Processo deve ser
feito de maneira gradual e com acompanhamento profissional
Atualmente, cada vez mais pessoas se tornam adeptas
de dietas equilibradas e, sobretudo, saudáveis. Diante de tal realidade, o
consumo de carne tem sido questionado por muitos indivíduos, seja por ideologia
ou por questões ligadas à saúde e bem-estar, o que, consequentemente, abre
espaço para outras vertentes alimentares, como o vegetarianismo, por exemplo.
Segundo Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia
especializada na fabricação de produtos saudáveis, o
vegetarianismo colabora para uma saúde mais rica longe do comércio de alimentos
de origem animal. “Ainda reduz o desmatamento e agressões ao meio ambiente, já
que o consumo de carne é um dos maiores causadores de derrubadas de florestas”,
afirma.
Para se ter uma ideia dos riscos da carne vermelha,
quem consome essa fonte de proteína é mais propenso a desenvolver doenças
cardiovasculares, câncer e ainda a chance de morte por motivos variados aumenta
em 12%, segundo pesquisa realizada pela Universidade de Harvard (EUA) com mais
de 120 mil participantes ao longo de dez anos. Isto significa que os riscos são
aumentados apenas pelo fato de se consumir a carne. Além disso, pessoas que
consomem carnes processadas como salsicha, presunto, salame ou mortadela também
têm mais probabilidade de desenvolver câncer, principalmente o do tipo
colorretal.
Mas para quem pensa em se tornar vegetariano, é
preciso tomar alguns cuidados. “Para abandonar o consumo da proteína animal é
necessário conhecer os grupos de alimentos que oferecem os nutrientes
fundamentais para nossa saúde e saber que uma dieta sem carne não deve ter um
cardápio limitado, muito pelo contrário, quanto mais diversificado melhor”, pontua.
Pensando na questão e com o objetivo de garantir
uma transição segura para o vegetarianismo, a especialista listou quatro dicas
que devem ser seguidas por quem deseja parar de comer carne.
Transição deve ser gradual
Segundo a consultora da Superbom, quando se fala em
transição para o vegetarianismo, é imprescindível não realizar mudanças
drásticas na dieta em um curto espaço de tempo, principalmente para quem
consome carne com certa frequência. “No início da mudança, escolha um dia da
semana para ingerir apenas alimentos vegetarianos e, posteriormente, de forma
gradual, vá aumentando os dias até que a carne não esteja presente em nenhum
prato da sua dieta”, orienta.
Reponha as proteínas de uma
maneira variada
A nutricionista destaca que é imprescindível repor
a proteína que o organismo necessita. A soja, por exemplo, é rica em proteína
vegetal, mas a alimentação não pode ficar só a base da mesma. “Grãos, sementes
e leguminosas são boas fontes de proteínas. Portanto, feijão, lentilha, grão de
bico, cereais integrais, sementes de abóbora e de chia e as oleaginosas, como
castanhas, nozes e amêndoas devem fazer parte do cardápio de quem não come
carne”.
Ela ainda conta que muitas pessoas acreditam que
deixar de consumir proteína animal pode fazer mal à saúde, pois ela seria a
única que oferece os nutrientes importantes para nosso organismo, mas isso não
é verdade. “As proteínas são formadas por aminoácidos e, ao serem consumidas,
são desintegradas pela ação digestiva e absorvidas pelo nosso organismo. Dos
200 aminoácidos existentes, apenas nove o corpo humano não é capaz de produzir,
estes são chamados de aminoácidos essenciais, e estão presentes em vários
alimentos vegetais, excluindo a necessidade da carne”, explica.
Estude sobre assunto
Ler, aprender e entender sobre os alimentos e a
influência que eles têm na saúde, é essencial, principalmente quando acontece
essa transição alimentar. “O conhecimento sobre a saúde e a alimentação dos
vegetarianos ajudará muito nesse processo. Acesse meios de comunicação que possuem
essa filosofia como objeto central. O blog da Superbom, por exemplo, disponibiliza diversos
conteúdos sobre o assunto, sendo assim, uma forma de conhecer diferentes
receitas vegetarianas e veganas, ler notícias sobre o tema, além de poder
trocar experiências com indivíduos que já passaram ou também estão passando por
essa transição”.
Consulte um especialista
Por fim, vale consultar um médico ou uma
nutricionista para sanar dúvidas, realizar exames regularmente e receber
orientações de como podem ser feitas as substituições. “Conduzir o plano
alimentar da maneira correta minimiza de forma substancial as chances de
desenvolver déficits nutricionais. Lembrando que cada metabolismo possui sua especificidade,
e em alguns casos, por exemplo, existe a necessidade de suplementação de
vitaminas. Portanto, a conduta alimentar pode variar de pessoa para pessoa.
Além da consulta inicial, minha orientação é realizar avaliações com frequência
para as possíveis adequações”, finaliza.
Superbom
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