Pesquisa da Far.me
revela que a quetiapina é o medicamento psiquiátrico mais utilizado em todas as
faixas etárias, destacando sua importância no tratamento de transtornos mentais
Um levantamento realizado pela Far.me revela que
86% dos adultos entre 18 e 39 anos, que utilizam medicamentos de forma
recorrente, fazem uso de remédios voltados para o tratamento de transtornos
mentais. Os principais medicamentos consumidos nessa faixa etária incluem
quetiapina (15%), venlafaxina (14%) e escitalopram (12%), utilizados para o
tratamento de depressão e ansiedade. Os dados destacam a relevância do tema e a
importância de adaptar tratamentos às necessidades de cada faixa etária.
O levantamento, que analisou oito mil tratamentos
entre janeiro e setembro de 2024, mostra uma queda acentuada no uso de
medicamentos psiquiátricos na faixa etária de 40 a 69 anos, onde apenas 44% das
mulheres e 53% dos homens que utilizam medicamentos de forma recorrente
consomem tratamentos psiquiátricos. A quetiapina (18%) se destaca novamente,
seguida por sertralina (13%) e escitalopram (13%). Esse cenário reflete um
aumento na utilização de medicamentos voltados para outras condições de saúde,
como colesterol e hipertensão, que se tornam mais prevalentes nessa fase da vida.
Apesar da queda, é possível ver que os medicamentos psiquiátricos seguem sendo
muito utilizados nessa faixa etária.
Já entre os adultos com 70 anos ou mais, o
percentual de uso de medicamentos psiquiátricos é de 35%. A quetiapina (19%)
continua sendo o medicamento mais utilizado, acompanhada de memantina (8%) e
donepezila (8%), ambos utilizados no tratamento de sintomas da doença de
Alzheimer. Esse percentual parece menor em comparação com as faixas etárias
mais jovens, mas é importante destacar que nessa faixa etária as pessoas além
de tomar medicamentos psiquiátricos costumam lidar com outras doenças
simultaneamente, o que deixa o tratamento psiquiátrico muitas vezes ainda mais
complexo.
"Os dados demonstram que, embora haja uma
prevalência significativa de uso de medicamentos psiquiátricos entre os adultos
mais jovens, há uma queda notável à medida que as faixas etárias aumentam. Isso
não significa que as questões de saúde mental sejam menos relevantes nas idades
mais avançadas, mas sim que outros problemas de saúde, como doenças crônicas,
estão se tornando mais proeminentes e demandando atenção médica. O que
potencialmente deixa o tratamento psiquiátrico ainda mais complexo”, explica
Rafael Mandelbaum, CEO da Far.me. “Portanto, é crucial que o debate sobre
saúde mental considere a complexidade das condições que afetam os indivíduos em
diferentes estágios da vida, promovendo uma abordagem holística que atenda às
necessidades específicas de cada faixa etária com psicólogos e médicos",
conclui o executivo.
Os resultados do estudo indicam a urgência de
promover uma conscientização contínua sobre a saúde mental em todas as idades,
enfatizando que o tratamento deve ser adaptado às necessidades de cada fase da
vida, garantindo que todos tenham acesso a cuidados adequados.
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