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O primeiro dia do mês de agosto é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer
de Pulmão, data que também marca o início do Agosto Branco, campanha dedicada à
conscientização e prevenção da doença. Segundo o Ministério da Saúde, pela
primeira vez desde 2007, o Brasil registrou aumento no número de fumantes,
chamando a atenção para os riscos do tabagismo.
Os
dados, divulgados durante o lançamento da campanha do Dia Mundial sem Tabaco,
revelam um crescimento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e
2024. O cenário reacendeu a preocupação com o tabagismo, principal fator de
risco para o câncer de pulmão. “Pessoas que nunca fumaram podem, sim,
desenvolver a doença, mas a chance é cerca de 200 a 300 vezes menor em
comparação a quem fuma”, explica o pneumologista Dr. Vinicius Agostinho, da
Santa Casa de São José dos Campos.
“Além
do cigarro, a exposição crônica a poluentes, como o monóxido de carbono em
ambientes insalubres, o que é comum entre soldadores ou trabalhadores da
indústria química, também representa um risco”, comenta.
O câncer de pulmão é frequentemente silencioso nos estágios iniciais. “O câncer pode começar com um nódulo pequeno e assintomático, o que reforça a importância de exames periódicos e acompanhamento médico. Em estágios mais avançados, os sintomas podem incluir tosse persistente, dor torácica e falta de ar”, explica o médico.
Diagnóstico
O
diagnóstico costuma ser confirmado por biópsia, após a identificação de alguma
alteração suspeita em exames de imagem. “Os tipos mais comuns da doença são os
cânceres de não pequenas células, que correspondem a cerca de 80% dos casos, e
os de pequenas células”, detalha o Dr. Vinicius. Há diversas abordagens de
tratamento, mas a demora no diagnóstico também influencia a forma como o
especialista conduzirá a terapia.
O
médico destaca que interromper o tabagismo continua sendo a medida mais eficaz
para reduzir o risco da doença. “Parar de fumar diminui consideravelmente as
chances de desenvolver câncer de pulmão, embora não elimine totalmente esse
risco. Por isso, o ideal é sempre prevenir, incentivar hábitos saudáveis e
manter as consultas em dia”, reforça o especialista.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, apenas no Brasil, há 161.853
mortes anuais devido ao uso do tabaco, o que representa 443 mortes por dia.
Diante desse cenário, o pneumologista da Santa Casa de São José dos Campos
destaca a importância da campanha contra o fumo. “O tabagismo é uma das causas
evitáveis mais importantes de morte. Precisamos falar sobre isso com clareza,
especialmente com os jovens, público cada vez mais exposto aos cigarros
eletrônicos e suas armadilhas de marketing”, finaliza.
Santa
Casa de São José dos Campos

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