Declaração da
modelo Any Awuada sobre tática infalível para não ter engravidado de Neymar Jr.
é mais um dos mitos relacionados à eficácia dos métodos contraceptivos
A prevenção de uma gravidez está em pauta nas
últimas semanas. A modelo Any Awuada, que teria mantido relações sexuais com o
jogador do Santos, Neymar Jr., durante uma festa em uma chácara, em Araçoiaba
da Serra, descobriu estar grávida, mas negou a possibilidade do filho ser do
jogador, porque, segundo ela, teria utilizado uma tática infalível após a
relação. A modelo descarta a possibilidade de Neymar Jr. ser o pai da criança,
porque alega ter urinado após o ato sexual. O vídeo com a declaração de Any
Awuada viralizou e reforça a importância de alertar sobre os métodos
contraceptivos eficazes.
A prevenção de uma gravidez conta com pelo menos 6
métodos seguros, mas nenhum deles envolve urinar após a relação sexual. Ana
Carolina Massarotto, ginecologista e obstetra, explica que esse é um dos mitos
mais absorvidos pelas pessoas, mas garante que não tem eficácia na prevenção.
“Estamos falando de duas coisas diferentes. A urina sai pelo canal da uretra e
o sêmen entra pelo canal vaginal. Não tem relação, não tem como prevenir
gravidez”, alerta a médica.
Urinar após a relação sexual, fazer ducha vaginal,
lavar a região íntima com vinagre, limão ou refrigerante, pular e fazer
agachamentos após a relação sexual são alguns dos mitos que envolvem a
contracepção e, segundo a médica, nenhum deles é eficaz. “Todo dia alguém
inventa uma receita nova, uma técnica infalível que não tem resultado, enquanto
estão disponíveis pelo menos 6 métodos contraceptivos seguros e eficazes”,
pontua a ginecologista e obstetra.
Entre os métodos testados, aprovados e amplamente
divulgados estão a pílula e a injeção anticoncepcional, que têm até 99% de
eficácia. Além deles, o DIU de cobre ou hormonal e o implante subcutâneo, que
apresentam mais 99% de eficácia. Isabela Simionatto, ginecologista e obstetra,
reforça o uso do preservativo, disponível tanto para homens quanto para
mulheres. “Todos os métodos citados acima previnem apenas a gravidez. Já a
camisinha, seja ela feminina ou masculina, além de apresentar 98% de eficácia
quando usada corretamente, também previne contra as doenças sexualmente
transmissíveis (DST). Aliás, é o único método que protege contra DST e isso não
pode ser ignorado”, alerta a médica.
Ainda sobre os métodos contraceptivos, vale
destacar a vasectomia para os homens e a laqueadura para mulheres,
procedimentos amplamente utilizados por casais que já têm filhos e optam por
não ter mais. A laqueadura é um método permanente, que apresenta mais 99% de
eficácia. “Como a laqueadura é irreversível, a indicação é para mulheres que já
tenham filhos”, orienta a Isabela.
Quando a relação sexual é feita sem o uso de preservativos ou qualquer outro método contraceptivo, a mulher ainda tem a possibilidade de evitar a ovulação e a consequente fecundação por meio da pílula do dia seguinte. “Lembrando que esse é um método contraceptivo que deve ser utilizado apenas em casos de emergência e não com frequência”, alerta Ana Carolina Massarotto. Além disso, é importante ressaltar que não se trata de um método abortivo. “A pílula não provoca aborto, ela evita a fecundação”, explica Isabela.
Ana Carolina Massarotto - CRM 140.915 - RQE 85.445 - Ginecologista e Obstetra, graduada pela Faculdade de Medicina da PUC-Campinas, CRM Ginecologista e Obstetra pelo Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC-Campinas, especializada em endoscopia ginecológica pelo Hospital das Clínicas – USP, em Ribeirão Preto. Mestre em Ciências e Saúde pela PUC-Campinas, com a dissertação “Radioterapia parcial e acelerada de mama utilizando braquiterapia de alta taxa de dose para pacientes com estádio inicial de câncer de mama: análise uni-institucional.
@ana.massarotto_go
Isabela Simionatto - CRM 162.975 - RQE 76.990 - Ginecologista e Obstetra, graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, CRM 162.975. Ginecologista e Obstetra pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, especializada em Medicina Fetal. É titulada pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
@dra.isabelasimionatto
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