Especialista explica
como lidar com a dor do luto e a importância do acolhimento durante momentos de
perda e datas significativas Pexels
Com a chegada do Dia de Finados, em 2 de novembro, muitas pessoas revivem a dor de perder alguém querido. Este período, além de ser uma oportunidade de memória e reflexão, destaca a importância de compreender o luto como um processo necessário para a saúde emocional.
De acordo com Yana Cotrim, professora de Psicologia da Una Itumbiara, o luto é mais que tristeza: é uma fase de adaptação à ausência. “O luto começa quando percebemos que aquela pessoa ou situação não estará mais como antes, e com isso perdemos também uma parte de nós mesmos”, explica.
Embora cada pessoa viva esse processo de forma única, algumas fases costumam aparecer. Yana destaca que sentir a melancolia inicial é importante e que “negar ou evitá-la pode trazer prejuízos emocionais.” O tempo de superação varia, mas, em média, são necessários cerca de dois anos para a pessoa reorganizar sua vida após uma perda significativa.
A rede de apoio tem papel fundamental durante o luto. “Quanto mais amor e suporte o enlutado receber, mais fácil será enfrentar essa fase”, ressalta. A professora alerta que amigos e familiares devem ouvir sem pressa ou cobranças. “Dizer algo como ‘já é hora de superar’ só aumenta o sofrimento. O ideal é oferecer apoio, dizendo: ‘Estou aqui sempre que precisar conversar.’”
Embora o luto seja natural, é preciso estar atento a sinais que indicam a necessidade de ajuda profissional. “Se, após alguns meses, a pessoa não consegue retomar sua rotina ou se envolve cada vez menos na vida, pode ser necessário apoio psicológico”, alerta Yana. Mesmo sem sintomas graves, buscar ajuda profissional durante o luto pode facilitar o processo de cura e evitar o desenvolvimento de quadros depressivos.
Rituais como o Dia de Finados ajudam a processar e simbolizar a perda. “Esses momentos preenchem a lacuna deixada pela ausência e são essenciais para honrar memórias”, explica a professora. Além disso, atividades simbólicas, como cartas de despedida ou álbuns de memórias, podem aliviar a dor. Mas é preciso respeitar o tempo de cada um.
Datas significativas também costumam reavivar a dor da perda. Yana
reforça que é natural sentir tristeza nessas ocasiões e que é importante
permitir-se vivenciar essas emoções. “Chorar e acessar a saudade nesses
momentos faz parte do processo de cura”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário