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quarta-feira, 26 de abril de 2023

Estação Santa Cruz recebe feira de adoção de cães nesta quarta

Olga foi encontrada em uma caixa de papelão e hoje espera por um novo lar


Seis cachorros estarão à espera de um novo lar ao lado da Linha 5-Lilás, por meio de parceria entre a ViaMobilidade e a ONG Cão Sem Dono 

 

Quem observa a cachorrinha Olga talvez não imagine que, no início do ano, foi encontrada desnutrida e abandonada com oito filhotes, em uma caixa de papelão no Grajaú, zona Sul de São Paulo. Agora cuidada pela ONG Cão Sem Dono, ela busca uma nova família para amá-la. Olga é um dos seis cachorros que estarão na feira de adoção, que acontece hoje (26), das 11h às 16h, na Estação Santa Cruz, em parceria com a ViaMobilidade, operadora da Linha 5-Lilás do metrô.

Todos os filhotes encontrados agora têm um lar e Olga espera a sua vez. A pet é um dos exemplos de histórias de superação de cachorros que foram abandonados ou até passaram por crueldades. Ela estará ao lado de Quinzinho, Juninho, Paty, Estopinha e Amora, próxima da praça da estação, que também atende à Linha 1-Azul do Metrô.

Para adoção, a pessoa interessada precisa ter idade a partir de 25 anos e apresentar RG, CPF e comprovante de residência. Os voluntários da ONG fazem uma entrevista para atestar se o interessado reúne condições de espaço e financeira para avançar com a adoção. O grupo pode levar o bichinho de carro até a nova casa, se for necessário.

Segundo Aline Silva, bióloga e voluntária da ONG Cão Sem Dono, a adoção possibilita ao animal um sentimento de gratidão aos responsáveis, que têm direito a 30 dias de veterinário gratuito disponibilizado pela entidade sem fins lucrativos, castrado e com vermífugo já aplicado. “A adoção faz com que o cachorro se torne parte da família e as pessoas também mudam. Há estudos que falam dos benefícios da saúde mental após o acolhimento”, diz.

É o caso do casal Fábio Augusto e Karine Carlos da Silva, que adotaram dois cães por meio da ONG. Um deles é o Jucilei, que foi encontrado em um bueiro em Parelheiros, zona sul da Capital, com duas balas alojadas no corpo. O outro foi o Jimi, que tinha o nome de BR, visto que foi achado à beira da BR-116, no trecho da Rodovia Régis Bittencourt.

Fábio afirma que, ao ouvir as histórias da Jucilei e Jimi, seus olhos encheram de lágrimas ao lado da esposa. Em seguida, a adoção mudou não só a vida dos cães, como do casal também. “O que mais mudou foi sentir a casa mais cheia, um lar mais ameno. Até a nossa relação, Karine e eu, foi melhorada. Eles são muito carinhosos, dóceis e trouxeram mais alegria”, cita.

Segundo o responsável, a dupla gosta de passear e, Jimi, o mais velho, é o mais “elétrico” de casa, embora ambos sejam bem brincalhões. “Já estávamos pensando em adotar cachorros mais velhos e grandes, que são mais difíceis de serem adotados e a gente tem espaço em casa. Hoje, percebemos que eles têm um sentimento de gratidão. Não destroem nada e são muito bonzinhos”, conta..


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