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terça-feira, 1 de julho de 2025

Impostômetro se aproxima dos R$ 2 tri; Gasto Brasil já registra R$ 2,58 tr

IMAGEM: ACSP

Arrecadação aumenta ritmo, mas os gastos do setor público crescem em volume ainda maior, mostram ferramentas das associações comerciais

 

Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), painel eletrônico que estima em tempo real o montante arrecadado por União, Estados e Municípios, atinge R$ 2 trilhões nesta semana. O valor equivale ao total de impostos, taxas e contribuições pago pelos brasileiros desde o início do ano até então.

Teoricamente, este seria o dinheiro disponível pelos entes públicos para investir em serviços à população e custear a máquina. Mas a matemática não é tão precisa.

Enquanto a arrecadação é estimada em R$ 2 trilhões, os gastos do setor público, em suas diferentes esferas governamentais, já totalizaram R$ 2,58 trilhões em igual período, segundo estimativas do Gasto Brasil, outra ferramenta das associações comerciais.

Ou seja, os gastos públicos já superam em mais de R$ 550 bilhões o valor em caixa, e isso acontece mesmo com o aumento da arrecadação. Os R$ 2 trilhões que serão mostrados pelo Impostômetro nesta semana só foram alcançados no ano passado no dia 24 de julho.

Em outras palavras, a arrecadação está acelerando, e isso não é necessariamente ruim. Esse aumento reflete o aquecimento da economia, uma vez que com mais emprego, mais renda, mais investimentos e mais empresas faturando, um volume maior de tributos é pago. Mas, pelo prisma negativo, o aumento da arrecadação também reflete o impacto da inflação e o aumento da carga tributária pela elevação de alíquotas e fim de isenções de alguns impostos.

Mesmo assim, o incremento das receitas não acompanha o ritmo dos gastos públicos. Na esfera Federal, por exemplo, a estrutura inchada do governo, os supersalários, a ampliação de benefícios tributários para empresas e programas sociais – independentemente se necessários ou não - pressionam o orçamento, criando dificuldades para o cumprimento das metas previstas pelo arcabouço fiscal.

De acordo com a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a receita primária líquida do governo central deverá fechar 2025 em 18,3% do PIB, tendendo a cair progressivamente para 17,7% do PIB ao final de 2035.

Já as despesas primárias deverão apresentar crescimento paulatino, dos esperados 18,9% do PIB, em 2025, para 20,8% do PIB, em 2032, estabilizando em 20,4% do PIB em 2035.

 

Redação DC
https://www.dcomercio.com.br/publicacao/s/impostometro-se-aproxima-dos-r-2-tri-gasto-brasil-ja-registra-r-2-58-tri


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