Com direção de Cesar Augusto, texto de Rogério Corrêa e atuação de Márcio Vito, o solo foi vencedor do Prêmio Shell de melhor cenário e ainda concorre ao Prêmio APTR de melhores ator, direção e iluminação
“Trata-se de um excelente trabalho e
urge que ele retorne à cidade para uma temporada regular (...) Todos os
holofotes direcionados para o ator Márcio Vito em uma das interpretações mais
marcantes da temporada. Marcio se reinventa em cena a cada mudança de
personagem apenas com pequenas modificações na emissão da voz e no gestual, em
um domínio cênico poucas vezes visto em nossos palcos”
José Cetra / Palco Paulistano
O monólogo Claustrofobia, de Rogério
Corrêa, chega a São Paulo para uma temporada no Auditório do Sesc
Pinheiros, de 5 de junho a 12 de julho, com apresentações de quinta a
sábado, sempre às 20h. A peça tem direção de Cesar Augusto e atuação de Márcio
Vito, que celebra seus 35 anos de carreira.
O espetáculo fez duas temporadas de
sucesso no Rio de Janeiro e, desde então, foi vencedor do Prêmio Shell 2025
na categoria de melhor cenário - assinado por Beli Araújo e Cesar Augusto -, no
qual também concorreu na categoria de Melhor Ator; e ainda disputa pelo Prêmio
APTR em três categorias: ator (Márcio Vito), direção (Cesar Augusto) e
iluminação (Adriana Ortiz).
A trama acompanha três personagens: um
ascensorista, uma executiva ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial.
Pressionados pelo sistema, os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no
centro de uma metrópole brasileira.
Através de três vidas que se entrelaçam,
a peça expõe o isolamento e a alienação da vida urbana atual. O prédio onde se
passa a história é um microcosmo das relações trabalhistas, humanas e sociais
do país. O espetáculo parte de uma circunstância em que essas questões são não
apenas a base das relações interpessoais, mas até definitivas para como os
personagens enxergam a si próprios e julgam o outro.
“O texto põe uma lupa nos pensamentos e
preconceitos que separam as personagens em classes às quais eles julgam
pertencer, que realmente são diferentes entre si, mas eles apenas se imaginam
mais distantes uns dos outros do que de fato estão”, diz Márcio Vito.
Desdobrando-se entre os três
personagens, o ator ilustra a realidade com um humor ácido, característico da
dramaturgia de Rogério Corrêa. O trio está comprimido entre o elevador e a
portaria de um prédio de escritórios. Imigrante do interior do Brasil,
Marcelino é tímido, introvertido e trabalha como ascensorista para mandar
dinheiro para casa. Ele passa seus dias enclausurado, descendo e subindo,
dentro de uma caixa metálica. Stella é uma executiva ambiciosa, uma espécie de
coach de si mesma, que está começando em um novo emprego. O porteiro Webberson
controla tudo da portaria, até mesmo a música que toca no elevador. Ele sonha
em ser policial e ter em mãos uma arma que lhe traga poder.
“Esses três personagens se esbarram num
mesmo contexto arquitetônico, que é um prédio típico de centro empresarial. Se
nos aprofundarmos um pouco mais, as situações acontecem em torno do
ascensorista, que está dentro do elevador. São representações de um sistema
traduzido pela arquitetura de um prédio. A partir daí vamos entendendo as
humanidades”, diz Cesar Augusto.
Idealizador do projeto, o autor Rogério Corrêa faz sua estreia no Rio de Janeiro como dramaturgo em espetáculo presencial. Radicado em Londres há 30 anos, já teve seus textos encenadas no formato on-line, em São Paulo e na Inglaterra. Afeito a temas políticos e polêmicos, ele teve a ideia de escrever “Claustrofobia” em 2009, durante uma temporada no Rio. “Neste período no Brasil, percebi como ainda tem muito ascensorista trabalhando. Descobri que, para mim, aquele trabalho era uma metáfora da alienação do capitalismo, do trabalho contemporâneo”, diz Rogério.
Ficha Técnica
Elenco:
Márcio Vito
Dramaturgia:
Rogério Corrêa
Direção:
Cesar Augusto
Cenografia:
Beli Araújo e Cesar Augusto
Figurino:
Beli Araújo
Iluminação:
Adriana Ortiz
Trilha
Sonora Original: André Poyart
Direção
de Movimento: Andrea Maciel
Assistente
de direção: João Gofman
Assessoria
de Imprensa: Pombo Correio
Redes
Sociais: Rafael Teixeira
Programação
Visual/ Mídias: Rita Ariani
Produção
São Paulo: Pedro de Freitas/Périplo
Diretora de Produção: Malu CostaSinopse
Um ascensorista, uma executiva
ambiciosa e um porteiro que sonha em ser policial. Pressionados pelo sistema,
os três se cruzam dentro de um prédio empresarial no centro de uma metrópole
brasileira. Através de três vidas que se entrelaçam, a peça expõe o isolamento
e a alienação da vida urbana atual.
Serviço
Claustrofobia,
de Rogério Corrêa
Temporada:
5 de junho a 12 de julho de 2025
De quinta a sábado, às 20h, e feriados às 18h
Sesc Pinheiros - Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
Estacionamento
com manobrista: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábados das 10h às 21h
Ingressos:
R$50 (inteira), R$25 (meia-entrada) e
R$15 (credencial plena)
Vendas
online em https://www.sescsp.org.br/programacao/claustrofobia/
Classificação:
14 anos
Duração:
60 minutos
Capacidade:
100 lugares
Acessibilidade:
Teatro acessível a cadeirantes e
pessoas com mobilidade reduzida
Nas redes sociais: @claustofobia.teatro

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