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quinta-feira, 7 de julho de 2022

Mais de 50% das tentativas de fraude são no segmento de Bancos e Cartões, aponta Serasa Experian

O principal alvo dos golpistas é público de 36 até 50 anos


No mês de maio 331.162 brasileiros foram vítimas das tentativas de fraude de acordo com o Indicador Serasa Experian que mapeia estas ações. O número representa que a cada 8 segundos alguém tentava aplicar um golpe no país. O principal alvo dos fraudadores foi o segmento de Bancos e Cartões com 53,3% do total de todas as investidas. O estudo analisa números de utilização indevida de identidade, como abertura de contas e até mesmo emissão de cartões. Em segunda posição, está o segmento das Financeiras, com 17,1%, seguido por Serviços, 16,1%, Varejo, 10,6%, e Telefonia, que representa apenas 3% do total das tentativas. Veja os números totais no gráfico abaixo. 

 


Em relação à faixa etária, o grupo mais atingido é o que contempla pessoas de 36 até 50 anos. Esta parcela foi vítima 36,1% das tentativas. O público de 26 até 35 anos ocupa a segunda posição do ranking dos mais visados pelos fraudadores, ocupado uma parte de 27,5% do total. Em terceiro lugar, pessoas de 51 a 60 anos, com 14%. Depois, pessoas até 25 anos, com 11,4% e, por fim, o grupo de pessoas acima de 60 anos, com 10,9%.

 

De acordo com o Head de Produtos de Verificação de Identidade e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha é importante que o usuário tenha cuidado ao compartilhar seus dados pessoais. “Os criminosos estão sempre desenvolvendo novas formas de aplicar seus golpes. Cuidar onde insere suas informações e com quem compartilha é fundamental para que se tenha segurança nas transações realizadas. Em caso de compras online, é importante que sempre se confira a procedência dos portais e que se cheque as experiências de outros usuários”.

 

Quando analisamos as regiões, a maior parte das tentativas de golpe aconteceram no Sudeste, 52,1%. O Nordeste registrou 17,3% das investidas dos fraudadores. Sul, 16,6%, Centro-Oeste 8,9% e, na última posição está o Norte, com 6,1%. 

 

Metodologia

 

O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2).

 

Serasa Experian

 www.serasaexperian.com.br


Abandonados no Mediterrâneo: um ano de operações de resgate de MSF no mar

MSF divulga relatório sobre a situação humanitária do mar Mediterrâneo a partir dos relatos angustiantes de sobreviventes resgatados pela organização 

 

Equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) completaram um ano de operações no Mediterrâneo Central essa semana, desta vez com o navio Geo Barents. Foram resgatadas 3.138 pessoas e realizadas 6.536 consultas médicas antes que elas desembarcassem em local seguro na Europa. Após o trágico resgate do último dia 27, ficou evidente mais uma vez que a triste realidade na fronteira do Sul da Europa não mudou: a normalização das políticas de dissuasão e não assistência no mar, bem como o desmantelamento do sistema de busca e salvamento em favor de retornos forçados, continuam a gerar sofrimento humano e perda de vidas.

Os números, que representam vidas humanas, são escandalosos. Entre 2017 e 2021, pelo menos 8.500 pessoas morreram ou desapareceram e 95 mil foram forçadas a retornar à Líbia – 32.425 delas apenas em 2021, o maior número de retornos forçados relatados até o momento. Na Líbia, as pessoas resgatadas enfrentam tratamentos degradantes, como extorsão, tortura e, em boa parte das vezes, a morte.

“Os estados europeus, que estão falhando ao não conduzirem atividades de busca e salvamento de maneira proativa e ao não contribuírem para incrementar a capacidade da guarda costeira líbia, estão apoiando inegavelmente o retorno forçado à Líbia, onde a detenção e o abuso são a regra”, diz Juan Matias Gil, representante das operações de busca e salvamento de MSF. “A presença de MSF no Mediterrâneo Central é resultado direto da vergonhosa e progressiva falta de engajamento dos contingentes navais de busca e salvamento liderados pelo bloco europeu no mar Mediterrâneo”, completa Gil.

Os horrores que os refugiados, solicitantes de asilo e outros migrantes vivenciam na Líbia, seja antes da sua tentativa de atravessar o Mediterrâneo Central ou depois de terem regressado à força, são muitas vezes inimagináveis. Com base nos testemunhos das pessoas resgatadas por equipes de MSF, que tiveram coragem para compartilhar suas histórias, a organização documentou o impacto brutal e os relatos angustiantes da violência infligida a milhares de homens, mulheres e crianças presos entre o mar e a Líbia.

“Os policiais, a guarda costeira e o exército nunca se importam conosco. […] Eles me bateram muito, todos eles batem em você. Até você desmaiar. Até você entrar em colapso. […] Tantas punições severas naquele país […] Por qual razão a União Europeia apoia essas pessoas? Eu disse ‘Deus, por favor me ajude’. […] Se fosse seguro na Nigéria, eu não estaria nesta terra. […] Então, quando eu estava me preparando para a terceira tentativa, eu disse ‘Deus, eu prefiro morrer no mar do que ser devolvido aos centros de detenção da Líbia’. Eu chorei, eu chorei. Então, pela terceira vez, subi em outro barco.”

– Migrante nigeriano de 25 anos.

De acordo com os testemunhos coletados a bordo, 84% dos 620 eventos violentos compartilhados por sobreviventes resgatados por MSF ocorreram na Líbia; deste total, 68% ocorreram no ano anterior ao resgate. Um número significativo desses eventos aconteceu após os migrantes terem sido interceptados pela guarda costeira líbia e, posteriormente, trancados em centros de detenção. Os sobreviventes relataram que os agressores eram guardas em centros de detenção (34%), a guarda costeira líbia (15%), a polícia não estatal ou militar (11%) e contrabandistas/traficantes (10%). As equipes da organização também documentaram níveis significativos de violência contra mulheres e crianças – 29% delas eram menores, sendo que a mais jovem delas tinha 8 anos de idade e 18% das vítimas eram mulheres.

“As consequências de saúde mais recorrentes dos eventos violentos registrados estiveram relacionadas a traumas físicos, queimaduras, fraturas, ferimentos na cabeça, lesões relacionadas à violência sexual e transtornos de saúde mental. Outros aspectos incluem incapacidade física de longo prazo, gravidez, desnutrição e dor crônica”, explica Stephanie Hofstetter, líder da equipe médica a bordo do Geo Barents.

Desde o início das operações de busca e salvamento do Geo Barents, em junho de 2021, as equipes vem testemunhando a normalização dos impasses no mar e a angústia que essa prática gera. Os pedidos de MSF para que seja identificado um local de segurança para desembarcar sobreviventes foram sistematicamente ignorados ou negados pelas autoridades maltesas, enquanto os pedidos feitos para as autoridades italianas foram atendidos com um atraso cada vez maior. Os impasses no mar não só impedem o acesso imediato a uma avaliação completa das necessidades médicas e de proteção, como também prolongam o sofrimento dos sobreviventes.

Mudar essa política de migração mortal não é apenas necessário, mas também possível. A Europa demonstrou, no contexto da crise na Ucrânia, que pode implementar uma abordagem humana frente à migração forçada. A proteção da vida de todos deve ser a premissa básica independentemente da raça, do gênero, do país de origem e das convicções políticas ou religiosas, e a igualdade de tratamento – no que diz respeito aos direitos e à dignidade – deve ser concedida aos que chegam à Europa em busca de segurança.

Para mais informações, confira nosso relatório completo aqui (link para o relatório).

MSF realiza atividades de busca e salvamento no Mediterrâneo Central desde 2015, tendo atuado com oito navios diferentes (de maneira independente ou em parceria com outras ONGs). No total, as equipes de busca e salvamento de MSF no Mediterrâneo Central resgataram mais de 85 mil pessoas. Geo Barents é o atual navio fretado de busca e salvamento da organização.

Entre junho de 2021 e maio de 2022, o navio esteve no mar por 11 vezes e conduziu 47 operações, tendo resgatado 3.138 pessoas e recuperado os corpos de 10 pessoas que morreram no mar. As equipes de MSF a bordo realizaram 6.536 consultas médicas para cuidados primários de saúde, saúde sexual e reprodutiva e saúde mental.


Faculdade de medicina ou mina de ouro?


Já temos no Brasil 354 escolas médicas. Atualmente, as vagas do primeiro ano de medicina são 35.536. Ao todo, caminhamos para 600 mil médicos no país.

Paradoxalmente, faltam profissionais para atender os pacientes em diversos municípios e em áreas remotas. Para piorar, forma-se muito mal parte expressiva de nossos futuros doutores, o que redunda em mais problemas para a assistência e não em soluções.


Sempre reitero: a medicina é a profissão da entrega, do amor. Nada substitui o que se aprende à beira do leito. Aliás, só aprende e só a exerce com dignidade aquele que realmente vive o dia a dia do seu paciente, que é parceiro quando de problemas e vive intensamente as conquistas dele.


O médico tem participação social essencial na construção da cidadania. Por consequência, é mister que as faculdades também trabalhem o humanismo em seus currículos.


Nossas escolas devem ter hospitais de treinamento, preceptores e professores qualificados, além de uma grade de ensino que reflita as demandas dos pacientes, os avanços em tecnologia e tratamento, mas sempre mantendo o foco no doente, no bem-estar, não na doença.


Historicamente enfrentamos complicadores no campo da saúde, como a falta de verbas no SUS, falhas na gestão e outros. Talvez precisemos de mais tempo para escapar deles. Entretanto, uma das falhas que só exige atitude para resolver é a abertura sem critérios de escolas médicas.


É lamentável ver como se abrem cursos médicos como se fossem brincadeira. Particularmente na região sul e mais ainda em São Paulo, faculdades de medicina brotam com visão 100% mercantilista.


Estamos chegando a mais um período eleitoral. Sugiro sensibilizar eventuais candidatos a assumir compromisso com a qualidade da assistência, não em quantidade que só nos entrega médicos sem base de oferecer saúde de bom nível aos brasileiros.


Medicina não é igual às outras profissões, igualmente ressalto toda vez que possível. As decisões de quem a exerce à beira de leito impactam nossas saúde e vida

Não preciso falar mais nada. Responsabilidade é tudo nessa área.

 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica


Especialista em negócios e varejo explica como escolher o ponto ideal para uma loja

Cleber Brandão relata a própria experiência e diz que nenhum detalhe deve ser esquecido 

 

Uma das particularidades quando se decide empreender em um negócio físico é saber onde estabelecer-se, ou seja, qual seria o ponto ideal para aquele tipo de comércio ser instalado. Uma escolha errada pode acarretar uma série de problemas. Por isso, é de extrema importância acertar cada passo.

Cleber Brandão, especialista em negócios de produtos naturais, gestão de lojas e empreendedor focado no varejo, lembra que decidiu iniciar o seu empreendimento em 5 de maio de 2020, no auge da pandemia. Sonhou com o local ideal e imaginou tudo o que queria. “O primeiro passo foi buscar o ponto ideal. Andei por Goiânia, analisei o fluxo de pessoas, posição do sol, ventilação do espaço, além de levar em consideração outros pontos cruciais, até encontrar algo que atendesse as minhas necessidades, e claro, dos clientes. O local tinha 25m², nenhuma necessidade de reforma e um fluxo grande de pessoas”, lembra.

O imóvel, conforme relata o especialista, ficava próximo a bancos, panificadoras, farmácias e residências. “Fiquei encantando com o local e, no impulso, quase fechei o contrato ali mesmo. O valor do aluguel era de R$ 3,5 mil. Como entendo que a posição do sol é algo importante para o negócio, voltei por mais duas vezes ao longo do dia. Resultado: o sol tomou conta da loja! Infelizmente, a frustração tomou conta por alguns segundos. Entendi que ali não seria o lugar e comecei a buscar novamente. Não me apressei, porque com a pandemia, os alugueis iriam cair e foi isso que aconteceu”, recorda.

Na metade de agosto, três meses após o início da busca, Cleber passou em frente ao Parque Vaca Brava, famoso pela sua pista de corrida e fluxo de pessoas e deparou-se com uma placa na qual havia um anúncio de aluguel de imóvel. “Inicialmente, empolgado, pensei: ‘Aqui vai ser a loja!’" conta.

Com os pés no chão, Cleber buscou o contato com o proprietário. “Pegamos a chave e o local, com 200m², estava sendo locado por R$ 7 mil, mais R$ 500,00 de IPTU. Como estava há muito tempo sem contrato de locação, fizemos uma proposta de R$ 5 mil por 12 meses. O proprietário apresentou uma contra proposta de R$ 5,5 mil. Informei que fecharia por R$ 5 mil e queria mais 1 mês de isenção. Caso o proprietário tivesse interesse, já fecharíamos o contrato ali mesmo. E assim encontramos o ponto”, exalta.

O local escolhido recebia pouco sol pela manhã e apenas em uma parte. Na vitrine frontal foi colocado um toldo, sem que a visão da loja fosse afetada. Amplo, o prédio era ventilado e tinha piso superior para o escritório e estúdio de gravação. “Fica em um dos melhores pontos de Goiânia e tem quatro concorrentes próximos: três lojas de franquia, que certamente irei indicar se eu não tiver algum produto em minha loja. Concorrente não é inimigo, ele é parceiro e te ajuda a movimentar o negócio e a região”, aconselha.

Depois de trabalhar em um espaço de 35m², Cleber festeja, principalmente, o fato de jamais ter desistido. “Demorou, mas encontramos! O mais difícil pode ser o ponto. Tenha paciência, pechinche, pesquise muito. Não espere a hora certa, vá atrás. Não se canse!” conclui. 

 

Cléber Brandão - criador do maior curso sobre como montar e gerir lojas de Produtos Naturais no Brasil. Empresário no segmento há mais de uma década, fundou a Trilha Empório Natural e Ektus Produtos Saudáveis. Tem ajudado centenas de futuros lojistas a montarem negócios com suas aulas e motivações diárias.  Nasceu em família humilde do interior de Goiás, vendeu limão, alface, ovos e galinhas na cidade em que morava e se orgulha muito de seu passado. Cléber já foi professor universitário e fez diversos MBA's, mas a sua paixão está no comércio e nas vendas. 

https://www.cleberbrandao.com.br/

@cleberbrandao

 

Advogada explica polêmica envolvendo influencer e contrato de locação

 Ana Carolina Aun Al Makul, do escritório Duarte Moral, esclarece dúvidas sobre a caução locatícia 

 

Uma polêmica envolveu recentemente a influenciadora digital Gessica Kayane Rocha de Vasconcelos, conhecida como Gkay, depois que a influencer não conseguiu reaver o valor de R$ 108 mil, dado como caução para locação de uma mansão localizada na Granja Julieta, na Zona Sul de São Paulo.

Gessica ingressou com uma ação judicial contra os proprietários do imóvel narrando ter celebrado com eles um contrato de locação e ter dado como garantia uma caução correspondente ao valor de três aluguéis, mas que, por motivo de trabalho, foi transferida para o Rio de Janeiro. No processo a influencer alega ter previamente comunicado os réus sobre a necessidade da transferência de localidade, demonstrando que devolveu as chaves do imóvel aos locadores. O casal, por sua vez, se defendeu argumentando que Gkay não foi transferida, que continuava residindo em São Paulo, de forma que o valor da caução seria devido para pagar a multa pela desistência do contrato. O juiz, Guilherme Duran Depieri, da 10ª vara Cível, deu razão aos locadores.

A advogada Ana Carolina Aun Al Makul, especialista em direito civil e imobiliário, que atua no escritório Duarte Moral, explica que a caução é uma das modalidades de garantia previstas na Lei de Locações. “Trata-se de um valor dado antecipadamente pelo locatário ao proprietário do imóvel, de forma que essa quantia servirá eventualmente para arcar com um futuro prejuízo causado pelo inquilino. Esse prejuízo pode decorrer, por exemplo, da falta de pagamento de alguma(s) das prestações de aluguel ou de algum dano patrimonial causado ao imóvel. A caução também pode ser utilizada para garantia de pagamento de uma eventual multa devida pelo inquilino, como ocorreu no caso da influencer Gkay”, esclarece.

Ana Carolina informa que em boa parte das vezes é possível reaver o valor da caução: “Caso o pagamento do aluguel esteja em dia e o inquilino não tenha causado prejuízo patrimonial ao imóvel, tampouco esteja devendo eventual multa, o valor inicialmente dado como caução deverá ser devolvido”.

No que se refere ao contrato, a advogada explica que a Lei de Locações prevê regras que devem ser observadas pelas partes e cita como exemplo a limitação da caução ao valor de três prestações mensais de aluguel. Também ressalta que no caso da influenciadora Gkay existia previsão contratual de pagamento de multa por desistência da locação e, como a inquilina desistiu do contrato, a retenção do valor da caução se deu em razão da obrigação do pagamento da multa. “O juiz do caso entendeu que o motivo dado pela influencer para desistência da locação não foi suficiente para isenção da multa, por isso, os locadores não foram obrigados a devolver o valor dado como caução”, conta a especialista.

Ana explica que o juiz do processo de Gkay deixou de aplicar ao caso o artigo 4º, parágrafo único, da lei de locações, invocado pelo advogado da influencer. A norma prevê que o inquilino estará dispensado de pagar a multa pela desistência do contrato se o seu empregador determinar a prestação de serviços em outra localidade, exigindo também que o locatário notifique o locador por escrito e com antecedência de pelo menos 30 dias.

Ana Carolina ressalta que o valor dado em caução pode ser devolvido integralmente ou em parte. Como exemplo de devolução parcial, menciona o caso em que, além de não possuir outras pendências, o inquilino deixa de pagar apenas uma pequena parte do aluguel. Esclarece que, nessa hipótese, o locador reterá ao final do contrato a quantia corresponde à prestação não paga e devolverá para o inquilino o valor restante. 

Por fim, a especialista lembra que casos como o de Gkay só reforçam a importância das partes lerem todo o contrato antes da assinatura, enfatizando que o auxílio de um advogado da área é muito importante. “Além de elaborar o contrato de acordo com a lei e com a vontade das partes, o profissional poderá esclarecer dúvidas do cliente e resolver problemas decorrentes do contrato”.   

O papel do advogado, de acordo com Ana Carolina, segue com elevada importância após a celebração do acordo. “Alguns problemas podem ocorrer durante a vigência do contrato de locação, como por exemplo, algo relacionado ao próprio imóvel, como infiltrações ou vazamentos. Para resolver esse tipo de questão, o advogado poderá tentar um acordo entre as partes ou ingressar com uma ação judicial”, conclui. 

 

Ana Carolina Aun Al Makul - Advogada com atuação na área cível desde 2012. Graduada na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduanda em Direito Contratual pela EPD (Escola Paulista de Direito). Atuou em diversos campos do direito civil (predominantemente em contencioso cível), inclusive na área de direito imobiliário e do consumidor, em diferentes escritórios de advocacia na cidade de São Paulo, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo e no Poder Judiciário Federal.

 

 Duarte Moral

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@duartemoraladv

 

Internet torna escola mais atraente para 91% dos pais, aponta pesquisa

 

Ciclo do retorno
Divulgação
Curso de animação para crianças a partir de 10 anos e o Studio DCPC, de produção de animações 2D, criam ciclo de aprendizagem


A Educação 4.0 já integra o Plano Nacional do Ministério da Educação e já se fala hoje em Educação 5.0, mas, mesmo assim, o uso de tecnologia continua sendo um desafio nas escolas, principalmente públicas. Pesquisa da Fundação Lehman realizada este ano mostra que a internet torna a escola mais atraente para os alunos na opinião de 91% dos pais. O estudo aponta ainda que 63% dos estudantes têm acesso à banda larga e que no Sul, Sudeste e Centro- Oeste sete em cada dez escolas têm rede wi-fi, ante cinco em dez no Norte e Nordeste.

Dentro da proposta de unir cada vez mais educação e tecnologia, a startup De Criança Para Criança (DCPC) criou o curso de animação para crianças a partir de 10 anos e o Studio DCPC, plataforma de produção de animações 2D, que criam um ciclo de aprendizagem com investimento e retorno desse investimento dentro do município e da comunidade em que ele é utilizado. 

“Os dois produtos permitem que os alunos, ou qualquer pessoa que fizer o curso e estiver apta, colaborem com o De Criança Para Criança na produção de animações. Dessa forma, o processo que se iniciou na escola pode ser concluído pela própria escola. É um ciclo da economia. O dinheiro que o município investe nas escolas retorna para o município através do trabalho, de impostos”, afirma o sócio da  startup, Vitor Azambuja.

A pesquisa Panorama Mobile Time-Opinion Box, de outubro de 2021, mostra que 49% dos estudantes de até 12 anos de idade possuem o próprio smartphone em famílias nas quais os pais também têm o aparelho, sendo que esse número aumenta para 59% na faixa entre 7 e 9 anos. Nessas famílias, 58% dos pais afirmam que a educação está entre os principais motivos do uso do equipamento pelos filhos. A pesquisa aponta ainda que o YouTube é a rede mais acessada pelas crianças. 

O YouTube e a plataforma https://decriancaparacrianca.com.br/pt/enciclokids/ são justamente as ferramentas utilizadas pela startup De Criança Para Criança para a exibição das animações produzidas pelos alunos. A metodologia de ensino faz com que a retenção do conteúdo dado em sala de aula aumente de 30% para até 85%, gerando um conteúdo educacional que impacta crianças e jovens estudantes no mundo todo.


Inclusão

Segundo Azambuja, além de contribuir para a formação educacional, esse processo traz perspectiva de inclusão no mercado de trabalho futuro ou presente e possibilita imersão no mundo digital, em sintonia com as cidades mais avançadas do mundo. “É um ciclo muito rico e atual porque possibilita a capacitação para jovens e adultos poderem trabalhar na criação das animações produzidas na sala de aula”, explica.  

A startup DCPC traz uma proposta de inovação do ensino e aprendizagem em sintonia com a Educação 4.0, que já está sendo debatida pelos sistemas públicos de ensino. A Educação 4.0 incentiva a autonomia e oferece um ensino personalizado de acordo com os interesses e necessidades do estudante. O termo está relacionado com a Indústria 4.0, a quarta revolução industrial, marcada pela evolução da tecnologia, automação e inovação.

“Como a plataforma De Criança Para Criança, a Educação 4.0 coloca o aluno como protagonista da geração de conteúdo, utilizando as ferramentas tecnológicas que ele tem disponíveis”, diz Azambuja. As novas metodologias de ensino do DCPC facilitam o aprendizado e promovem o empoderamento do estudante, que deixa de ser um cumpridor de tarefas para se tornar parte do aprendizado. Colaborar, criar, pesquisar, debate, experimentar e compartilhar fazem parte dessa nova dinâmica na qual os alunos ampliam o conhecimento e assumem mais responsabilidades na sua própria educação.


Animações

O curso de animação permite que crianças a partir de 10 anos de idade e adultos possam aprender a transformar as histórias, os desenhos e as locuções feitas na sala de aula em animações.  Na plataforma Studio DCPC, os animadores podem escolher com quais etapas do processo de animação querem trabalhar. A plataforma ainda direciona os projetos para que os acessos sejam relacionados com a região, cidade, bairro ou escola, de acordo com a sua localização.

“A Prefeitura que contratar o DCPC para aplicar a metodologia nas escolas daquele bairro terá parte do recurso investido devolvido em forma de trabalho, uma vez que aquele munícipe pode produzir as animações, ser remunerado por isso e pagar seus impostos para a Prefeitura”, explica Azambuja.

 


Programa De Criança para Criança

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A educação como caminho para desmistificar o Agro

O agronegócio, atualmente, é o principal pilar da economia brasileira, além de fornecer centenas de matérias-primas às indústrias e de levar o alimento para as mesas do Brasil e do mundo. Mesmo assim, o setor ainda enfrenta desafios vindos da falta de conhecimento da população sobre o Agro real, aquele feito por milhares de brasileiros dia a dia, que enfrentam desafios econômicos, climáticos, escassez de suprimentos, volatilidade de mercado e, principalmente, fazendo a coisa certa e preservando o meio ambiente.

Esse Agro real que preserva e alimenta não é pauta dos jornais, revistas, portais e canais de televisão com as maiores audiências no País. Mesmo que os veículos especializados informem de forma correta, a comunicação ainda é limitada ao próprio público do Agro, que já conhece o setor e seu modus operandi.

Então, como podemos levar conhecimento sobre o agronegócio para a população? A resposta é simples. Não é fácil, mas é simples. Um dos caminhos para fomentar informações reais sobre o agronegócio pode estar na escola, inserindo o Agro na rotina escolar como parte de disciplinas pertinentes, palestras, visitas ao campo, sempre com muito respeito à grade curricular e às métricas de ensino de cada estado.


Precisamos falar sobre o agronegócio nas escolas

As crianças sabem de onde vêm os alimentos que consomem? As roupas que vestem? Sabem sobre o que ocorre no campo? De onde sai o alimento comprado no supermercado?

A verdade é que existe um abismo entre o que ocorre da porteira para dentro e as grandes cidades, onde reside a maior parte da população brasileira e consumidora. Esse distanciamento da população sobre o que é feito no campo gera as dúvidas e, o desconhecimento, leva ao preconceito e às críticas sem qualquer embasamento técnico-científico.

Nosso Agro é referência no mundo em termos de produtividade, exportação de alimentos, tecnologias e ações sustentáveis. Além disso, as áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa pelo mundo rural brasileiro somam 282,8 milhões de hectares e representam 33,2% do território brasileiro. Os números são de um estudo feito pela Embrapa Territorial, com o geoprocessamento dos dados do Censo Agropecuário 2017 e do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), estes últimos atualizados até fevereiro de 2021.

A educação surge como o caminho para levar conhecimento para uma nova geração de brasileirinhos, que podem a partir da didática aprendida na escola, fomentar esse conhecimento em casa, entre os colegas e amigos, e na sociedade em que vivem.

Existem muitos temas que podem ser trabalhados em conjunto com diversas disciplinas, da alfabetização ao Ensino Médio, como a produção de alimentos, uso de robôs e drones, agricultura digital, agricultura circular, nanotecnologia, melhoramento genético de plantas e animais, inovações que todos precisam conhecer, pois apontam uma nova jornada do Agro tecnológico e sustentável no desenvolvimento do País.

As possibilidades para ensinar e aprender são muitas: podemos falar de indústrias de suplementos, máquinas, implementos, desenvolvimento de tecnologia, softwares, alta precisão, genética, adubos, medicamentos, vacinas, medicina veterinária, administração, agronomia, zootecnia, pesquisa, compras, vendas, sanidade, armazenamento, distribuição e processamento, logística, mercados nacional e internacional, transporte, portos, e muito mais. “Não sabia? Agora tá sabendo!”

E, em momento algum, podemos nos esquecer de quem fez nosso país chegar à condição de garantir a segurança alimentar do nosso povo: os produtores rurais. Homens e mulheres que dedicam suas vidas, trabalham de sol a sol, todos os dias, para oferecer tudo aquilo que nos alimenta e torna a nossa vida melhor.

São infinitas as chances de conhecimento que podem ajudar a desmistificar o ideal enraizado na sociedade de que o agronegócio é o vilão. Ensinando, com cuidado e carinho, a trajetória do brilhante Agro brasileiro chegaremos mais longe, pois formaremos uma nova geração de jovens conscientes que admiram o setor e, quem sabe, engajados em seu desenvolvimento.

Neste sentido, nós, do Movimento Todos a Uma Só Voz, temos encabeçado diversas ações que compartilham informações sobre o Agro sob o aspecto da educação. O “O Reino do Agrus” é um bom exemplo.

Trata-se de um audiobook que narra o cotidiano dos personagens desse reino e as suas atividades para ajudar o povo com soluções que são originadas do Agro. A partir das narrativas, os personagens fomentam questionamentos do setor – e os seus desafios e perspectivas – de uma maneira saudável, lúdica e atrativa. Por meio de estórias, o agronegócio ganha protagonismo no audiobook e, desta forma, dialoga não só com as crianças, mas também com os pais, educadores, consumidores comuns.

No primeiro capítulo, o audiobook introduziu a estória e contou sobre o estranho sonho do Rei Amós, um líder responsável e muito cuidadoso com seu povo. O segundo capítulo gira em torno da sustentabilidade e debate como preservar os recursos naturais do Reino, os cuidados com o meio ambiente e maneiras sustentáveis de boas práticas ambientais e de bem-estar animal. O terceiro capítulo, ainda em fase de produção, pretende homenagear os profissionais da Educação. Além disso, a ideia é também motivar os professores a ajudarem a levar informações corretas sobre o Agro para a sala de aula.

Para este terceiro episódio, a personagem principal escolhida pelo público, por meio de votação online, para ser a inspiração, foi a educadora Branca Alves de Lima (1911-2001). A professora foi a criadora da Cartilha Suave, método de ensino visionário que, em 50 anos, alfabetizou mais de 40 milhões de brasileiros. Os episódios estão disponíveis no link: https://todosaumasovoz.com.br/site/o-reino-de-agrus

Ainda sobre a temática de informar sobre o Agro de maneira informativa e educativa, o Movimento Todos a Uma Só Voz está produzindo a “Cartilha do ABC do Agro”. Por meio das letras do alfabeto, a criança tem contato com as informações sobre o Agro, produtores rurais e produtos oriundos do setor como forma de mostrar a sua importância em nossas vidas. O objetivo é despertar, desde cedo, a admiração dos estudantes pelo Agro e produtores.

Outra iniciativa é o compêndio intitulado “O Agro para Estudantes”. Direcionado a professores e pais de todo o Brasil, é fruto da parceria entre o Movimento Todos a Uma Só Voz e a Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP). O material lista em suas páginas 10 temas do agronegócio para tornar o ensino mais atrativo sobre o assunto. O compêndio tem, como base de produção, conteúdos desenvolvidos por dois importantes nomes do setor, os professores Xico Graziano e Marcos Fava Neves e leva às escolas do país temas de relevância, que ajudam a explicar a atuação e a importância do setor para as novas gerações.

Os temas do compêndio são: cooperativismo no Agro, aproveitamento dos alimentos, matas ciliares, práticas inovadoras que respeitam os animais, formas alternativas de produção de comida, bioeconomia, agricultura de precisão, melhoramento genético, agro colaborativo e atividades relevantes como apicultura, silvicultura e florestas plantadas, piscicultura e carcinicultura (produção de camarões), floricultura e plantas ornamentais.

Para nós, o futuro pode ser brilhante, e tudo começa com a educação. 

 

Isabel Araujo - Coordenadora do Movimento Todos a Uma Só Voz

 

Anvisa mantém proibição à venda de cigarro eletrônico no Brasil

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A agência considerou que os cigarros eletrônicos favorecem a entrada dos jovens no tabagismo. Pesquisa mostra que o uso frequente dos dispositivos abrange menos de 3% na população 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta quarta-feira, 6/07, manter a proibição de venda de cigarros eletrônicos no Brasil e ampliar a fiscalização para coibir o mercado irregular dos dispositivos. Participaram da votação quatro diretores da Anvisa - a decisão foi unânime.

A venda de cigarros eletrônicos é proibida no País desde 2009. A avaliação técnica da Anvisa aponta que nenhum dispositivo eletrônico é útil para ajudar fumantes a parar de fumar e que cigarros eletrônicos causam dependência e diversos riscos à saúde. Também indica que uma suposta redução de substâncias contidas nos cigarros eletrônicos, na comparação com os cigarros tradicionais, não significa redução de danos à saúde.

Cigarros eletrônicos, ou vapes, funcionam por meio de uma bateria que aquece um líquido interno, composto por água, aromatizante, nicotina, propilenoglicol e glicerina. Têm formas variadas, e modelos mais modernos se parecem com pen-drives. Alguns são fechados: não é possível manipular o líquido interno. Outros podem ser recarregados com líquidos de várias substâncias e sabores, como uva e menta.

Diretores da agência votaram nesta quarta-feira um relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre os dispositivos eletrônicos para fumar. Esse documento apresentava três alternativas para o tema: manter a proibição; manter a proibição com ações adicionais não normativas (como campanhas e fiscalização); ou permitir a comercialização dos cigarros eletrônicos.

A recomendação da área técnica foi pela adoção da segunda alternativa, de manter a proibição com medidas de fiscalização. Essa opção foi endossada nesta quarta-feira diretoria da Anvisa. A avaliação da Anvisa, com base em pesquisas científicas e experiências em outros países, é de que os cigarros eletrônicos favorecem a entrada dos jovens no tabagismo.

Apesar de reconhecer a disponibilidade dos cigarros eletrônicos no mercado ilegal, a diretoria da Anvisa considerou que isso não é um motivo para que a agência libere a venda dos dispositivos. A agência deve alterar o texto da regra sobre os cigarros eletrônicos para indicar a necessidade de ações de fiscalização em parceria com outros órgãos e de campanhas educativas.

A agência também apresentou dados de pesquisas nacionais que mostram que o uso frequente dos dispositivos abrange menos de 3% na população - o que, na avaliação técnica da Anvisa, mostra que não há descontrole sobre os cigarros eletrônicos no Brasil.

Já a experimentação (uso pelo menos uma vez na vida) está em 7,3% na população em geral, segundo a pesquisa Covitel, realizada pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de experimentação é maior: um em cada cinco já provaram os cigarros eletrônicos.

Fabricantes dos dispositivos reivindicam a liberação de vendas dos cigarros eletrônicos no Brasil sob argumento de que eles oferecem risco reduzido à saúde, em comparação ao cigarro tradicional, e por isso deveriam ser liberados como alternativa para uso adulto.

Também dizem que o veto não impede a venda irregular. Por meio de nota após a decisão da Anvisa, a Philip Morris Brasil afirmou que "seguirá mantendo o diálogo sobre a regulamentação do tabaco aquecido". A empresa argumenta que seu produto é "diferente dos chamados cigarros eletrônicos".

Já a BAT Brasil (ex-Souza Cruz) diz que o processo regulatório "não terminou". "Novas rodadas de debate com as empresas, especialistas, consumidores, sociedade civil e organismos internacionais são fundamentais para que a decisão final da Anvisa se paute pelas evidências científicas mais atuais sobre vaporizadores", afirmou a empresa.

A empresa diz ainda que "dezenas de países já entenderam a importância da redução de riscos como parte de suas políticas de controle do tabaco e, diante dessa realidade, avançaram na regulamentação desses dispositivos".

Os cigarros eletrônicos surgiram nos anos 2000 e tiveram crescimento impulsionado, inicialmente, por empresas novas. Depois, grandes multinacionais de tabaco como British American Tobacco (BAT), Philip Morris e Altria compraram participações em empresas de cigarros eletrônicos ou criaram as próprias marcas.

Hoje, são cerca de 30 mil marcas de cigarros e líquidos à venda na Europa. Em 2014, as vendas globais eram de US$ 2,76 bilhões (R$ 14,8 bilhões). Após cinco anos, saltaram para US$ 15 bilhões (R$ 80,7 bilhões).

Os cigarros eletrônicos já são proibidos no Brasil pela Anvisa desde 2009, mas o tema voltou ao debate na agência. O Brasil, reconhecido internacionalmente pelo sucesso nas medidas de controle ao tabagismo, faz parte de um grupo de 32 países que proíbem os dispositivos. Outros 79 liberam a venda de cigarros eletrônicos, com mais ou menos restrições.

Em países onde os cigarros eletrônicos está liberado, há tentativas de restrição ao uso. A Comissão Europeia, por exemplo, propôs no fim do mês passado barrar a venda de produtos de tabaco aquecidos com sabor, após aumento das vendas em seis países.

Nos Estados Unidos, a agência sanitária americana, a FDA, tentou barrar a comercialização de uma das marcas mais populares por falta de evidências de riscos à saúde. A empresa, no entanto, conseguiu na Justiça autorização para continuar vendendo os produtos.


 Estadão Conteúdo 

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/anvisa-mantem-proibicao-a-venda-de-cigarro-eletronico-no-brasil

 

América do Sul é alternativa ao dólar e euro supervalorizados

Com o real valorizado em relação às moedas latino-americanas, Argentina e Chile são alternativas ao dólar e euro supervalorizados

Embora a entrada de brasileiros esteja liberada, ambos países ainda exigem seguro viagem com cobertura para Covid-19 

             Divertimento na neve está entre as principais atrações no inverno da América do Sul

 


Com a chegada das estações mais frias do ano na América do Sul e o valor do dólar e do euro nas alturas, as montanhas da Argentina e do Chile tornaram-se destinos muito valorizados por brasileiros que buscam divertimento na neve, como o esqui.

De acordo com o Instituto de Promoção Turística da Argentina (Inprotur), desde a reabertura das fronteiras em outubro de 2021, após o início da pandemia da Covid-19, mais de 200 mil brasileiros viajaram para o país vizinho. Já para o Chile, a expectativa é receber 300 mil brasileiros até dezembro, segundo o Serviço Nacional de Turismo do Chile (Sernatur).


“Os brasileiros são fascinados por esportes e compõe parte de um grupo que gosta de curtir as montanhas durante o inverno. Nessa época do ano, nós observamos uma alta de 70% na venda de seguro viagem para regiões frias”, afirma o head de Seguro Viagem e Marketing do Grupo Omint, Fábio Pessoa.



Esportes amadores de neve

A importância de embarcar com o bilhete do seguro viagem em mãos é indiscutível, sobretudo para quem deseja praticar esportes na neve, de forma amadora, com tranquilidade. “Além do respaldo contra a Covid-19, que consta como exigência de entrada em alguns países, no Seguro Viagem Omint está incluída a cobertura para a prática de esqui e snowboard em pistas regulamentadas, sem nenhuma necessidade de contratação de cobertura adicional, assim como a cobertura para diversas outras práticas de esporte a lazer”, complementa.

É certo que todo turista está suscetível a algum contratempo: perder voo, escalas e extravio de bagagens são apenas algumas das adversidades possíveis durante uma estadia internacional. Contudo, é necessário ter previsibilidade para evitar circunstâncias mais extremas.

Entre as estações de esqui mais famosas, Valle Nevado no Chile é considerada a maior do Hemisfério Sul, com mais de 20 quilômetros de pista e a três mil metros de altitude. “Caso alguém se machuque durante a prática de esqui em uma região como essa, a possibilidade de uma ambulância ir socorrê-lo é mínima. Certamente ele precisará de um resgate de helicóptero, cujo valor é alto e pode comprometer o orçamento de toda a viagem”, explica Pessoa. “Por isso é fundamental estar protegido com um seguro viagem bem estruturado, que, além de toda a cobertura prevista, forneça o intermédio com hospitais, clínicas, companhias aéreas, órgãos governamentais e demais locais”.



Mais benefícios do seguro viagem

Com a pandemia, o seguro viagem internacional Omint foi adequado para as novas necessidades. O viajante conta com a garantia do pagamento de indenização para tratamento da Covid-19, em situações de urgência ou emergência para a estabilização do quadro clínico, exclusivamente durante a viagem.

Entre as coberturas incluídas estão também: indenização em casos como extravio de bagagem, prestação de serviço e reembolso de despesas médico-hospitalares para tratamento clínico e/ou cirúrgico que sejam necessários, exclusivamente, para ocorrências de acidente pessoal ou enfermidade súbita e aguda durante o período de viagem ao exterior.

“Ao comparar os custos e benefícios de um seguro viagem, fica evidente que todo o conjunto de conveniências é superior ao risco de viajar para o exterior sem essa proteção. Nesse quesito, a economia pode não compensar”, afirma Pessoa.

Outra vantagem oferecida aos clientes do Seguro Viagem Individual Omint é o desconto de 25% para realização do exame de PCR nas clínicas Fleury, em São Paulo, e Felippe Mattoso, no Rio de Janeiro, por tempo determinado. Basta apresentar o bilhete de seguro viagem vigente em uma das unidades participantes.


Wearables: aliados para a saúde, mas seriam um risco para a sua privacidade?

ESET analisa que dispositivos de monitoramento, apesar de se tornarem uma solução inovadora no cuidado da saúde, podem apresentar potenciais riscos à segurança de dados 

 

Os relógios inteligentes, dispositivos de monitoramento de atividade física e outros tipos de wearables, estão se tornando quase tão comuns quanto celulares e tablets. Esses gadgets conectados monitoram a saúde, permitem visualizar e-mails, controlar dispositivos inteligentes e realizar pagamentos. São uma extensão do que se conhece como dispositivo de internet das coisas (da sigla em inglês, IoT) que tentam transformar a rotina mais saudável e cômoda ao reduzir o tempo de exposição à tela dos celulares. 

Em São Paulo, os wearables entraram oficialmente no cenário da saúde: a Samsung firmou parceria com o InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), em um projeto que permitirá o monitoramento de pacientes recém operados ou que estão esperando para fazer cirurgias cardíacas por meio de um smartwatch produzido pela marca. 

As novas tecnologias presentes no dispositivo vestível possibilitarão a visualização da saturação de oxigênio, detecção de batimentos cardíacos irregulares, monitoramento de pressão arterial, padrão de sono, eletrocardiograma e até mesmo bioimpedância. Os dados coletados pelo smartwatch serão analisados por profissionais de equipes médicas e de tecnologia do Instituto do Coração, através de um aplicativo e plataforma de alta segurança desenvolvidos pela Samsung no Brasil.

A expectativa é que esse mercado tenha um crescimento anual de 12,5% nos próximos anos, superando 118 bilhões de dólares em 2028. No entanto, enquanto os wearables fazem parte da vida cotidiana, eles também coletam dados e se conectam a um número crescente de outros sistemas inteligentes. Por isso, a ESET, companhia líder em detecção proativa de ameaças, analisa os possíveis riscos de segurança e privacidade que se pode encontrar nesta tecnologia.

“Os cibercriminosos têm diversas formas de monetizar os ataques aos wearables inteligentes e ao ecossistema relacionado de aplicativos e software. Eles podem interceptar e manipular dados e senhas e desbloquear dispositivos perdidos ou roubados. Também existem possíveis preocupações de privacidade sobre a troca secreta de dados pessoais com terceiros”, comenta Camilo Gutiérrez Amaya, Chefe do Laboratório de Investigação da ESET América Latina.

As principais preocupações a respeito da segurança e privacidade, segundo a ESET, são:

  1. Roubo e manipulação de dados: alguns relógios inteligentes com mais funções proporcionam acesso sincronizado aos aplicativos dos smartphones, como o e-mail e aplicativos de conversa. Isso pode fazer com que hackers tentem interceptar dados pessoais e confidenciais dos usuários. Outro aspecto igualmente preocupante é o local de armazenamento da maioria desses dados. Se não estiver devidamente protegido, o provedor pode ser alvo de criminosos que roubam informações. Existe um mercado clandestino muito próspero para certos tipos de dados pessoais e financeiros.
  2. Ameaças baseadas na localização: outro tipo de dados-chave registrados pela maioria dos wearables, se relaciona com a localização. Com essa informação, os cibercriminosos podem construir um perfil preciso de seus movimentos ao decorrer do dia. Isso permite ataques físicos ao usuário, roubo de automóveis e casas se, por exemplo, tem a informação de que estão vazios. Existem preocupações ainda maiores sobre a segurança de crianças que usam esses dispositivos, se estão sendo rastreadas por terceiros não autorizados.
  3. Empresas terceirizadas: os usuários não devem apenas ficar alertas apenas para riscos de segurança. Os dados que são coletados nos dispositivos podem ser extremamente valiosos para anunciantes. Existe uma demanda importante por esses dados em certos mercados. Um relatório da Juniper Research apontou que a renda obtida a partir das informações vendidas para fabricantes de dispositivos de saúde e seguradoras pode chegar aos 855 milhões de dólares em 2023. Algumas dessas empresas podem, inclusive, utilizar dados para criar perfis publicitários dos usuários e vendê-los. Se essas informações são armazenadas por várias outras empresas, o risco de uma possível brecha é ainda maior.
  4. Destrancar casa inteligente: alguns wearables podem ser utilizados para controlar dispositivos IoT de casas inteligentes, inclusive podendo ser configurados para destrancar a porta da casa. Isso representa um risco de segurança importante, no caso de perda ou roubo desses acessórios, principalmente se a configuração antirroubo não estiver habilitada.

Além disso, segundo a ESET, existem diversos elementos que fazem parte dos dispositivos que são passíveis de ataques se a segurança e a privacidade não foram adequadamente consideradas pelo fabricante. Desde o firmware do dispositivo até os protocolos usados para conectividade, aplicativos e servidores backend na nuvem. Estes são alguns exemplos:

Bluetooth: Bluetooth Low Energy geralmente é utilizado para emparelhar dispositivos portáteis ao smartphone. No entanto, foram descobertas diversas vulnerabilidades em seu protocolo ao decorrer dos anos, que poderiam permitir que invasores próximos bloqueiem dispositivos, espionem ou manipulem seus dados.



Dispositivos: muitas vezes o software no próprio dispositivo é vulnerável a ataques externos devido ao baixo desenvolvimento. Até mesmo um smartwatch bem projetado é construído por humanos e, portanto, pode conter erros no código. Isso também pode levar a vazamentos que comprometem privacidade, perda de dados e muito mais. Autenticação/criptografia fraca em wearables pode significar ameaças de sequestros de dados e escutas inadequadas. Além disso, os usuários também devem estar atentos à espionagem de visualização de mensagens/dados confidenciais em seus dispositivos portáteis em locais públicos.


Aplicativos: os aplicativos para smartphones vinculados aos wearables são outra via de ataque, pois podem ter sido programados de forma errônea e passíveis de vulnerabilidades de dados e da exposição do próprio dispositivo. Outro risco é que os aplicativos, ou até mesmo os próprios usuários, são descuidados com as informações quando, por exemplo,  baixam aplicativos falsos com designs parecidos com os legítimos, tendo dessa forma, seus dados pessoais roubados.


Servidores back-end: os provedores de sistemas baseados em nuvem podem armazenar informações do dispositivo, incluindo dados de localização e outros detalhes. Isso representa um alvo atraente para os criminosos. Não há muito que possa ser feito sobre isso, além de escolher um provedor com um bom registro de segurança.

"As preocupações em torno dos wearables persistem até hoje, com pesquisas mostrando dispositivos suscetíveis a adulterações que podem até causar sofrimento físico ao usuário.  Outro estudo alegou que os cibercriminosos poderiam alterar senhas, fazer chamadas, enviar mensagens de texto e acessar câmeras de dispositivos projetados para monitorar idosos e crianças. À medida que os wearables se tornam uma parte cada vez mais importante de nossas vidas, eles se tornarão um alvo maior para os criminosos. Pesquisar antes de comprar e desligar o maior número possível de vias de ataque quando o dispositivo é lançado, é fundamental para a proteção", acrescenta Camilo Gutierrez.


Para minimizar os riscos, a ESET recomenda:

  • Ativar a autenticação de dois fatores
  • Proteger as telas de bloqueio com senha
  • Alterar configurações para evitar qualquer emparelhamento não autorizado
  • Só visitar lojas de aplicativos legítimas
  • Manter todos os softwares atualizados
  • Nunca fazer jailbreak/root de dispositivos
  • Limitar as permissões do aplicativo
  • Ter uma solução de segurança instalada no dispositivo
  • Escolher marcas com boa reputação
  • Examinar de perto as configurações de privacidade e segurança para garantir que elas estejam configuradas corretamente


Você também pode proteger sua casa inteligente com as seguintes ações:

  • Não sincronize dispositivos portáteis com a porta da casa
  • Mantenha dispositivos na rede Wi-Fi convidada
  • Atualize todos os dispositivos para o firmware mais recente
  • Certifique-se de modificar todas as senhas padrão de fábrica que vêm em dispositivos 

 

ESET

https://www.welivesecurity.com/br/


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