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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Dia Mundial da Esclerose Múltipla (30/05): 40 mil pessoas convivem com doença no Brasil

Pacientes enfrentam desafio diário de seguir em frente diante de sintomas invisíveis, como fadiga, dor e dificuldades de locomoção

 

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla (EM) é um evento global de saúde celebrado no dia 30 de maio com o objetivo de reconhecer o impacto familiar, econômico, social e cultural trazido pela doença e, também, trabalhar pela aceitação, apoio e inclusão dos pacientes. A campanha anual foi criada pela Multiple Sclerosis International Federation (MSIF) e teve início em 2009.

 

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica, autoimune e sem cura, que atinge o sistema nervoso central. Causa sintomas como fadiga, visão turva, fraqueza, dormência, desequilíbrio e alterações cognitivas que vão e voltam, silenciosos e imprevisíveis.

 

“Embora as causas da doença ainda sejam desconhecidas, a Esclerose Múltipla tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes, geralmente jovens, e de modo especial mulheres de 20 a 40 anos”, esclarece a Dra. Lis Campos Ferreira, secretária do Departamento Científico de Neuroimunologia (DCNI), da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

 

● No Brasil, cerca de 40 mil pessoas vivem com EM.

● 85% são mulheres jovens, entre 20 e 40 anos.

● 40% estão fora do mercado de trabalho.

● Muitos se aposentam antes dos 50 anos.

● A média de afastamento por ano é de 128 dias.

 


Pode manifestar-se por diversos sintomas:

 

●Fadiga: Manifesta-se por um cansaço intenso e momentaneamente incapacitante. Muito comum quando o paciente se expõe ao calor ou realiza um esforço físico intenso;

● Transtornos visuais: visão embaçada, visão dupla;

● Problemas de equilíbrio e coordenação motora: perda de equilíbrio, tremores, instabilidade ao caminhar, vertigem e náuseas, falta de coordenação;

● Fraqueza muscular com dificuldade para caminhar;

● Dormência em braços ou pernas;

● Espasticidade: rigidez ao movimentar-se, principalmente em membros inferiores;

● Transtornos cognitivos: esquecimentos que impactam no dia-a-dia;

● Transtornos emocionais;

● Transtornos da sexualidade;

● Dificuldade no controle da urina

 


Tratamentos

 

Mesmo sem cura, a EM pode ser tratada com medicamentos, acolhimento e ajustes no dia a dia. A Dra. Livia Dutra, vice-coordenadora do DCNI/ABN, reforça que “Pausas no trabalho, flexibilidade de horário e empatia transformam a jornada de quem convive com a doença”.

 

Os medicamentos disponíveis para Esclerose Múltipla buscam reduzir a atividade inflamatória e os surtos ao longo dos anos, contribuindo para a redução do acúmulo de incapacidades durante a vida do paciente.

 

“No que se refere ao SUS, o primeiro Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) que incluiu a Esclerose Múltipla foi em 2001, com a incorporação de betainterferona e acetato de glatirâmer. A última atualização foi em 2024, com a incoorporação da cladribina, terapia de reconstituição imune oral”, explica a Dra. Ana Claudia Piccolo, coordenadora do DCNI/ABN.

 

Importante ressaltar que a Esclerose Múltipla demanda acompanhamento médico e de outros profissionais da saúde, apoio emocional e social de familiares, amigos e todos os que constituem a rede de apoio do paciente. Com isso, é possível enfrentar e superar os desafios do diagnóstico!


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