Especialista do CEUB descreve meios de transmissão, diagnóstico e tratamento da infecção
O
aumento dos diagnósticos da tuberculose, popularmente conhecida como infecção
pulmonar, projeta a doença como um dos maiores desafios da saúde pública
mundial. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil foram
registrados 80.012 casos novos da doença no último ano, com uma taxa de
incidência de 37 casos por 100 mil habitantes e 5.845 óbitos. No Dia Mundial de
Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, a especialista em
Microbiologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabíola Castro,
alerta sobre a infecção, indicando como prevenir e diagnosticar.
Segundo
a microbiologista e docente do CEUB, a tuberculose evolui de forma lenta, sendo
os infectados transmissores em potencial. Os sintomas podem ser confundidos com
outras doenças, dificultando o diagnóstico e facilitando a rápida transmissão:
“Além da tosse, a perda de peso rápida, sudorese noturna, febres baixas
vespertinas, falta de ar e tosse com sangue podem ocorrer com o paciente infectado”.
Embora afete principalmente os pulmões, pode acometer outras partes do corpo,
como gânglios, rins, ossos, intestinos e meninges.
Para
Fabíola Castro, conhecer os sintomas, as formas de transmissão e as
alternativas de tratamento ajuda a minimizar os riscos relacionados à doença:
“O diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida do paciente”. Sobre o
tratamento, a docente esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todo
o acompanhamento ao paciente. “O surgimento dos bacilos resistentes exige o
tratamento com drogas antimicrobianas. A dificuldade de resposta e os diversos
efeitos colaterais aumentam o tempo de tratamento e reduz as chances de cura”,
explica.
A
especialista CEUB acrescenta que a eficácia do tratamento depende da rapidez do
diagnóstico, indicando atendimento médico imediato caso haja suspeita. “Existe
a possibilidade de uma recuperação plena, sem sequelas, mas existe também o
risco de ocasionar sequelas nos casos mais avançados da doença, quando o
infectado apresenta graves lesões no pulmão e nos órgãos afetados”, finaliza a
microbiologista
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