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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Brasil volta a registrar aumento no número de fumantes e acende alerta para o câncer de pulmão

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Campanha Agosto Branco reforça os danos causados pelo cigarro; especialista da Santa Casa de São José dos Campos orienta sobre sinais e prevenção da doença


O primeiro dia do mês de agosto é marcado pelo Dia Mundial de Combate ao Câncer de Pulmão, data que também marca o início do Agosto Branco, campanha dedicada à conscientização e prevenção da doença. Segundo o Ministério da Saúde, pela primeira vez desde 2007, o Brasil registrou aumento no número de fumantes, chamando a atenção para os riscos do tabagismo. 

Os dados, divulgados durante o lançamento da campanha do Dia Mundial sem Tabaco, revelam um crescimento de 25% no número de fumantes no Brasil entre 2023 e 2024. O cenário reacendeu a preocupação com o tabagismo, principal fator de risco para o câncer de pulmão. “Pessoas que nunca fumaram podem, sim, desenvolver a doença, mas a chance é cerca de 200 a 300 vezes menor em comparação a quem fuma”, explica o pneumologista Dr. Vinicius Agostinho, da Santa Casa de São José dos Campos. 

“Além do cigarro, a exposição crônica a poluentes, como o monóxido de carbono em ambientes insalubres, o que é comum entre soldadores ou trabalhadores da indústria química, também representa um risco”, comenta. 

O câncer de pulmão é frequentemente silencioso nos estágios iniciais. “O câncer pode começar com um nódulo pequeno e assintomático, o que reforça a importância de exames periódicos e acompanhamento médico. Em estágios mais avançados, os sintomas podem incluir tosse persistente, dor torácica e falta de ar”, explica o médico.

 

Diagnóstico 

O diagnóstico costuma ser confirmado por biópsia, após a identificação de alguma alteração suspeita em exames de imagem. “Os tipos mais comuns da doença são os cânceres de não pequenas células, que correspondem a cerca de 80% dos casos, e os de pequenas células”, detalha o Dr. Vinicius. Há diversas abordagens de tratamento, mas a demora no diagnóstico também influencia a forma como o especialista conduzirá a terapia. 

O médico destaca que interromper o tabagismo continua sendo a medida mais eficaz para reduzir o risco da doença. “Parar de fumar diminui consideravelmente as chances de desenvolver câncer de pulmão, embora não elimine totalmente esse risco. Por isso, o ideal é sempre prevenir, incentivar hábitos saudáveis e manter as consultas em dia”, reforça o especialista. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, apenas no Brasil, há 161.853 mortes anuais devido ao uso do tabaco, o que representa 443 mortes por dia. Diante desse cenário, o pneumologista da Santa Casa de São José dos Campos destaca a importância da campanha contra o fumo. “O tabagismo é uma das causas evitáveis mais importantes de morte. Precisamos falar sobre isso com clareza, especialmente com os jovens, público cada vez mais exposto aos cigarros eletrônicos e suas armadilhas de marketing”, finaliza.
  
 

Santa Casa de São José dos Campos


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