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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Cinco tendências para o setor de telecomunicação

 

Se antes a briga entre as empresas era pelo preço, hoje a disputa é sobre como se diferenciar. Afinal, vivemos em um mercado cada vez mais competitivo. E, no caso do setor de telecomunicações, que sofre influências tanto internas quanto externas, é necessário ser pragmático.

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), realizada pelo IBGE, o segmento cresceu 2,4% no acumulado de 12 meses até julho de 2025. Ainda segundo dados divulgados pela Conexis Brasil Digital, as próprias empresas do setor afirmam que os investimentos no primeiro semestre deste ano totalizaram R$ 16,5 bilhões, um aumento de 4,8% em comparação ao mesmo período de 2024.

Os indicadores ajudam a corroborar o momento de expansão do setor de telecom. Entretanto, diante do mercado pulverizado que temos, o desafio das organizações é acelerar os negócios ao mesmo tempo que precisam se diferenciar da concorrência e colocar o cliente no centro.

Quanto a isso, a tecnologia, sem dúvidas, se mostra uma forte aliada. No entanto, mais do que apenas entender sua importância, é crucial utilizá-la em conjunto com estratégias que ajudem a alavancar a gestão. Entre as ações que apoiam essa jornada, estão:

#1 Data Driven & IA: extrair, analisar e explorar. É a partir da junção desses passos que as empresas adquirem insumos para tomar decisões efetivas para o negócio. Ou seja, com o apoio da Inteligência Artificial, torna-se possível criar uma estrutura que permite identificar padrões e tendências, localizar pontos de atenção e estabelecer melhorias com base em informações seguras.

#2 Hipersonalização: complementando o tópico anterior, a organização de dados possibilita entender melhor não apenas as ações internas que devem ser realizadas, mas também as estratégias externas. Por meio de análises que mostram desde o comportamento do público por região até a frequência de atendimento, é possível viabilizar ações de regulação e adaptação dos produtos e/ou serviços conforme as demandas dos clientes, promovendo uma atuação estratégica alinhada às necessidades dos usuários.

#3 Letramento: a tecnologia é feita por e para pessoas. De nada adianta ter informações em tempo real e guiar a estratégia de acordo com as necessidades do cliente se o time não estiver capacitado e treinado para identificar e atender às demandas do público. Dessa forma, é essencial preparar a equipe – desde o atendimento inicial até a solução da demanda.

#4 Envolvimento da área de TI: essa área deixou, há muito tempo, de fazer parte apenas do orçamento de despesas e passou a ser um pilar do negócio. Para aplicar melhorias tanto tecnológicas quanto sistêmicas, é fundamental envolver a vertical não apenas para atender chamados, mas para acompanhar de perto cada etapa do processo, executando um trabalho estratégico.

 #5 OSS e BSS: nomenclatura refere-se a sistemas essenciais na área de telecomunicações que trabalham em conjunto para gerir as operações de uma rede e os serviços ao cliente. Nesse sentido, para que a empresa aprimore seus processos, é crucial adotar soluções especializadas e aderentes às demandas do segmento, a fim de garantir sustentação e escalabilidade para a organização.

Essas tendências listadas têm em comum o fato de reforçarem a importância de o setor deixar de ser apenas “uma empresa de telecomunicação” e investir em valor agregado. Estamos falando de um segmento com altas projeções de crescimento e, para atingir esse resultado, é essencial investir em seu desenvolvimento.

Certamente, quando falamos sobre os benefícios da tecnologia, é comum que os olhos brilhem. Porém, aplicar seu uso sem um direcionamento correto transforma o investimento em custo. Nesse sentido, contar com o apoio de uma consultoria especializada nas demandas do setor e que também possua parcerias com organizações que já colocaram essas ações em prática é, sem dúvidas, o caminho ideal.

Como citado anteriormente, o telco precisa ser pragmático. Ou seja, considerando as diversas mudanças previstas para acontecerem ainda em 2025, como a alteração da NFCOM e, no início de 2026, com o avanço da Reforma Tributária, as ações precisam ser tomadas o quanto antes. Afinal, para sair na frente, é preciso começar a agir desde já.

 

Glaucia Vieira - Co-CEO da G2.

Eduardo Vale - CIO da Vero.

G2


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