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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Hospital Regional de Campo Maior registra 1.498 atendimentos por acidentes de moto em 2024

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Acidentes com motociclistas exigem atendimentos complexos e prolongados

O Hospital Regional de Campo Maior, sob gestão do Grupo Chavantes, registrou 1.498 atendimentos a vítimas de acidentes de trânsito envolvendo moto em 2024. Os casos envolvendo esse tipo de acidente geram impactos no sistema hospitalar, principalmente devido à gravidade das lesões e à alta demanda por cuidados intensivos. 

Desses atendimentos, 1.287 referiam-se a pessoas que não utilizavam capacete no momento da colisão. De janeiro a junho de 2025, já foram 462 registros. Os acidentes sem capacete continuam sendo os mais críticos, já que os pacientes geralmente chegam com traumatismos cranianos, lesões neurológicas e fraturas múltiplas, muitos deles necessitando de cirurgias complexas e internação em Unidade de Terapia Intensiva. 

O levantamento também apontou 1.248 atendimentos a motociclistas sem carteira de habilitaçãono ano passado e, no primeiro semestre de 2025, já foram contabilizadas 479 ocorrências. A habilitação exige formação teórica e prática sobre direção defensiva e regras de trânsito. A ausência desse preparo pode estar ligada a comportamentos de risco, elevando a chance de acidentes graves. 

Parte significativa desses casos envolve fraturas. Em 2024, 1.344 apresentaram lesões do tipo, sendo 491 consideradas graves, 214 com fraturas na cabeça e 277 no tórax. Pacientes nesse perfil permanecem internados, em média, por 15 dias, enquanto aqueles sem fratura têm alta após 5 a 6 dias. O tempo prolongado de internação reduz a rotatividade dos leitos, especialmente no pronto-socorro, e impacta a programação de cirurgias eletivas, que frequentemente são adiadas por falta de vagas, comprometendo o atendimento a outros pacientes. 

A maior parte das vítimas continua sendo do sexo masculino, com 1.089 homens e 409 mulheres atendidos em 2024. Nos primeiros seis meses de 2025, foram 436 homens e 165 mulheres. Essa diferença reflete o maior número de homens na condução de motocicletas, especialmente em atividades profissionais como entregas e transporte por aplicativo.

 

Impactos no sistema de saúde 

O alto volume de atendimentos por acidentes de moto, muitos envolvendo condutores sem qualquer equipamento de segurança, compromete a agilidade no atendimento de outros pacientes. A demanda por cirurgias, internações prolongadas e o uso intensivo de equipes e leitos sobrecarregam o pronto-socorro e impactam diretamente o cuidado com casos que também exigem resposta rápida. 

Em outro aspecto, além da mobilização de equipes médicas e da ocupação de leitos de terapia intensiva, os atendimentos a acidentados também elevam os custos operacionais e impactam o planejamento da assistência em outras áreas da unidade. 

“O uso do capacete reduz drasticamente o risco de morte e de sequelas permanentes em acidentes com moto. A ausência do equipamento torna os impactos na cabeça muito mais graves, aumentando a gravidade clínica e a sobrecarga nos serviços hospitalares. Além disso, estar habilitado é fundamental, pois indica que o condutor passou por treinamento e conhece as regras de trânsito, contribuindo para uma condução mais segura e responsável”, afirma Edson Eduardo Pramparo, diretor do Hospital Regional de Campo Maior.

  

OSS (Organização Social de Saúde) Grupo Chavantes


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