7 de maio:
Dia Internacional da Luta contra a Endometriose
Silenciosa
e dolorosa, a endometriose pode causar sérias dificuldades na vida de uma
mulher, se não diagnosticada e tratada. A estimativa é de que uma a cada 10
mulheres sofra com os sintomas da doença e desconheça a sua existência. Em
2021, mais de 26,4 mil atendimentos foram feitos no Sistema Único de Saúde
(SUS), e oito mil internações registradas na rede pública de saúde. Por isso, o
Ministério da Saúde chama a atenção para o problema e informa os serviços
direcionados para a mulher na Atenção Primária à Saúde.
A
endometriose é diagnosticada quando o endométrio, tecido que reveste o útero,
não é eliminado na menstruação e cresce para fora da cavidade uterina, gerando
uma inflamação onde se instala. O endométrio pode se aderir aos ovários, a
parte de fora do útero, às tubas, ao intestino, à bexiga e em situações mais
graves nos rins e até no pulmão.
A endometriose é vista como uma das
causas de infertilidade feminina porque quando ela atinge às tubas a passagem
do óvulo maduro para o útero é impedida e não há concepção. Porém, se a doença
estiver em um estágio leve e não afetar os ovários e nem as tubas a mulher
consegue engravidar de forma natural, explica
Dr. Erica Mantelli
Durante a gestação, por causa da falta
de estrogênio na corrente sanguínea o tecido endometrial tende a regredir, mas
depois do nascimento do bebê a doença pode voltar e até de forma mais grave.
Não realizamos nenhum tipo de
tratamento para a endometriose durante a gestação. Na maioria dos casos é
possível esperar o nascimento do bebê para tomar outras medidas", explica
a Dr. Domingos Mantelli
Mas, uma gestação em que a mãe tem endometriose
deve ser acompanhada de perto, principalmente se a doença aprofundar ou grave.
Neste caso os riscos são: abortamento, parto prematuro, complicações
relacionadas à placenta e eclampsia.
Os três primeiros meses de gestação são
os mais importantes. Há casos em que se faz necessário a reposição hormonal
para aumentar a oferta de progesterona, mas não é preciso adotar nenhuma outra
medida específica. Depois desse período a gravidez tende a transcorrer
normalmente mesmo se houver focos de inflamação, acrescenta os ginecologistas e
obstetras da Clínica Mantelli.
A maioria dessas pacientes sentem dores abdominais durante a menstruação, tem dificuldade de engravidar e relatam desconforto durante a relação sexual. Os incômodos podem ser leves ou impedir que elas realizem suas atividades de rotina. Porém, o alerta fica para as consultas ginecológicas de rotina, já que 5% dessas pacientes não terão nenhum sintoma de alerta para o problema.
Dr. Domingos
Mantelli - ginecologista e obstetra
- autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e
residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição.
Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e
Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.
Dra. Erica
Mantelli - ginecologista, obstetra e especialista em saúde
sexual - Graduada pela Faculdade de Medicina da
Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e
Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas
pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada
também em Programação Elsever Institute).
Clínica
Mantelli
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