Levantamento inédito da consultoria
detecta as causas do nível do esgotamento mental dos profissionais no ambiente
corporativo
A remuneração não condizente com as exigências do cargo é a
principal causa de estresse no trabalho para a maioria dos profissionais
(58,7%). É o que revela recente pesquisa realizada pela Michael Page, uma das
maiores consultorias especializadas em recrutamento de média e alta gerência,
parte do PageGroup. De acordo com o estudo Guia Salarial 2025, o salário
inapropriado ficou à frente do esgotamento mental causado pelo relacionamento
ruim com colegas ou líderes (39,4%), pela falta de participação na tomada de
decisões e falta de controle sobre os processos (37,8%) e falta de perspectivas
de carreira (32,9%).
O estudo apontou ainda que 36,5% dos colaboradores não se sentem
amparados ou apoiados mentalmente e emocionalmente pela empresa em que
trabalham, superando os que se sentem relativamente apoiados (30,5%), apoiados
(20,2%) e muito apoiados (7,2%).
“A preocupação com a saúde mental e o equilíbrio entre a rotina
pessoal e profissional já são prioridade para a maioria dos profissionais. As
empresas que demorarem para entender a importância dessas questões podem sofrer
para encontrar talentos e engajar seus colaboradores a médio e longo prazo. É
essencial que as organizações coloquem esse assunto como uma prioridade e
entendam que um bom ambiente faz toda diferença para um desempenho profissional
saudável”, afirma Stephano Dedini, diretor-executivo da Michael Page.
Para elaborar a pesquisa, a Michael Page consultou, no ano
passado, cerca de 6,8 mil profissionais e empresas de todo o Brasil para
entender quais são suas reais impressões sobre o mercado atual. Os executivos
entrevistados ocupam cargos que vão desde posições de suporte à gestão até
diretoria. A pesquisa procurou entender como os profissionais enxergam sua
carreira, a posição do empregador no seu desenvolvimento profissional e outros
fatores que completam a remuneração.
Outros fatores que desencadeiam estresse no trabalho
Além de questões salariais, relacionamento e perspectivas de
carreira, o excesso de trabalho e jornadas longas também se destacam como
causas significativas de insatisfação, impactando 32,5% dos profissionais.
Nível diário de estresse no ambiente corporativo
A pesquisa também procurou entender qual é o nível diário do
esgotamento mental dos profissionais no ambiente de trabalho. Metade dos
respondentes (50,5%) afirmou ter um moderado grau de estresse por dia,
superando a média dos que têm um índice alto (24,2%), baixo (17,8%), muito alto
(5,9%) e nulo (1,6%).
"Cerca de um em cada quatro profissionais enfrenta altos
níveis de estresse no trabalho. Para mitigar esse impacto, é essencial que as
organizações adotem abordagens proativas, como programas de bem-estar mental e
suporte emocional estruturado. Criar uma cultura de suporte e diálogo contínuo
fortalece o ambiente corporativo e reduz a rotatividade, ao mesmo tempo que
promove resiliência e engajamento. O investimento em saúde mental dos
colaboradores deve ser visto como um fator estratégico para o crescimento
sustentável da empresa", finaliza Dedini.
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