Antes as mulheres viviam quase que exclusivamente para a família e para a casa. Hoje não é mais assim. A mulher é livre para buscar sua felicidade e o bem-estar da maneira que achar melhor.
Não é novidade para ninguém, que de uns
tempos pra cá, a visibilidade da mulher tem aumentado cada vez mais na
sociedade. A mulher em alguns casos agora é mãe, esposa , profissional e chefe
de família. As mudanças trazidas pela maternidade afetam as mulheres mais do
que imaginamos.
Segundo a psicóloga da Iron Saúde
Digital, Nathalia Barbosa, a mulher quando se torna mãe tende a carregar culpa,
inseguranças e cobranças em excesso provindas da maternidade e isso pode
refletir diretamente em sua saúde emocional, desencadeando, muitas vezes, casos
de depressão pós parto, ansiedade e estresse.
Para o filósofo clínico, Beto Colombo,
quando não se faz divisão dos papéis existenciais que temos, podemos cair na
armadilha de quebrar em um papel existencial e este ir desmoronando em cascata
levando os outros papéis sucessivamente.
“Uma mulher ao se tornar mãe e dedicar
sua experiência somente a esse papel, poderá quebrar a sua vida, se esta não
for a sua vontade. Ser mãe é apenas um de vários papéis existenciais que as
mulheres podem viver, como: filha, esposa, CEO, empresária, trabalhadora,
política, entre tantos outros”, elucida Colombo.
Ele explica que quando colocamos luz em
apenas um papel, todos os demais poderão ficar no escuro, citando um ditado
popular que diz que “quando colocamos todos os ovos na mesma cesta corremos o
risco de quebrar todos de uma só vez”.
Infelizmente a maternidade ainda é
“romantizada”, e quando uma mãe se depara com a verdadeira realidade, segundo
os especialistas, ela entra em conflito interno, tentando entender ou se cobrar
pelo o que está sentindo e acontecendo. Logo surgem os pensamentos: por que não
me sinto feliz? Aonde está a mulher que eu era? Estou sendo uma péssima mãe,
não deveria querer ficar sozinha!
“Isso faz com que elas evitem ter esse
tempo para si, trazendo reflexos negativos. Esses pensamentos tendem a
prejudicar a saúde mental da mulher”, afirma a psicóloga da Iron Saúde Digital.
De acordo com Nathalia, a sociedade
cobra da mulher/mãe que ela exerça constantemente um papel de forte, segura e
que consegue dar conta de tudo o tempo todo. Mas, isso não é saudável. Gera
grandes consequências e pode desencadear o desenvolvimento de patologias
psíquicas e físicas.
O filósofo clínico alerta que esse
comportamento é um sinal que essa pessoa não está sabendo dividir os papéis
existenciais e precisa de um suporte psicológico, para que um profissional
possa ajudar nesse processo de mudança, reconhecimento e bem estar.
“Dividir papéis existenciais é um dos
pontos do bem-estar existencial. É preciso saber lidar consigo mesmo, ser seu
próprio guru. A filosofia clínica é um novo e eficaz método terapêutico que vem
sendo usado com muito sucesso na busca pelo autoconhecimento”, finaliza Beto.
Nathalia Barbosa deixa o alerta: você
precisa renascer, e descobrir a mulher que você pode ser agora.
“Sair da rotina, respirar novos ares,
sem cobranças, correria ou pressões, pode auxiliar nesse processo de
reconhecimento/renascimento de uma nova mulher e facilita o equilíbrio da saúde
mental. Diante de tantas cobranças, é muito importante separar um tempo de
qualidade para si, seja assistindo um filme, fazendo uma caminhada ou
descobrindo um hobby”, garante.
A mulher moderna não deve acumular os papéis da mulher de
antigamente aos de hoje, se antes as mulheres viviam quase que exclusivamente
para a família e para a casa, sem se preocuparem consigo mesmas, hoje não é
mais assim, a mulher adquiriu o direito e a liberdade para buscar sua
felicidade e o bem-estar em qualquer papel.
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