Médico veterinário explica que comichão
em cães pode ser sinal de alergia, parasita, ansiedade ou estresse divulgação
Popularmente conhecido como comichão ou coceira, o
prurido é um incômodo rápido que aparentemente não oferece risco à saúde dos
cães. No entanto, quando esse hábito se torna exagerado, acompanhado de
alterações físicas e comportamentais, pode ser um sinal para o tutor investigar
o causador dessa sensação desagradável.
Embora seja um processo natural dos cães, que serve
como autoproteção para afastar insetos e outros elementos, o médico veterinário
e docente do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, Adolfo
Santos, afirma que o incômodo ao se coçar pode indicar o princípio de doenças.
“É muito comum o animal se coçar, lamber, mordiscar
ou se esfregar. Pode ser que o cão esteja apenas se limpando, ou com um leve
incômodo na pele. Se o tutor notar que esse hábito está acontecendo com mais
frequência que o normal, é preciso ligar o alerta. O bem-estar do pet está
atrelado à saúde da pele e dos pelos que, para uma aparência saudável, precisam
estar brilhantes e macios. Porém, se apresentar queda, pele seca ou oleosa, ou
lesões cutâneas, o médico veterinário deve ser consultado o quanto antes”,
alerta.
A seguir, conheça os tipos de coceiras mais comuns
nos peludos:
Coceira por ectoparasitas
O motivo mais comum de coceira entre os cães são os ectoparasitas,
como pulgas, carrapatos e piolhos. Apesar de acontecer com frequência e ser de
fácil prevenção, o tutor deve estar atento para qualquer intercorrência, pois
esses parasitas costumam picar e se alimentar do sangue do pet, e podem
transmitir doenças como virose, além de vermes capazes de causar reações
alérgicas.
Coceira por ácaros
Diariamente dividimos o lar com seres que não é possível enxergar
a olho nu, como o ácaro. Para mantê-lo longe de casa, é necessário também
higienizar os itens e acessórios dos pets. A sarna, por exemplo, é uma doença
contagiosa causada por um tipo de ácaro que ataca a pele, gerando lesões e
coceira. O principal sinal desse problema é a perda de pelos, vermelhidão,
inflamação da pele, feridas e mau cheiro.
Coceira alérgica
A coceira alérgica pode ter diversas origens e é um dos principais
motivos de visitas ao veterinário. As reações mais comuns entre os pets são as
alergias alimentares, de contato e atópicas. Geralmente, acontecem pela troca
de ração ou contato com produtos químicos, como shampoo e condicionador, com
plantas e insetos.
Coceira por ansiedade e estresse
Não muito distantes dos humanos, os cachorros também sofrem de
ansiedade e estresse. O pico de emoção sofrido pelo pet costuma gerar
distúrbios mentais e a coceira é um indicador acompanhado do latido, respiração
ofegante e agitação. Para evitar esse sentimento no bichinho, não o deixe
sozinho por muito tempo, busque atividades que possam distrair e gastar
energias, como passeios e brinquedos interativos.
Tratamento e prevenção
O profissional veterinário está preparado para cuidar e aliviar os sintomas e irritações causados por lesões e feridas no animalzinho. E somente ele é capaz de identificar a origem das coceiras, por meio de testes específicos para o diagnóstico de cada tipo de problema.
O pet que sofre com doenças de pele, por exemplo, terá um tratamento direcionado, de longo prazo e com supervisão do profissional de confiança. Porém, para qualquer tipo de reação alérgica, o tutor deve ir imediatamente à clínica veterinária, pois alguns casos podem levar à morte.
“Uma forma de não submeter o pet a tais situações é
adotar hábitos que poderão colaborar para sua saúde e bem-estar, incluindo banhos
semanais ou quinzenais, o uso regular de medicamentos antiparasitas, além de
higienização e dedetização do local onde o animalzinho costuma ficar”,
finaliza.
Anhanguera
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