As pequenas
escolhas individuais podem sinalizar um distanciamento que, se repetido,
resulta em um afastamento emocional, diz especialistaUnsplash
Existe uma dualidade muito natural em relacionamentos saudáveis entre o direito à individualidade e outros comportamentos que são cedidos para o bem comum da relação. Nessa dinâmica, os casais definem seus acordos e seguem mantendo o diálogo e respeito. Porém, quando o desejo de autorrealização se sobressai e a individualidade manifesta superioridade, o casamento pode apresentar sinais de distanciamento e, por conseguinte, perde cada vez mais a sua conexão.
“É importante refletir sobre isso, porque muitos relacionamentos terminam por este motivo. Priorizar-se com excesso é também deixar de priorizar o casamento, pois quando você escolhe se relacionar com alguém, fica subentendido que é preciso aprender a ceder, a conversar, ter empatia e combinar os acordos para uma vida a dois”, diz Henri Fesa, Médium especialista em relacionamentos e fundador da Casa de Apoio Espiritual Henri Fesa.
A busca pela autorrealização e o desejo de satisfazer anseios pessoais são valores importantes, mas quando colocados acima das necessidades do relacionamento, podem prejudicar a harmonia conjugal. Esse conflito surge, por exemplo, quando um parceiro prioriza um desejo próprio – como ir ao futebol – apesar de compromissos assumidos com o casal, criando lacunas de comunicação e ressentimento.
Essas pequenas escolhas podem sinalizar um distanciamento que, se repetido, resulta em um afastamento emocional que se intensifica com o tempo. Embora a individualidade seja essencial em qualquer relacionamento saudável, é necessário saber o limite em que ela se sobrepõe à parceria. Manter-se alinhado com o parceiro significa abrir espaço para conversas sobre esses interesses, respeitando a liberdade pessoal, mas sem desconsiderar o outro. Uma situação que parece simples pode ser apenas o início de um ciclo de desentendimentos.
“Esse conflito também se manifesta em atitudes mais
graves, como a traição, que muitas vezes surge da insatisfação pessoal. Para
evitar que a necessidade de satisfação pessoal destrua o relacionamento, é
essencial que os parceiros cultivem um equilíbrio. O relacionamento deve ser um
espaço para apoio mútuo, e a autorrealização precisa respeitar os limites e
acordos que foram construídos juntos”, finaliza Fesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário