Deisi Diel Weber,
professora do curso de Administração do Cesuca, explica o cenário previsto para
este ano
Em 2022, o Brasil registrou uma grande alta no
preço dos alimentos, e para 2023, o cenário não será muito diferente, ainda
mais com a guerra entre Rússia e Ucrânia, gerando impacto nas exportações e
importações.
Para a
professora mestra do curso de Administração do Centro
Universitário Cesuca, Deisi Diel Weber, após um 2022 cheio de desafios e com o
aumento, principalmente, nos preços dos fertilizantes, que registraram até 125%
de variação, neste ano a perspectiva é de crescimento na produção, devido à
elevação na área plantada, estimado em 76,8 milhões de hectares da atual safra,
equivalente a 3,3 ou de 2,49 milhões de hectares sobre a área da safra 2021/22.
“A
estimativa para a safra 2022/2023, que termina em junho deste ano, indica uma
produção de 312,2 milhões de toneladas, 15% ou 40,8 milhões de toneladas acima
da safra 2021/2022. Com a conclusão da semeadura das culturas de primeira safra
em dezembro, as atenções se voltam para a evolução das lavouras e os efeitos do
comportamento climático, que deverá definir a produtividade”, comenta.
O Brasil
segue mantendo a posição de líder mundial na exportação das carnes de frango e
bovino, e de o quarto maior exportador do mundo da carne suína. “Em 2023, o
país deve aumentar as vendas externas das três carnes. As exportações mundiais
de carnes deste ano, devem chegar perto dos 37 milhões de toneladas, e a
previsão é de que o Brasil responderá por cerca de 25% desse volume”, analisa.
De acordo
com Weber, no ano passado, o Brasil também se manteve como o maior produtor
mundial de açúcar, com mais de um terço da produção do planeta e como o maior
exportador mundial, com 25 milhões de toneladas, equivalentes a 33,1% do total.
O segundo maior produtor foi a Índia com 17,1% (2021) que, somada ao Brasil,
ultrapassaram a metade da produção mundial.
Na produção
de café (em grãos), em 2021, o Brasil liderou com 32% do mercado internacional,
ou 3,4 milhões de toneladas, responsável por mais de um quarto (27,9%) das
exportações mundiais de café, comercializando 2,2 milhões de toneladas,
melhorando a sua participação relativa dos últimos dois decênios neste mercado.
Por outro
lado, em virtude das circunstâncias do mercado global, o que pode acontecer é
que o valor destes produtos caia durante o ano, de acordo com Deisi. “Assim
manteremos altos volumes de exportação de alimentos, mas talvez não com os
mesmos retornos obtidos durante o ano que passou”, pontua.
www.cesuca.edu.br
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