quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Com a chegada da Primavera/Verão especialista alerta para as principais vacinas que devem ser tomadas

Vacina da dengue e hepatite A devem ser priorizadas com a chegadas das altas temperaturas e das chuvas. Imunizantes pode demorar até 30 dias para fazer efeito.
 

Com a proximidade da primavera/verão, das altas temperaturas e da temporada de chuvas, aumentam as preocupações e cuidados com doenças como a dengue e a hepatite A. Neste período aumentam os casos de pessoas contaminadas com o vírus da dengue. Recentemente chegou ao mercado a vacina da dengue, que está disponível somente nos laboratórios da rede particular. A vacina demora cerca de 30 dias para fazer efeito e por isso a analista de vacinas do Laboratório São Paulo, Raquel Gomes, alerta para que as pessoas tomem o quanto antes.

 “No verão os mosquitos se proliferam e aumentam as chances de contágios e muitas vezes com casos graves. A pessoa precisa ser imunizada o quanto antes, pois a vacina demora um tempo para fazer efeito, ou seja, para o corpo desenvolver os anticorpos”, ressalta Raquel Gomes.

A vacina da dengue é tetravalente, feita com vírus atenuado DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Ela é indicada para crianças a partir de quatro anos até pessoas com 60 anos. São duas doses, com intervalo de três meses entre uma dose e outra. Mesmo quem já teve a doença ou quem nunca teve o vírus, pode ser imunizada. Ainda não há estudos de indicação da vacina para outras faixas etárias.

A vacina da dengue, de nome Qdenga, do Laboratório Japonês Takeda Pharma tem mais de 80% de eficácia, contra o vírus. Algumas pessoas não podem tomar a vacina da dengue, como gestantes amamentando, imunossuprimidos, e quem tem o vírus HIV.

O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado, e todas as pessoas estão suscetíveis a doença, mas em pessoas acima de 80 anos de idade ou que possuem diabetes ou hipertensão arterial, o risco é maior e em alguns casos pode levar à morte.



Hepatite A
O vírus da hepatite A está presente em águas ou alimentos lavados com água contaminada. No verão as pessoas consomem frutos do mar frescos, bebem água sem os devidos cuidados e garrafas mal higienizadas, e por isso pode aumentar casos de contaminação pelo vírus da hepatite A. Os sintomas são leves, como cansaço, tontura, dor na barriga, pele e olhos amarelados. O diagnóstico é feito por meio de exames de rotina para avaliar o funcionamento do fígado. Contudo, a pessoa passa a ter restrições de doações de sangue e de leite materno.

A melhor maneira de se proteger contra o vírus da hepatite A é tomar as duas doses da vacina contra a doença. A imunização faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do SUS e a dose é aplicada nas crianças a partir dos 15 meses a cinco anos incompletos. Já a dose de reforço, que amplia a proteção, só está disponível na rede privada, como nas clínicas e laboratórios.

Adolescentes e adultos não vacinados só conseguem tomar a vacina na rede particular, são duas doses com intervalo de seis meses entre uma aplicação e outra. Já os idosos devem buscar orientação médica para autorização da vacina. As gestantes não devem tomar a vacina, somente se realmente for necessário e se todos os benefícios e riscos tiverem sidos avaliados junto ao médico.

 

 

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