderão ser descontados ainda os encargos moratórios relativos às prestações pagas em atraso, impostos sobre a propriedade, contribuições condominiais, tributos e emolumentos incidentes na rescisão e a comissão de corretagem e, se houver saldo a ser ressarcido ao comprador, a devolução deverá ocorrer em 12 (doze) parcelas mensais num prazo de 180 (cento e oitenta) dias, em caso de obras em andamento, ou em 12 (doze) meses em caso de obras concluídas.

Com relação à possibilidade de nova venda, esta só poderá ser realizada após a comprovação do início da devolução dos valores ao titular do registro cancelado, conforme estipulado no contrato. Há exceção à exigência da prova do início do pagamento se o adquirente não for localizado ou não ter se manifestado ou se houver o inadimplemento do contrato e o adquirente já houver pago mais de 1/3 do valor do contrato.

Vale destacar que os procedimentos previstos na nova redação do artigo 32-A da Lei de Parcelamento do Solo Urbano não se aplicam aos contratos e escrituras de compra e venda de lote que estão sob a modalidade de alienação fiduciária. Nesse caso aplicam-se os termos da lei especial nº 9.514/1997, que trata da alienação fiduciária de imóvel.

A nova Lei representa importante avanço para o setor imobiliário e traz maior segurança jurídica para incorporadores e adquirentes de imóveis ao preencher lacunas que haviam em nossa legislação sobre as questões tratadas acima.






Quesia Marmachuk Gonçalves - Advogada da Área de Direito Imobiliário do Marins Bertoldi Advogados.


O futuro do trabalho colocado à prova


Novas profissões exigem também novas habilidades para acompanhar a revolução digital


A automação cada vez mais frequente nas organizações, especialmente com a utilização da Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, nos faz repensar o futuro do mercado de trabalho. Embora existam visões pessimistas sobre o aumento do desemprego com a utilização crescente dos robôs, há alguns especialistas que apostam na criação de novas profissões para atender as necessidades da Economia 4.0. Já se fala em cargos como analista de cyber cidade, analista de machine learning quântico, gerente de desenvolvimento de negócios de inteligência artificial, gerente de equipe homem-máquina e detetive de dados.

As mudanças podem ser positivas na medida em que estimulam a criatividade, além de liberar as pessoas de tarefas monótonas e repetitivas, que passarão a ser exercidas pelos robôs. Os novos empregos certamente irão demandar habilidades analíticas, matemáticas e digitais, com um toque de neurociência.
Com o incremento de soluções de Robotic Process Automation (RPA), novas funções serão desenvolvidas no próximo ano, como engenheiro, arquiteto e consultor de RPA. O objetivo é ajudar os funcionários a entender as melhores práticas de automação e como o RPA pode melhorar a eficiência dos fluxos de trabalho. Novos títulos como "Chief Robotics Officer" começarão a surgir, pois a tecnologia vem se tornando mais conhecida e atraente para o mercado, na medida em que garante mais agilidade e eficiência aos processos.

As empresas também serão mais seletivas sobre quais processos automatizar. Muitos projetos falharam em 2018 porque foram conduzidos de maneira equivocada, ou seja, nem sempre a área ou os processos incluídos nos projetos de investimento em digitalização e automação possuíam as condições ideais de esforço versus geração de resultados. Essa redefinição estratégica de prioridades, focando a atenção em métricas objetivas como o número de usuários de um dado processo, tempo de execução e complexidade, viabilizará um maior o retorno sobre o investimento (ROI) e garantirá o êxito das organizações em suas iniciativas de transformação digital.

Uma vez que as organizações dominem a automação de tarefas simples, elas poderão incorporar tecnologias mais avançadas, como o OCR (Optical Character Recognition, ou reconhecimento ótico de caracteres), permitindo que mais elementos sobre os dados sejam interpretados por robôs autônomos.

A tecnologia revoluciona constantemente o mundo corporativo. Os benefícios da inteligência artificial já são percebidos na produtividade dos negócios e nas vantagens competitivas. E não estamos falando apenas dos chatbots, que já existem e são muito utilizados, mas, sim, de projetos mais robustos com habilidades cognitivas capazes de processar dados, otimizar processos, racionar, garantir precisão, corrigir erros e solucionar problemas. Na área da saúde, é possível ter diagnósticos mais precisos com a utilização de algoritmos e IA. No varejo, a tecnologia permite compreender melhor o perfil do consumidor e ajudar os fabricantes em seus processos logísticos. Tudo isso combinando redução de custos, inovação e segurança.

Segundo o Gartner, as tecnologias de IA estarão virtualmente em todos os lugares nos próximos dez anos. Embora essas tecnologias permitam que os primeiros usuários se adaptem a novas situações e resolvam problemas que não foram encontrados anteriormente, elas ainda não estão disponíveis para a maioria das pessoas. Movimentos como computação em nuvem e código aberto acabarão levando a tecnologia para as mãos de todos. A consultoria acredita que esta tendência será possibilitada por tecnologias como plataforma como serviço (PaaS), condução autônoma, robôs móveis e inteligentes, plataforma de conversão de IA, redes neurais profundas e veículos autônomos voadores.

A nova era, marcada por mudanças cada vez mais rápidas e ciclos de vida menores quando falamos em produtos e soluções, trará impactos significativos para o ecossistema de negócios, o que se refletirá também numa nova forma de se trabalhar. É fundamental que as lideranças se preparem para esta nova configuração de cargos e funções, que poderão surgir mais rapidamente do que imaginamos. Os investimentos em educação devem ser prioritários para que todos possam acompanhar essa nova onda que emerge como um tsunami e que colocará à prova o futuro do trabalho e das próprias organizações.




Luiz Camargo - General Manager da NICE para o Brasil e Cone Sul.

Quando entrar na justiça contra o plano de saúde?


Planos não podem negar cobertura quando se trata de questões que envolvam a psique do paciente

É inegável que hoje, no Brasil, nunca se enfrentou um período tão turbulento no que diz respeito à judicialização da saúde. Fator esse que contribui para o aumento dos custos no segmento e o encarecem à medida que o tempo passa. Porém, o que se pode dizer de uma mãe ou uma filha que necessita da colocação de uma prótese para continuar seguindo em seus afazeres diários normalmente? A partir do momento que os procedimentos deixam se ser meramente estéticos e tornam-se uma necessidade, os planos de saúde não podem negar qualquer tipo de atendimento e envolvimento no caso.

Para que pudesse voltar a andar e cuidar dos seus afazeres, uma senhora de 80 anos precisava realizar uma importante cirurgia no joelho, que foi autorizada pelo convênio. Porém, a prótese lhe foi negada e era a peça fundamental de toda a operação. "Os contratos firmados com os convênios ou seguradoras devem cumprir com as expectativas criadas no momento de sua celebração, quais sejam aparar o consumidor nos momentos necessários [doença] e cobrir os procedimentos necessários para sua cura", afirma Carolina Di Lullo, advogada da Giugliani Advogados.

Ela salienta ainda que a questão vai muito mais além, sendo que quando há prescrição médica para a realização de tal procedimento, a seguradora tem o dever legal de cobrir a medida, ainda que haja previsão no rol da ANS — Agência Nacional de Saúde Suplementar. Há, no entanto, de se ficar atento aos planos que possuem coparticipação, onde o consumidor paga um parte dos serviços que utilizar. "A cobertura de próteses, órteses e seus acessórios que necessitem cirurgia para serem colocados ou retirados é obrigatória, restando excluídas aquelas não ligadas aos procedimentos cirúrgicos, como óculos, coletes ortopédicos etc.", diz.

Segundo a ANS, define-se por órtese todo dispositivo permanente ou transitório utilizado para auxiliar as funções de um membro, órgão ou tecido, evitando deformidades ou sua progressão e/ou compensando insuficiências funcionais. Já a prótese é definida por todo dispositivo permanente ou transitório que substitui total ou parcialmente um membro, órgão ou tecido. Em ambos os casos, elas podem ser essenciais para o bem-estar físico e mental do paciente.
Em casos de câncer de mama, pode ser necessária a realização da cirurgia de reconstrução, que possui — por sua vez — mais do que uma finalidade estética, afetando diretamente a psique do paciente. Assim sendo, deverá ser coberta pelo convênio/seguradora. "Quando a cirurgia tiver viés de melhoria de vida do paciente e for recomendada por corpo médico, deverá ser submetida à aprovação do convênio/seguradora e, nesses casos, caso haja a negativa, há possibilidade de requerer amparo ao judiciário para questionar a validade ou não da decisão do convênio/seguradora", finaliza Carolina. Por isso, sempre que necessário é primordial que a pessoa possa recorrer aos seus direitos na justiça, diante de um fato que poderá mudar a sua vida daqui para frente.



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Esperança e desafios para os ecossistemas marinhos mundiais



A poluição dos mares e o aquecimento global são problemas graves que estão chamando bastante a atenção da sociedade 
Créditos: Felipe Buloto



A redução da perda da biodiversidade e a promoção do uso sustentável de recursos naturais é um compromisso global assumido por 140 nações signatárias da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O tratado internacional tem relação com o 14º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visa a adoção de medidas para preservar e usar de forma sustentável oceanos, mares e recursos marinhos até 2020. Contudo, diante da atual crise da biodiversidade, os objetivos são ousados.

Um dos temas mais debatidos recentemente está relacionado com a cobertura de unidades de conservação marinha (UCM). Estabelecer esse tipo de área é uma das melhores estratégias para a conservação da biodiversidade e sustentabilidade dos recursos marinhos, pois envolve o manejo a nível de ecossistema. Entretanto, um dos maiores desafios é criar e manejar UCMs em áreas prioritárias para a conservação, pois normalmente estas são áreas de alta diversidade biológica e de alto conflito de usos, onde diversas atividades humanas são praticadas. Ambientes costeiros como mangues, recifes de coral e costões rochosos são os mais vulneráveis.

A melhor estratégia para se remediar a perda da biodiversidade marinha seria focar na proteção do máximo de espécies ameaçadas e ecossistemas por área protegida. A conservação da biodiversidade e sustentabilidade dos recursos depende de unidades de conservação conectadas e que abriguem, de forma homogênea, a diversidade de ecossistemas presentes ao longo da linha costeira.
O manejo pesqueiro e o controle da sobrepesca são vistos como um dos principais objetivos do ODS 14. Uma das estratégias é a valorização da pesca artesanal e o controle de atividades pesqueiras destrutivas, que causam danos aos ecossistemas e que não possuem seletividade nas capturas. Entretanto, muitos países, incluindo o Brasil, caminham em sentido contrário, criando subsídios para pesca industrial e removendo benefícios de pescadores de pequena escala.

Alternativas envolvem o estabelecimento de territórios tradicionais de pesca, onde somente pescadores locais possam pescar, o que tornaria mais fáceis o manejo e o controle do esforço de pesca. O ordenamento e a fiscalização da captura de espécies ameaçadas de extinção e tamanhos mínimos de capturas também são passos importantes para se atingir os objetivos.
A poluição dos mares e o aquecimento global são problemas graves que estão chamando bastante a atenção da sociedade. A ingestão de plásticos tem causado a morte de milhares de animais marinhos anualmente e o aquecimento dos oceanos tem causado o branqueamento e a morte de ecossistemas de coral em todo o mundo. Atividades portuárias desenvolvem dragagens periódicas e despejam toneladas de sedimento sobre os ambientes costeiros, soterrando grandes áreas de habitats naturais.

Em vez de aplicar leis mais restritivas, visando a qualidade de vida humana e saúde ambiental, países em desenvolvimento como o Brasil estão afrouxando as regras para empresas poluidoras. Como consequência, impactos e desastres ambientais são frequentes, o que acelera a perda da biodiversidade e de oportunidades de desenvolvimento sustentável.

Apesar dos desafios, temos esperança. O grande número de nações comprometidas com os objetivos da Convenção sobre Diversidade Biológica é um considerável sinal positivo. Alguns países como Palau e Costa Rica estão dando exemplo de desenvolvimento sustentável e proteção da biodiversidade. Países em desenvolvimento, como Brasil, China e Filipinas, estão comprometidos em financiar iniciativas de proteção e manejo dos ecossistemas costeiros.

A participação de pescadores no manejo e na conservação dos recursos marinhos tem gerado resultados positivos e o Projeto Tamar, no Brasil, é referência mundial nesse tema. Estados como Califórnia e São Paulo têm criado áreas marinhas protegidas ao longo de suas zonas costeiras com o potencial de desenvolvimento sustentável de atividades pesqueiras e turismo. Países e empresas estão investindo na proteção de ambientes costeiros, visando a diminuição de estragos causados por distúrbios ambientais, como tempestades e enchentes. Essas e outras iniciativas inspiradoras foram apresentadas recentemente no artigo “Hope and doubt for the world's marine ecosystems”, publicado pelo periódico científico Perspectives in Ecology and Conservation.

Uma vez que grande parte da população vive perto da zona costeira, o investimento em educação ambiental é necessário para engajar a sociedade na luta para a manutenção de sua própria qualidade de vida e dos serviços ecossistêmicos providenciados pelos oceanos. Cientistas, cidadãos e tomadores de decisão precisam trabalhar juntos para multiplicar essas iniciativas positivas e reforçar a esperança para a conservação e sustentabilidade da biodiversidade e ecossistemas marinhos no Brasil e no mundo.






Hudson Pinheiro - mestre em Oceanografia, doutor em Ecologia e Evolução, cientista da Academia de Ciências da Califórnia e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.



Animo para 2019



O ano de 2019 chega com novos governantes e boas perspectivas de crescimento para nossa economia. Reformas, concessões e um compromisso de estabilidade guardam o ambiente de investimentos. Devendo fazer com que o País comece a retomar seu crescimento, e esperamos, de forma sustentada.
O novo governo federal demonstrou vontade de simplificar procedimentos para investimentos nas questões de regulamentações ambientais. Espera-se que com um programa de privatizações e concessões da infraestrutura, especialmente de rodovias e portos, o custo de produção para o agricultor brasileiro caia, amenizando um dos maiores problemas para nossa competitividade mundial.
O governo afirma querer um "Estado menor", mais eficiente, enxuto e com liberdade econômica. Para o surgimento de negócios, isso traz mudança bastante grande e já se percebe as pessoas e empresas com mais vontade de empreender.
Neste clima, segundo previsões de especialistas, a safra agrícola deverá crescer no ano que vem e, adicionalmente, contamos com a contribuição positiva do aumento das exportações de petróleo, o que nos leva a projetar avanço de 4,2% das exportações em relação a 2018.
Se confirmadas as previsões, a balança comercial pode encerrar o próximo ano com significativo superávit comercial de US$ 50 bilhões. E é claro que, mais uma vez, o agro tem papel determinante nos bons resultados alcançados. De janeiro a novembro deste ano, o complexo sucroalcooleiro foi responsável por exportações na ordem de US$ 4,71 bilhões, e deve crescer.
A safra 19/20 de cana-de-açúcar, por exemplo, deve remunerar melhor o produtor rural do que na safra anterior, principalmente porque diminui o excedente do produto no cenário internacional. Além disso, há previsão de alta no preço do petróleo, dando mais competitividade ao nosso etanol, e uma safra com mais deslocamento de cana para fabricação do combustível, ajudando o preço do açúcar. A previsão é de alta de 8% a 10% no valor do ATR na safra que vem.
Um cenário que fica ainda mais otimista se considerarmos importantes conquistas para o setor de combustíveis renováveis como a sanção do RenovaBio e da Medida Provisória Rota2030, que conta com emenda minha como deputado estadual.
Para que essas previsões se confirmem, são necessários passos importantes como a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Especialistas apontam que os efeitos medidos para a aprovação da reforma são uma apreciação do Real de 8% (contra depreciação de 13% em caso de a reforma não ser aprovada) e uma alta de 26% na bolsa (contra queda de 20% se a reforma não for aprovada).
O mercado espera manutenção da taxa básica de juros em 6,5% com a reforma aprovada, contra uma alta de 1,5 p.p. se não houver alteração nas regras previdenciárias. Estimula investimentos nos setores de petróleo, energia, aeroportos, portos, rodovias que podem alcançar R$ 200 bilhões durante os próximos quatro anos.
É preciso continuar essas reformas estruturais que alteraram a abordagem quanto ao controle do gasto público, funcionamento do mercado de trabalho e evolução dos mercados de crédito e de capitais. Se mantivermos o leme firme, transitaremos para uma situação de baixa inflação e juros alinhados com os praticados nos demais países emergentes de porte semelhante.
Mas não podemos esquecer que em 2019 continuem as fortes tensões geopolíticas e uma guerra comercial que pode abalar a confiança empresarial em escala global. O cenário mundial é moderadamente otimista, prevendo aceleração do crescimento econômico no próximo biênio, em contexto de inflação sob controle.
Se o País fizer sua lição de casa, o desemprego recuará, mesmo que lentamente, propiciando expansão da renda disponível e do consumo. O investimento deverá se recuperar, incluindo o setor de construção civil, beneficiado por uma agenda do novo governo que também focará a melhora da regulação, desburocratização e, como novidade, uma abertura comercial gradual.
Temos um bom cenário e as ferramentas para fazer de 2019 o ano definitivo da retomada do nosso crescimento!




Arnaldo Jardim - Deputado Federal - PPS/SP



Dia Mundial do Braille: sistema de escrita permite autonomia e independência também no mercado de trabalho


Aumento de vagas formais preenchidas por trabalhadores com deficiência visual cresceu 16,3% entre 2016 e 2017, segundo o Ministério do Trabalho

Ler livros e cardápios de restaurantes, ingerir medicamentos com segurança, consultar saldos e extratos da conta bancária com privacidade e, sobretudo, estar inserido no mercado de trabalho. Essas e outras situações, por meio do sistema de escrita em Braille, cujo dia é celebrado mundialmente amanhã, 04 de janeiro, garante autonomia e independência de pessoas com deficiência visual na rotina social e profissional.

De acordo com os dados divulgados pela Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, em 2017, os empregos formais para pessoas com deficiência (PCD) somam quase meio milhão. Dentre as taxas de aumento de vagas formais preenchidas por trabalhadores com deficiências física, auditiva, visual, intelectual, múltipla e reabilitados, a maior alta foi registrada para deficientes visuais, com crescimento de 16,3% em relação a 2016 (+8,7 mil novas vagas). Muito se deve isso à Lei de Cotas, criada em 1991.

Segundo o gerente sênior de marketing da Catho, Ricardo Morais, a Lei de Cotas ajudou a promover a inclusão, porém, para que ela realmente funcione, é necessário compreender esse acesso para além do sistema de cotas. "É fundamental quebrar paradigmas, buscar informações, conhecer a fundo as especificidades de cada um, mais do que isso, praticar a empatia e oferecer ferramentas de inserção. Esse é o caminho para inclusão, o único possível, a oportunidade", enfatiza Morais.

Aliada às potencialidades que o Braille proporciona também no âmbito digital, como por exemplo, as ferramentas de audiodescrição, é possível que os usuários possam também navegar pela internet, lendo o conteúdo das imagens, inclusive para se cadastrar a uma vaga de emprego. Pensando nisso, a Catho lançou recentemente a landing page inclusiva (www.catho.com.br/pcd) para pessoas com deficiência, permitindo um melhor uso da plataforma de vagas.

A Catho, desde 2016, atua com o propósito de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho por meio da gratuidade no acesso a todas as vagas do site. Com laudo devidamente validado, pessoas com deficiência , e reabilitados pelo INSS abrangidos pela lei de cotas pode usufruir dos benefícios da plataforma.

Para contribuir com a profissionalização desses profissionais há cursos de capacitação gratuita. É o caso da Fundação Dorina Nowill, que há mais de 70 anos se dedica à inclusão social de pessoas com deficiência visual. Cursos como informática, auxiliar administrativo, massoterapia e empreendedorismo fazem parte dos cursos ofertados pela instituição.


Minha Vaga Por Direito

Além de compor um dos pilares principais da Catho, a empresa também investe em ações com o objetivo de mobilizar a conscientização da participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, é o caso da campanha "Minha Vaga Por Direito", que tem como objetivo reivindicar o acesso ao emprego e ressignificar o olhar sobre essa população. No link http://www.catho.com.br/lp/minhavagapordireito/ é possível conhecer mais sobre o movimento e baixar o pacote de materiais (stencils, adesivos e lambe lambe) para aderir à causa.

Redesenhando o símbolo que representa as pessoas com deficiência, mas agora abordando uma outra perspectiva, a ação conta com ação de guerrilha com aplicações em adesivos, stencil, cartazes, dentre outros, com o objetivo de trazer empoderamento e adesão à causa.

Dentre as imagens que foram ressignificadas e irão substituir a já conhecida logomarca do cadeirante em azul, estão as novas representação para alguns tipos de deficiências, como por exemplo: o deficiente físico (cadeirante) em uma mesa e seu computador de trabalho; o deficiente visual com uma gravata e uma maleta; o deficiente auditivo com uma caneta, simbolizando a profissão de um engenharia; o deficiente mental acompanhado da imagem de uma engrenagem, simbolizando uma mente ativa. As imagens receberam a aplicação na cor laranja, contrapondo a atual, que é azul.

A estratégia do Governo Bolsonaro e o necessário planejamento da aposentadoria



A reforma previdenciária será a grande pauta do governo eleito no seu ano inicial e o seu primeiro passo poderá ocorrer por meio de medidas provisórias, por conta da maior facilidade de aprovação perante o Congresso. Este também será o termômetro do ministro Paulo Guedes para a aceitação de seu plano econômico.

A medida provisória é um instrumento que possui força de lei, adotada pelo presidente em casos de relevância e urgência. Seu efeito é imediato e possui prazo de sessenta dias (podendo ser prorrogadas por mais sessenta). Porém, para se tornar lei, precisa da aprovação do Congresso Nacional. Deve obrigatoriamente passar pelas duas casas: a Câmara dos Deputados e o Senado. 

A reforma por meio de MP, embora tenha força imediata de lei, não é verdadeiramente uma lei, no sentido técnico estrito do termo, por não ter passado por processo legislativo prévio à sua formação. Este seria um teste para o atual governo, pois precisaria de força no Congresso para que as suas modificações efetivamente se tornassem leis.

Caso isso se concretize, os próximos passos poderão ser medidas mais austeras, como as emendas constitucionais, que modificam as disposições constitucionais que protegem a seguridade social. Ainda há um plano B, conforme noticiado, que seria deixar de lado qualquer reforma e partir para a desvinculação dos gastos públicos para resolver o déficit da previdência.

Contudo, a realização de uma reforma é o mais esperado e o assunto mais comentado, seja em rodas de juristas, economistas, até os almoços de finais de semana e conversas em mesas de bar. Todos querem saber o que mudaria com ela e como isso afetaria a sua vida e de seus familiares. De início, há apenas uma certeza: quem já está aposentado não teria o seu benefício alterado ou reduzido.

O grande foco seria o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, pois, desde o Governo Temer, a luta é para que haja uma idade mínima nas aposentadorias. De início, o noticiado é de que seria necessário que os homens trabalhassem até os 65 anos e as mulheres, até os 62, mas ainda não existe nada de concreto. São rumores, suposições e isso traz uma corrida desnecessária dos trabalhadores para se aposentarem. Aqueles que já possuem direito a uma aposentadoria integral podem procurar o INSS para se aposentar, porém, os que ainda não atingiram tais condições, devem planejar sua aposentadoria, pois inúmeros segurados tiveram perdas em 2016 e 2017 na concessão de seus benefícios em razão do medo de uma reforma que dificultasse o seu direito. Isso no futuro tem se mostrado um grande erro.

Um outro grupo de trabalhadores que não seriam atingidos são os que hoje já possuem o tempo de serviço necessário para se aposentar, pois estes possuem direito adquirido a aposentadoria. Agora, os que ainda não cumpriram os requisitos e estão perto da aposentadoria, devem planejar o benefício da seguinte forma: obter seu Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), todos os seus carnês, carteiras de trabalho, documentos que lhe garantam aumentar o tempo de contribuição (PPPs, certidão de colégio técnico, prestação de serviços militares, entre outros) e realizar a contagem do tempo de contribuição. Após tal contagem, devem aguardar que as regras sejam mais claras.

Ressalto que haveria ainda uma regra de transição para beneficiar os trabalhadores que contribuem para o sistema e estão perto da aposentadoria. Tal regra de transição, ou pedágio, garantiria aos trabalhadores um “meio termo” às regras atuais e a uma eventual regra nova mais rígida, garantindo condições mais brandas para a concessão de seu benefício. É hora de se planejar com calma e aguardar o que está por vir.






João Badari - especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados
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10 áreas para trabalhar, ser feliz e ter sucesso em 2019


O ano de 2019 chegou com muitas expectativas no Brasil. E como está o seu planejamento profissional? Será um ano de mudanças? Você está antenado com os movimentos e as oportunidades do mercado? Pois então não perca tempo e fique atento no que vem por aí com essas 10 dicas de áreas que estarão em alta e que você não pode pensar em ficar de fora se busca sucesso profissional.


Mídias Digitais: o mundo digital trouxe novos comportamentos de mercado e as redes sociais se tornaram o grande canal de relacionamento com os clientes. Independente se uma empresa é pequena ou grande ela precisa se comunicar adequadamente com seu público e gerar engajamento, que é o que impacta diretamente nos resultados de vendas. Os profissionais que trouxerem essa expertise para 2019 terão muito espaço para agregar valor nas empresas.


Mercado de Experiências: a regra para 2019 é gerar experiências positivas e inesquecíveis para os seus clientes. Aqui os profissionais ligados a hospitalidade, eventos e relacionamento direto com os clientes terão um mercado inesgotável para explorar, com a missão de entregar o intangível que agrega valor em torno do produto ou serviço que é fornecido. Já no meio digital o profissional de Experiência do Usuário (UX) ganha destaque com a missão de proporcionar em todos os canais de contato com o cliente uma boa navegabilidade, usabilidade, acessibilidade e funcionalidade.


Gastronomia: esse é um mercado que mesmo com a crise usou a criatividade para oferecer serviços diferenciados e de qualidade e segue forte com esse movimento para 2019 com grande destaque para áreas como cervejaria artesanal, cozinha saudável e serviços de personal chef que são cada vez mais apreciados pelo público. Soluções em alimentos e bebidas com nicho de produtos para públicos específicos tendem a ganhar mais espaço considerando sempre a inovação e a identificação com quem consome e a experiência no seu entorno.


Cientista de Dados: vivemos na era da informação. O volume de dados é absurdo e para que as empresas consigam definir estratégias mais assertivas é necessária uma análise adequada de toda essa informação. Os profissionais de dados serão cada dia mais requisitados para ajudar as empresas a resolverem problemas e a entender comportamentos e tendências de mercado. Para 2019 o foco será em indicadores, que são dados organizados.


Design de Soluções: a vida moderna imprime uma rotina acelerada e as empresas precisam pensar em soluções que facilitem o dia a dia dos seus clientes. E aqui entra o design, em suas diferentes ramificações, com a missão de criar soluções cada vez mais funcionais, sustentáveis e com propósito. Destaque para a moda autoral que imprime personalidade e exclusividade nas suas peças. Já na linha de design de produtos e de interiores a preocupação e em trazer soluções que proporcionem o bem-estar e a melhor produtividade das pessoas.


Consultoria de Imagem: para 2019 segue valendo o ditado de que a primeira impressão é a que fica, e para isso é importante cuidar da imagem pessoal para passar uma mensagem positiva. Essa é uma área que ainda não é muito conhecida, mas que está ganhando seu espaço pelo valor que entrega aos seus clientes. A consultoria de imagem tem impacto direto na autoestima das pessoas, ajudando a aflorar o que elas têm de melhor e as ajudando para uma melhor performance profissional.


Digital Influencer: o boca a boca ganhou maiores proporções através das redes sociais. São pessoas que se destacam na grande rede e formam milhares de seguidores ditando estilo de vida e sendo embaixadores de marcas e produtos. Uma tendência para 2019 é o crescimento de micro influenciadores, que muitas vezes não acumulam um número gigantesco de fãs, mas possuem um grande engajamento com um perfil de público muito específico.


Audiovisual: para 2019 é esperado que mais de 80% do tráfego de dados da internet seja de vídeos. O audiovisual é uma das áreas que mais cresce no mundo abrindo um campo para profissionais atuarem em diferentes frentes, desde as grandes produções de cinema até orçamentos menores de conteúdos para redes sociais. É comprovado que vídeos geram mais engajamento e as empresas precisam se preocupar cada vez mais com a qualidade do material que estão entregando para os seus clientes.


Gestão Financeira: o grande desafio das empresas é fechar seus resultados com lucro. O papel do gestor financeiro não perde seu espaço em 2019, ao contrário está sendo muito mais demandado. O profissional com visão de otimização de custos e orientação para resultados está sendo disputado no mercado. Grande destaque para o profissional dessa área que tem poder de engajamento da equipe e consegue criar uma cultura de negócio sustentável em toda a empresa.


Gestão de Pessoas: as empresas são feitas de pessoas. Cabe ao gestor de pessoas montar um time vencedor e acompanhá-lo no dia a dia rumo as metas da empresa. Uma responsabilidade muito grande fará com que esse profissional tenha destaque em 2019, criar nas pessoas o sentimento de pertencimento e de orgulho em fazer parte da empresa na qual trabalha, pois esse é o diferencial para ter uma equipe engajada e com foco no cliente.





Ronaldo Cavalheri - CEO do Centro Europeu – primeira escola de Economia Criativa do Brasil e é Líder do Grupo de Educadores Google Curitiba. Siga o profissional nas redes sociais https://www.linkedin.com/in/ronaldocavalheri/

Pesquisa sobre prognóstico de câncer de boca vence prêmio Fleury de Inovação


Artigo científico foi elaborado em colaboração com pesquisadores do ICMC



Uma professora e um doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, fazem parte de um grupo de pesquisadores reconhecidos durante o 4º Prêmio de Inovação do Grupo Fleury (PIF). O trabalho desenvolvido pela equipe conquistou tanto a preferência do júri técnico quanto a maioria dos votos populares na categoria “artigo científico”.

Coordenado por pesquisadoras do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), situado em Campinas, o artigo Combining discovery and targeted proteomics reveals a prognostic signature in oral câncer foi originalmente publicado na revista Nature Communications, em setembro, e contou com a contribuição da professora Rosane Minghim e do doutorando Henry Heberle, ambos do ICMC.

“O estudo descobriu uma assinatura de prognóstico para câncer de boca, por meio de exames clínicos e de imagens, que apresenta um grande potencial de orientar os profissionais da saúde a superarem as limitações do prognóstico realizado atualmente, assim como permite guiar as estratégias de tratamento personalizadas para pacientes com câncer de boca e, com isso, reduzir recorrências e metástases cervicais do câncer”, explica a primeira autora do trabalho, a pesquisadora Carolina Moretto Carnielli, do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio-CNPEM).

Ao contribuir para identificar, quantificar e compreender a relação entre abundância de proteínas, progressão de tumores e tratamentos, a pesquisa conseguiu abrir caminho para aperfeiçoar as decisões de tratamentos relacionados a esse tipo de câncer. Essa decisão é um grande desafio para os profissionais de saúde, levando em conta que as respostas aos tratamentos convencionais apresentam uma variação muito grande. Para se ter uma ideia, as taxas de recorrência dos tumores podem variar entre 18 e 76% entre pacientes. Estudos mostram que, a cada ano, são diagnosticados cerca de 300 mil novos casos da doença em todo o mundo, período em que se registra também uma taxa de mortalidade de 145 mil pacientes.

Além da participação do ICMC, o projeto contou, ainda, com a contribuição de pesquisadores do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), da Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), entre outras instituições nacionais e internacionais, e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com a coordenadora do projeto, Adriana Paes Leme, pesquisadora do LNBio-CNPEM, estudos futuros pretendem ser desenvolvidos para compreender os mecanismos de ação das proteínas distribuídas pelas diferentes áreas do tumor.

A cerimônia de premiação do IV Prêmio de Inovação do Grupo Fleury aconteceu dia 21 de novembro de 2018, em São Paulo.






Assessoria de Comunicação do ICMC com informações da Assessoria de Comunicação do CNPEM e da Assessoria de Imprensa do Grupo Fleury 



Confiança do consumidor sobe pelo quinto mês consecutivo, aponta FecomercioSP


 Segundo a Entidade, índice atingiu, na passagem de novembro para dezembro, a sua maior pontuação desde março de 2014, quando chegou a 125,8 pontos


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano avançou pelo quinto mês consecutivo, alta de 11,6%, ao passar de 114,5 pontos em novembro para 127,8 pontos em dezembro. Em relação ao mesmo período de 2017, o indicador avançou 16,8%.

O ICC é elaborado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A escala de pontuação varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Entre os dois quesitos que compõem o indicador, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) registrou alta de 14,2%, ao passar de 84 pontos em novembro para 95,9 pontos em dezembro. O Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) também avançou (10,6%), de 134,8 pontos em novembro para 149,1 pontos em dezembro. No comparativo anual, ambos registraram altas de 15,8% e 17,2%, respectivamente.


Gênero e renda 

O resultado do ICEA destaca os crescimentos observados na classe de renda e no corte por gênero. A percepção dos consumidores com renda familiar inferior a dez salários mínimos (SM) em relação às condições econômicas atuais registrou alta de 12,4%, de 79,9 pontos em novembro para 89,8 pontos em dezembro. Os consumidores acima desse patamar apontaram alta de 17,4%, passando de 92,7 pontos em novembro para 108,8 pontos em dezembro.

Na segmentação por gênero, grupo feminino foi destaque nas altas (18,4%), de 77,9 pontos em novembro para 92,2 pontos em dezembro. O público masculino obteve alta de 10,5%, de 90,1 pontos em novembro para 99,5 pontos em dezembro.

A percepção dos consumidores com mais de 35 anos em relação às condições econômicas atuais registrou a maior alta do mês (26,7%), passando de 68,4 pontos em novembro para 86,7 pontos em dezembro.

No IEC, destacaram-se as duas maiores altas: o grupo dos consumidores com renda superior a dez salários mínimos, que registraram avanço de 11,8%, ao passar de 144,4 pontos em novembro para 161,5 pontos em dezembro; e o grupo dos consumidores com idade superior a 35 anos, com alta de 13,7% passando de 134,9 pontos em novembro para 153,4 pontos em dezembro.

De acordo com a FecomercioSP, a quinta alta consecutiva do ICC demonstra que os consumidores se mostram mais otimistas em relação às condições sociais e  financeiras, ao mesmo tempo que estão mais seguros em relação ao emprego no futuro. Assim, ficaram para trás as incertezas criadas pelo cenário eleitoral em 2018, proporcionando condições mais favoráveis ao consumo. O ICC atingiu na passagem de novembro para dezembro a sua maior pontuação desde março de 2014, quando chegou a 125,8 pontos.


Metodologia

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde 1994. Os dados são coletados de aproximadamente 2,1 mil consumidores no município de São Paulo. O objetivo é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.

Os dados são segmentados por nível de renda, sexo e idade. O ICC varia de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total). Sua composição, além do índice geral, apresenta-se em: Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e Índice das Expectativas do Consumidor (IEC). Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e para formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.

A metodologia do ICC foi desenvolvida com base no Consumer Confidence Index, índice norte-americano que surgiu em 1950 na Universidade de Michigan. No início da década de 1990, a equipe econômica da FecomercioSP adaptou a metodologia da pesquisa norte-americana à realidade brasileira. Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no País, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.

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