Incerteza. Essa vem sendo a palavra da vez. A razão
disso é a recorrência de crises que o mundo vem enfrentando, desde pandemias
até conflitos entre nações que se intensificam, como o recente embate entre
Israel e Irã, gerando impactos globais. No entanto, em meio às turbulências, é
essencial que as organizações busquem métodos que as ajudem no melhor preparo e
enfrentamento de tais situações. Quanto a isso, o uso de sistemas de gestão se destaca
como um pilar fundamental para garantir estabilidade e crescimento.
É inegável que a instabilidade econômica define
nosso cenário atual. No Brasil, como exemplo, de acordo com o IBGE, o PIB
avançou 1,4% no primeiro trimestre de 2025, resultado que foi um pouco abaixo
das expectativas do mercado para este período. Além disso, no acumulado de
quatro trimestres, o valor de crescimento foi de 3,5%. Embora tenha sido um
ligeiro aumento, ainda assim, é um resultado pequeno para o tamanho da nossa
economia.
Ainda, o mercado brasileiro também vive outras
preocupações, como o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da
aplicação de uma tarifa de 50% sobre os produtos importados do Brasil. A
alíquota, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, terá efeitos negativos
nos principais setores que movimentam a nossa economia.
A cada dia que passa, as organizações estão
sujeitas a surpresas causadas pelas incertezas. Ou seja, as regras de hoje
podem ser completamente reescritas amanhã. E, justamente, esse vem sendo o
principal desafio: executar a gestão de riscos e ter o controle operacional,
mesmo diante das mudanças constantes.
Neste sentido, os sistemas de gestão, como o ERP,
são ferramentas eficientes que garantem informações rápidas e eficazes em tempo
real, possibilitando uma análise assertiva para tomadas de decisões. Ademais,
com a análise preditiva, é possível identificar resultados futuros, com base em
dados históricos que permitem mitigar os riscos e impactos.
Falamos sempre que a tecnologia é a principal
aliada das organizações, mas, mesmo assim, muitas empresas ainda enfrentam o
obstáculo de se adaptarem a transformação digital. De acordo com Índice
Transformação Digital Brasil (ITDBr), realizado pela PwC Brasil e o Núcleo de
Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), a média do país
em 2024 ficou em 3,7, um nível de maturidade para inovação e tecnologias ainda
baixo, mesmo representando uma melhora em relação aos 3,3 registrado no ano
anterior.
Levando em conta a realidade que estamos expostos,
a inovação contínua deixou de ser, há muito tempo, um diferencial, e se tornou
uma necessidade. Diante disso, o ERP também é importante aliado, pois permite
automatizar os processos, o que, consequentemente, proporciona redução de curtos,
aumento da eficiência e melhor desempenho das estratégias do negócio. Além
disso, a ferramenta ajuda a promover a transparência, comunicação eficaz e um
ambiente de trabalho colaborativo.
É importante destacar que o investimento em
sistemas de gestão proporciona um diferencial competitivo. Afinal, a empresa
passa a contar com um importante recurso que auxilia na definição de
estratégias em tempo real. Contudo, nenhuma solução sozinha tem o poder de
mudar a realidade da organização. Para isso, é essencial que a empresa também
aplique um conjunto de melhores práticas culturais. Dessa forma, ter o apoio de
uma consultoria especializada é uma excelente estratégia, visto que o time de
especialistas irá ajudar a identificar gargalos e contribuir para a aplicação
de um modelo de gestão eficiente a partir do uso do software.
Tudo indica que, cada vez mais, o mercado irá
apresentar inconsistências. E, tendo em vista que estamos em um mundo
globalizado, conflitos internacionais influenciam diretamente as nossas operações,
bem como as decisões do governo nacional. Quanto a isso, não há fórmula mágica:
o segredo é estar preparado e munido de recursos que ajudem a atravessar tais
períodos que continuarão, sem dúvidas, recorrentes.
Amauri Garroux - sócio e diretor de alianças estratégicas da SPS Group.
SPS Group
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