Federação Internacional de Diabetes aponta que a doença atinge 10% da população adulta, no mundo
O tradicional mês de conscientização
sobre diabetes - Novembro Diabetes Azul - começa com um dado alarmante, o
aumento de 16% na incidência de diabetes em meio à população adulta em todo o
mundo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla da
nomenclatura em inglês), entre 2019 e 2021, o número de pessoas com a doença
aumentou em 74 milhões - totalizando 537 milhões de adultos. No Brasil, as
estimativas mais recentes somam 16,8 milhões de pessoas com a doença (cerca de
7% da população). Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), esse número
também pode aumentar, no país, em função da atual pandemia que provocou maior
dificuldade no acesso e manutenção da alimentação saudável, menores índices de
atividade física e evasão dos sistemas de saúde.
A coordenadora do Departamento de Campanhas da SBD, Dra. Dhianah Santini de
Oliveira, aponta que este cenário é muito preocupante visto que a doença age de
maneira silenciosa. "No Brasil, 50% da população não sabe que tem a
doença. Em boa parte dos casos, a descoberta ocorre em virtude de sintomas
iniciais decorrentes de alguma complicação". A médica ainda aponta que a
crescente dificuldade em manter a alimentação saudável, associada à diminuição
da frequência de atividade física, em função da pandemia por Covid-19, tem
contribuído para o surgimento de novos casos de diabetes e para a
desestabilização dos níveis de glicemia entre aquelas que já iniciaram
tratamento.
O endocrinologista Dr. Marcio Krakauer, coordenador do Departamento de Saúde
Digital, Telemedicina e Tecnologia Em Diabetes da Sociedade Brasileira de
Diabetes, destaca também que, além das complicações físicas, os novos casos da
doença demandam redobrados esforços em saúde pública para assistência de
pacientes. "Recentemente, observamos um cenário de desabastecimento de
insulinas de ação rápida em vários pontos do país, impactando o tratamento,
sobretudo, da parcela mais desassistida da população. Hoje, no Brasil, pelo
menos 6,5 milhões necessitam de tratamento insulínico. Um aumento no
contingente de pessoas com diabetes exigirá um maior planejamento nas formas de
atendimento, distribuição de medicamentos e ainda de ações para a prevenção de
complicações como retinopatias, amputações e outras".
Novembro Diabetes Azul - SBD
Para ampliar o acesso a informações seguras e a conscientização sobre o
diabetes, a Sociedade Brasileira de Diabetes promoverá, ao longo do mês de
novembro, uma série de ações especiais para elucidar o tema. Neste ano, o mote
principal da campanha Novembro Diabetes Azul é "Acesso ao cuidado para o
diabetes". Entre elas, figuram lives, corridas virtuais, entrevistas e
outras iniciativas que possibilitem a participação remota. Entre os pontos altos
da programação está o programa Especial 100 anos de Insulina, a ser veiculado
no Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), que apresentará uma linha do
tempo, desde o desenvolvimento da insulina, em 1921, até os dias de hoje com
avanços nas tecnologias.
Em meio à lives, os temas abordados serão complicações ou doenças que se
inter-relacionam com o diabetes, como saúde do coração, neuropatias, pé
diabético, obesidade e outros. Os conteúdos ficarão disponíveis na plataforma
de vídeos on demand da SBD, o Diabetes Play. Neste canal, ainda é possível
acessar receitas, animações, podcasts, dicas de saúde e informações médicas
para o bem-estar da pessoa com diabetes.
Veterinário aponta dicas importantes sobre a
vacinação de animais de estimação
Raniere Gaertner, professor da UniAvan e mestre em Ciência Animal, esclarece as principais dúvidas sobre o tema
Em tempos em que a vacinação humana está entre os
assuntos mais comentados e esperados, é válido falar também sobre a importância
da vacinação dos animais de estimação, seja para aumentar a expectativa e a
qualidade de vida do pet evitando doenças infectocontagiosas, ou para prevenir
a transmissão de zoonoses (doenças transmissíveis dos animais para os seres
humanos). O veterinário e professor do Centro Universitário Avantis – UniAvan,
Raniere Gaertner explica quais são as principais vacinas.
Segundo ele, a antirrábica imuniza o animal contra
a raiva (doença viral), uma zoonose que ataca o sistema nervoso central e é
fatal tanto para os animais quanto para os humanos. A primeira dose deve ser
tomada a partir da 12ª semana de vida e depois reforçada todos os anos. Ela é
obrigatória no país.
Já as vacinas polivalentes (V8 e V10) imunizam o
cão contra doenças de origem viral e bacteriana, como cinomose, parvovirose,
coronavirose, hepatite infecciosa canina, adenovirose, parainfluenza e
determinados sorovares de leptospirose. A primeira aplicação deve ser feita,
aproximadamente, a partir das seis semanas de vida, sendo realizados dois
reforços entre 21 e 30 dias e, posteriormente, reforço anual.
Outros imunizantes disponíveis para nossos pets são
as vacinas contra giardíase, zoonose que provoca alterações no sistema
digestivo (a vacina ajuda a reduzir os riscos de incidência e gravidade da
doença); contra traqueobronquite infecciosa ou tosse dos canis, vulgarmente
chamada de gripe canina; e contra a leishmaniose, uma importante zoonose,
infelizmente cada vez mais frequente em nosso país. As vacinas contra a
giardíase e traqueobronquite exigem uma dose inicial e um reforço entre 21 e 30
dias e, posteriormente, reforço anual. Já o imunizante contra a leishmaniose é
composto por três doses iniciais (uma dose e dois reforços) e reforço anual.
Nos gatos, além da antirrábica, existem as
polivalentes (V4, V5), que imunizam o felino contra panleucopenia felina,
calicivirose, rinotraqueíte e clamidiose (V4) e leucemia viral felina (V5). A
vacinação exige um ou dois reforços no intervalo de quatro semanas, dependendo
da idade da primeira aplicação, e reforço anual.
Veterinário
Raniere Gaertner, do Centro
Universitário Avantis – UniAvan, responde às principais dúvidas:
Animais
já idosos devem ser vacinados?
Sim,
porque, como na raça humana, os animais mais velhos também podem ser mais
sensíveis a algumas doenças. Por isso é muito importante manter o esquema
adequado de vacinação e seguir o protocolo de vacina que vai ser orientado pelo
médico veterinário em todas as etapas de vida do pet.
Um animal que nunca foi vacinado contra a gripe e tenha um quadro de doença pulmonar deve ser vacinado?
Inicialmente,
deve-se procurar um médico veterinário. Ele irá fazer exames clínicos e
laboratoriais, se necessário, para em seguida determinar o diagnóstico e
tratamento do animal e indicar o melhor período para tomar a vacina contra
traqueobronquite infeciosa.
Existe obrigatoriedade na vacinação de animais?
Algumas
vacinas são, sim, obrigatórias. É o caso da vacina antirrábica (ou contra a
raiva). É de responsabilidade do tutor do animal fazer a vacina. Em caso de visita
a outro estado, é preciso levar junto o atestado de saúde do animal, com a
comprovação da aplicação e data de validade da vacina contra a raiva. No
Brasil, a vacina antirrábica deve ser aplicada anualmente.
Atualmente,
alguns condomínios também exigem a carteira de vacinação em dia (não somente
contra a raiva, mas também polivalente, traqueobronquite infecciosa e
giardíase). Hotéis para animais também têm o hábito salutar de exigir que as
vacinas de seus hóspedes estejam em dia.
Lembrando
que a leptospirose também é uma importante e perigosa zoonose que pode ser
transmitida ao ser humano por cães infectados.
Ao adotar um cachorro de mais idade, sem saber seu histórico, quais vacinas devo dar?
Não
conhecendo o histórico vacinal do animal, é mais seguro supor que ele não tenha
sido vacinado e iniciar o esquema de vacinação assim que possível, usando as
vacinas disponíveis para prevenção de doenças infectocontagiosas.
O
médico veterinário irá determinar qual esquema de vacinação é o mais adequado
para seu animal levando em conta a idade, região e incidência de determinadas
doenças.
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