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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Sucesso de crítica e público no Rio de Janeiro, Claustrofobia estreia temporada paulistana no Sesc Pinheiros

Crédito: Nil Canindé

Com direção de Cesar Augusto, texto de Rogério Corrêa e atuação de Márcio Vito, o solo foi vencedor do Prêmio Shell de melhor cenário e ainda concorre ao Prêmio APTR de melhores ator, direção e iluminação 

 

“Trata-se de um excelente trabalho e urge que ele retorne à cidade para uma temporada regular (...) Todos os holofotes direcionados para o ator Márcio Vito em uma das interpretações mais marcantes da temporada. Marcio se reinventa em cena a cada mudança de personagem apenas com pequenas modificações na emissão da voz e no gestual, em um domínio cênico poucas vezes visto em nossos palcos”  

José Cetra / Palco Paulistano

 

O monólogo Claustrofobia, de Rogério Corrêa, chega a São Paulo para uma temporada no Auditório do Sesc Pinheiros, de 5 de junho a 12 de julho, com apresentações de quinta a sábado, sempre às 20h. A peça tem direção de Cesar Augusto e atuação de Márcio Vito, que celebra seus 35 anos de carreira.

O espetáculo fez duas temporadas de sucesso no Rio de Janeiro e, desde então, foi vencedor do Prêmio Shell 2025 na categoria de melhor cenário - assinado por Beli Araújo e Cesar Augusto -, no qual também concorreu na categoria de Melhor Ator; e ainda disputa pelo Prêmio APTR em três categorias: ator (Márcio Vito), direção (Cesar Augusto) e iluminação (Adriana Ortiz).

A trama acompanha três personagens: um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira. 

Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os personagens enxergam a si próprios e julgam o outro. 

“O texto põe uma lupa nos pensamentos e preconceitos que separam as personagens em classes às quais eles julgam pertencer, que realmente são diferentes entre si, mas eles apenas se imaginam mais distantes uns dos outros do que de fato estão”, diz Márcio Vito.

Desdobrando-se entre os três personagens, o ator ilustra a realidade com um humor ácido, característico da dramaturgia de Rogério Corrêa. O trio está comprimido entre o elevador e a portaria de um prédio de escritórios. Imigrante do interior do Brasil, Marcelino é tímido, introvertido e trabalha como ascensorista para mandar dinheiro para casa. Ele passa seus dias enclausurado, descendo e subindo, dentro de uma caixa metálica. Stella é uma executiva ambiciosa, uma espécie de coach de si mesma, que está começando em um novo emprego. O porteiro Webberson controla tudo da portaria, até mesmo a música que toca no elevador. Ele sonha em ser policial e ter em mãos uma arma que lhe traga poder. 

“Esses três personagens se esbarram num mesmo contexto arquitetônico, que é um prédio típico de centro empresarial. Se nos aprofundarmos um pouco mais, as situações acontecem em torno do ascensorista, que está dentro do elevador. São representações de um sistema traduzido pela arquitetura de um prédio. A partir daí vamos entendendo as humanidades”, diz Cesar Augusto.   

Idealizador do projeto, o autor Rogério Corrêa faz sua estreia no Rio de Janeiro como dramaturgo em espetáculo presencial. Radicado em Londres há 30 anos, já teve seus textos encenadas no formato on-line, em São Paulo e na Inglaterra.  Afeito a temas políticos e polêmicos, ele teve a ideia de escrever “Claustrofobia” em 2009, durante uma temporada no Rio. “Neste período no Brasil, percebi como ainda tem muito ascensorista trabalhando. Descobri que, para mim, aquele trabalho era uma metáfora da alienação do capitalismo, do trabalho contemporâneo”, diz Rogério.  

 

Ficha Técnica

Elenco: Márcio Vito

Dramaturgia: Rogério Corrêa

Direção: Cesar Augusto

Cenografia: Beli Araújo e Cesar Augusto

Figurino: Beli Araújo 

Iluminação: Adriana Ortiz

Trilha Sonora Original: André Poyart

Direção de Movimento: Andrea Maciel

Assistente de direção: João Gofman

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Redes Sociais: Rafael Teixeira 

Programação Visual/ Mídias: Rita Ariani

Produção São Paulo: Pedro de Freitas/Périplo

Diretora de Produção: Malu CostaSinopse

Um ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema, os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole brasileira. Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. 

 

Serviço

Claustrofobia, de Rogério Corrêa

Temporada: 5 de junho a 12 de julho de 2025
De quinta a sábado, às 20h, e feriados às 18h
Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195, Pinheiros 

Estacionamento com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábados das 10h às 21h

Ingressos: R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e R$15 (credencial plena) 

Vendas online em https://www.sescsp.org.br/programacao/claustrofobia/

Classificação: 14 anos

Duração: 60 minutos

Capacidade: 100 lugares

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

Nas redes sociais: @claustofobia.teatro

 

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