O aumento repentino de casos da doença
preocupa autoridades; saiba como prevenir seu pet de contrair o fungoCrédito: Marcelo Krasilcic/Petlove
A esporotricose é uma doença causada por um fungo que tem
acometido muitos gatos e sua ocorrência tem aumentado nos últimos anos,
provocando um alerta em especialistas da área de saúde humana e animal. O
aumento de casos dessa doença, classificada como zoonose, tem sido observado em
vários estados do país, com destaque para São Paulo (que apresentou este ano
aumento de 40% no total de casos registrados em relação ao ano anterior) e
Paraná (onde o registro saltou de 1.242, em 2022, para para 2.887 em 2023).
Apesar do alerta feito pelo infectologista e coordenador do Comitê de Micologia
da Sociedade Brasileira de Infectologia Flávio Telles indicar que a enfermidade
está se espalhando de forma descontrolada no Brasil, não é possível saber com
precisão os números totais de infecções visto que esta zoonose não é uma doença
de notificação compulsória em muitos estados, isto é, não é obrigatória a
notificação para órgãos municipais e federais de saúde quando diagnosticada.
Os gatos atuam como portadores do fungo Sporothrix brasiliensis
nas garras, saliva e sangue, tornando-se vetores da doença. A esporotricose
pode ser transmitida por felinos contaminados para cães, outros gatos e seres
humanos por meio de mordidas, arranhões e do contato com as lesões dos
infectados.
De acordo com o médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia, o
gato semi domiciliado, ou seja, aquele que tem uma vida mista entre residir uma
casa mas têm acesso livre para sair para a rua, apresenta importante relevância
na disseminação da doença. “Os tutores devem dar uma atenção especial para os
felinos não castrados que buscam a rua com mais frequência, pois esses podem se
contaminar ao cavar buracos depois de defecarem e ao afiarem as unhas em
árvores e plantas”, alerta. O veterinário da Petlove também comenta que outra
forma de contaminação são as brigas, pois um felino contaminado pode transmitir
a doença para o outro através de arranhões. Isso acontece, em sua maioria, com
os pets não castrados, que ficam mais suscetíveis a disputas por territórios.
O controle da doença envolve medidas como impedir o acesso de
gatos às ruas, realizar a castração, tratar animais infectados e evitar o
abandono de gatos doentes. “É importante lembrar que os pets não são culpados
pela disseminação da doença, mas sim vítimas. Portanto, a educação dos tutores
sobre o manejo adequado é essencial para prevenir a propagação da
esporotricose”, afirma Pedro.
A evolução da enfermidade costuma ser rápida, principalmente nos
gatos. Ela pode variar de uma simples lesão de pele passível de regressão
espontânea, até uma forma grave da doença devido à disseminação por via
sanguínea ou linfática. Portanto, é importante ficar atento aos sintomas, como
feridas profundas na pele (geralmente com pus) que não cicatrizam e evoluem
rapidamente, além de espirros frequentes.
Em seres humanos, o principal sintoma inicia-se com feridas que
não cicatrizam e a evolução ocorre, principalmente, pela forma linfocutânea, na
qual além das lesões de pele pode haver comprometimento dos vasos linfáticos.
Sintomas frequentes da doença são tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre.
Atenção aos indivíduos imunossuprimidos, pois o fungo possui maior capacidade
de se disseminar sistemicamente via corrente sanguínea, afetando diversos
órgãos e tecidos. Nos cães, a esporotricose é considerada rara, sendo a forma
cutânea a mais comum.
Segundo o especialista da Petlove, o tratamento da doença é feito
com antifúngico de fácil acesso em estabelecimentos comerciais e públicos de
saúde. Porém, esse medicamento deve ser receitado por médicos-veterinários e,
portanto, em caso de suspeita, é primordial procurar imediatamente um
veterinário. A mesma recomendação é dada aos seres humanos que apresentam sintomas
de esporotricose. O portal oficial da Fiocruz recomenda que a dose do remédio
deve ser avaliada e administrada por profissionais da saúde.
Cuidar da saúde do pet é uma demonstração de amor e carinho. Por
isso é importante que ele faça consultas regulares a veterinários e um checkup
de exames, para evitar o agravamento de doenças como a esporotricose. O Grupo
Petlove oferece planos de saúde acessíveis a partir de R$19,90 por mês, sem
distinção de idade, raça, porte ou doenças pré-existentes. Com cobertura
abrangente, os planos para cães e gatos garantem a saúde e o bem-estar do pet,
incluindo consultas, exames e vacinas, proporcionando tranquilidade para
tutores e animais de estimação.
Grupo Petlove
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