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Anafilaxia está entre as reações a progestágenos
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Dificuldade para engravidar faz parte dos impactos causados
pela hipersensibilidade à progestágenos
A
hipersensibilidade a progestágenos (que engloba tanto a progesterona endógena
quanto a sintética), uma condição rara e pouco conhecida, está ganhando atenção
no campo da saúde feminina. Essa doença heterogênea que se caracteriza por
manifestações dermatológicas, broncoespasmo e até anafilaxia, impacta
significativamente a qualidade de vida e o desejo de engravidar. Antes
conhecida como dermatite autoimune, hoje é denominada hipersensibilidade a
progestágenos descrevendo melhor seus mecanismos e o envolvimento
extracutâneo.
Os progestágenos
incluem a progesterona endógena, produzida pelo corpo lúteo na 2ª fase do ciclo
menstrual ou gestação, e a progesterona sintética, presente em contraceptivos
orais, dispositivos intrauterinos e contracepção de emergência. Recentemente,
um aumento do número de casos tem sido visto relacionados à fertilização in vitro,
quando altas doses de progesterona sintética são necessárias para suporte
inicial à gravidez.
A Dra. Maria Inês
Perelló Lopes Ferreira, palestrante que dará aula sobre o tema no 51º Congresso Brasileiro de Alergia e
Imunologia, de 14 a 17 de novembro, em Salvador,
explica que o diagnóstico pode ser feito por meio de testes in vivo (testes
cutâneos ou testes de provocação) ou in vitro, porém esses testes não são
padronizados e a investigação depende do tipo de manifestação clínica que a
paciente apresentou.
“A incidência e
prevalência da hipersensibilidade a progestágenos são desconhecidas, mas é
considerada uma doença rara e o tratamento se baseia em diferentes maneiras de
suprimir a ovulação, uso de anti-histamínicos corticosteroides e/ou
omalizumabe. A dessensibilização com progestágenos pode ser utilizada como
abordagem para tolerância à fertilização e/ou controle dos sintomas”, detalha a
especialista.
Realizado
pela Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia (ASBAI), o 51º Congresso contará com simpósios, conferências,
sessões Pró e Contra, Arena Científica, onde serão discutidos casos clínicos de
Alergia e Imunodeficiências, e o "The Flash", projetado para promover
debates dinâmicos e interativos, no modelo das redes sociais.
Também estão na
programação temas como “Novas Vacinas e as Doenças Imunoalérgicas”, “Novas
Ferramentas Diagnósticas”, “Expossoma e Doenças Alérgicas”, “O Uso da
Inteligência Artificial em Alergia”, “Triagem Neonatal para Erros Inatos da
Imunidade Alterada”, “Os Desafios da Dermatite Atópica” e o “Fórum SUS”, que
discutirá a adrenalina autoinjetável no Brasil e as perspectivas para alergia e
imunologia na atenção primária.
51º
Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia
Data: 14 a 17 de novembro de 2024
Local: Centro de Convenções Salvador (Bahia)
Inscrições: https://www.congressoalergiaasbai.com.br/site/alergia2024/inscricoes
Sobre
o Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia: Realizado há 51
anos, o evento anual reúne especialistas de todo o mundo para discutir os
avanços na pesquisa e prática clínica em Alergia e Imunologia. Com uma
programação abrangente e inovadora, o congresso é uma plataforma essencial para
a troca de conhecimento e experiências entre especialistas de diversas áreas
que fazem interseção com a Alergia e Imunologia, tais como anestesiologia,
dermatologia, gastroenterologia, geriatria, oftalmologia, otorrinolaringologia,
pediatria e pneumologia.
ASBAI: A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Site: www.asbai.org.br
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