Distinguir Entre
Uma Birra E Uma Crise Em Uma Pessoa Com Autismo Pode Ser Um Desafio, Mas
Existem Diferenças Cruciais Que Merecem Atenção.
Vamos explorar algumas características que ajudam a identificá-la:
- Intencionalidade: A criança geralmente busca manipular a situação para alcançar um
objetivo específico.
- Temporalidade: As birras tendem a ser passageiras; costumam cessar assim que a criança
consegue o que deseja ou percebe que não conseguirá.
- Localização: Muitas vezes, ocorrem em ambientes públicos ou em situações onde os
pais ou cuidadores estão mais propensos a ceder.
- Recuperação: Após uma birra, a criança costuma voltar rapidamente ao seu comportamento
normal.
Segundo a Dra. Gesika Amorim - Uma crise autista é uma resposta intensa para sobrecargas sensoriais, emocionais ou cognitivas.
Aqui estão algumas características comuns de uma crise autista:
- Sobrecarga Sensorial: Pode ser desencadeada por estímulos excessivos, como luzes intensas, ruídos
altos ou multidões.
- Durabilidade: As crises podem se prolongar e não cessam facilmente, mesmo que a
pessoa tenha suas necessidades atendidas.
- Localização: Podem ocorrer em qualquer lugar, incluindo ambientes familiares e
tranquilos.
- Recuperação: A recuperação pode demandar mais tempo e apoio, com a pessoa podendo sentir cansaço extremo ou necessidade de descanso.
Compreender essas distinções é fundamental para oferecer o suporte adequado. Durante uma crise, criar um ambiente seguro e calmante, além de aplicar técnicas de relaxamento, pode ser crucial para ajudar a pessoa autista a se recompor. Entender a raiz do comportamento e as motivações subjacentes é essencial para uma resposta eficaz e empática – Ressalta a Dra. Gesika Amorim.
Como agir diante de uma crise?
Apoiar uma pessoa autista durante uma crise exige compreensão, paciência e estratégias específicas. Aqui estão algumas dicas valiosas:
- Mantenha a Calma: É vital que você permaneça tranquilo. A ansiedade pode aumentar ainda mais a desorientação da pessoa. Utilize uma voz suave e fale devagar. Tente usar técnicas de relaxamento; respiração profunda, alongamentos leves ou frases tranquilizadoras podem auxiliar na calma da pessoa.
- Identifique o Gatilho: Tente descobrir o que pode ter causado a crise; isso pode incluir estímulos sensoriais ou mudanças inesperadas na rotina.
- Ofereça um Ambiente Seguro: Leve a pessoa para um espaço calmo e seguro, longe de estímulos excessivos – um cômodo silencioso com pouca luz pode ser ideal.
- Evite Forçar Situações: Não pressione para que a pessoa saia da crise ou interaja antes de estar pronta; dê tempo e espaço para sua recuperação.
- Use Comunicação Visual: Se houver dificuldades na comunicação verbal, utilize sinais visuais ou cartões com palavras/imagens para facilitar o entendimento.
Lidar com crises em pessoas autistas é um processo que exige compreensão e empatia. Com as estratégias certas e suporte adequado, é possível criar um ambiente mais positivo e acolhedor para todos os envolvidos – Conclui a Dra. Gesika Amorim.
Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo
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