Infectologista do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz reforça importância da imunização, especialmente entre idosos
A cidade de São Paulo inicia hoje (28) a campanha de vacinação
contra o Influenza, vírus transmissor da gripe. De acordo com o cronograma do
governo municipal grupos prioritários como pessoas pessoas 60+, crianças de
seis meses a seis anos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas e
profissionais da saúde, devem procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e
AMAs/UBSs Integradas, de segunda a sexta, das 7h às 19h, e aos sábados nas
unidades integradas para se imunizarem.
A vacinação contra a gripe é uma das formas mais eficazes de prevenir
a doença, que pode evoluir para quadros graves, especialmente entre a população
idosa.
Segundo o Dr. Filipe Piastrelli, infectologista e coordenador do
Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a
gripe é uma infecção respiratória transmissível que costuma provocar sintomas
como coriza, febre, dor de cabeça, dores no corpo, tosse e mal-estar. Em geral,
os casos leves duram de três a cinco dias, mas não é possível prever como cada
pessoa irá evoluir.
“É um erro subestimar a gripe como uma simples indisposição. O
vírus Influenza pode desencadear um processo inflamatório sistêmico no
organismo. Em grupos mais vulneráveis, como os idosos ou pessoas com doenças
crônicas, isso pode levar a complicações sérias, como pneumonia viral, e
favorecer eventos cardiovasculares, como infarto e AVC, devido à resposta
inflamatória e às alterações na coagulação sanguínea”, explica o
infectologista.
De acordo com o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica
da Gripe (Sivep-Gripe) em 2024 as hospitalizações por Síndrome Respiratória
Aguda Grave (SRAG) causadas pela gripe em pessoas com 60 anos ou mais subiram
189%, com crescimento de 157% nas mortes e taxa de letalidade de 21,7%. Em
média, um em cada cinco idosos internados por gripe não resistiu.
O especialista explica que a vacina contra a gripe é composta por
vírus inativo, ou seja, não tem capacidade de causar a doença. “O que pode
acontecer é a pessoa se vacinar e nesse intervalo ser exposta a outro vírus
respiratório que esteja em circulação. Mas a gripe não é causada pela vacina”,
esclarece.
Os efeitos adversos da vacina são leves e passageiros, como dor no
local da aplicação, febre baixa, dor de cabeça e no corpo, e afetam cerca de 1%
das pessoas vacinadas. As contraindicações são raras e incluem reações
alérgicas graves a doses anteriores ou ao ovo.
Apesar da segurança e eficácia da vacina, a adesão entre adultos ainda é afetada pela desinformação. “Sites como o do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) oferecem as informações mais precisas. Além disso, profissionais de saúde bem-informados têm maior probabilidade de recomendar vacinas da forma correta e combater a desinformação entre seus pacientes”, conclui o Dr. Filipe Piastrelli.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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