Investir na proteção de dados, certamente, está entre as prioridades de toda empresa. Mais do que um objetivo, essa ação também se tornou uma obrigatoriedade no Brasil prevista pela Lei de Proteção de Dados (LGPD), que tem como intuito proteger e regular o tratamento de dados, além de penalizar o não cumprimento das regras. Contudo, mesmo essa sendo uma exigência garantida em lei, ainda assim, essa prática não vem sendo uma realidade nas organizações, o que revela um cenário preocupante.
Mesmo a LGPD estando em vigor há três anos, segundo
um levantamento do Grupo Daryus, foi revelado que 80% das organizações no nosso
país não estão totalmente adequadas a ela. Além disso, também foi constatado
que 24% delas ainda estão em fase inicial neste processo.
Diversos fatores contribuem para a configuração
dessa realidade. Dentre eles, podemos destacar a falta de envolvimento e
interação da alta gestão no apoio ao investimento de medidas e ferramentas
protetivas, falta de maturidade na gestão dos dados coletados, bem como a baixa
preparação dos usuários. Afinal, de acordo com o Fórum Econômico Mundial, foi
constatado que 95% dos problemas de segurança cibernéticas são causados por
erro humano.
A solução para esses problemas é uma só: aprimorar
a cultura da empresa. Isso é, nenhuma ferramenta será capaz de blindar
possíveis ameaças e ataques, sem que a organização como um todo esteja atuando
em prol do mesmo objetivo, por meio de ações que vão desde o não
compartilhamento de senhas, inserção de dados sensíveis em locais adequados,
checagem de informações e, sobretudo, a aplicação de protocolos que garantam
processos bem definidos na gestão e proteção de dados.
Certamente, adequar a empresa para que opere em
conformidade com a LGPD não é uma tarefa simples, ainda mais, considerando que,
dependendo de aspectos como localidade e rota de comercialização, também é
necessário atender outras legislações, como por exemplo, a GDPR (General
Data Protection Regulation), lei europeia de proteção de dados.
Diante disso, uma excelente alternativa para driblar esses obstáculos é, sem
dúvidas, contar com o apoio da tecnologia por meio de um sistema de gestão.
Um ERP, como exemplo, é uma excelente alternativa,
considerando que a ferramenta possui integração e adequação com aspectos
legislativos e tributários de diversos países, bem como ajuda a oferecer e
garantir a atribuição de medidas de proteção de dados. Ou seja, é possível
limitar o acesso a informações de cunho sensível, exercer melhor o controle dos
processos, garantir total confiança no armazenamento de dados e registros e,
sobretudo, reduzir gastos com possíveis penalizações, uma vez que os processos
estarão em conformidade.
Atualmente, existem diversas opções no mercado que
asseguram a oferta de todos os benefícios descritos acima. Entretanto, na hora
de escolher a solução, é importante assegurar que ela seja aderente com os
propósitos da empresa e se, de fato, o histórico dela condiz com o que está
sendo apresentado. Essa pode ser uma missão desafiadora e, quanto a isso, ter o
apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é um importante
diferencial, uma vez que irá guiar o seu negócio desde o processo de escolha,
até mesmo na condução de práticas seguras na organização.
Embora a temática de proteção de dados esteja
sempre em evidência devido à alta quantidade de ciberataques, vazamentos de
dados e outros episódios que impactam, principalmente, as empresas, este tópico
precisa deixar de se resumir apenas a um assunto. Por isso, é crucial que as
organizações adotem, o quanto antes, uma conduta mais assertiva perante a
adoção e implementação de um conjunto de práticas que viabilizem maior
segurança perante as operações.
Além disso, é importante que o investimento na
proteção de dados não seja apenas relacionado ao cumprimento da LGPD, GDPR e
outros exemplos, no intuito de evitar penalidades. É fundamental que as
organizações compreendam que se adequar as normas, mais do que garantir uma
gestão eficiente da organização, também é um elemento essencial para transmitir
maior confiança e assertividade perante os clientes.
Por isso, se sua empresa ainda não tem bem
estabelecido este pilar nas operações, busque o quanto antes se adaptar. Até
porque, a melhor forma de evitar complicações e problemas, é estar bem
protegido.
Luan Yuri - gerente de Sustentação (AMS &
Infraestrutura) do Grupo INOVAGE.
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