Estatística
aponta que em uma sala de aula com 25 alunos, pelo menos 1 criança é portadora
da discalculia
A dificuldade em
matemática nas salas de aula é um problema que assombra muitas crianças e
jovens. Resolver os problemas de uma prova cheia de números é quase um
pesadelo. Essa objeção pode estar atrelada a diversos fatores, como qualidade de
ensino das escolas no Brasil, a falta de uma didática e materiais de estudos
adequados e, muitas vezes, a fatores genéticos, como a discalculia, um
distúrbio específico de aprendizagem de origem neurobiológica que afeta a
aquisição de conhecimentos sobre os números e os cálculos.
No período de
pandemia, esse fator foi evidenciado. Uma recente pesquisa desenvolvida pela
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo apontou que estudantes regrediram
no aprendizado de português e matemática após um ano de homeschooling,
devido a necessidade do isolamento social. Mesmo afetando outras ações
cotidianas, como ler um relógio, a placa de um carro, memorizar números
telefônicos e calcular um simples valor de compra, os professores tendem a ser
os primeiros a identificarem o transtorno nas crianças. Mas, desde sempre, é
importante que os pais também estejam atentos aos sinais.
Diante desse cenário,
a Smartick, método de aprendizagem de matemática para crianças de 4 a 14 anos,
que ensina a matéria em apenas 15 minutos por dia, em conjunto com
especialistas das Universidades espanholas de Málaga e Valladolid, desenvolveu
um teste online e gratuito para detectar o risco de discalculia nas crianças. A
prova, que é realizada a partir de um tablet ou computador, tem duração
aproximada de 15 minutos e é composta por exercícios relacionados às três
principais áreas do aprendizado matemático: comparação, aritmética e
reconhecimento de quantidade, algarismos e numeração. O material foi elaborado
com a participação de 800 alunos em diferentes áreas da Espanha para a sua
validação.
Ao realizar o teste,
os pais e professores recebem um relatório com o risco de discalculia, os
pontos fortes e de atenção em cada uma das áreas avaliadas. De acordo com o
resultado é recomendável que os pais e/ou responsáveis procurem um profissional
para uma avaliação completa, que inclui testes psicológicos de inteligência,
atenção e leitura. "As crianças com discalculia precisam de um treinamento
diário adaptado, baseado em uma compreensão profunda de conceitos e
procedimentos. Os exercícios e atividades do plano de estudos personalizado que
propomos no método podem ajudar muito os alunos com estas dificuldades",
explica Javier Arroyo, cofundador da Smartick.
A discalculia afeta de
5 a 7% da população. O ideal é diagnosticar o mais cedo possível, de
preferência ainda quando criança, entre os 6 e 8 anos de idade. Uma criança que
não é precocemente diagnosticada com o distúrbio provavelmente receberá rótulos
e tratamentos diferenciados, seja na escola, entre os colegas, ou até mesmo em
casa. "Isso tem duas consequências claras: no nível acadêmico, a criança
desenvolverá uma aversão a matemática, o que agrava o problema; enquanto a
nível psicológico, ocorre uma perda da autoestima, sentimento de incapacidade,
o desenvolvimento de ansiedade antes de ir a escola. Esse custo pessoal pode
acabar tendo um grande impacto no seu desempenho no restante das
disciplinas", conclui Javier.
O método Smartick é
adaptado também para crianças que têm este e outros distúrbios de aprendizagem,
como dislexia e TDAH. O aplicativo pode ser baixado pela loja de aplicativos do
tablet ou de forma online pelo próprio site, para as crianças que usarão
pelo computador.
Smartick
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