Vacina da dengue e hepatite A devem ser priorizadas com a chegadas das altas temperaturas e das chuvas. Imunizantes pode demorar até 30 dias para fazer efeito.
Com a
proximidade da primavera/verão, das altas temperaturas e da temporada de
chuvas, aumentam as preocupações e cuidados com doenças como a dengue e a
hepatite A. Neste período aumentam os casos de pessoas contaminadas com o vírus
da dengue. Recentemente chegou ao mercado a vacina da dengue, que está
disponível somente nos laboratórios da rede particular. A vacina demora cerca
de 30 dias para fazer efeito e por isso a analista de vacinas do Laboratório
São Paulo, Raquel Gomes, alerta para que as pessoas tomem o quanto antes.
“No verão os mosquitos se proliferam e aumentam as chances de contágios e
muitas vezes com casos graves. A pessoa precisa ser imunizada o quanto antes,
pois a vacina demora um tempo para fazer efeito, ou seja, para o corpo
desenvolver os anticorpos”, ressalta Raquel Gomes.
A vacina da dengue é tetravalente, feita com vírus atenuado DENV-1, DENV-2,
DENV-3 e DENV-4. Ela é indicada para crianças a partir de quatro anos até
pessoas com 60 anos. São duas doses, com intervalo de três meses entre uma dose
e outra. Mesmo quem já teve a doença ou quem nunca teve o vírus, pode ser
imunizada. Ainda não há estudos de indicação da vacina para outras faixas
etárias.
A vacina da dengue, de nome Qdenga, do Laboratório Japonês Takeda Pharma tem
mais de 80% de eficácia, contra o vírus. Algumas pessoas não podem tomar a
vacina da dengue, como gestantes amamentando, imunossuprimidos, e quem tem o
vírus HIV.
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti
infectado, e todas as pessoas estão suscetíveis a doença, mas em pessoas acima
de 80 anos de idade ou que possuem diabetes ou hipertensão arterial, o risco é
maior e em alguns casos pode levar à morte.
Hepatite A
O vírus da hepatite A está presente em águas ou alimentos lavados com água
contaminada. No verão as pessoas consomem frutos do mar frescos, bebem água sem
os devidos cuidados e garrafas mal higienizadas, e por isso pode aumentar casos
de contaminação pelo vírus da hepatite A. Os sintomas são leves, como cansaço,
tontura, dor na barriga, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por
meio de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado. Contudo, a
pessoa passa a ter restrições de doações de sangue e de leite materno.
A melhor maneira de se proteger contra o vírus da hepatite A é tomar as duas
doses da vacina contra a doença. A imunização faz parte do Calendário Nacional
de Vacinação do SUS e a dose é aplicada nas crianças a partir dos 15 meses a
cinco anos incompletos. Já a dose de reforço, que amplia a proteção, só está
disponível na rede privada, como nas clínicas e laboratórios.
Adolescentes e adultos não vacinados só conseguem tomar a vacina na rede
particular, são duas doses com intervalo de seis meses entre uma aplicação e
outra. Já os idosos devem buscar orientação médica para autorização da vacina.
As gestantes não devem tomar a vacina, somente se realmente for necessário e se
todos os benefícios e riscos tiverem sidos avaliados junto ao médico.
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