O acolhimento a pessoas que buscam um tratamento de
reprodução humana assistida, depois de terem experienciado inúmeras tentativas
naturais de gravidez sem sucesso, é fundamental. Muitas vezes, mulheres e
homens vêm de outros tratamentos infrutíferos, e geralmente já muito cansados
do desgaste emocional pelo qual passaram. Quase sempre, vêm ainda com dúvidas
sobre as medicações, sobre o tratamento em si e com questões psíquicas.
E quando esses pacientes chegam na enfermagem da
clínica de reprodução humana, as enfermeiras sanam as dúvidas e repassam as
condutas a serem seguidas, e até mesmo esclarecimentos mais amplos sobre os
procedimentos a serem seguidos para o tratamento da fertilização assistida.
Após esse contato, a equipe de enfermagem encaminha esses pacientes para que
outros profissionais que compõem o time de especialistas em reprodução humana
possam dar orientações e esclarecimentos mais específicos sobre os tratamentos,
como é o caso por exemplo, da nutrição e da equipe de apoio psicológico, também
fundamentais durante o processo.
Boa parte das vezes, os casais, hetero ou
homoafetivos, e os pacientes solteiros que buscam a tão sonhada maternidade e
paternidade, chegam com medo e muita ansiedade para o tratamento dar certo.
Esse momento tão desejado e esperado é acompanhado de inúmeras situações
desconhecidas: sintomas físicos, sentimentos difusos, medo do que está por vir,
inseguranças e incertezas sobre todo o processo e seu desfecho.
Nesse contexto, a enfermagem tem um papel
fundamental de ouvir, entender e assim poder ajudar esses pacientes da melhor
forma possível, acolhendo e criando estratégias para o enfrentamento dessas
angústias e ainda reforçando as orientações médicas, obtendo assim uma
assistência qualificada para as pessoas.
Diante do exposto, percebemos que o acolhimento na
enfermagem visa acalentar os pacientes criando um ambiente propício seguro e de
confiança. Fazendo com que todos os envolvidos tenham ligação humanizada
expressando os mais diversos sentimentos num momento tão complexo durante o
tratamento de reprodução assistida.
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