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| A rigidez muscular é caracterizada por tensão, endurecimento e dificuldade de movimentação da musculatura, enquanto a rigidez articular afeta áreas como joelhos, quadris, ombros e mãos Freepik |
A frente fria que atingiu diversas regiões do país
em julho, principalmente no Sul e no Sudeste, evidenciou um problema bastante
comum e frequentemente negligenciado durante o inverno: a intensificação da
rigidez muscular e articular, que causa dificuldade de movimentação, gerando a sensação
de músculos “duros” e articulações “travadas”, impactando diretamente na rotina
de quem enfrenta a condição.
A rigidez muscular é caracterizada por tensão,
endurecimento e dificuldade de movimentação da musculatura, enquanto a rigidez
articular afeta áreas como joelhos, quadris, ombros e mãos, reduzindo a
amplitude dos movimentos, sobretudo pela manhã ou após longos períodos de
inatividade. Ambas as condições comprometem tarefas simples, como caminhar,
levantar da cama ou realizar movimentos repetitivos.
Embora possam ocorrer em qualquer estação, é no
frio que os sintomas tendem a se agravar. “A queda da temperatura provoca
alterações fisiológicas que favorecem essa rigidez, comprometendo a mobilidade
e intensificando a dor durante as baixas temperaturas”, aponta Fabiano Kupczik,
médico ortopedista do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR).
Principais causas e
tratamentos
De acordo com o especialista, as causas dessas
condições são variadas. Entre as mais comuns estão doenças reumatológicas, como
artrose, artrite reumatoide e lúpus, sedentarismo, lesões musculares e
articulares, tensão emocional ou estresse, doenças neurológicas e o
envelhecimento natural. Já o tratamento depende da origem do problema, mas, em
geral, envolve a prática regular de exercícios físicos, fisioterapia e terapias
complementares, além de cuidados específicos para doenças de base, como o uso
de medicamentos imunossupressores nos casos de doenças autoimunes ou
reumatológicas.
Temperaturas baixas aumentam a
rigidez
As alterações fisiológicas provocadas pelo frio
incluem a contração involuntária da musculatura, a redução da lubrificação das
articulações e diminuição do fluxo sanguíneo para as extremidades. Esses
fatores aumentam a rigidez muscular e articular, intensificam a sensação de dor
e limitam os movimentos. “Além disso, no inverno as pessoas tendem a se
movimentar menos, o que também contribui para o aumento da rigidez”, destaca o
ortopedista.
Como prevenir e reduzir os
sintomas no frio?
A prevenção dos sintomas da rigidez muscular e
articular durante o inverno exige uma combinação de cuidados a serem tomados. O
especialista listou algumas medidas simples que ajudam a reduzir o impacto dos
sintomas:
- Manter
o corpo aquecido, especialmente as extremidades e articulações.
- Praticar
atividade física regularmente, mesmo em dias frios, para manter os
músculos ativos e o sangue circulando adequadamente.
- Alongar-se
diariamente, principalmente ao acordar.
- Evitar
longos períodos de inatividade, alternando momentos de descanso e
movimentação.
- Aplicar
compressas quentes e tomar banhos mornos para ajudar no relaxamento
muscular.
- Manter
uma alimentação balanceada e hidratação adequada, fatores que também
influenciam na saúde muscular e articular.
Em casos persistentes, o ideal é procurar um médico
ortopedista para avaliação clínica e, se necessário, encaminhamento para
fisioterapia ou tratamentos específicos. “O frio é um fator agravante da
rigidez muscular e articular e deve ser encarado como tal. Mesmo diante dessas
condições, adotar esses cuidados diários é fundamental para que não interfiram
na rotina do paciente e não se tornem um problema ainda maior”, orienta o
médico.

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