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Com a baixa adesão às vacinas e o aumento previsto de casos de dengue, renovar a proteção se torna urgente; veja as recomendações do diretor médico da Saúde Livre Vacinas para começar o ano protegido
Todo começo de ano traz aquele impulso de “cuidar
mais da saúde” — e atualizar a vacinação da família deveria entrar nessa lista.
Isso porque a cobertura vacinal no Brasil segue em queda. O Anuário VacinaBR
2025, do Instituto Questão de Ciência (IQC) com apoio da Sociedade Brasileira
de Imunizações (SBIm) e parceria do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(UNICEF), mostra que nenhuma vacina infantil atingiu as metas do PNI em todos
os estados em 2023, apesar da leve recuperação iniciada em 2022.
“Manter a caderneta em dia é importante em qualquer
idade. A imunidade muda, os vírus também e checar as vacinas é o primeiro passo
para evitar contrair e transmitir doenças. Quem deseja um 2026 mais saudável
deve aproveitar o verão para se imunizar, já que o calor e as chuvas intensas
favorecem o aumento dos casos de dengue”, alerta o Dr. Fábio Argenta,
sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas, rede especialista em
imunização.
E a preocupação é real: a dengue deve permanecer em
patamar elevado em 2026. Uma projeção entregue ao Ministério da Saúde estima
1,8 milhão de casos na próxima temporada. Os números vêm do
InfoDengue–Mosqlimate Challenge, iniciativa que reuniu 52 pesquisadores de 15
equipes ao redor do mundo para desenvolver modelos preditivos que ajudem o país
a enfrentar a arbovirose.
Em todos os cenários, vacinar-se é mais do que um
gesto individual, é um compromisso coletivo. Quando grande parte da população
está imunizada, a circulação de vírus diminui, protegendo especialmente com
bebês, idosos e pessoas imunocomprometidas. É também uma das estratégias mais
eficazes para evitar surtos e epidemias de doenças que podem ser prevenidas.
Para um ano novo com mais saúde, Dr. Argenta
organizou uma lista das vacinas que merecem sua atenção. Vamos conferir?
- Qdenga - Indicado para pessoas de 4
a 60 anos, independentemente de terem tido dengue antes ou não. Ela
protege contra os quatro sorotipos do vírus da doença e é aplicada em um
esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
- Gripe (Influenza) - Oferece proteção contra as
cepas sazonais do vírus, reduzindo o risco de contrair a doença durante a
viagem. É recomendada a partir de 6 meses de vida e sem limite máximo de
idade. Para crianças entre 6 meses a 8 anos, 11 meses e 29 dias, na
primeira vacinação, recomendam-se duas doses, com intervalo de 30 dias
entre elas.
- COVID-19 - As vacinas contra o
coronavírus são indicadas para todas as pessoas a partir de 6 meses de
idade, com esquemas vacinais recomendados de acordo com a idade e fase da
vida, como a vacinação de rotina para crianças não vacinadas ou com
esquema incompleto e doses de reforço.
- dTpa - Indicada como reforço contra difteria, tétano
e coqueluche para crianças a partir de 4 anos, além de adolescentes e
adultos. É especialmente recomendada para gestantes, garantindo proteção
passiva ao recém-nascido, e para pessoas que convivem com bebês:
familiares, cuidadores e todos que estão por perto dos pequenos.
- Herpes Zoster - Recomendada para adultos a
partir de 50 anos e para pessoas imunocomprometidas a partir de 18 anos.
Também deve ser aplicada em quem já teve herpes zoster ou recebeu a vacina
antiga (Zostavax). Para quem nunca teve catapora, é necessário primeiro
receber a vacina contra a varicela.
Saúde Livre Vacinas

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