Alexandra Richter, Joel Vieira e Rodrigo Fagundes em comédia no Teatro Porto
Com direção e adaptação de Guilherme Weber, a nova versão para o texto do norte-americano Christopher Durang é uma sátira social sobre a importância de rirmos de nós mesmos
“Rir de nós
mesmos nos aproxima mais daquilo que somos!” é o mote da divertida comédia Gargalhada
Selvagem, do norte-americano Christopher Durang, que é sucesso
em vários países e será
encenada no Brasil pela primeira vez. A peça segue em cartaz no Teatro
Porto até 28 de maio, com apresentações às sextas e
sábados às 20h e aos domingos às 17h.
Escrita em 1987,
o texto, com título original de “Laughing Wild”, a obra teve
13 outras montagens em países como Austrália, Inglaterra, Espanha e Argentina,
vistas por mais de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o
texto teve produções de grande sucesso em Nova York, tendo brilhado no Circuito
Broadway e Los Angeles, além de Boston.
A idealização é
dos produtores Bruna Dornellas e Wesley Telles da WB Produções, que em sua
pesquisa de dramaturgia se encantaram com a ferocidade e a comicidade do texto
e resolveram apostar em uma nova montagem. Para a direção, eles convidaram o
premiado diretor curitibano Guilherme Weber;
e o elenco traz a dupla Alexandra Richter e Rodrigo
Fagundes, artistas e veteranos no humor, com muitos trabalhos
na TV, no cinema e no teatro e participação especial de Joel Vieira.
Gargalhada
Selvagem é uma sátira social que mostra por
meio de situações comuns do dia a dia que o mais importante da vida é saber rir
de si mesmo. A ideia é usar o poder corrosivo da comédia inteligente para
satirizar nossos costumes e propor uma reflexão sobre nosso cotidiano, como a
neurose da vida em uma grande cidade, os relacionamentos amorosos, a
positividade quase artificial que a sociedade contemporânea nos exige e o
artificialismo de algumas relações.
“A ferocidade da
vida nas grandes cidades apenas aumentou desde que o texto foi escrito e é
nesta observação que os personagens são criados. São, ambos, um catálogo de
neuroses da vida urbana e, quando estes catálogos se encontram, explodem em
comédia. Os personagens são dois atores que usam o humor como escudo, a
linguagem como arma e a piada como um colete salva vidas”, reflete o diretor.
A trama é
dividida em três grandes momentos que envolvem um homem e uma mulher que
atravessam a mesma gôndola de um supermercado. Ambos pertencem a universos
diferentes, têm jeitos bem particulares de ser e ver o mundo e compartilham
suas experiências com o público. Eles lutam para entender a sociedade e fazer
parte de um cotidiano em que todo mundo parece conhecer as regras.
O primeiro
desses momentos fica a cargo da personagem feminina, que é altamente agitada, intensa e
eleva ao máximo todas as mazelas do seu dia a dia. Ela conta, de forma
desenfreada e divertida, como foi o seu trajeto de vida, unindo momentos que
vão da loucura à sensatez, e que se cruzam até a chegada daquele dia em que só
queria comprar uma lata de atum no supermercado.
O segundo
momento fica a cargo do personagem masculino, buscando harmonia, mas a ponto de explodir. Ele reflete de forma intimista e engraçada, como
é difícil ser uma pessoa positiva em um mundo altamente negativo.
No terceiro e
último momento, os dois personagens se encontram e em um delírio confrontam a
forma como cada um enxergou o outro no corredor do supermercado e eles percebem
como rir dos próprios problemas é uma forma de encará-los, observando suas
posturas e formas de ver o mundo.
Sobre suas
influências para criar a encenação, o diretor conta: “Minha primeira inspiração
veio da pesquisa sobre humor Camp e Queer, os herdeiros do Teatro do Ridículo e
a cena paródica, que já trazia Christopher Durang como um dos meus principais
focos. O teatro alternativo hilariante que se criou em Nova Iorque nos anos 70
e 80 moldou um tipo de humor muito característico e original que reverbera até
hoje. Era uma época de profunda provocação e a comédia sempre foi um terreno
fértil para a observação aguda do comportamento humano e seus desvios e
desvãos. Foi com o filtro deste teatro que trabalhei nossa versão do texto.
Quanto à cena, meu ponto de partida é o corpo dos atores, o desenho que cria
narrativas, as tensões que criam comédia. Alexandra e Rodrigo são dois grandes
comediantes populares fazendo aqui o trabalho sofisticado de conjugar
diferentes tipos de comédia.”
“Nossa versão
pretende também ser uma homenagem à comédia como linguagem. Estamos compondo em
cena diferentes expressões da comédia e do humor: piada de salão, número de
plateia, humor físico, paródia, stand up, chanchada… E ainda lançamos um olhar
profundo sobre a obra do Christopher Durang. Sempre me interessou os
dramaturgos que criaram grandes papéis femininos através do filtro Queer, como
ele. E também os diferentes tratamentos de comédia que ele usa em seus textos,
como a paródia, por exemplo. É um recurso de alta voltagem de humor e crítica”,
acrescenta Weber.
Sinopse
Gargalhada
Selvagem é uma comédia hilária e provocativa
sobre os perigos e tensões da vida moderna em uma grande cidade. Um homem e uma
mulher se esbarram em um supermercado comprando uma lata de atum e a partir
deste encontro passam a habitar de forma hilária os sonhos e os pesadelos um do
outro.
Este espetáculo
é patrocinado pela VIVO e PRIO através da Lei de Incentivo à Cultura do
Ministério da Cultura.
Ficha
Técnica:
Texto
original: Christopher Durang. Tradução: Bárbara
Duvivier e Guilherme Weber. Direção geral e adaptação: Guilherme
Weber. Elenco: Alexandra Richter, Joel Vieira e Rodrigo
Fagundes. Direção de produção: Bruna Dornellas e Wesley
Telles. Assistente de direção: Pedro Rothe. Produção
executiva: Aline Gabetto e Clarice Coelho. Figurinos e
adereços: Kika Lopes. Assistente de figurino: Mirian
Cavour. Costureira: Fátima Felix. Cenário: Dina
Salem Levy. Assistente de cenografia Rio de Janeiro: Raquel
Winter Kreis. Desenho de luz: Renato Machado. Trilha
sonora: Jayme. Monsanto. Fotos: Nana
Moraes / Leekyung Kim. Visagismo: Verônica
Rodrigues. Vídeos: Chamon Audiovisual e Sonan Filmes. Preparador
corporal: Toni Rodrigues. Preparadora vocal: Carla
Guapyassú. Intérprete de libras: Karina Zonzini. Diretor de
palco: Sidney Felippe. Operador de som: Cristiano Cavalcante. Operador de luz: Luana
Della Crist. Camareira: Claudia
Luna. Assistente de produção: Bruna
Sirena. Design Gráfico: Leticia Andrade e Natalia Farias. Motion Design: JLStudio. Mídias Sociais: Ismara
Cardoso. Marketing Digital: Válvula
Marketing. Marketing Cultural e
Assessoria de Mídia: R+Marketing. Gestão de Projetos: Deivid
Andrade. Coordenação Administrativa: Leticia Napole. Assessoria Contábil: Leucimar Martins. Assessoria Jurídica: PMBM Advocacia. Assessoria
de Imprensa: Pombo Correio. Apresentado por:
Ministério da Cultura, Vivo e Prio Produtor associado: WB
Entretenimento. Realização: WB
Produções.
Serviço:
Gargalhadas
Selvagens
De 1º de abril a 28 de maio.
Sextas e sábados, às 20h e domingos, às 17h. As sessões
aos domingos contam com intérprete de Libras
Ingressos: Plateia: R$ 100,00 (inteira)/ R$50,00 (meia-entrada).
Balcão e frisas: R$50,00/ R$25,00 (meia-entrada).
Duração: 90 minutos.
Classificação: 14 anos.
Link
vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/80713
TEATRO
PORTO
Al. Barão de
Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.
Telefone (11)
3366.8700
Bilheteria:
Aberta somente
nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Porto
Seguro Bank mais acompanhante têm 50% de desconto.
Clientes Porto
mais acompanhante têm 30% de desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/teatroporto
Formas
de pagamento: Cartão de crédito e débito
(Visa, Mastercard, Elo e Diners).
Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.
Estacionamento
no local: Gratuito para clientes do Teatro
Porto.
Instagram: @teatroporto
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