A
dermatologista da Clínica Áurea, Dra Fabíola Viterbo, explica que os exossomos
atuam como mensageiros celulares, facilitando a comunicação entre as células.
A medicina a todo o momento tenta encontrar inovações que facilitem os tratamentos e consumam menos recursos, principalmente ambientais. Uma das novidades no campo da dermatologia é o uso de exossomos em tratamentos cutâneos, representando uma alternativa menos invasiva e mais sustentável em relação às tradicionais.
Segundo o estudo “Exossomos em dermatologia: uma revisão de seu papel nas doenças de pele e no rejuvenescimento”, publicado na “Surgical and Cosmetic Dermatology”, eles têm um relevante potencial terapêutico em tratamentos de pele, principalmente em relação a regeneração e rejuvenescimento.
De acordo com a dermatologista da clínica Áurea, Dra. Fabíola Viterbo, a alternativa deve ser considerada, principalmente por se tratar de um material produzido pelo próprio corpo humano. “Os exossomos são vesículas extracelulares liberadas por células, ricas em proteínas, lipídios e material genético. Eles atuam como mensageiros celulares, facilitando a comunicação entre as células e promovendo a regeneração e reparação tecidual. Diferentemente de outros tratamentos estéticos, os exossomos oferecem uma abordagem mais direcionada e natural, estimulando a renovação celular num processo totalmente fisiológico que acelera a regeneração celular através da comunicação com células danificadas”.
Por serem vesículas biológicas naturais, elas promovem uma regeneração celular de forma mais suave, sem inflamação ou desconforto, ao contrário de técnicas tradicionais como peelings químicos ou uso do laser. A abordagem tem alta versatilidade, sendo utilizada em tratamentos faciais para rejuvenescimento, reparação de cicatrizes, tratamento de manchas e melhora de condições como acne e rosácea, além de procedimentos capilares, como estímulo ao crescimento dos fios, e na estética regenerativa.
Além de representarem uma alternativa menos invasiva ao corpo humano, a utilização de exossomos em tratamentos também contribui para o meio ambiente. Devido ao estímulo à regeneração natural da pele, reduz-se a necessidade de procedimentos repetitivos e agressivos, minimizando impactos ambientais gerados por descartes de produtos ou equipamentos de uso único, comuns em tratamentos tradicionais.
Ao estimular a própria capacidade regenerativa do corpo, a abordagem oferece resultados eficazes, com menor necessidade de manutenção frequente e menos resíduos, tanto no ambiente clínico quanto no ecossistema. Desse modo, a nova abordagem se configura como uma escolha promissora para quem busca não apenas a estética, mas também a sustentabilidade em suas práticas de cuidado pessoal.
“A
aplicação de exossomos representa uma nova fronteira nos tratamentos estéticos
por sua capacidade de reparar e rejuvenescer tecidos de maneira não invasiva e
com resultados duradouros. A tendência é que essa tecnologia ganhe destaque
como uma opção mais segura e eficaz, levando a avanços nas técnicas de
rejuvenescimento e na estética regenerativa. No futuro, podemos esperar que os
exossomos integrem tratamentos personalizados baseados nas necessidades
específicas de cada paciente”,
conclui a especialista.
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