Vontade
incontrolável de ir ao banheiro ou perda de urina ao tossir e espirrar são
alguns dos sintomas que podem indicar incontinência urinária (IU). Em março,
mês de conscientização sobre a doença, o tema fica ainda mais em evidência
considerando que o número de pessoas com a condição segue aumentando
anualmente. Não à toa, uma recente pesquisa realizada pela Bigfral-Ipec apontou
que 30% da população é acometida pelo distúrbio.
Para Bigfral, mais
importante do que tratar o problema após o diagnóstico, é trabalhar a
prevenção. Para ajudar a prevenir, detectar e encontrar o melhor tratamento,
Roberta França, médica geriatra e parceira Bigfral, esclarece as principais
dúvidas sobre a doença. Confira!
1. O que é incontinência urinária?
Basicamente é a
perda involuntária da urina. A pessoa não consegue ter o controle da bexiga
sobre quando e onde urinar.
2. Quais são
os primeiros indícios da doença?
Há algumas classificações para a IU. Pode ser por urgência –
quando a pessoa sofre de bexiga hiperativa e surge uma vontade forte de urinar
instantaneamente; ou por esforço – quando há escape de urina ao tossir, rir,
fazer exercício ou em outros afazeres cotidianos.
3. Existem
tipos diferentes de incontinência urinária?
A doença pode se
manifestar de até cinco formas. Uma delas é a bexiga hiperactiva, que é
a vontade extrema de urinar, sem contenção. Também tem a incontinência de
esforço, que consiste em urinar por coisas simples, como tossir, espirrar
ou rir. A incontinência mista, que consiste em um mix das duas
anteriores. Já a incontinência por regurgitação é a incapacidade da bexiga de
extrair a urina e, por fim, a incontinência funcional, que é a perda
total do controle da bexiga, impedindo até que a pessoa consiga se despir da
roupa antes de urinar.
4. Quais
hábitos ou condições podem aumentar a probabilidade do distúrbio?
Obesidade,
tabagismo, complicações no parto e histórico familiar são alguns dos fatores de
pré-disposição ao aparecimento da UI, portanto, a enfermidade pode se
manifestar tanto em homens quanto em mulheres.
Além disso,
doenças neurológicas, tumores, diabetes, menopausa e demais condições, como
malformação do trato urinário e doenças na próstata também podem estar
relacionadas ao aparecimento da incontinência urinária, por esse motivo o
histórico do paciente, seus hábitos e costumes devem ser observados.
5. Existe alguma idade para maior pré-disposição da incontinência
urinária?
Todo mundo pode ter incontinência, em todas as idades. Porém,
um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) constatou que o
distúrbio tem acometido mais mulheres, estando presente 45% no público feminino
entre 45 e 50 anos, e apenas 15% nos homens a partir dos 40 anos.
6. Quais
exames confirmam o diagnóstico da doença e qual o tratamento?
Alguns
exames, como ecografia pélvica, citoscopia, cultura da urina, entre outros,
ajudam a traçar um diagnóstico preciso. A partir disso, é possível direcionar o
tratamento para a incontinência da urina, podendo ser algo mais simples e menos
invasivo, como uma mudança comportamental, ajuste de rotina e hábitos.
Medicamentos são indicados apenas para tratar casos de urgência, reduzindo as
contrações involuntárias da bexiga hiperativa, e cirurgias apenas em situações
de extrema necessidade.
7.
Incontinência urinária tem cura?
Sim, na maioria
das vezes é possível ficar totalmente livre do distúrbio, porém é necessário
tratamento adequado e ajuda especializada.
8. Quais
cuidados ter para evitar a doença?
Medidas simples na rotina de todas as pessoas podem ajudar a
prevenir a doença ou tratá-la nos estágios iniciais, quando o desconforto passa
de pontual para recorrente. Incluir alarmes e avisos para lembrar de ir ao
banheiro em intervalos de tempo, além de evitar o escape da urina, pode
auxiliar na manutenção do trato urinário, assim como a hidratação e consumo de
água em quantidades adequadas.
9. Qual médico deve ser procurado para diagnóstico e
tratamento da IU?
A especialidade mais indicada para maior assertividade da
doença é o urologista. Ele vai conseguir detectar se existe o distúrbio, qual a
sua categoria e estágio. Além disso, homens e mulheres recebem diferentes tipos
de tratamento, respeitando a causa do surgimento da IU e a idade.
Bigfral
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