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quinta-feira, 1 de março de 2018

Câncer renal: Entenda a doença da personagem Adriana do Outro Lado do Paraíso



 Especialista do Centro Paulista de Oncologia CPO – Grupo Oncoclínicas esclarece algumas dúvidas sobre o surgimento de tumores de rim



Dentre tantas patologias já conhecidas quando o tema é câncer, pouco se escuta sobre o câncer renal e tudo que envolve seu diagnóstico e tratamento. Esse tipo de câncer pode ser considerado relativamente incomum, atingindo cerca de 150 mil pessoas no mundo, em sua maioria homens na faixa etária de 50 aos 70 anos. Mas apesar da baixa incidência, dados do Globocan, um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que a cada dois pacientes diagnosticados com tumores renais, um acaba morrendo. Em grande parte, a razão principal dos altos índices de morte se deve à descoberta tardia da doença, quando já há presença de metástases.


A questão será abordada nas próximas semanas durante a novela. Na ficção, o diagnóstico será de um tumor maligno no rim esquerdo na qual o órgão já até perdeu sua função. Devido ao estágio avançado da doença e para impedir uma possível metástase, o médico irá sugerir a retirada imediata do rim afetado. Nesses casos, a urgência é fundamental. "Em seus estágios iniciais, o câncer de rim costuma apresentar poucos sintomas e, muitas vezes, seu diagnóstico é feito como um achado ocasional em exames de imagem realizados por outras razões" destaca Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas.


Ainda segundo o especialista, um pequeno número de pacientes tem massa abdominal palpável, dor e presença de sangue na urina. Outros sintomas tais como, falta de ar, emagrecimento e dores ósseas podem ser consequência das metástases da doença. "A confirmação do diagnóstico só é possível após a análise do patologista que muitas vezes ocorre após abordagem cirúrgica da lesão ou biópsia de alguma metástase", ressalta o Dr. Andrey Soares.



Tipos


Há 5 diferentes tipos de câncer renal, sendo eles:


Carcinoma Renal de Células Claras: conhecido com RCC (Renal Cell Carcinoma) é o mais comum, ocorrendo em 70% a 90% dos casos. Ele tem origem no tubo responsável por filtrar as purezas do sangue.

Carcinoma Papilar: Menos comum, este câncer atinge cerca de 10% a 15% dos casos. É um tipo agressivo que pode causar metástase. Costuma causar obstrução das vias urinárias, gerando dor. Existe o carcinoma papilar tipo 1 e o tipo 2.


Carcinoma Renal Cromófobo: Ocorre em cerca 5% dos casos e é considerado um dos menos agressivos.

Ductos Coletores: Tipo de câncer extremamente raro que afeta uma estrutura do rim chamado Tubo de Bellini.

Sarcomatóides: Em geral ocorre em concomitância aos outros tipos, principalmente ao carcinoma de células claras, sendo um componente do mesmo e com características mais agressivas.



Causas e tratamento


O câncer renal tem causas variadas como tabagismo, obesidade, hipertensão arterial, insuficiência renal terminal e histórico familiar, bem como algumas síndromes clínicas raras, presença de doença renal cística adquirida, uso prolongado de analgésicos não esteroides, e exposição ocupacional a alguns agentes como cádmio e derivados de petróleo, entre outros.


Dr. Andrey explica que a escolha do tratamento depende de fatores variados desde o tipo e extensão do câncer até as condições clínicas do paciente, podendo incluir cirurgia e/ou terapias de alvo molecular. Este é um tumor que não responde a quimioterapia, a exceção são os tumores do ducto de Bellini. "Temos obtido excelentes resultados no uso da imunoterapia isolada ou combinada entre elas ou com terapia alvo no tratamento de tumores renais. Atualmente no Brasil já disponível para uso isolado na falha de um tratamento inicial" finaliza.



7 principais doenças transmitidas pelas baratas





 Baratas estão por toda parte. Trazem em seu corpo milhões de bactérias e por isso são muito perigosas para nós. O site Pragfim fez uma lista com as 7 principais doenças transmitidas pelas baratas. Algumas podem ser graves, por isso é preciso muito cuidado para não facilitar a vida delas em nossos arredores. Confira!



Avanços no tratamento do Melasma e nova técnica de Peeling estão entre os destaques do Meeting da AAD/2018



 A dermatologista brasileira Denise Steiner, uma das palestrantes convidadas, aponta as principais novidades do encontro 


Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD) é um dos eventos mais importantes do calendário anual da dermatologia. A edição desse ano foi realizada em San Diego, na Califórnia, EUA, entre os dias 16 e 20 de fevereiro e mais uma vez reuniu alguns dos maiores especialistas do mundo para discutir novos produtos, procedimentos e tratamentos dermatológicos. A Dra. Denise Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destacou na sua palestra as novas técnicas de Peeling corporal que, além de serem menos invasivas e causarem menos inflamações, apresentam resultados mais significativos e podem até atenuar o crescimento do câncer de pele. A médica apresentou a eficácia do uso de fenol e ácido oleico para provocar coagulação proteica intensa gerando o embranquecimento da superfície cutânea e com ótimos resultados na textura e coloração da pele. “Estes tratamentos são muito efetivos e agridem menos a pele do que o método tradicional", explica a dermatologista que enumera outros temas importantes discutidos durante o encontro: 


Melasma

Para o melasma (manchas acastanhadas que aparecem na pele), a dermatologista destaca a importância de combinar tratamentos para conseguir um melhor resultado final em termos de qualidade da derme. Uma das opções disponíveis no mercado e muito destacada no encontro, explica a especialista, é o uso do ácido tranexâmico via oral, que inibe o excesso de produção de melanina, impedindo que as manchas escureçam cada vez mais. A médica, que estuda o melasma há muitos anos, relembra que usar protetor solar, evitar o estresse e atentar-se ao tipo de hormônio das pílulas anticoncepcionais devem fazer parte das rotinas de quem sofre com a doença. O tratamento tem sido exaltado pela comunidade médica e também pela especialista que coordenou uma pesquisa pioneira no Brasil, na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), comparando a avanço da doença em pessoas que fizeram o tratamento com ácido tranexâmico via oral e outras que receberam apenas placeboCoordenadora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes, Dra. Denise explica que resultados mais interessantes são constatados se os tratamentos, como o microagulhamento, forem utilizados em conjunto com outras técnicas.


Acne

A acne adulta feminina e sua associação à síndrome do ovário policístico também foi um assunto muito comentado este ano no meeting. As alternativas mais indicadas atualmente para o tratamento são pílulas anticoncepcionais e o uso de substâncias como a espirolactona e a metformina que ajudam a diminuir a produção de testosterona, um dos fatores que estimulam o agravamento da acne em mulheres adultas. A dermatologista ressalta que produtos obstrutivos, como cremes gordurosos, devem ser evitados por pessoas com esse tipo de problema de pele e as maquiagens, sabonetes e protetor solar devem ser escolhidos com a função “oil free”.


Vitiligo

No meeting da Academia Americana de Dermatologia 2018 ressaltou-se o uso da minociclina via oral para reduzir a velocidade do aparecimento das manchas esbranquiçadas que são as características mais conhecidas do vitiligo. A droga surge como uma opção promissora já que apresenta menos efeitos colaterais do que o tratamento clássico atual que alia uso de corticoides, vitaminas, aminoácidos, e também  fototerapia com luz UVB.

Doutora Denise, que coordenou um estudo sobre o uso da minocilina no combate ao vitiligo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), destaca outras duas drogas inovadoras que se mostram eficazes para combater o avanço das manchas:  Tofacitinib e Ruxolitinib. Elas inibem uma reação química que produz substâncias estimulantes para os melanócitos e estão sendo pesquisadas a fundo para essa finalidade. Por fim, a especialista destaca como essencial identificar os fatores desencadeantes da doença como elevado nível de estresse e problemas na tireoide e aliar dietas antioxidantes e sem o consumo de glúten.


Dermatite atópica

Para o tratamento de dermatite atópica, que provocam muita coceira e lesões na pele, comuns em crianças, a dermatologista se mostrou entusiasmada com o uso da substância crisaboroleem pomada, uma vez que ela tem ação anti-inflamatória e é alternativa para o tratamento mais comum usado atualmente: o corticoide, que apresenta reações negativas como atrofia de pele e aumento de pelos, podendo até interferir no funcionamento dos rins e no desenvolvimento ósseo da criança. 


Rosácea

Para a rosácea (alteração de pigmentação da pele com tons rosas ou avermelhados), a médica informa que muitos dermatologistas relataram considerar o uso de ivermectina a 2% mais eficaz que o metronidasol, tratamento mais comum atualmente. A ivermectina é prescrita associada ao uso de antibióticos e sessões de laser.


Queda de cabelo

O tratamento para calvície com uso tópico de minoxidil, já utilizado contra a queda de cabelo, foi muito discutido durante o evento. Associado ao uso oral da espironolactona, destaca a dermatologista, os resultados apresentados são mais satisfatórios e com poucos efeitos colaterais. O uso oral das substâncias acaba com um problema muito relatado pelas mulheres que usavam os medicamentos de forma tópica em forma de espuma no couro cabeludo: a consistência dos fios.

A médica ressalta que uma segunda opção poderia ser o procedimento de aplicação no couro cabeludo de células-tronco retiradas da gordura do próprio paciente. "Após o tratamento específico, a fração estromal da gordura (parte que tem ampla concentração de células-tronco) é aplicada na região dos folículos e os resultados são muito positivos", afirma. Essa técnica pode auxiliar nos casos de alopecia androgenética para evitar a perda definitiva dos fios

Foram apresentados ainda com destaque no meeting, o uso de uma substância que trata a asma e que será prescrita também contra a queda de cabelo. O uso da técnica de microagulhamento – também associado ao uso minoxidil – apresentou resultados satisfatórios. 80% dos testantes tiveram bons resultados ao aliar as medicações para controlar a calvície. "Esse procedimento gera um processo de cicatrização e, quando utilizado em conjunto com o minoxidil, estimula os fios a crescerem", conclui a especialista. O microagulhamento provoca (pela picada) estímulo da produção de fatores de crescimento, responsáveis por ativar o crescimento folicular.






Dra. Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”.  www.denisesteiner.com.br




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