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sexta-feira, 28 de abril de 2023

Gargalhadas Selvagens

crédito Nana Moraes



Alexandra Richter, Joel Vieira e Rodrigo Fagundes em comédia no Teatro Porto
 

Com direção e adaptação de Guilherme Weber, a nova versão para o texto do norte-americano Christopher Durang é uma sátira social sobre a importância de rirmos de nós mesmos

 

“Rir de nós mesmos nos aproxima mais daquilo que somos!” é o mote da divertida comédia Gargalhada Selvagem, do norte-americano Christopher Durang, que é sucesso em vários países e será encenada no Brasil pela primeira vez. A peça segue em cartaz no Teatro Porto até 28 de maio, com apresentações às sextas e sábados às 20h e aos domingos às 17h.

 

Escrita em 1987, o texto, com título original de “Laughing Wild”, a obra teve 13 outras montagens em países como Austrália, Inglaterra, Espanha e Argentina, vistas por mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o texto teve produções de grande sucesso em Nova York, tendo brilhado no Circuito Broadway e Los Angeles, além de Boston.

 

A idealização é dos produtores Bruna Dornellas e Wesley Telles da WB Produções, que em sua pesquisa de dramaturgia se encantaram com a ferocidade e a comicidade do texto e resolveram apostar em uma nova montagem. Para a direção, eles convidaram o premiado diretor curitibano Guilherme Weber; e o elenco traz a dupla Alexandra Richter e Rodrigo Fagundes, artistas e veteranos no humor, com muitos trabalhos na TV, no cinema e no teatro e participação especial de Joel Vieira.

 

Gargalhada Selvagem é uma sátira social que mostra por meio de situações comuns do dia a dia que o mais importante da vida é saber rir de si mesmo. A ideia é usar o poder corrosivo da comédia inteligente para satirizar nossos costumes e propor uma reflexão sobre nosso cotidiano, como a neurose da vida em uma grande cidade, os relacionamentos amorosos, a positividade quase artificial que a sociedade contemporânea nos exige e o artificialismo de algumas relações.

 

“A ferocidade da vida nas grandes cidades apenas aumentou desde que o texto foi escrito e é nesta observação que os personagens são criados. São, ambos, um catálogo de neuroses da vida urbana e, quando estes catálogos se encontram, explodem em comédia. Os personagens são dois atores que usam o humor como escudo, a linguagem como arma e a piada como um colete salva vidas”, reflete o diretor.

 

A trama é dividida em três grandes momentos que envolvem um homem e uma mulher que atravessam a mesma gôndola de um supermercado. Ambos pertencem a universos diferentes, têm jeitos bem particulares de ser e ver o mundo e compartilham suas experiências com o público. Eles lutam para entender a sociedade e fazer parte de um cotidiano em que todo mundo parece conhecer as regras.

 

O primeiro desses momentos fica a cargo da personagem feminina, que é altamente agitada, intensa e eleva ao máximo todas as mazelas do seu dia a dia. Ela conta, de forma desenfreada e divertida, como foi o seu trajeto de vida, unindo momentos que vão da loucura à sensatez, e que se cruzam até a chegada daquele dia em que só queria comprar uma lata de atum no supermercado.

 

O segundo momento fica a cargo do personagem masculino, buscando harmonia, mas a ponto de explodir. Ele reflete de forma intimista e engraçada, como é difícil ser uma pessoa positiva em um mundo altamente negativo.

 

No terceiro e último momento, os dois personagens se encontram e em um delírio confrontam a forma como cada um enxergou o outro no corredor do supermercado e eles percebem como rir dos próprios problemas é uma forma de encará-los, observando suas posturas e formas de ver o mundo.

 

Sobre suas influências para criar a encenação, o diretor conta: “Minha primeira inspiração veio da pesquisa sobre humor Camp e Queer, os herdeiros do Teatro do Ridículo e a cena paródica, que já trazia Christopher Durang como um dos meus principais focos. O teatro alternativo hilariante que se criou em Nova Iorque nos anos 70 e 80 moldou um tipo de humor muito característico e original que reverbera até hoje. Era uma época de profunda provocação e a comédia sempre foi um terreno fértil para a observação aguda do comportamento humano e seus desvios e desvãos. Foi com o filtro deste teatro que trabalhei nossa versão do texto. Quanto à cena, meu ponto de partida é o corpo dos atores, o desenho que cria narrativas, as tensões que criam comédia. Alexandra e Rodrigo são dois grandes comediantes populares fazendo aqui o trabalho sofisticado de conjugar diferentes tipos de comédia.”

 

“Nossa versão pretende também ser uma homenagem à comédia como linguagem. Estamos compondo em cena diferentes expressões da comédia e do humor: piada de salão, número de plateia, humor físico, paródia, stand up, chanchada… E ainda lançamos um olhar profundo sobre a obra do Christopher Durang. Sempre me interessou os dramaturgos que criaram grandes papéis femininos através do filtro Queer, como ele. E também os diferentes tratamentos de comédia que ele usa em seus textos, como a paródia, por exemplo. É um recurso de alta voltagem de humor e crítica”, acrescenta Weber.

 

Sinopse

Gargalhada Selvagem é uma comédia hilária e provocativa sobre os perigos e tensões da vida moderna em uma grande cidade. Um homem e uma mulher se esbarram em um supermercado comprando uma lata de atum e a partir deste encontro passam a habitar de forma hilária os sonhos e os pesadelos um do outro. 

 

Este espetáculo é patrocinado pela VIVO e PRIO através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.

 

Ficha Técnica:

Texto original: Christopher Durang. Tradução: Bárbara Duvivier e Guilherme Weber. Direção geral e adaptação: Guilherme Weber. Elenco: Alexandra Richter, Joel Vieira e Rodrigo Fagundes. Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley Telles. Assistente de direção: Pedro Rothe. Produção executiva: Aline Gabetto e Clarice Coelho. Figurinos e adereços: Kika Lopes. Assistente de figurino: Mirian Cavour. Costureira: Fátima Felix. Cenário:  Dina Salem Levy. Assistente de cenografia Rio de Janeiro: Raquel Winter Kreis. Desenho de luz: Renato Machado. Trilha sonora: Jayme. Monsanto. Fotos: Nana Moraes / Leekyung Kim. Visagismo: Verônica Rodrigues. Vídeos: Chamon Audiovisual e Sonan Filmes. Preparador corporal: Toni Rodrigues. Preparadora vocal: Carla Guapyassú. Intérprete de libras: Karina Zonzini. Diretor de palco: Sidney Felippe. Operador de som: Cristiano Cavalcante. Operador de luz: Luana Della Crist. Camareira: Claudia Luna. Assistente de produção: Bruna Sirena. Design Gráfico:  Leticia Andrade e Natalia Farias. Motion Design: JLStudio. Mídias Sociais: Ismara Cardoso. Marketing Digital: Válvula Marketing. Marketing Cultural e Assessoria de Mídia: R+Marketing. Gestão de Projetos: Deivid Andrade. Coordenação Administrativa: Leticia Napole. Assessoria Contábil: Leucimar Martins. Assessoria Jurídica: PMBM Advocacia. Assessoria de Imprensa: Pombo Correio. Apresentado por: Ministério da Cultura, Vivo e Prio Produtor associado: WB Entretenimento. Realização: WB Produções.

 

Serviço:

Gargalhadas Selvagens

De 1º de abril a 28 de maio.

Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h. As sessões aos domingos contam com intérprete de Libras

Ingressos: Plateia: R$ 100,00 (inteira)/ R$50,00 (meia-entrada). Balcão e frisas: R$50,00/ R$25,00 (meia-entrada).

Duração: 90 minutos.

Classificação: 14 anos.

Link vendashttps://bileto.sympla.com.br/event/80713

 

TEATRO PORTO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

 

Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.

Clientes Porto Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.

Clientes Porto mais acompanhante têm 30% de desconto.

Vendaswww.sympla.com.br/teatroporto

 

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Gratuito para clientes do Teatro Porto.

 

facebook.com/teatroporto

Instagram: @teatroporto


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