Intensidade de carbono do alumínio nacional chega a ser 300% menor que a média global
Na
semana em que é celebrado o Dia Mundial da Eficiência Energética (5/3), a
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) destaca o metal como um aliado
estratégico para reduzir as emissões de gases estufa e mitigar danos ao meio
ambiente, sem comprometer a eficiência energética de seus mercados
consumidores. A ABAL também enfatiza que a substituição de fontes de energia
fósseis por alternativas limpas e menos poluentes tem sido uma prioridade global
em setores como transporte, eletricidade, embalagens e construção civil.
"Não
há sociedade moderna sem o alumínio. Ele é considerado globalmente como um
material estratégico para a transição para uma economia de baixo carbono,
atenta às questões ambientais e sociais. Mas o alumínio do Brasil se destaca
ainda mais, uma vez que sua intensidade é de mais 300% inferior à média global,
o que nos torna capazes de entregar produtos de valor agregado e leva o país a
uma posição de vanguarda no processo de descarbonização", destaca Janaina
Donas, presidente-executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL).
O
metal é vantajoso para seus mercados
consumidores por motivos variados, como o fato de ser infinitamente reciclável
sem perder suas propriedades. Além disso, produzir alumínio a partir da sucata
consome apenas 5% da energia necessária para a produção primária, reduzindo
significativamente a demanda por eletricidade e as emissões associadas. Cerca de 60% do alumínio consumido no Brasil é proveniente
da reciclagem, demonstrando a eficiência do sistema nacional de coleta e
reprocessamento – enquanto a média mundial é de cerca de 30%.
O alumínio e seus principais mercados consumidores
Eletricidade
O
alumínio se destaca como material para fios e cabos elétricos graças à sua alta
condutividade e menor peso em comparação a outros metais.
Seu uso também é indispensável em sistemas energéticos que dependem de fontes
renováveis, como a energia solar e eólica, que exigem infraestruturas de
transmissão e distribuição eficientes. Entre janeiro e setembro de 2024, o
setor da eletricidade registrou crescimento de 17% no consumo de alumínio em
relação ao mesmo período de 2023, impulsionado pelo aumento da demanda por
cabos elétricos de alumínio, devido à expansão de novas linhas de distribuição
de energia e à expectativa de grandes investimentos em novas linhas de
transmissão.
Como
a produção de alumínio primário é uma atividade eletrointensiva, a economia de
energia ocasionada pelo alto índice de reciclagem torna o setor mais eficiente
e sustentável, alinhando-se às metas de descarbonização devido à matriz
energética limpa do Brasil, que já é predominantemente renovável.
Transportes
A
descarbonização é um dos principais motivos que fazem o alumínio ser
indispensável, ainda mais com a crescente demanda de carros mais eficientes e
sustentáveis. O metal é essencial para reduzir o peso dos veículos, o que
resulta em menor consumo de combustível e, consequentemente, em menos emissões
de CO2. Globalmente, este é o segmento que mais consume alumínio.
Embalagens
Embalagens
é o maior segmento consumidor de alumínio no Brasil. Considerando que o
alumínio pode ser reciclado infinitas vezes sem perder suas características, o
processo de reciclagem para este segmento é de suma importância. Cerca de 60%
do alumínio consumido no Brasil já é proveniente da reciclagem, demonstrando a
eficiência do sistema nacional de coleta e reprocessamento – enquanto a média
mundial é de cerca de 30%.
Construção Civil
O
setor utiliza alumínio em janelas, portas, fachadas e estruturas metálicas. A
descarbonização na construção civil está diretamente ligada à utilização de
materiais mais leves e duráveis. Sua aplicação na construção civil proporciona
ganhos de eficiência energética às edificações verdes.
Bens de consumo
O
alumínio desempenha um papel essencial no segmento de Bens de Consumo. Com uma
ampla gama de aplicações, o alumínio não apenas impulsiona a inovação e o
design, mas também reforça o compromisso da indústria com soluções mais
sustentáveis, tornando os produtos do dia a dia aliados da economia circular e
da redução de emissões. Para o segmento da refrigeração, sua eficiência na
troca térmica contribui para um menor consumo energético, enquanto nos
eletroeletrônicos e na linha branca, sua leveza torna os produtos mais práticos
e sustentáveis.
As
preocupações com as mudanças climáticas têm mobilizado sociedade, academia,
indústrias e governos na revisão de hábitos de consumo, processos produtivos e
na construção de políticas de controle e incentivo à redução dos níveis de
emissão de gases de efeito estufa (GEE). Mas ações já efetivas, como a
transição energética, precisam ser continuadas.
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