As
instituições de saúde foram o segundo alvo preferencial dos
cibercriminosos, ficando atrás somente do setor de varejo. É o que mostra o
levantamento global de ciberataques divulgado no início de 2022 pela Check
Point Research. O estudo aponta que os ataques ao setor de saúde cresceram
64% no Brasil.
O
país é o 2º maior alvo mundial de ciberataques, de acordo com a
Netscout. Na área da saúde, além de usar sites
falsos e mensagens de texto e e-mails com conteúdo
enganoso, os cibercriminosos atacam as ferramentas de trabalho dos
profissionais da saúde, como o WhatsApp, ainda o principal
meio de comunicação entre médicos, clínicas e pacientes.
Para
Luis Albinati, CEO da Vitalicia, plataforma de
comunicação que promove engajamento, fidelização e aumenta a
satisfação dos pacientes de clínicas, o
uso mais intenso da internet durante a pandemia fez
disparar essas ocorrências. “Os cibercriminosos utilizam temas
relacionados à saúde para chamar a atenção de
médicos e pacientes e atacá-los.
Nas
abordagens, muitas vezes se passam por representantes de órgãos,
autoridades, hospitais e clínicas, inclusive que atendem parentes ou
conhecidos das vítimas. Os golpistas também se passam por
médicos e tendem a utilizar a credibilidade desse profissional para
enganar pacientes”, alerta o executivo.
Profissionais buscam alternativas
para apps de mensagem
Os golpes por
meio de aplicativos como o WhatsApp e Instagram têm sido
frequentes. Em 20 de dezembro, a pediatra Denise Brasileiro teve o celular
bloqueado, vítima de um golpe virtual. “Fiquei sem acesso ao WhatsApp e ao
Instagram e logo percebi que tinha sido vítima de um
golpe. Os criminosos usaram o meu Instagram para vender produtos com
retirada na minha residência, além de marcar
consultas e indicar medicações usando a minha conta do WhatsApp”,
revela a médica.
Para
evitar passar por isso novamente, Denise mudou seu canal de comunicação
com os pacientes e passou a utilizar a
plataforma da Vitalicia, que além de ser
especializada na comunicação para a área da saúde, tem
seu sistema criptografado e aderente à Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD).
“Quando
você clica em um link fraudulento, o criminoso passa a monitorar o que é
digitado, pelo celular ou computador, e tem acesso aos seus dados
pessoais. Assim, consegue aplicar diversos golpes, como pedir
dinheiro a seus conhecidos ou fazer transações financeiras indevidas usando o
seu nome. Um app especializado que garanta segurança por meio de
criptografia e de outros recursos fica menos vulnerável a esse tipo
de fraude do que aplicativos mais populares e de uso
massivo”, afirma Albinati.
Dicas para evitar ciberataques
Além do cuidado que os profissionais de saúde devem ter na escolha de suas ferramentas de comunicação com os pacientes, o especialista da Vitalicia elenca outras medidas importantes para profissionais e pacientes prevenirem crimes cibernéticos:
- Plataformas de
mensagens como Whatsapp, Facebook,
Instagram e Telegram exigem muito cuidado. Mensagens
fraudulentas partem inclusive de contatos conhecidos, que também foram
vítimas de golpes;
- Suspeite de ofertas ou qualquer outro tipo de
mensagem que estimule o compartilhamento do conteúdo para vários contatos;
- Esteja sempre atento ao remetente
dos e-mails que recebe. É comum cibercriminosos usarem
endereços semelhantes aos de empresas legítimas;
- Não clique em hiperlinks
duvidosos. Se recebê-lo por e-mail, denuncie a
mensagem como spam e delete sem clicar em nada;
- Adote soluções de segurança no
celular, como detecção automática de phishing em apps de
mensagem e redes sociais;
- Na configuração do WhatsApp, procure não deixar sua foto disponível para todos verem. Isso facilita que cibercriminosos usem a foto para aplicar golpes;
- Se for vítima de golpes digitais, faça boletim de ocorrência. Muitos Estados brasileiros inclusive possibilitam fazer o BO online.
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