O ano de 2019 chega com novos governantes e boas perspectivas de
crescimento para nossa economia. Reformas, concessões e um compromisso de
estabilidade guardam o ambiente de investimentos. Devendo fazer com que o País
comece a retomar seu crescimento, e esperamos, de forma sustentada.
O novo governo federal demonstrou vontade de simplificar
procedimentos para investimentos nas questões de regulamentações ambientais.
Espera-se que com um programa de privatizações e concessões da infraestrutura,
especialmente de rodovias e portos, o custo de produção para o agricultor
brasileiro caia, amenizando um dos maiores problemas para nossa competitividade
mundial.
O governo afirma querer um "Estado menor", mais
eficiente, enxuto e com liberdade econômica. Para o surgimento de negócios,
isso traz mudança bastante grande e já se percebe as pessoas e empresas com
mais vontade de empreender.
Neste clima, segundo previsões de especialistas, a safra
agrícola deverá crescer no ano que vem e, adicionalmente, contamos com a
contribuição positiva do aumento das exportações de petróleo, o que nos leva a
projetar avanço de 4,2% das exportações em relação a 2018.
Se confirmadas as previsões, a balança comercial pode encerrar o
próximo ano com significativo superávit comercial de US$ 50 bilhões. E é claro
que, mais uma vez, o agro tem papel determinante nos bons resultados
alcançados. De janeiro a novembro deste ano, o complexo sucroalcooleiro foi
responsável por exportações na ordem de US$ 4,71 bilhões, e deve crescer.
A safra 19/20 de cana-de-açúcar, por exemplo, deve remunerar
melhor o produtor rural do que na safra anterior, principalmente porque diminui
o excedente do produto no cenário internacional. Além disso, há previsão de
alta no preço do petróleo, dando mais competitividade ao nosso etanol, e
uma safra com mais deslocamento de cana para fabricação do combustível,
ajudando o preço do açúcar. A previsão é de alta de 8% a 10% no valor do ATR na
safra que vem.
Um cenário que fica ainda mais otimista se considerarmos
importantes conquistas para o setor de combustíveis renováveis como a
sanção do RenovaBio e da Medida Provisória Rota2030, que conta com emenda minha
como deputado estadual.
Para que essas previsões se confirmem, são necessários passos
importantes como a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional.
Especialistas apontam que os efeitos medidos para a aprovação da reforma são
uma apreciação do Real de 8% (contra depreciação de 13% em caso de a reforma
não ser aprovada) e uma alta de 26% na bolsa (contra queda de 20% se a reforma
não for aprovada).
O mercado espera manutenção da taxa básica de juros em 6,5% com
a reforma aprovada, contra uma alta de 1,5 p.p. se não houver alteração nas
regras previdenciárias. Estimula investimentos nos setores de petróleo,
energia, aeroportos, portos, rodovias que podem alcançar R$ 200 bilhões durante
os próximos quatro anos.
É preciso continuar essas reformas estruturais que alteraram a
abordagem quanto ao controle do gasto público, funcionamento do mercado de
trabalho e evolução dos mercados de crédito e de capitais. Se mantivermos o
leme firme, transitaremos para uma situação de baixa inflação e juros alinhados
com os praticados nos demais países emergentes de porte semelhante.
Mas não podemos esquecer que em 2019 continuem as fortes tensões
geopolíticas e uma guerra comercial que pode abalar a confiança empresarial em
escala global. O cenário mundial é moderadamente otimista, prevendo aceleração
do crescimento econômico no próximo biênio, em contexto de inflação sob
controle.
Se o País fizer sua lição de casa, o desemprego recuará, mesmo
que lentamente, propiciando expansão da renda disponível e do consumo. O
investimento deverá se recuperar, incluindo o setor de construção civil,
beneficiado por uma agenda do novo governo que também focará a melhora da
regulação, desburocratização e, como novidade, uma abertura comercial gradual.
Temos um bom cenário e as ferramentas para fazer de 2019 o ano
definitivo da retomada do nosso crescimento!
Arnaldo Jardim -
Deputado Federal - PPS/SP
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