Em algum momento da vida, em uma viagem de avião,
você vai se deparar com uma dor intensa e a sensação de ouvidos “tampados”.
Esses sintomas estão relacionados ao barotrauma, patologia ligada a variações
de pressão. Levando isso em consideração, é essencial saber que há casos até de
lesões graves, como perda de audição e tonturas com vômitos.
Segundo o Dr. Gilberto Ulson Pizarro,
otorrinolaringologista do Hospital Paulista, as lesões ocorrem com a variação
de pressão atmosférica, presente em aviões, mergulhos, descida da serra ou ao
atingir velocidades maiores que as de costume. “Em todos os casos, a obstrução
nasal pode agravar o desconforto, pois a entrada de ar no nariz é menor. O
recomendado é parar, se possível, e esperar a situação se normalizar para não
chegar a circunstâncias mais graves”, explica o médico.
Como prevenir ou amenizar o problema
Para curtir a viagem sem se preocupar, aconselha-se
consultar um otorrinolaringologista para avaliar o ouvido e o nariz. Além
disso, evite viajar se estiver, por exemplo, resfriado, com gripe, rinite em
crise e, até mesmo, com cera nos ouvidos. Caso seja necessário se expor à
diferença de pressão com uma dessas condições, é recomendado deixar o nariz
desobstruído e fazer o uso de chicletes.
“Bebês e crianças são mais sensíveis às variações
de pressão, por isso, na decolagem e/ou pouso do avião, o melhor a fazer é usar
mamadeira para os bebês ou mascar chicletes, no caso das crianças”, orienta o
especialista.
Entretanto, é importante lembrar que o uso de
descongestionantes deve ser prescrito por um otorrinolaringologista, para
evitar potenciais efeitos colaterais, como arritmias cardíacas e hipertensão
arterial.
“Após sofrer com o barotrauma, o paciente deve
marcar uma consulta com um especialista para tratar os problemas causados e
verificar se não há agravamento. A recuperação sem tratamento leva, em média,
40 dias no caso de uma lesão leve. Já as lesões mais graves podem causar surdez
e labirintite”, finaliza o profissional.
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